1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliares
LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E
EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
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Veja também como subsídio desta lição http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-nic-4tr11liderancaemtemposdecrise.htm
TEXTO ÁUREO
‘Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo [...]” (Êx 18.19).
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VERDADE PRÁTICA
Para cuidar da sua obra, DEUS chama a quem Ele quer, e pelo seu ESPÍRITO capacita essas pessoas para a
sua santa missão.
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LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 28.1 O obreiro administrando para DEUS
Terça - Êx 29.44 Santificados para o ministério
Quarta - Êx 40.1 3-15 Ungidos para o ministério
Quinta - Mc 3.13,14 JESUS chama e envia para a obra
Sexta - 1 Pe 5.3 O obreiro como exemplo para o rebanho
Sábado - Rm 15.30 Oração da igreja pelos obreiros
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 18.13-22
13 - E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de
Moisés desde a manhã até à tarde. 14 - Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que
é isto que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à
tarde?
15 - Então, disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim para consultar a DEUS. 16 - Quando tem
algum negócio, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de DEUS e as suas
leis. 17- O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. 18 - Totalmente desfalecerás, assim tu
como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. 19 - Ouve
agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo. Sé tu peio povo diante de DEUS e leva tu as
coisas a DEUS; 20 - e declara-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a
obra que devem fazer. 21 - E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a DEUS, homens de
verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de
cinqüenta e maiorais de dez; 22 - para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave
tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão
contigo.
OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que a obra do Senhor precisa de trabalhadores.
Explicar a relação de Moisés com os seus auxiliares.
Elencar as qualidades de um líder.
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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir o segundo tópico da lição desta semana, sugerimos que você reproduza o
esquema da página seguinte na lousa ou faça cópias. Peça aos alunos para comentarem sobre os textos em
destaque no esquema. Ouça-os com atenção. Em seguida, explique para a classe a importância de o líder
construir relacionamentos sólidos e sadios na igreja local onde ele exerce a liderança e na comunidade onde se
relaciona cotidianamente — família, vizinhança, trabalho, escola ou faculdade, etc. Afirme que o verdadeiro líder
nunca se impõe, mas conduz seus liderados com sabedoria.
INTERAÇÃO
Liderar é uma arte. Interagir com pessoas de diferentes personalidades requer flexibilidade. Quando tratamos
sobre o tema liderança em relação à Igreja de CRISTO o assunto torna-se mais complexo ainda, pois um líder
espiritual vocacionado por DEUS não responde apenas a assuntos de ordem espiritual e celestial; além disso,
responde às questões de caráter material e terreno. O líder cristão precisa ter discernimento da parte de DEUS
para atender às necessidades espirituais do seu rebanho, mas igualmente, ter a sensibilidade para com as
demandas sociais da comunidade de fé onde lidera. Apesar de Moisés ser um bom exemplo de liderança, a
pessoa de JESUS CRISTO é o perfeito modelo de liderança humilde, acolhedora e amorosa.
Resumo da Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliares
I - O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS
1. Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27).
2. Falta de percepção do líder (Êx 18.14,17).
3. O líder necessita de ajudantes (Êx 18.18).
II - OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO
1. DEUS levanta auxiliares (Êx 18.21).
2. Os auxiliares de Moisés (Êx 18.25).
a) Miriã - b) Arão - c) Os anciãos - d) Jetro - e) Josué
III - QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER
1. Mansidão e humildade (Nm 12.3).
2. Piedoso e obediente.
3. Fiel (Nm 12.7; Hb 3.2,5).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O líder precisa ter a percepção de que no trabalho do Senhor ele é apenas um despenseiro e não o dono da
Obra.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
DEUS levantou auxiliares para o ministério de Moisés. São eles: Miriã, Arão, os anciãos, juízes, levitas, Jetro e
Josué.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Mansidão, humildade, piedade, obediência e fidelidade são algumas das qualidades que podemos encontrar na
liderança de Moisés.
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VOCABULÁRIO
Adulação: Ato ou efeito de adular, de lisonjear (alguém); bajulação.
Escoltam: Ato ou efeito de escoltar, seguir junto de (alguém ou algo) com a finalidade de dar proteção.
Datilografam: Ato ou efeito de datilografar, escrever à máquina datilográfica.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et aL Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência do
ministério cristão. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teologia Pastoral
“O Pastor Deve Ser Humilde
Vivemos em um mundo que não valoriza e nem deseja a humildade. Seja na política, nos negócios, nas artes ou
nos esportes, as pessoas se esforçam para alcançar destaque, popularidade e fama. Infelizmente, essa atitude
tem contaminado a igreja. Existe um culto à personalidade, pois os líderes cristãos lutam para alcançar glória. O
verdadeiro homem de DEUS, entretanto, busca a aprovação de seu Senhor, e não a adulação da multidão. A
humildade é, portanto, a marca registrada de qualquer servo comprometido com a obra de DEUS. Spurgeon nos
lembra de que ‘se exaltarmos a nós mesmos, nos tornaremos desprezíveis, e não exaltaremos nosso trabalho e
nem o Senhor. Somos servos de CRISTO, não senhores da sua herança. Os ministros são para as igrejas, e
não as igrejas para os ministros... Cuide de não ser exaltado mais do que se deve, para que não se transforme
em nada'” (MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência do ministério cristão. 1. ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.38).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teologia Pastoral
“Trabalhando com Pessoas de Todo Tipo
‘Pastorear seria o melhor emprego do mundo, se eu não tivesse de lidar com certos tipos de pessoas1. Essas
foram as palavras de um ministro que acabou de ter uma desavença com Bill, membro exigente de sua igreja.
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Bitl se cansara dos sermões, [...], do estilo de administração do pastor e suas expectativas para com a
congregação. Assim, frustrado, disse abertamente ao pastor: Você é o pior pastor que esta igreja já teve’.
A mandíbula do pastor apertava, enquanto citava para si mesmo: ,4 resposta branda desvia o furor. Bill
prosseguiu em sua investida: ‘Essa era uma igreja maravilhosa, antes de você chegar’.
[.,.] O pastor arriscou um sorriso curioso. ‘Diga-me, Bill, como é que acabamos fazendo tudo errado?’ Bill
hesitou. ‘Quando você chegou aqui e começou a pedir para mim e para todos os demais que fizéssemos
coisas5.
‘Como o que?'
Você esperava que participássemos de todas as atividades da igreja de segunda a domingo. Depois, você fez
com que fizéssemos seu trabalho de visitação’, O pastor suspirou. ‘Bem, irmão Bill, sinto muito que você se
sinta assim’.
‘Eu também’, vociferou Bill. ‘Minha família e eu estamos nos mudando de igreja e indo para um lugar onde o
pregador entende que, hoje em dia, as pessoas estão ocupadas e não têm tempo de fazer o que o pastor foi
pago para fazer.
Experiências como essas fazem os pastores desistir. Para evitar conflitos com os membros da congregação e
instigá-los a frequentar a igreja, alguns pastores abstém-se de colocá-los sob qualquer expectativa. Escoltam os
crentes a um lugar confortável todos os domingos, depois ousam pregar mensagens que se esquivam da
responsabilidade cristã. O resto da semana esses pastores tentam ser o grupo de um homem só. Só eles
pregam, cantam, visitam, cortam a grama, datilografam e oram. Esse padrão leva a pastores dominadores,
crentes leigos ineficazes e comunidades sem salvação” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al.
Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.61-2).
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57, p.39.
Moisés foi um dos líderes mais importantes do Antigo Testamento, todavia como homem ele não era perfeito e
com certeza também cometeu algumas falhas enquanto líder. Moisés era um homem que teve uma excelente
formação, ele foi "instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras" (At 7.22).
Liderança requer treinamento, preparo. Muitos almejam a liderança, porém não querem se esforçar e não buscam
se preparar para realizar, com excelência, aquilo para o que foram chamados pelo Senhor. Moisés passou pelo
treinamento do Egito e do deserto. JESUS, nosso exemplo de líder, foi treinado também no deserto. Liderança
requer treinamento. Não se faz um líder da noite para o dia.
John Maxwell tem uma frase que resume bem a importância de se trabalhar em equipe: "Nada muito significativo
foi alcançado por um indivíduo que tenha agido sozinho". Liderança envolve trabalho em equipe, gerenciamento
de pessoas. É algo que deve ser feito em parceria. Moisés, quem sabe, durante os longos anos que passou
sozinho cuidando dos rebanhos do seu sogro Jetro, precisava aprender esta lição logo no início da sua
caminhada pelo deserto. Moisés carecia aprender a delegar tarefas. Para isso o líder precisa conhecer sua
equipe e ter pessoas leais ao seu lado e compromissadas com o trabalho. O líder que não sabe delegar tarefas
terá como resultado o cansaço e o estresse. Ele vai sofrer e a obra de DEUS também, pois com certeza a
produtividade será baixa. Se você está precisando de ajudantes fiéis, ore ao Senhor. Ouça também aqueles que
estão ao seu lado. Moisés, em um gesto de humildade, ouviu e atendeu os sábios conselhos de Jetro, seu
sogro.
Moisés, como líder, era um despenseiro do Senhor e não dono dos israelitas (Êx 18.13-27). Alguns líderes, com
o passar do tempo, acabam achando, erradamente, que são os donos das ovelhas e da obra. Puro engano!
Diótrefes (3 Jo vv. 9,10), tinha uma visão errada a respeito da liderança e passou a se achar dono da
congregação. Ele foi duramente criticado por João.
Moisés entendeu bem a lição, pois ao estudarmos sua biografia vemos que ele contou com a ajuda de homens e
mulheres. Não podemos nos esquecer que Miriã foi também uma ajudante.
JESUS, como líder, escolheu doze homens para estar com Ele. Estes doze o ajudaram na pregação do Reino de
DEUS e ao mesmo tempo foram preparados para a partida do Salvador.COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
Neste capítulo abordaremos de forma breve o estilo de liderança de Moisés. Ele não foi apenas um
homem usado por DEUS para fazer com que o povo de Israel saísse do Egito. Foi também um grande
líder, que demonstrou ouvir sábios conselhos e colocá-los em prática para o bem da obra do Senhor e
pelo bem do povo.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 78.
O QUE É LIDERANÇA?
Definir liderança é como tentar definir o amor: todos sabem que ele existe, mas é difícil dar-lhe uma
definição exata.
Vejamos algumas definições que podem nos ajudar na compreensão.
“ Liderar é influenciar”. (Sam Deep)
“ Liderar não é dominar, mas, sim, a arte de convencer as pessoas a trabalharem em vista de um
objetivo comum”. (Daniel Goleman)
“ Liderar é libertar as pessoas para que elas façam o que é necessário, da forma mais eficaz e mais
humana possível”. (Max Depree)
“ Para JESUS, liderar era ser servo dos servos”. (Mc.10:45).
“ Liderança não é uma questão de direito ou de título, mas de habilidade”. (John C. Maxwell)
“ Liderança é a capacidade de transformar visão em realidade”. (Warren G. Bennis)
“O líder é aquele que sobe na árvore mais alta, estuda a situação em seu conjunto e grita: “Estamos na
mata errada”. (Stephen R. Covey)
“A liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recíprocas bem-sucedidas, as
diferenças individuais são controladas e a energia humana, que delas se deriva, encaminha-se em
benefício de uma causa comum” .
