O documento resume a obra de Tolstói "A Morte de Ivan Ilitch" sobre um jurista russo que viveu iludido pela prosperidade profissional e social, tendo um casamento infeliz e hipócritas como amigos. Quando adoece, só encontra conforto em um empregado humilde, reconhecendo tarde demais que não viveu como ser humano. O texto reflete sobre o caminho da vida, a importância do caráter e da humildade, e o que está além da morte.
2. Apresentação da Obra Obra de Leon Tolstói, apresenta a história da agonia e morte de um jurista russo chamado Ivan Ilitch casado com Praskovya Fiodorovna. A narrativa começa com o velório de Ivan, em sua casa. Na presença de vários conhecidos o corpo de Ivan presencia a hipocrisia daqueles com quem conviveu durante a vida cheia de ilusão pela notoriedade social.
3. A narrativa retrocede no tempo e nos começa a relatar o trabalho, ascensão e declinío deste homem iludido pela prosperidade profissional e também social. Seu trabalho e sucesso profissional teve tantos altos e baixos quanto pode oferecer uma vida solidificada sobre um alicerce de gelatina. Apresentação da Obra
4. Teve grande sucesso é verdade, mas no plano geral (família, trabalho, sociedade) era muito oscilante deixando sempre a sensação de que faltava algo para realmente estar completo, ou ser feliz. Seu casamento com certeza logo se demonstrou uma injustiça consigo e com Praskovya Fiodorovna. Logo ela mudou e ele mudou com ela fazendo do casamento uma relação entre demônios. Apresentação da Obra
5. Seu trabalho lhe rendia bom sustento financeiro, mas a cobiça de sua mulher e a sua própria não o deixavam se contentar com nada que poderiam ter. A roda social em que vivia exigia muito mais que diplomacia, exigia ótimo estomago. Seus “amigos” apresentavam o repetório de hipocrisia cada vez que se encontravam. Na verdade, Ivan nunca descobriou sinceridade nos olhos de outros com quem conversava a não ser por um empregado seu, Gerassim, fiel e de ótimo caráter. Apresentação da Obra
6. Neste empregado, simples e sempre bem disposto, encontrou conforto quando lhe apareceu a doença que viria a ser fatal. Ivan conheceu a dor humana e com ela a miséria daquele ser que por vezes se considera invulnerável. Apresentação da Obra
7. Mas, apesar de ter sofrido longos anos, e padecido inúmeras humilhações, sempre resistiu a reconhecer que havia encaminhado mal sua vida. Em realidade, no último instante, minutos antes de morrer, pode reconhecer a dura realidade: viveu tudo que poderia, mas não como ser humano. Apresentação da Obra
15. O que pode ser mais forte que a morte? O que interessa?
16. Primeiro : Por inúmeras vezes aparece alguém que se perturba ao pensar no rumo que sua vida esta trilhando, através das decisões que se esta tomando, seja por vontade própria ou por algum fato inusitado. A dúvida sobre o caminho trilhado
17. Realmente existem fatos que nos obrigam a tomar algumas decisões que influenciam nosso caminhar na vida, mas em nossa vida há mais decisões livres, escolhas baseadas em nossa vontade e esta, por vezes, movida pela paixão ou repulsa.
18. Não existe maneira de como saber com plena certeza se estamos tomando a decisão certa pensando ao longo prazo. Não existe fórmula matematicamente certa para uma vida bem encaminhada.
19. Mas o que fazer então? Cair num pessimismo existencial? Deixar tudo ao acaso? Certamente que não. O mais certo é que temos que ter certeza de estar tomando a decisão certa em cada fato com que se defronta, para adiante ter a consciência tranquila de que fez o que devia, naqueles determinados momentos. Assim, a vida se lhe apresentará realizada, trilhando o caminho certo.
20. Segundo : Falar de caráter parece meio na contramão da “mentalidade” predominante desta sociedade afundada em vícios egoístas. Mas em realidade é a mais tocante realidade da pessoa humana na sua dimensão social. A importância do caráter
21. Ao contrário de Ivan, com seu caráter empedernido, anestesiado as miséria humanas e a sensibilidade no trato altruísta, o ser humano precisa vitalmente formar um caráter que seja capaz de ter sensibilidade humana, que lhe faça a vontade ser equilibrada entre razão e sentimento, que lhe traga humanidade nos julgamentos movendo assim ações mais justas a si e aos outros.
22. Terceiro : A força interior para suster a si próprio diante dos outros. Um bom sustento exterior ajuda muito, e isso não podemos negar. Mas a grande força interior do ser humano é o responsável por grande parte das decisões que norteiam a vida de cada um.
23. Esta força interior, mais do que nos orientar e dar coragem para tomar certas decisões importantes ou no mínimo relevantes também nos sustenta diante dos outros, ou seja, nos faz passar a imagem certa da pessoa que queremos ser, honestamente ou desonestamente.
24. Mas o que é essa força interior, e donde ela vêm? Poderíamos ressumir esta força interior na seguinte forma: Moral + Caráter + Humanidade. Moral nos mostra as regras básicas da reta convivência entre o homem e sua natureza. Caráter ajuda a transmitir ou traduzir esta moralidade para o mundo fora de nós. Humanidade nos torna sensíveis aos homens como nós.
25. A virtude é mais do que acessório – como poderia se pensar. Ela simplesmente da nome ao movimento de nosso caráter, como humildade (diante de determinado fato, ou ação de alguém), sabedoria (diante de certa decisão difícil a tomar), etc. A virtude: importa? Quarto :
26. Resumindo, a virtude seja ela qual seja, é muito importante para transmitir as decisões formuladas em nosso caráter através da moral de acordo com nossa humanidade.
27. Quinto : Dentre as virtudes é claro que não poderia deixar de citar a humildade, pois ela, ao meu ver, é o substrato onde repousam as demais. A virtude da humildade é dispensável?
28. Voltando a Ivan, vamos notar ao longo de sua vida a ausência do mínimo de humildade, seja no trato com sua família seja no trato com os outros. Mas é claro que humildade não se trata apenas de relacionamento social, mas de comportamento interior. Uma pessoa humilde age humildemente quando sabe-se humilde, ou seja, reconhece sua pequenez em relação àquilo que o ser humano pode alcançar.
29. Sexto : O que seria da morte sem a consciência? Esta dúvida mais do que especulativa é reflexiva, ou seja, mais do que pretender encontrar explicações plausíveis, esta pergunta serve para reflexão sobre o exercício da consciência e a importância que damos a ela. A morte: ponto culminate da vida
30. Por que sofremos ante alguém agonizante? Nossa atitude ante alguém agonizante nos defronta com a possibilidade de nós mesmos nos encontrarmos algum dia nesta situação. Sofremos mais por saber que teremos um destino parecido mas que no fim levará ao mesmo ato final.
31. O que pode ser mais forte do que a morte? Para esta pergunta teremos que recorrer a dimensão religiosa, pois somente nela encontramos o que é mais forte do que a morte, ou seja, a fé em Deus.
32