“A liderança é o esforço de exercer, conscientemente, uma influência especial dentro de um grupo, no
sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefícios que atendam às necessidades reais deste
grupo”. (John Haggai)
Se pudéssemos perguntar para Neemias o que é liderança, certamente ele nos responderia: “Liderar é
saber planejar, integrar, motivar, avaliar e estabelecer alvos”, pois, foi o que ele fez quando gerenciou o
projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém. Neemias, como um líder, impressiona muito porque,
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naquela época, ele já liderava utilizando o que se chama de conceito moderno de gerenciamento de
grupo.
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Josué Gonçalves. 37 Qualidades do Líder que Ninguém Esquece!. Editora Mensagem para todos. pag. 15-16.
E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras. Atos
7:22 (Estêvão)
A casta sacerdotal dos egípcios se notabilizava por seus vários estudos e pelo seu elevado
conhecimento de ciências como a astronomia (astrologia), medicina, matemática, filosofia religiosa, etc.,
nas quais eles se mostravam simplesmente proverbiais. (Ver I Reis 5:40). «Moisés, à semelhança de
Paulo, era homem erudito». (Robertson, in loc.).
Filo, referindo-se às ciências estudadas pelos sacerdotes egípcios, às matérias referidas acima
acrescenta a aritmética, a geometria, todo o ramo de música, os hieróglifos, a astronomia (astrologia), e
os idiomas assírio e caldeu. Esse mesmo autor faz os mestres de Moisés serem também gregos e
assírios, e não somente egípcios.
Moisés obteve preparação lhe foi conferida por agência divina, embora, sem a menor dúvida, ele
possuísse habilidades naturais (igualmente proporcionadas por DEUS), que eram excelentes veículos
para a sua expressão espiritual mais elevada.
«...e obras...» A grandeza de Moisés não terminava em suas palavras. Podemos estar certos de suas
ações como líder militar, ou como quem teve parte ativa no governo do Egito, em que as suas atuações
foram suficientemente dignas de atenção para merecer esse comentário de Estêvão, o qual é
confirmado nos escritos de Filo e de outros escritores antigos.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.
3. pag. 149.
A EDUCAÇÃO DE MOISÉS
“Não importa se você não tem formação, pois DEUS pode usar você assim mesmo”— algumas pessoas
dizem. E verdade, DEUS pode usar qualquer um, tenha a pessoa recebido uma boa formação ou não.
Entretanto, a educação de Moisés em toda a ciência dos egípcios (At 7.22) provou ser um valioso
recurso quando DEUS o chamou para conduzir Israel da escravidão para a liberdade.
Durante um terço da vida de Moisés, 40 anos, ele esteve no Egito. Membro da realeza, ele foi instruído
na impressionante cultura dos faraós. O currículo educacional dos faraós incluía ciência política,
administração pública e, provavelmente, religião, história, literatura, geometria, e ainda engenharia e
hidráulica.
Mas esse não foi o fim da formação educacional de Moisés. Ele gastou outros 40 anos na faculdade do
deserto, estudando agronomia e veterinária enquanto esteve dedicado às atividades pastoris. Ele
também aprendeu sobre saúde pública e sobre comunidades primitivas. Portanto, dois terços da vida de
Moisés foram dedicados à preparação para a obra mais desafiadora a ser entregue em suas mãos —
liderar Israel através do deserto.
Inteligência e educação por si só não tornam ninguém pronto para servir a DEUS. Na verdade, é possível
que uma pessoa de boa formação se esconda atrás de sua erudição ou cultura para evitar um
relacionamento com DEUS. O jovem Saulo caiu nessa armadilha (At 22.3-5), assim como fizeram antes
dele os fariseus que tinham a mesma condição que ele. Assim também fizeram os filósofos em Atenas
(At 17.16-34). Mas, como Estêvão demonstrou que o problema não está no intelecto, mas na vontade; o
perigo não está em abraçar o conhecimento, mas em resistir a DEUS (At 7.51).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 309.
I - O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS
1. Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27).
Uma das características essenciais à liderança na obra de DEUS é saber que o líder é despenseiro ou
administrador dos recursos e das pessoas, e não dono de todas essas coisas. Nenhum ministro é
ordenado para pensar que a igreja que DEUS depositou em suas mãos é dele. Quando escreveu sua
carta à igreja em Éfeso, Paulo disse que ele mesmo [o Senhor] concedeu uns para apóstolos, outros
para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de CRISTO.
(Ef 4.11,12, ARA)
Essa passagem fala que DEUS escolheu algumas pessoas para determinadas vocações no corpo de
CRISTO, com o objetivo de fazer com que os santos sejam aperfeiçoados no serviço cristão e para que
o corpo de CRISTO seja edificado. Portanto, podemos entender que DEUS deu pastores às igrejas, e
não igrejas a pastores. O pastor é um presente de DEUS à congregação, e não o contrário. Como líder,
deve ser respeitado e ouvido, mas não deve se esquecer de que a obra é do Senhor, e que Ele vai
cobrar a administração de seus ministros.
Um dos desafios da liderança cristã é ter esse alvo em mente. DEUS deposita em nossas mãos o
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cuidado para com a sua Igreja, e espera que nos lembremos de que a Igreja é dEle. Por isso, deve o
ministro cuidar com zelo da obra do Senhor, a quem prestará contas por suas atitudes.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 78-79.
CHEFES PARA A ADMINISTRAÇÃO
Desde o versículo 13 até ao fim do capítulo fala-se da nomeação de chefes para ajudarem Moisés na
administração dos negócios da congregação. Isto foi feito por sugestão de Jetro, que temia que Moisés
desfalecesse totalmente em conseqüência do seu trabalho. Em relação com este fato, pode ser útil
considerar a nomeação dos setenta anciãos em Números, Capítulo 11. Vemos ali o espírito de Moisés
esmagado sob o peso da responsabilidade que pesava sobre si, e dá lugar à angústia do seu coração
nas seguintes palavras: "Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, que
pusesses sobre mim a carga de todo este povo? Concebi eu, porventura, todo este povo? Gerei-o eu,
para que me dissesses que o levasse ao colo, como o aio leva o que cria, à terra que juraste a seus
pais?.. .Eu sozinho não posso levar a todo este povo, por que muito pesado é para mim. E, se assim
fazes comigo, mata-me, eu te peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu
mal" (Nm 11:11-15).
Em todo este caso vemos como Moisés se retira de um lugar de honra. Se aprouve a DEUS fazer dele o
único instrumento da administração da Assembleia, deveria ele ter reconhecido que DEUS era
amplamente suficiente para tudo. Todavia, Moisés perde o ânimo (servo abençoado como era) e diz, "eu
sozinho não posso levar todo este povo, porque muito pesado é para mim. Mas ele não fora incumbido
de levar todo o povo sozinho, porque DEUS estava consigo. O povo não era demasiado pesado para
DEUS; era Ele que os suportava.
Moisés era apenas o instrumento. Da mesma forma poderia ter dito que a sua vara levava o povo, porque
o que era ele senão um simples instrumento nas mãos de DEUS, da mesma forma que a vara o era nas
suas? E neste ponto que os servos de CRISTO falham constantemente; e a sua falta é tanto mais
perigosa quanto é certo que se reveste da aparência de humildade. Fugir de uma grande
responsabilidade dá a impressão de falta de confiança pessoal e de uma profunda humildade de espírito;
porém, tudo que nos interessa saber é se DEUS tem imposto essa responsabilidade. Sendo assim, Ele
estará incontestavelmente conosco no seu desempenho; e, com a Sua companhia, podemos suportar
todas as coisas. Com o Senhor o peso de uma montanha não é nada; sem Ele o peso de uma simples
pena é esmagador. É uma coisa muito diferente se um homem, na vaidade do seu espírito, se apressa
em tomar um fardo sobre os seus ombros, um fardo que DEUS nunca teve intenção de ele levar, e,
portanto, nunca o dotara para o conduzir; podemos, portanto, esperar vê-lo esmagado sob o peso.
Porém, se é DEUS que põe sobre ele esse fardo, Ele torna-o não só apto a conduzi-lo como lhe dá as
forças necessárias.
C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx 18.13 A Nomeação de Juízes.
Fica claro no texto que Jetro (descendente de Quetura, esposa de Abraão) tinha algumas boas ideias
sobre como delegar autoridade, e que compartilhava com Israel da adoração a Yahweh.
Moisés estava sobrecarregado de trabalho, o que era óbvio para todos, menos para ele mesmo. Sua
função era comparável ao de um xeque beduíno que se assenta para julgar e resolver os problemas de
todos os membros de sua tribo. Ver II Sam. 15.1-6. E a carga de trabalho de Moisés ia aumentando
cada vez mais, conforme Israel enfrentava problemas no deserto. Ele era a única autoridade, uma
espécie de combinação de funções seculares e religiosas. Naqueles tempos antigos, em Israel, não se
fazia distinção entre autoridades civis e autoridades religiosas. “Escravos não podem ser transformados
em santos da noite para o dia” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.). Portanto, não se passava um dia sem que
Moisés tivesse de ouvir a muitas queixas e causas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
381.
A indicação de juízes. A límpida tradição bíblica é que esta instituição israelita seguia as linhas da
prática midianita, como resultado da sugestão feita por Jetro. A função dos oficiais é clara, embora o
termo técnico não seja usado aqui. No período patriarcal, a justiça no círculo familiar era administrada
pelo chefe do clã. Em sua condição de escravos no Egito, os israelitas dificilmente possuiriam um
sistema judiciário próprio. É verdade que tinham “superintendentes” egípcios e “capatazes” israelitas a
eles subordinados, mas esta era uma organização puramente “trabalhista”. Quando Moisés tentou agir
como líder ou “juiz” os israelitas se ressentiram do fato (2:14). Além do mais, Israel parecia ter
preservado até certo ponto a estrutura tribal: havia ainda um “chefe” para cada tribo, e em tempos
primitivos estes também parecem ter tido funções judiciárias. Deuteronômio 1:15 oferece uma
informação adicional interessante neste episódio.
Os anciãos, que já foram mencionados pela sua participação no oferecimento de sacrifícios (18:12) e
pela sua provável função representativa, possivelmente também exerciam deveres judiciários. O título e
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posição de “juiz”, já era de uso antigo entre os cananeus (os fenícios preservavam o título até mesmo
em suas colônias do Mediterrâneo), embora aparentemente com o sentido de “ campeão, líder” , como
no livro de Juízes, e não em sentido legal. A organização esboçada abaixo é primeiramente militar,
baseada no sãr, ou comandante de um certo número de homens (cf v. 21). Tal estrutura é muito
apropriada para um grupo nômade no deserto. Como qualquer nação antiga, Israel é sempre considerado
primeiramente como uma força de combate, e então organizado com base nisso. Entender este episódio
como uma separação de casos “sagrados” , julgados por Moisés, e casos “civis”, julgados pelos
anciãos, parece errado: toda a justiça era sagrada em Israel.
A administração da justiça, de qualquer espécie, se encontra aqui no contexto do sacrifício e da refeição
sagrada. A distinção, portanto, não é entre o sacro e o secular, mas entre problemas fáceis e problemas
difíceis, os primeiros já cobertos pela tradição ou por revelação em contraste com os últimos que
exigiam uma nova revelação da parte de DEUS, através de Seu agente, Moisés.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 135.
Em III Jo 9. O presbítero apresenta agora o problema criado por Diótrefes. No caráter e na conduta ele
era inteiramente diferente de Gaio. Gaio é retratado como alguém que anda na verdade, ama os irmãos,
hospeda os estrangeiros. Diótrefes, por outro lado, é visto como alguém que se ama a si próprio mais
que os outros, e que recusa acolhida aos evangelistas em viagem, ou permitir que outros o façam.
Contudo, Gaio e Diótrefes eram provavelmente membros da mesma igreja local, pois, “na igreja visível,
os maus estarão sempre misturados com os bons”, apesar de C.H. Dodd achar que eram membros de
igrejas vizinhas. A questão chegara a um ponto crítico, diz João. Escrevi alguma cousa à igreja; mas
Diótrefes... não nos dá acolhida. Que carta era essa, não está claro.
Tenha ou não destruído a carta, ou recusado lê-la à igreja, Diótrefes certamente rejeitou a instrução
escrita do presbítero {ti, alguma cousa, RA e VPR) para receber hospitaleiramente os evangelistas
itinerantes. É digno de nota que o presbítero tinha uma autoridade geralmente aceita. Ele dava ordens e
as expedia para serem obedecidas (cf. 2 Ts 3, quanto às ordens apostólicas que requerem obediência).
Diótrefes foi uma exceção. Ele não ia ser mandado por João. Evidentemente se arrogava autoridade
própria, ao ponto de excomungar membros da igreja que lhe desobedecessem (10).
Que motivos teriam incitado Diótrefes a afirmar-se assim contra João? Têm-se feito várias tentativas
para reconstruir a situação. Não há prova de que a divergência deles fosse teológica. Se a verdade do
Evangelho estivesse em jogo, seguramente o presbítero não teria hesitado em expor o erro na mesma
linguagem intransigente que empregara na primeira e na segunda epístolas. Não heresia doutrinária, mas
ambição pessoal, era a causa do aborrecimento. Findlay demonstra que talvez Diótrefes “pertencia à
aristocracia grega da velha cidade real” (de Pérgamo, à qual Findlay acredita que esta epístola foi
dirigida). Neste caso, era o prestígio social que estava por trás do seu vergonhoso comportamento.
Outros escritores tentaram encontrar vestígios da rivalidade entre João e Diótrefes nas mudanças do
padrão de ordem da igreja no final do primeiro século A.D. A era dos apóstolos estava chegando ao fim.
Na verdade, de acordo com aqueles que negam que o presbítero João era o apóstolo, essa era já tinha
terminado. Sabe-se que por volta do ano 115 A.D., quando o bispo Inácio de Antioquia escreveu as suas
cartas às igrejas da Ásia, o “episcopado monárquico” (a aceitação de um só bispo com autoridade sobre
um grupo de presbíteros) estava estabelecida entre elas. Assim, esta epístola foi escrita no final da era
apostólica, ou entre este e a aceitação universal do episcopado — um período de transição e tensão que
C. fi. Dodd compara com a transferência de responsabilidade dos missionários estrangeiros à igreja
nativa.
João William Barclay sugere que a epístola reflete a tensão entre o ministério universal dos apóstolos e
profetas e o ministério local dos presbíteros. Ele entende que Diótrefes pode ter sido um presbítero que
estava determinado a ser o defensor da autonomia da igreja local e daí ficava ressentido com o “controle
remoto” de João e com “a interferência de estrangeiros errantes”. É claro, porém, que o próprio João
tinha opinião diferente sobre Diótrefes e, se reconhecemos a sua autoridade de escritor bíblico,
naturalmente devemos aceitar o seu ponto de vista.
Para João, os motivos que governavam a conduta de Diótrefes não eram nem teológicos nem sociais
nem eclesiásticos, mas morais. A raiz do problema era o pecado. David Smith comenta que “proagein (2
João 9) e indicam dois temperamentos que perturbaram a vida cristã da Ásia Menor — a arrogância
intelectual e o engrandecimento pessoal.
3 Jo 10. João declara que, se vier em pessoa à igreja em questão, fará lembradas (ou RSV, NEB, “fará
aparecer”, isto é, numa reprovação pública) as obras e palavras de Diótrefes. Será obrigado a empregar
alguma espécie de ação disciplinar. A gravidade da conduta de Diótrefes é exposta agora: Ele está
proferindo contra nós palavras maliciosas (AV, “tagarelando contra nós com palavras maliciosas”). A
NEB verte assim a frase: “Ele lança acusações sem base e maldosas contra nós”. Evidentemente
Diótrefes considerava João como um perigoso rival para a sua presumida autoridade na igreja e procurou
solapar a posição do apóstolo mediante murmuração caluniadora. Ele não recebia os missionários. Ele
impede os que querem recebê-los, e os expulsa da igreja. Por alguma razão, Diótrefes se ofendia com a
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
intrusão dos mestres itinerantes. Ele não os honrava por saírem “por causa do Nome”; estava mais
interessado na glória do seu próprio nome. Ele não os teria em seu lar e não lhes daria ajuda, e aos que
quiseram obedecer a João e recebê-los, ele primeiro os impediu de levarem a efeito o seu desejo e
depois os excomungou. Diótrefes difamou a João, tratou com pouco caso os missionários e
excomungou os crentes leais porque seu amor era a si próprio e ele queria ter a preeminência. A vaidade
pessoal ainda está na raiz da maioria das dissensões em toda igreja local hoje.
John R. W. Stott. 3 Epistola de João Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 193-196.
Por meio dessas frases da carta obtemos uma visão viva da vida eclesial no primeiro cristianismo.
Assim como os grandes centros do cristianismo, Roma e Antioquia, não surgiram através de apóstolo
famosos, mas de pessoas desconhecidas. A evangelização de regiões inteiras se realizou por meio de
tais “irmãos” que partiam “em prol do nome” de JESUS. As igrejas ofereciam a esses evangelistas
itinerantes acolhida hospitaleira e sustento de viagem, tornando-se assim sustentadoras de seu trabalho.
As comunidades judaicas já haviam tentado se proteger contra a exploração de sua hospitalidade por
elementos desonestos mediante “cartas de recomendação”, com as quais pessoas honestas de
congregações desconhecidas podiam se credenciar. Logo Diótrefes poderia ter certa desconfiança
contra pregadores itinerantes, tentando de antemão mantê-los longe de sua igreja. Contudo nesse
procedimento agia com estreiteza de coração e autoritarismo. Talvez também temesse um prejuízo em
sua influência na igreja em virtude de pregadores de fora.
João não se dá por derrotado. Pode-se deixar de lado sua carta. Porém João irá pessoalmente à igreja e
exigirá contas de Diótrefes perante os membros da igreja. “Por isso, quando eu for aí, vou lembrá-lo das
obras que ele pratica, tagarelando com palavras maldosas contra nós.”
Assim como Paulo, também João pretende aparecer pessoalmente na igreja ameaçada e “fazer lembrar”
todo o agir de Diótrefes, expondo-o abertamente. Então a própria igreja deverá deliberar.
Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos Filipenses. Editora Evangélica Esperança.
2. Falta de percepção do líder (Êx 18.14,17).
Um dos maiores perigos com que o líder se depara em seu dia a dia é o excesso de atividades. Há
momentos em que a quantidade demasiada de afazeres nos impede de ver as coisas à nossa volta
como elas são, e, não raro, tendem até mesmo a nos afastar da comunhão com DEUS.
Os líderes têm diversas obrigações no dia a dia, e isso faz parte da tarefa que lhes foi confiada. Eles
precisam avaliar situações e tomar decisões. E precisam ter também a habilidade de líder com pessoas
de todos os tipos, tentando acalmar ânimos e motivar pessoas ao serviço cristão.
No estudo em questão, analisando o texto bíblico, veremos que o servo de DEUS, Moisés, precisou de
ajuda em sua liderança para poder desempenhar melhor o seu papel de líder e condutor do povo de
DEUS.
Moisés já havia saído do Egito com o povo de Israel quando recebeu a visita de seu sogro, Jetro. Este
era um homem aparentemente mais velho e experiente em questões de liderança e administração do
tempo. Vendo certo dia que Moisés ia atender ao povo, que trazia demandas para que pudessem ser
resolvidas, percebeu que alguns procedimentos do libertador não eram os mais adequados àquela
situação. Ele estava atendendo todas as pessoas que lhe traziam questões, consumindo o tempo delas
e o seu próprio, além de provocar em Moisés muito cansaço.
Ele era ungido do Senhor? Com certeza. Fazia suas atividades com boa vontade? Com certeza. Ele
tinha sabedoria? Certamente que sim.
Mas o que aconteceu que inspirou seu sogro, Jetro, a intervir na forma como Moisés liderava o povo?
“E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de
Moisés desde a manhã até à tarde” (Ex 18.13). Esse versículo mostra o que acontecia. O povo ficava em
torno de Moisés e trazia a ele as questões relevantes sobre dificuldades que estavam enfrentando, e
Moisés ficava resolvendo essas questões sozinho. O problema não residia em Moisés atender ao povo,
mas em tentar resolver as questões sem a ajuda de outras pessoas. Ele precisava delegar autoridade a
outros homens para que, da mesma forma que ele, atendessem ao povo e resolvessem conflitos
comuns.
Isso não retiraria de Moisés sua autoridade. Delegar autoridade para que outros nos ajudem a realizar o
trabalho faz com que haja mais pessoas trabalhando para o mesmo Senhor, e faz também com que
tenhamos mais tempo para pensar em outras coisas importantes e treinar pessoas para o ministério.
Mas isso não ficou claro para Moisés no início da narrativa. Foi preciso que ele escutasse essas
observações de seu sogro, um homem mais experiente e amadurecido nas questões relacionadas a
gestão. Jetro viu que o modelo de administração seguido por Moisés era cansativo tanto para ele quanto
para o povo, pois não apenas Moisés se cansava atendendo o povo, mas o próprio povo se sentia
cansado de esperar por uma solução da parte de Moisés.
Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil
para ti; tu só não o podes fazer. Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo. Sê
tu pelo povo diante de DEUS e leva tu as coisas a DEUS. (Ex 18.18,19)
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
O líder precisa de um tempo para se recompor, descansar e pensar em suas atividades. Ele deve
planejar seu dia, pedindo a orientação do espírito de DEUS para cada etapa, e não se esquecer de que
precisa ter seus momentos com DEUS e com sua própria família. Essas atitudes fortalecem a pessoa
do líder. Muitos momentos em que o líder se sente desestimulado e cansado são originados na falta de
descanso apropriado. Isso traz a perda de concentração, implica tomada de decisões precipitadas e
torna desgastantes as tarefas diárias.
Jetro recomendou que Moisés fosse um intercessor pelo povo, e que levasse as questões do povo a
DEUS. Na verdade, essa era a função que DEUS pretendia para Moisés, mas até aquele momento, o
legislador estava sobrecarregado resolvendo questões do povo, sem a ajuda de auxiliares idôneos.
Caso Moisés não seguisse o conselho de Jetro, acabaria desfalecendo por causa de seu excesso de
atividades, além de não ter tempo para interceder pelo povo a DEUS. Mas por seguir o conselho de seu
sogro, pôde exercer melhor seu ministério e partilhar sua autoridade com homens dignos de confiança e
que honrariam o nome do Senhor. Essa foi a lição que Moisés aprendeu: Não se pode fazer tudo
sozinho.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 79-81.
Moisés foi humilde em receber orientação de uma pessoa que nem era israelita e nem vinha diretamente
com uma mensagem de DEUS. Soube ponderar e analisar um sábio conselho que lhe foi muito útil e
DEUS não o reprovou por acatar a este conselho de seu sogro. (observação minha - Ev. Henrique)
Êx 18.14 Por que te assentas só...? Moisés tinha tanto para fazer que não podia dar muita atenção a
seu sogro. Jetro tinha um sistema melhor, que já vinha funcionando fazia anos. E assim sendo, sentiuse encorajado a sugeri-lo a Moisés. Um dos problemas dos chefes é a delegação de autoridade, e se
esse chefe é um pequeno césar, então os seus problemas apenas se agravam. Jetro, sendo um chefe e
um sacerdote midianita, tinha suas sessões diárias, mas não tomava para si mesmo todo o trabalho.
Perguntou Jetro a Moisés: “Que é isto que fazes ao povo?”. Lá estavam os israelitas, impacientes e
formando longas filas, como aqueles que precisam depender do INSS. Moisés estava exaurindo a si
mesmo e ao povo.
Êx 18,15,16 - A Liderança Divina.
Moisés, o legislador, antes da outorga da lei (ver Êxo.19), estava legislando de acordo com princípios
divinos. Ele não tomava nenhuma decisão secular. Quando as pessoas brigavam, ele procurava aplicar a
sabedoria divina à situação. Moisés estava funcionando como vidente e profeta. Ver I Sam. 9.9 e 22.15.
Os profetas posteriores também foram videntes (ver I Reis 22.8; II Reis 3.11; 8.8; 22.14). As decisões
do juiz-profeta-vidente eram aceitas como a palavra de DEUS, presumivelmente inspiradas. Seu trabalho
não consistia apenas em julgar alternativas pragmáticas. Moisés era o representante de DEUS diante do
povo de Israel (Êxo. 18.19).
Êx 18.17 “Você está fazendo as coisas da maneira errada", afirmou Jetro. Como é óbvio, ele deve ter
concordado que Moisés tinha tanto a autoridade quanto a sabedoria para o seu trabalho. Mas é possível
fazer o que é certo da maneira errada. Os argumentos de Moisés em favor de seus atos eram bons (vss.
15,16), mas não expressavam um problema central que estava envolvido: a fadiga. Moisés estava
exaurindo as suas forças e a paciência do povo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
381.
Êx 18. 14. Por que te assentas só? Eis aqui a pergunta de um velho chefe que já aprendera a lição de
como delegar autoridade. Como muitos líderes cristãos, Moisés estava se desgastando
desnecessariamente (v.18) ao tentar fazer tudo sozinho. Isto nem sempre é prova de ambição: às vezes
indica excesso de zelo e ansiedade. Além do mais, ele estava também desgastando o povo (v.18 mais
uma vez), um aspecto geralmente omitido. A demora na administração da justiça, surgida de
circunstâncias semelhantes, foi uma das causas da revolta de Absalão, séculos mais tarde (2 Sm 15:16).
Êx 18.15. Para consultar a DEUS. Este verbo é traduzido mais adiante em passagens devocionais como
“buscar a DEUS” em oração. Aqui, entretanto, significa buscar a decisão divina num assunto
controvertido, quer uma disputa legal, quer um caso em que se precisasse de orientação.
Em dias futuros a “estola sacerdotal” viria a ser usada em tais ocasiões, aparentemente contendo os
Urim e Tumim, ou seja, as pedras com as quais se determinavam os oráculos divinos (1 Sm 23:9; 28:6):
este sistema, entretanto, não viria a existir senão bem mais tarde (28:30).
Êx 18.16. E lhes declare os estatutos de DEUS. Moisés evidentemente considerava sua tarefa judiciária
como um ministério de ensino, declarando aos israelitas os “estatutos”, “leis” e “decisões” ou
“instruções” divinos, dados em ocasiões específicas para tratar de casos específicos.
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
Talvez tenhamos aqui o processo pelo qual a lei mosaica veio a se formar, uma combinação de grandes
princípios de revelação e sua aplicação à vida cotidiana no deserto.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 136.
Êx 18.14,15 — A importante conversa entre o profeta e seu sogro mostra um lado bastante humano de
Moisés. Ele era motivado por um desejo de fazer tudo de forma correta, mas suas atidades consumiam
muito tempo e energia para serem realizadas por apenas um homem. Jetro notou isso naquele dia (v.
17,18).
Êx 18.16 — A expressão vem a mim (hb. yarâ, no tema hiphil, fazer saber, dirigir) é uma forma da
palavra da qual o substantivo Torá (lei, hb. tôrâ) é derivado. O versículo sugere que as leis do Senhor
eram gerais, na concepção original, e, posteriormente, aplicadas caso a caso. Sem dúvida alguma,
muitas das regras específicas no livro de Êxodo são o resultado deste processo: a aplicação dos
princípios gerais em situações determinadas (Êx 21.1).
Êx 18.17-24 — Há, algumas vezes, a ideia de que os servos do Senhor só aceitam as palavras vindas
de outras pessoas de fé. Entretanto, muitos indivíduos que não possuem a mesma crença no verdadeiro
DEUS vivo têm experiência e entendimento de questões importantes. O sábio é aquele que é capaz de
ouvir e aprender coisas boas, não importando sua religião.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 162.
3. O líder necessita de ajudantes (Êx 18.18).
Uma das lições que Jetro ensinou a Moisés é que ele precisava de outras pessoas para partilhar
responsabilidades. Ninguém que trabalha em posição de liderança consegue fazer todas as suas
atividades sem ajuda. Há trabalhos que dependem de apenas uma pessoa, mas boa parte dos trabalhos
precisa ser executada por um grupo de pessoas. Todo trabalho que exige coletividade exige liderança, e
dependendo da complexidade do trabalho, vários líderes são necessários na empreitada.
O líder deve treinar seus auxiliares e aprender a confiar neles. Deve orientá-los no sentido de seguirem
os parâmetros estabelecidos e cuidarem daquilo que foi proposto. Jetro disse a Moisés:
E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a DEUS, homens de verdade, que
aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta
e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a
ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão
contigo. Se isto fizeres, e DEUS to mandar, poderás, então, subsistir; assim também todo este povo em
paz virá ao seu lugar. (Êx 18.21-23).
As questões já discutidas e resolvidas poderiam ser resolvidas da mesma maneira pelos auxiliares
tendo como exemplo o que Moisés já havia resolvido antes. (Observação minha - Ev. Henrique).
A recomendação de Jetro sobre os auxiliares de Moisés não pode ser esquecida em nosso estudo. Ele
recomendou que Moisés selecionasse homens capazes (pessoas que tinham habilidade de lidar com
outras pessoas, ouvir e resolver problemas), tementes a DEUS (um requisito básico para se lidar com o
povo de DEUS, pois estariam julgando o povo de acordo com a vontade de DEUS), homens de verdade
(homens sobre os quais não poderia recair suspeitas, e cujas ações demonstrassem sua
respeitabilidade), que aborrecessem a avareza (essa característica não poderia passar em branco, visto
que se uma pessoa for trazer pareceres vinculados ao dinheiro, com certeza seu parecer será
tendencioso - não corrúptos seria bem traduzido - Observação minha - Ev. Henrique). Eles seriam
colocados, conforme suas capacidades, sobre grupos de pessoas, maiores ou menores conforme a
quantidade designada, e deveriam resolver os problemas mais simples, e os mais complexos deveriam
ser levados a Moisés.
Eles deveriam ser ensinados nos estatutos e nas leis para que pudessem julgar o povo de DEUS de
forma correta. Se um líder não conhece as regras pelas quais deve se pautar para tomar decisões, ou
para decidir entre pessoas, não poderá liderar. Ninguém exerce a liderança sem ter em mente princípios
norteadores pelos quais agir. Portanto, o conselho de Jetro é válido para os nossos dias. Líderes
precisam conhecer a lei de DEUS e os princípios pelos quais tomarão suas decisões. Conhecer
princípios de liderança e como aplicá-los faz a diferença entre um bom e um mau líder.
Lembremo-nos de que aqueles homens não foram chamados para tomar o lugar de Moisés na liderança
do povo, mas para ajudá-lo a exercer de forma efetiva sua liderança. Eles levariam o peso do trabalho de
Moisés com ele, e não tomariam o lugar dele. Aqui cabe uma observação aos que estão sendo
chamados a ajudar líderes. Quando uma pessoa é escolhida para ajudar em um ministério, ela está
sendo chamada para auxiliar, para cooperar, não para comandar ou dar um golpe no seu próprio líder.
Há pessoas em nossas igrejas que se deixam enganar quando escolhidas para ajudar em uma
determinada função. Começam a pensar que logo estarão no topo do comando, que terão o próprio
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ministério, que agirão de acordo com sua própria vontade e que não prestarão contas a ninguém. Há
pessoas que nesse sentido logo se rebelam contra seus líderes e fazem o que podem para dividir o
rebanho do Senhor.
Aqui reside grandeza dos líderes auxiliares: eles sabem que estão servindo a DEUS sob a liderança de
outro líder escolhido por DEUS, ao qual devem prestar obediência. E com essa obediência poderão ser
escolhidos por DEUS para desafios maiores, em outras esferas, inclusive liderando outros até no
rebanho do Senhor.
Futuros líderes podem ser ensinados
Quando Jetro falou com Moisés, recomendou que ele ensinasse os estatutos e as leis ao povo, antes de
escolher as pessoas que iriam ajudá-lo. Ou seja, os auxiliares do legislador deveriam ser instruídos para
serem úteis ao trabalho que lhes seria confiado. Conhecer os procedimentos normais de nossas
atividades na obra do Senhor faz parte de nossas obrigações diante dEle. O líder precisa estar sempre
pronto a aprender.
Se por um lado aqueles líderes deveriam conhecer a lei de DEUS para poderem exercer seus
julgamentos, é preciso lembrar que foi responsabilidade de Moisés ensinar-lhes a Lei de DEUS e seus
estatutos. Um líder não pode cobrar de seus liderados atitudes que não lhes foram ensinadas. Portanto,
como líder, Moisés não apenas deveria partilhar com homens escolhidos sua autoridade, mas também
ensiná-los a exercerem suas funções.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 81-83.
Êx 18.18 Desfalecerás, assim tu, como este povo. Havia fadiga coletiva, em resultado do que Moisés
estava fazendo. Ele precisava aprender a delegar autoridade, resolvendo somente as questões mais
difíceis, como fazem os juízes das cortes supremas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
381.
Jetro discordava do método que Moisés empregava, e tinha liberdade com ele, para dizer-lhe isto, w.
14,17,18. A sabedoria é benéfica para orientar, para que não nos contentemos com menos do que o
nosso dever, nem nos sobrecarreguemos com aquilo que está além das nossas forças.
2. Jetro o aconselhou a um modelo de governo que melhor serviria à intenção, que consistia em:
(1) Que Moisés reservasse a si mesmo todas as questões referentes a DEUS (v. 19): “Sê tu pelo povo
diante de DEUS”.
(2) Que Moisés nomeasse juizes nas diversas tribos e famílias, que deveriam julgar as causas entre os
homens, e decidi-las.
(3) Poderia haver uma apelação, se houvesse causa justa para isto, destas cortes inferiores ao próprio
Moisés. “Todo negócio grave tragam a ti”, v. 22.
3. Ele acrescenta duas qualificações ao seu conselho:
(1) Que grande cuidado deveria ser tomado na escolha das pessoas a quem esta tarefa seria confiada
(v. 21). “homens capazes” Mentes esclarecidas e corações valentes fazem bons juízes. O temor a
DEUS é aquele princípio que irá melhor fortificar um homem contra todas as tentações à injustiça,
Neemias 5.15; Gênesis 42.18. Para integridade e honestidade - homens de verdade - Para desprezo
nobre e generoso da riqueza do mundo - odiando a avareza, não somente não procurando subornos nem
desejando enriquecer a si mesmos, mas odiando o simples pensamento disto.
(2) Para que possa receber a instrução de DEUS no caso (v. 23): “Se isto fizeres, e DEUS to mandar”.
Jetro sabia que Moisés tinha um conselheiro melhor do que ele, e a este ele o encaminha. Observe que
os conselhos devem ser dados com humilde submissão à Palavra e à providência de DEUS, que sempre
devem prevalecer.
Moisés não confiou ao povo a escolha dos magistrados, pois o povo já tinha feito o suficiente para provar
que não era adequado para tal tarefa. Mas ele mesmo os escolheu, e os indicou - alguns para uma
posição mais elevada, outros para uma posição menos elevada, os mais inferiores provavelmente
subordinados aos superiores. Temos motivos para considerar o governo como uma misericórdia muito
grande, e para agradecer a DEUS pelas leis e magistrados, para que não sejamos como os peixes do
mar, onde os maiores devoram os menores.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.
pag. 287.
II - OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO
1. DEUS levanta auxiliares (Êx 18.21).
Os recursos humanos dos céus sempre estão cheios de pessoas para que venham trabalhar na obra do
Senhor. Quando JESUS disse que a seara era grande e que havia poucos ceifeiros para trabalharem
nela, não ordenou aos seus discípulos que fosse atrás de obreiros, mas que orassem a fim de que o
Senhor da seara enviasse ceifeiros para a sua seara. E DEUS levantou ajudantes para Moisés.
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No Novo Testamento, vemos que DEUS levanta auxiliares e cooperadores nas atividades em sua obra.
Quando a igreja em Jerusalém precisou de pessoas para ajudarem os apóstolos a recomendação deles
foi: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e
de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” (At 6.3).
Aqui está a origem dos diáconos. Enquanto os discípulos se dedicariam à oração e à Palavra, esses
homens iriam ajudar a assistência social da igreja.
Estêvão e Felipe, por ezemplo - esses homens tinham a nobre função de auxiliar os apóstolos na esfera
social da igreja. Eles deveriam ter como características:
Boa reputação. Ser cheios do ESPÍRITO SANTO. Cheios de sabedoria. Era preciso que fossem
apresentados publicamente para prestarem seus serviços. A igreja deveria saber quem eram e respeitálos, pois tinham o aval dos apóstolos para aquelas atividades.
Lembremo-nos de que, no caso de Moisés, a nação já possuía homens que poderiam ser escolhidos
para ajudá-lo, mas só foram escolhidos após a orientação de Jetro e fizeram a diferença no ministério de
Moisés.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 83-85.
Êx 18.21 “Moisés deveria tratar de casos sem precedente legal, que requeriam um oráculo especial (cf.
Deu. 17.8-13). Os casos ordinários seriam manuseados por líderes leigos (Núm. 11.16-22; 24.25) ou por
juízes nomeados (cf. Deu. 16.18-20)” (Oxford Annotated Bible, in loc.).
Teriam de ser juízes imparciais, que buscassem razões espirituais e morais em seus julgamentos.
Teriam de abominar a cobiça, não desejando coisas para si mesmos nem se mostrando parciais.
Devemos entender que os tribunais de apelo formam um poder ascendente. Paralelamente, devemos
entender que os casos julgados também deveriam ser dispostos em importância ou dificuldade
ascendente. O homem com autoridade sobre dez cuidaria de questões menores. O homem com
autoridade sobre mil teria maior autoridade e julgaria os casos mais sérios, da mesma forma que um
general tem maior autoridade do que um sargento. Mas cada homem teria uma autoridade absoluta para
seu próprio tipo de problemas. Um homem de menor autoridade poderia transferir para outro, de maior
autoridade, qualquer caso que não pudesse resolver. Assim, um caso poderia chegar até Moisés.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
382
Êx 3. 21. Procura dentre o povo. “ Procurar” é o sentido mais básico deste verbo, aqui a ideia secundária
de “ escolher” .
Homens capazes. O termo hebraico empregado poderia ter significado militar, indicando um soldado de
valor. Com o passar do tempo veio a significar “ um homem de bem” . Podemos comparar o uso de frase
semelhante em Provérbios 12:4, em relação à esposa ideal.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 136-137.
Quem não estivesse satisfeito com uma sentença de instância inferior poderia apelar para um tribunal
superior. Isto significaria que inumeráveis sentenças não chegariam a Moisés (22).
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 182.
2. Os auxiliares de Moisés (Êx 18.25).
Dentre os diversos auxiliares de Moisés, podemos destacar:
Miriã. Irmã de Moisés, era profetisa e entoava louvores ao Senhor. Foi uma coluna na história de Moisés.
Arão. Irmão de Moisés, acompanhou sua história desde o Egito e foi escolhido por DEUS para ser
sacerdote em Israel.
Os anciãos. Pessoas de mais idade entre o povo, foram pessoas que muito auxiliaram Moisés em sua
liderança na condução do povo à Terra Prometida. Espera-se, por esse exemplo, que as pessoas de
mais idade estejam aptas a ser bons conselheiros aos líderes mais novos.
Jetro. Jetro era um midianita. Mesmo não sendo israelita, concedeu abrigo a Moisés e lhe deu uma de
suas filhas como esposa quando Moisés fugiu do Egito. Pelas palavras que disse a Moisés, mostrou ser
uma pessoa sábia e experiente. Ele muito ajudou Moisés em seu ministério, permitindo que no período
em que esteve em Midiã aprendesse a pastorear ovelhas e conhecesse os caminhos do deserto.
As palavras de Jetro para com Moisés e a atenção que Moisés deu ao sogro mostram o quanto havia
respeito entre eles. Quando Jetro viu o que acontecia com Moisés, falou-lhe com brandura, e Moisés
atendeu à voz de seu sogro, sendo posteriormente abençoado por DEUS.
Josué. Este foi um servo de Moisés que é apresentado na Bíblia como aquele que seria o seu substituto
na condução do povo à Terra Prometida. Josué era um combatente, um homem de armas, e foi usado
por DEUS para abrir o caminho das conquistas ordenadas por DEUS.
Não podemos nos esquecer de Zípora, esposa de Moisés, pois ela cuidava da família de Moisés e
lhe dava o amor e carinho básicos para um esposo (observação minha - Ev. Henrique).
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 85-86.
Êx 18.24,25 Moisés, ouvindo os conselhos de Jetro, pôs em ação o método de seu sogro. O vs. 25
repete os números dados no vs. 21. É provável que os anciãos de cada tribo, conhecendo as
qualificações das pessoas de suas respectivas tribos, tenham sido postos a trabalhar na seleção de
oficiais, ao passo que os próprios anciãos retiveram sua autoridade como oficiais maiores do sistema.
O Targum de Jonathan informa-nos os números envolvidos: seiscentos chefes de mil; seis mil chefes de
cem; doze mil chefes de cinquenta; sessenta mil chefes de dez. Jarchi e o Talmude falam no mesmo
sentido. A soma total, no Talmude, sobre o sistema coletivo, é de setenta e oito mil homens. Esses
números estão baseados no trecho de Números 1.46, mas vários intérpretes não concordam com isso,
como Aben Ezra. E não dispomos de meios para saber se esses cálculos estão ou não com a razão.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
382.
Moisés não desprezou este conselho por não ser dado por alguém que não era, como ele, familiarizado
com as palavras de DEUS e as visões do Todo-poderoso. Mas “deu ouvidos à voz de seu sogro”, v. 24.
Quando considerou o assunto, ele viu como era razoável o que o seu sogro propunha, e decidiu colocar
o conselho em prática
- o que fez pouco tempo depois, quando já tinha recebido instruções de DEUS sobre o assunto.
Observe que não são tão sábios como julgam ser aqueles que se julgam sábios demais para receberem
conselhos. Pois um homem sábio (que verdadeiramente o é) irá ouvir, e continuará ouvindo, e não
desprezará bons conselhos.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.
pag. 287.
Êx 18.24-27 — Podemos ver claramente o caráter de Moisés neste trecho. Ele aceitou de bom grado, ou
seja, deu ouvidos ao conselho e decidiu melhorar a maneira como estava fazendo as coisas.
Isso também é um sinal de sua habilidade de liderança e de sua falta de soberba (Nm 12). O registro de
que Jetro voltou para sua terra não é uma conclusão moral, mas apenas uma declaração de sua viagem.
Ao retornar para sua casa, Jetro disseminaria todo o conhecimento vivenciado acerca do verdadeiro
DEUS. Faria isso em uma época em que os israelitas conservavam tal entendimento entre seu povo.
Jetro, o sacerdote de Midiã, tornou-se Jetro, o ministro do Senhor.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 162.
MIRIÃ Filha de Anrão e Joquebede, e irmã de Arão e Moisés (Êx 15.20; Nm 26.59). Sem dúvida, ela foi
a Miriã que protegeu o cesto de juncos no qual Moisés foi escondido. Foi mencionada pela primeira vez e
chamada de profetisa por ocasião da jubilosa celebração que liderou depois da travessia do mar
Vermelho (Êx 15.20,21). Ela pecou quando foi insubordinada à vontade de DEUS, e incitou Arão contra
Moisés. Ela e Arão se opuseram ao seu destaque e posição de respeito. Como resultado do seu
envolvimento e liderança da rebelião, DEUS a castigou com lepra. Moisés orou por sua recuperação e
DEUS ouviu sua oração. Durante o tempo da sua recuperação, Israel não prosseguiu em sua
peregrinação (Nm 12.1-16). Ela morreu em Cades-Barnéia e foi sepultada ali (Nm 20.1).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1290.
ARÃO.
1. A Família. Arão era o filho mais velho de Anrão e Joquebede. Anrão pertencia à família de Coate, filho
de Levi (Êx 6.16). A genealogia dada sugere que Anrão era um dos filhos de Coate. O nome da mãe de
Arão era Joquebeque (“Yahweh é glorioso”), que pode ser significativo, visto que os nomes combinados
com Yahweh eram raros nesse período inicial. A esposa de Arão era Eliseba, irmã de Naassom,
aparentemente o príncipe de Judá que foi um ancestral de Davi (Êx 6.23; Rt 4.20; lCr 2.10). Ele possuía
quatro filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Êx 6.23), sendo os primeiros dois mortos por causa de
um ato de sacrilégio (Lv 10.Is.).
2. O porta-voz de Moisés. O papel subordinado de Arão, quando comparado com o de Moisés, é
indicado claramente. Ele foi completamente ignorado até que Moisés mostrou a sua quase insuperável
indisposição de obedecer ao chamado de DEUS para ser o libertador de Israel. “Não é Arão, teu irmão, o
levita?” (Êx 4.14 . O modo de construção da pergunta é notável. A expressão “teu irmão” indica que Arão
possuía sua posição primariamente pelo seu relacionamento com Moisés. Parentesco e descendência
tinham um papel proeminente na história bíblica. Arão foi chamado “irmão de Moisés” onze vezes. A
essa altura ele tinha oitenta e três anos de idade (Êx 7.7), e a designação “o levita” sugere que ele
ocupava uma posição proeminente nessa tribo específica de israelitas escravizados. O texto
simplesmente diz que ele falava fluentemente (heb. “ele pode certamente falar”) e ele substituiria a
lentidão de Moisés ao falar (heb. “pesado de boca e pesado de língua”).
3. Arão e o Êxodo. Arão esteve constantemente associado a Moisés na apresentação de atos poderosos
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
que ocasionaram a libertação (Êx 5-13). O cajado como símbolo de autoridade foi manejado algumas
vezes por Arão. DEUS frequentemente falou a ambos, Moisés e Arão, mas raramente a Arão sozinho.
Arão não teve parte alguma na entrega da lei, mas ele e seus dois filhos mais velhos, juntamente com
os setenta anciãos, testemunharam a auto manifestação de DEUS e comeram e beberam na presença
de DEUS (Êx 24.9-11).
4. Arão e o Tabernáculo. Para ela foram confeccionadas vestes e para seus filhos também, tudo feito
por Bezalel de Judá e por Aoliabe de Dã (Êx 31.1-6) e também pelos que possuíam coração disposto
dentre o povo (Ex 35.21-35), “como o Senhor havia ordenado...” (Êx 39.43).
5. A investidura de Arão. Os sacerdotes, e especialmente Arão, usaram uma vestimenta especial. Muito
é dito a respeito das roupas que foram confeccionadas para Arão, “para glória e ornamento” (Êx 28.2),
especialmente o cinto e o peitoral sobre o qual foram gravados os nomes das doze tribos (Êx 28.9s., 21.
29), e o Urim e o Tumim (q. v.). A “lâmina de ouro” com a gravação “Santidade ao Senhor” (“Yahweh”?)
(v.36) que foi colocado na frente da mitra, era simbólico de seu ofício.
6. Arão e o sacerdócio. O livro de Levítico é o manual para os sacerdotes.
7. O Dia da Expiação. O ritual no qual Arão como sumo-sacerdote, e os sumo-sacerdotes que o
seguiram, exercia um papel distinto era a cerimônia do Dia da Expiação (Yom Kippur) (Lv 16), quando o
sumo-sacerdote fazia expiação pelo Tabernáculo, pelos sacerdotes e pelos filhos de Israel “por causa
dos seus pecados uma vez por ano” (Lv 16.34).
8. Meribá. A vida de Arão teve um fim trágico. A viagem no deserto de Zim (Nm 20.1) levou a mais uma
das muitas murmurações dos Israelitas — “não há água!” - O capítulo termina com uma breve narrativa
da investidura de Eleazar com as roupas do sumo-sacerdote Arão, e com a morte de Arão.
9. Arão, o homem. Se alguém ler corretamente o caráter deste irmão de Moisés, perceberá que Arão
possuía sua posição exaltada devido a duas coisas: uma prontidão no falar e seu parentesco com
Moisés.
10. Arão, o irmão desleal. Arão tinha a clara e total consciência de que ele possuía a sua posição
exaltada graças ao fato de ser irmão de Moisés. Ele mesmo chamou Moisés de “senhor” (Êx 32.22; Nm
12.11). Falou, juntamente com Miriã, contra Moisés (Nm 12) por causa de sua mulher cusita (Zípora).
11. Arão e os críticos. Naquele tempo do Êxodo, ele perdia somente para Moisés em proeminência.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 417-420.
ARÃO Ele tinha três anos quando seu irmão Moisés nasceu (Êx 7.7). Teve quatro filhos com sua
esposa Eliseba. Nadabe, Abiu, Eleazar e Itamar. Arão tinha permanecido no Egito durante os quarenta
anos da ausência de Moisés, foi em seguida encontrá-lo na "montanha de DEUS" e o reapresentou à
comunidade dos hebreus no Egito (Éx 4.27-31). Moisés deveria receber a mensagem diretamente de
DEUS e era obrigação de Arão transmitir essa mensagem ao povo (Êx 4.16).
Arão aparece no Monte Sinai como um ancião que, como representante de seu povo, tinha permissão,
juntamente com seus dois filhos, Moisés e mais 70 anciãos de se aproximar da própria presença do
Senhor (Ex 24.1-11).
O consequente florescer do poder de Arão serviu para justificá-lo, bem como o seu sacerdócio perante
toda a nação (Nm 17). Ele morreu no Monte Hor com a idade de 123 anos (Nm 20.28).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 171-172.
ANCIÃO No Antigo Testamento.
Discussões Preliminares.
De modo geral, ancião é uma palavra que se refere aos lideres de um grupo ou comunidade, presumindose que os mesmos tenham idade avançada e sejam dotados de caráter maduro. No Antigo Testamento,
o termo se aplicava a vários oficios. Era o caso de Eliézer. o «mais antigo servo» de Abraão, em Gên,
24:2; certos oficiais da casa de Faraó, em Gên. 50:7; os principais servos de Davi, em 11 Sam. 12:17; e
os anciãos de Gebal (ver Eze. 27:9). No Egito, mui provavelmente os anciãos eram funcionários do
estado, pelo que o termo aplicava-se ali aos lideres e chefes políticos. Isso também sucedia entre os
israelitas, moabitas e midianitas (ver Núm. 22 :7). Não há que duvidar que o direito de primogenitura,
bem como a capacidade de chefe da família influenciaram tal uso, porquanto presumia-se que a idade
tinha algo a ver com o amadurecimento e a sabedoria, o que se refletia em boa variedade de costumes.
Os lideres das tribos naturalmente vinham dentre os anciãos pertencentes a essas tribos. Moisés e
Aarão, ao chegarem no Egito, reuniram os anciãos de Israel e anunciaram ao povo a comissão divina
que haviam recebido para liderarem o povo tirando-o do Egito. Os anciãos do povo acompanharam a
Moisés na primeira entrevista deste com o Faraó. Moisés também se comunicava com o povo por meio
dos anciãos (ver Êxo, 19:7 e Deu. 31:9). Setenta anciãos de Israel acompanharam Moisés até o monte
(Ex. 24:1). Esses anciãos também tinham o título de «príncipes». De acordo com a legislação mosaica,
esses anciãos tinham seus respectivos deveres e poderes (ver Deu. 19: 12 e 21 :3). Era
responsabilidade deles governarem e cuidarem para que a lei fosse cumprida (ver Jos, 20:4; Juí. 8:16 e
Rute 4:2). Nos salmos, os anciãos são aludidos como uma classe distinta de autoridade (ver Sal.
107:32. Ver também Lam. 2:10 e Eze. 14. Após o exílio. eles receberam uma autoridade muito
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
significativa.
Em cada sinagoga, havia um grupo governante de anciãos, de número variado. dependendo do número
dos membros da congregação. Era dentre esses anciãos, finalmente. que se formava o superior tribunal,
o Sinédrio.
Nos arquivos de Mari, do século XVIII A.C., e até mesmo na correspondência real da dinastia de Sargão,
no século VIII A.C., os anciãos aparecem como representantes do povo e defensores dos interesses
populares, embora antes disso eles não tivessem quaisquer funções administrativas. No império hitita,
entretanto, eles controlavam as questões municipais. Tais costumes eram praticamente universais entre
os povos antigos, e os israelitas não eram exceção. Mas, no caso de Israel esse costume era associado
às questões religiosas, visto que Israel era uma teocracia.
No Novo Testamento. Dentro do contexto judaico, nos dias neotestamentários, encontramos os anciãos
associados aos principais sacerdotes (ver Mat. 21:23) e aos escribas (ver Mat. 16:21), bem como ao
concilio (ver Mat. 26:29). No tocante aos anciãos ou pastores da Igreja cristã, não contamos com
qualquer informação especifica acerca de sua origem, mas tão-somente que os títulos «ancião», «bispo
= supervisor» e «pastor» são intercambiados (ver. Para exemplificar, Atos 20:28). A importância dos
anciãos cristãos aumentou, quando a Igreja se dispersou.
Esses anciãos eram líderes, pastores. mestres, supervisores, enfim, autoridades cristãs (ver Atos
15:22,23; Efé. 4:11; Atos 20:28; Heb. 13:7 e I Tes. 5:12).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 156.
ANCIÃO No AT hebraico, zaqen, lit., "aquele que tem barba", era um termo utilizado para designar um
homem de certo grau e posição entre seus irmãos. Entre os israelitas havia dois tipos de anciãos: os
"anciãos de Israel" que eram os chefes de família ou de clãs nas várias tribos, e os "anciãos" das
cidades construídas e habitadas depois da Conquista.
Embora os anciãos não fossem eleitos, durante a maior parte dos períodos de Moisés até Esdras, e
também na era intertestamentária, eles eram reconhecidos como o grupo de mais elevada autoridade
sobre o povo. Eles agiam como representantes da nação (Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e também
administravam muitos assuntos políticos e resolviam disputas entre as tribos (por exemplo, Finéias e os
dez chefes tribais ou anciãos, Js 22.13-33). Os anciãos da cidade formavam uma espécie de conselho
municipal cujos deveres incluíam a função de juízes com a finalidade de mandar prender assassinos (Dt
19.12), conduzir as investigações e inquéritos (Dt 21.2) e resolver conflitos matrimoniais (Dt 22.15; 25.7).
Os "anciãos de Israel", conhecidos primeiramente em Êxodo 3.16-18, foram reunidos por Moisés para
receber o anúncio de DEUS sobre a libertação do Egito. O pacto foi ratificado no Monte Sinai na
presença de 70 dos anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf. 19.7), os "nobres" ou os principais homens da
nação, "os escolhidos dos filhos de Israel" (24.11). Mais tarde, 70 anciãos foram especialmente ungidos
com o ESPÍRITO para ajudar Moisés a governar a nação (Nm 11.16-25). Nos casos em que toda a
comunidade pecasse, os anciãos da congregação ou da comunidade deveriam representá-la para fazer a
expiação (Lv 4.13-15).
A autoridade dos anciãos era, em princípio, maior do que a do próprio rei (cf. 2 Reis 23.1). Foi este grupo
que exigiu que Samuel designasse um rei (1 Sm 8.4-6), e foram partidários da aliança real que
estabeleceu Davi como rei (2 Sm 5.3). Na Babilónia, os anciãos eram o ponto central da comunidade
judaica que estava no exílio (Jr 29.1; Ez 8.1; 14.1; 20.1-5), e, após o retorno a Jerusalém, ainda
permaneciam ativos (Ed 5.5,9; 6.7,8,14; 10.8,14). Do Conselho de Anciãos (gerousia) do período
helenístico de Judá, desenvolveu-se a Grande Assembleia (Knesset) de judeus que, em 142 a.C,
concedeu grande poder a Simão, o líder macabeu (1 Mac 14.28). O Grande Sinédrio, com seus 71
membros, o supremo corpo legislativo anterior ao ano 70 d.C., constituía a mais elevada instituição dos
"anciãos de Israel". Em sua visão do céu, João viu 24 anciãos sentados sobre tronos que rodeavam o
trono de DEUS, vestidos de branco e ostentando coroas de ouro (Ap 4.4). Estes se prostram em
adoração, e depositam as suas coroas diante do trono de DEUS (4.10; cf. 11.16; 19.4). Com suas
harpas e salvas cheias de incenso, simbolizando as orações dos santos, eles cantam um novo cântico
ao Cordeiro (5.8-10). Como anciãos, eles representam o povo de DEUS; seus tronos e coroas
simbolizam um papel de reinado, enquanto seu ato de adoração e as salvas de incenso sugerem uma
função sacerdotal. Dessa maneira, eles parecem ser os principais representantes dos remidos como um
reino de sacerdotes (Ap 1.6; cf. 20.6; 1 Pedro 2.5,9; Êx 19.6). É possível discutir se o número 24 sugere
os 24 turnos do sacerdócio judaico, ou uma combinação das 12 tribos de Israel (indicando os santos do
AT) e dos 12 apóstolos (os líderes dos santos do NT).
ANCIÃOS Refere-se aos sábios de Israel que eram a fonte e os comunicadores das palavras de
sabedoria tradicionais. E usado na RSV em inglês somente em 1 Samuel 24.13, mas outros versículos
podem referir-se a eles de uma maneira velada, como, por exemplo, em Jó 12.12 e Isaías 3.2. A
expressão os "mais velhos de Israel" provavelmente também se refira a estes ensinadores respeitáveis.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 100-101.
JETRO No hebraico, «abundância», «excesso», «superioridade», «excelência». Esse era o nome do
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
sogro de Moisés. Ele foi sacerdote e príncipe de Midiã. Parece que, entre os midianitas, os seus
príncipes automaticamente também oficiavam como sacerdotes. Há uma certa confusão no tocante ao
nome desse homem, que a Bíblia não se dá ao trabalho de explicar. Ele é chamado Reuel, em Êxo. 2:18
e Núm. 10:29. Em Juí. 4:11, ele é chamado de Hobabe; mas, em Núm. 10:29 Hobabe parece ser o filho
de Reuel (Jetro). Todas as demais passagens, onde aparece esse homem, dão o seu nome como Jetro.
É possível que os nomes Reuel e Jetro fossem ambos nomes desse homem, o que não era um caso
único. Moisés passou quarenta anos em seu exílio em Midiã, enquanto se preparava para o seu ofício de
Libertador de Israel, em companhia de Jetro, e de uma de suas filhas, e de com a qual se casou, Zípora
(Êxo. 3:1; 4:18).
Residindo Moisés com seu sogro, aquele recebeu uma teofania da parte do DEUS de Abraão. O décimo
oitavo capítulo do livro de Êxodo registra a narrativa comovente de como, depois que Moisés conseguiu
retirar, com sucesso, do Egito, o seu povo de Israel, e estava acampado no deserto, Jetro, juntamente
com seus familiares (incluindo a esposa e os filhos de Moisés, que tinham sido deixados em Midiã),
vieram visitar Moisés, no deserto. Jetro estava muito satisfeito com o que Moisés fizera, e deu ao DEUS
de Israel o crédito pela operação inteira. Foi então que Jetro reconheceu a superioridade de Yahweh
sobre todos os deuses das nações, tendo-lhe oferecido sacrifícios e ofertas queimadas. Jetro observou
como Moisés estava trabalhando arduamente, a fim de tentar solucionar os inúmeros problemas que o
povo de Israel lhe trazia para julgar; e o aconselhou a nomear assessores, em vez de tentar atuar como
juiz exclusivo. E Moisés aceitou o conselho de seu sogro, tendo nomeado juízes e líderes de mil, de
cem, de cinquenta e de dez (ver Êxo. 18:24,25). Após esse incidente, Jetro partiu para a sua própria
terra.
Sabemos que os midianitas descendiam de Abraão por meio de Quetura (Gên. 25:2,4; I Crô. 1:32,33),
sendo possível que Yahweh fosse um dos nomes do Ser divino entre eles. Em português, usamos a
palavra latina para DEUS, isto é, DEUS; mas isso não significa que adoramos alguma divindade pagã
romana.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
4542.
JETRO Também foi aparentemente chamado de Reuel (Êx 2.18) e Hobabe ou Raguel (Nm 10.29). Era
um sacerdote dos nómades midianitas (q.v.) que residiam nas proximidades do monte Sinai (Êx 2.16;
3.1; 4.18). Era descendente de Abraão com Quetura (Gn 25.1,2) e, por conseguinte, possuía os
vestígios do verdadeiro conhecimento de Jeová (Êx 18.10-12). Moisés se casou com Zípora, uma das
sete filhas de Jetro, durante os 40 anos que permaneceu ao lado deste homem (Êx 2.22; 4.20; 18.3,4; At
7.29). Moisés pediu e recebeu de Jetro a permissão para retornar ao Egito (Êx 4.18-20). Foi
acompanhado por Zípora e seus dois filhos, porém Moisés mandou-os de volta a Jetro por alguma razão
desconhecida (Êx 4.24-26; 18.2).
Depois do êxodo do Egito, e enquanto os israelitas estavam nas proximidades do monte Sinai (cf. Êx
3.12 com 19.2,3), Jetro trouxe Zípora e seus dois filhos de volta para Moisés (18.1-6). Jetro fez coisas
notáveis nessa reunião:
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1049.
JOSUÉ (PESSOAS)
Ver o artigo separado sobre o livro de Josué, relacionado ao primeiro homem que, na Bíblia, recebeu
esse nome.
Josué, filho de Num, assistente e sucessor de Moisés.
a. Nome. Esse nome deriva-se do hebraico, Yehoshua, «Yahweh é salvação». Moisés mudou o nome
dele, de Oséias («salvação»), para Yehoshua. Ver Núm. 13:16 e 13:8. Esse é o equivalente
veterotestamentário de JESUS. A Septuaginta traduziu aquele nome hebraico para o grego, lesous, a
forma grega do nome hebraico.
b. Família. Ele era filho de Num, que era filho de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êxo. 33:11; Núm.
1:10).
c. Informes Históricos
1. Considerando-se a habilidade de Josué como estrategista militar, é possível que ele tivesse sido um
soldado profissional, treinado no Egito. A arqueologia dá-nos conta de que estrangeiros eram
contratados pelo exército egípcio. Moisés usou Josué como seu comandante militar, contra o ataque dos
amalequitas, em Refidim (Êxo. 17:8-16). A tarefa de Josué era organizar aquele bando de ex-escravos,
que tão recentemente haviam obtido a liberdade, organizando com eles um exército respeitável. A tarefa,
pois, não era nada pequena.
2. Josué era o ministro pessoal e assistente de Moisés, quando este recebeu a lei (ver Êxo. 24:13;
32:17).
3. Josué foi um dos espias enviados para obter uma visão geral da terra a ser conquistada. Ele foi um
dos dois únicos que deram um relatório bom, e encorajaram o ataque (Núm. 14:6-9).
4. O povo de Israel, como um todo, foi proibido de entrar na Terra Prometida, em face de desobediência
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20. 19/2/2014
Lição 8 - Moisés - Sua liderança
e incredulidade. Somente Josué e Calebe tiveram permissão, dentre aquela geração inteira, de entrar na
Terra Prometida (Núm. 26:65; 32:12; Deu. 1:34-40).
5. Josué foi comissionado para ocupar a liderança, após o falecimento de Moisés. Josué, pois, tornou-se
o novo pastor de Israel (Núm. 27:12-17). Ele recebeu a autoridade divina de Moisés (Núm. 27:20). Foi
ordenado por Moisés para assumir seu novo posto (Núm. 27:21-23; Deu. 3:21-28).
6. A tarefa de Josué consistia em liderar Israel na conquista da terra de Canaã (Jos. 1- 12). Se
excetuarmos uma comunidade que, através de engodo, conseguiu assinar um acordo de não-agressão
com Josué, ele conseguiu exterminar os habitantes de Canaã até o último homem, excetuando aqueles
lugares onde obteve vitórias apenas parciais.
7. Quando quase a totalidade da Palestina havia sido conquistada, Josué recebeu a tarefa de averiguar
que a mesma fosse dividida entre as doze tribos (Jos. 13-21).
8. Josué foi homem de notável habilidade como líder, conforme se vê em seu trabalho capaz, como o
general dos exércitos de Israel (Jos. 1-12), em sua capacidade de conduzir espiritualmente os israelitas,
estabelecendo os acordos apropriados (Jos. 8:30-35); ao orar pedindo poder e orientação espirituais, e
recebendo as mesmas (Jos. 10:10-14); em seu respeito pela mensagem espiritual e pelo uso que fazia
da mesma, o que tanto o ajudou a conduzir corretamente o povo de DEUS (Jos. 1:13-18; 8:3035,11:12,15; 14:1-5, 23:6). Quando da divisão da terra, ele mostrou ser um hábil administrador (Jos. 1321).
9. Foi Josué quem deu ao sistema tribal dos israelitas sua forma fixa, impondo o elemento do acordo
para fixação de terras específicas entre as diversas tribos (Jos. 24:1-28).
10. Idade avançada e morte. Quando o fim de sua vida terrena aproximava-se, Josué quis consolidar os
ganhos que obtivera. Convocou uma assembleia, com representantes de todo o povo de Israel, e
apresentou um solene discurso e incumbência, relembrando-os sobre o que fora realizado, e exortandoos a guardarem a aliança e continuarem na fé de seus pais. Em Siquém, foi renovada a aliança com o
Senhor. Josué faleceu com a idade de cento e dez anos, e foi sepultado em sua cidade, Timnate-Sera,
pertencente à tribo de Efraim (Jos. 24:29). Isso ocorreu em cerca de 1365 A.C.
d. Tipos. Na seção IX, no artigo sobre Josué (Livro), em seu primeiro ponto, mostramos como Josué é
símbolo de CRISTO. Ele foi o JESUS do Antigo Testamento. Ambos conduzem à Terra Prometida, e
ambos receberam uma autoridade acima da de Moisés. Aquela seção sublinha certo número de outros
tipos que se encontram no livro de Josué, e que nos são instrutivos.
e. Caráter de Josué. Foi Josué quem disse a Israel: «...escolhei hoje a quem sirvais... Eu e a minha
casa serviremos ao Senhor». (Jos. 24:15). Isso exprimiu a atitude que Josué teve durante toda a sua
vida. Ele foi uma personagem das mais fulgurantes do Antigo Testamento, a quem o próprio Moisés não
fez muita sombra. Sentimo-nos infelizes diante de tanta matança que houve na conquista da terra de
Canaã.
Problemas Especiais, segundo ponto, O Tratamento Dado aos cananeus, quanto a uma discussão
sobre essa questão. É óbvio que Josué sempre cumpriu o seu dever, sem nenhum grande desvio, sem
nunca haver cometido qualquer grave infração, o que também se vê no caso de todos os outros grandes
vultos do Antigo Testamento. Josué serve de ilustração do homem que confronta alguma imensa
dificuldade, mas a vence, porquanto nele não havia nem dúvida e nem hesitação, de tal modo que, com
coragem e resolução, ele foi capaz de realizar a tarefa que o Senhor lhe deu.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
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JOSUÉ - Líder dos israelitas em sua conquista da terra prometida.
Como tinha mais de 40 anos de idade quando deixou o Egito, e parecia bem qualificado para assumir o
comando das forças israelitas que lutaram contra os amalequitas em Refidim (Êx 17.8-16), é possível
que tivesse sido treinado pelo exército do Faraó. Durante aquele ano, no monte Sinai, Josué serviu como
auxiliar direto de Moisés quando esse último recebeu as leis, e todas as vezes que ia à tenda onde
encontrava e ouvia o Senhor (Êx 24.13; 32.17; 33.11). Mesmo depois de deixar o Sinai, Moisés
considerava Josué como um "moço" e achava necessário censurá-lo por proibir dois anciãos do
acampamento de profetizar (Nm 11.27-29).
Dos que iniciaram a jornada, somente Josué, Calebe e aqueles que tinham menos de 20 anos
permaneceram vivos ao final dos 40 anos, e receberam permissão para entrar em Canaã (Nm 26.65;
32.12; Dt 1.34-40). O Senhor ordenou a Moisés que desse a Josué o encargo de ser o novo pastor de
seu povo, quando o legislador entendeu que logo morreria ao invés de entrar em Canaã (Nm 27.12-23; Dt
3.21-29). Moisés solenemente investiu Josué com honra e autoridade perante Eleazar, o sumo
sacerdote, e toda a congregação, e compartilhou o espírito de sabedoria ao impor as mãos sobre ele
(Nm 27.18,23; Dt 34.9). Como parte dos preparativos finais de Moisés para a continuidade da aliança, ele
publicamente advertiu Josué a ser corajoso e forte a fim de levar Israel à terra de sua prometida herança
(Dt 31.3,7,8). Quando Moisés e seu sucessor se dirigiram à porta da tenda, DEUS comissionou Josué
de uma forma direta (Dt 31.14,15,23). Depois da morte de Moisés, o Senhor bondosamente repetiu essa
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
ordem particularmente a Josué, aumentando as suas promessas com a finalidade de encorajá-lo na
véspera da invasão de Canaã (Js 1.1-9).
Acampado a leste do Jordão, Josué enfrentou dois imensos problemas: (a) como cruzar o rio
transbordante; e (6) como vencer os adversários cananeus. DEUS lhes deu a vitória sobre os dois
obstáculos, enchendo de terror os habitantes da terra (Js 2.9-11) e interrompendo as águas do Jordão,
quando o povo marchou cheio de fé em sua direção e na hora em que os sacerdotes que carregavam a
arca pisaram em suas águas (3.14-17).
Josué demonstrou ser possuidor de grande disciplina ao obedecer às inusitadas táticas de DEUS para
vencer Jericó.
Ele subjugou o país como um todo, e promoveu a necessária segurança para permitir que cada tribo
entrasse e reclamasse a herança que lhe fora destinada.
Josué possuía as qualidades de um verdadeiro líder. Exibiu grande coragem desde a primeira batalha
contra os amalequitas em Refidim, mantendo-se firme todas as vezes que começavam a prevalecer, até
o seu ataque contra a associação de reis cananeus junto às águas de Merom. Era rápido ao receber e
obedecer às ordens de seu divino Comandante-em-Chefe (por exemplo, 5.13-6.5), e suficientemente
humilde para reconhecer sua constante necessidade de depender do Senhor - embora tenha deixado de
buscar a DEUS na questão da identidade dos enviados de Gibeão (9.14,15). Josué era um homem de
honra. Ele cumpriu o acordo feito com os dois espias sobre o lar de Raabe, e poupou a família desta
mulher quando a cidade de Jericó foi derrotada (6.22-25). Também não invalidou o tratado feito pelos
príncipes israelitas com os gibeonitas (9.18-26). Porém, a melhor qualidade que ele demonstrava era a
sua total devoção à lei de DEUS. Saturava a sua mente e o seu coração com a Palavra do Senhor.
Dessa maneira, a nação confiava em suas decisões (veja 1.13-18; 11.11,15; 14.1-5). Em meio às suas
primeiras campanhas, Josué dedicou tempo ao estabelecimento da aliança de Israel com a nova lei da
terra em seu próprio centro, em Gerizim e Ebal (8.30-35). Em seu discurso de despedida apelou ao
povo, pedindo que cada um renovasse o compromisso de sua aliança com o Senhor, exortando-os a
guardar e a fazer "tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés" (23.6).
Seu santo exemplo de temor e obediência ao Senhor continuou a influenciar a nação mesmo depois de
sua morte, e durante o período dos anciãos que a ele sobreviveram (24.31).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 195-197.
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III - QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER
1. Mansidão e humildade (Nm 12.3).
Não é incomum as pessoas buscarem qualidades em seus líderes. Bons líderes servem como bons
exemplos, e o mesmo ocorre quando um líder deixa a desejar com seu comportamento; logo é visto
como uma pessoa indigna de crédito por divorciar suas palavras de sua vida prática.
Moisés tinha suas limitações, como todos nós. Como homem, inicialmente resistiu à voz de DEUS
quando foi chamado para libertar Israel, mas depois obedeceu à ordem divina. Neste capítulo, vimos que
ele dedicava-se mais ao trabalho que à sua vida familiar, até receber a orientação de seu sogro. Por não
perceber que estava sozinho na liderança do povo, acabava sendo cercado de problemas de todos os
tipos, que poderiam ser resolvidos por outras pessoas.
Mas Moisés tinha também suas qualidades. Entre elas, destacamos:
Mansidão
A Palavra de DEUS apresenta Moisés como uma pessoa de coração manso. “E era o varão Moisés mui
manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3). Mansidão é a capacidade de
enfrentar problemas sem que se perca a calma. Essa foi a atitude de Moisés quando atacado por Miriã e
Arão, seus irmãos, no deserto. Ele não perdeu a calma naquela situação e deixou que DEUS resolvesse
o problema de rebeldia que seus próprios irmãos trouxeram.
Humildade
Moisés não era um líder soberbo. Ele não temeu partilhar sua autoridade com seus auxiliares a fim de
que o povo pudesse ser mais bem atendido em suas demandas. Ele aceitou com humildade o conselho
de Jetro, e viu como acatar aquele conselho permitiu que ele focasse sua liderança onde ela era mais
importante: conduzir o povo de acordo com os planos de DEUS. “A soberba precede a ruína, e a altivez
do espírito precede a queda” (Pv 16.18).
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 86-87.
HUMILDADE
“Nenhum homem será um grande líder, se quiser fazer tudo sozinho, ou se quiser receber todo o crédito
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Lição 8 - Moisés - Sua liderança
só para ele” . (Andrew Carnegie) Cuidado com os perigos de extrapolação do ego.
Qualquer líder que se propõe a aprender mais sobre humildade, precisa ouvir JESUS falar: “Tomai sobre
vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou MANSO E HUMILDE de coração” (Mt. 11: 29). No convite
ao discipulado, aparece embutido o mandamento da humildade.
O que é humildade? Uma das mais lindas definições de humildade que já ouvi é: “Humildade é fazer
silenciar todo o nosso saber diante da sabedoria de JESUS, é afirmar a nulidade de todo nosso poder.
Se CRISTO não estiver conosco, é ter a coragem de admitir que se está assentado no banco primário
da sabedoria de DEUS, é se ver na real medida da graça divina, nem acima e nem abaixo do que se é.
Na fila da História, humildade é considerar o próximo em primeiro lugar em relação a você. É ter a
coragem de servir aos iguais”.
A humildade de JESUS se manifestava na prática, no seu dia a dia.
Aquele que disse, “aprendei de mim que sou humilde”, também disse, “Bem-aventurados os humildes,
porque deles é o reino dos céus” (Mt. 5:3).
Josué Gonçalves. 37 Qualidades do Líder que Ninguém Esquece!. Editora Mensagem para todos. pag. 85-89.
Nm 12.3 Mui manso. A humildade era uma das grandes características de Moisés. Ver Êxo. 3.11. A
palavra hebraica aqui traduzida por “manso" é ‘anaw, “humilde”. A raiz desse termo hebraico é ‘ana,
“forçar à submissão". A melhor tradução, pois, é mesmo “humilde”. Contrariamente à maioria dos
ditadores, Moisés não era um homem arrogante. Ocupava a posição que ocupava por atribuição de
DEUS, e não porque tivesse ascendido à sua posição mediante poder e arrogância, impondo aos outros
a sua vontade. Isso nos mostra que Moisés não era o tirano que Miriã e Arão queriam que ele parecesse
ser. Sua autoridade era divinamente conferida. Ele era o homem apropriado para o momento, e não um
indivíduo que se tivesse exaltado a algum elevado ofício por meio de sua poderosa personalidade.
A autoria mosaica do Pentateuco é um dos problemas levantados por este versículo. Uma terceira
pessoa nos descreve aqui Moisés, e não ele mesmo.
O livro de Números sempre alude a Moisés na terceira pessoa do singular. Mas visto que Yahweh falava
por meio dele, suas tradições foram preservadas, sem importar se ele foi o compilador real de algum
livro, quanto à sua forma final.
As tentativas feitas por alguns intérpretes para forçar o texto a dizer que Moisés fora “alquebrado” e
“oprimido” por suas cargas e pelos ataques contra sua pessoa, em vez de ser um homem humilde, não
convencem. O texto não dá apoio a esse tipo de tratamento.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
647.
Nm 12. 3. Ele tinha muita razão para se ressentir da afronta. Ela era mal intencionada e inoportuna, em
um momento em que o povo se dispunha a um motim, e tinha recentemente lhe causado muita irritação
com suas queixas, e isto podia irromper novamente quando encabeçado e estimulado por Arão e Miriã.
Mas ele, como surdo, não ouvia. Quando a honra de DEUS estava em questão, como no caso do
bezerro de ouro, ninguém era mais zeloso que Moisés. Mas, quando a sua própria honra era atacada,
não havia homem mais manso. Corajoso como um leão na causa de DEUS, mas doce como uma ovelha
em sua própria causa. O povo de DEUS são “os mansos da terra” (Sf 2.3), mas alguns são mais
notáveis que outros, por esta graça, como Moisés, que assim se adequava ao trabalho ao qual fora
chamado, que exigia toda a mansidão que ele tinha, e às vezes, ainda mais. E às vezes a aspereza dos
nossos amigos é uma prova maior para nossa mansidão do que a maldade dos nossos inimigos. O
próprio Senhor JESUS CRISTO recorda a sua própria mansidão (Mt 11.29: “sou manso e humilde de
coração”). A mansidão que CRISTO estabeleceu era imaculada. Mas a de Moisés, não o era.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.
pag. 478.
2. Piedoso e obediente.
Moisés era um homem temente a DEUS. Piedade não se refere a fazer boas obras e caridade, mas a
ter o respeito por DEUS e por sua obra. Ser piedoso é o contrário de ser uma pessoa ímpia, que
despreza a DEUS e não trata sua Palavra de forma respeitosa.
Podemos confiar em DEUS para recebermos ajuda de pessoas comprometidas com o seu Reino,
pessoas que podem ser ensinadas nos estatutos e leis do Senhor, e que poderão ampliar o campo de
atuação de DEUS em nossos dias.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.
Editora CPAD. pag. 87.
PIEDADE Normalmente, o termo "piedade" é uma tradução da palavra grega eusebeia.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1534-1535.
OBEDIÊNCIA As palavras hebraicas e gregas traduzidas como "obedecer" ou "obediência" são
geralmente shama' e as formas cognatas de ak ouo. O significado básico de ambas é "ouvir". De fato,
muitas vezes que o tradutor se confronta com estas palavras e seus cognatos, é muito difícil determinar
se a tradução mais apropriada é "ouvir" ou "obedecer". Esta dificuldade, porém, oferece uma visão
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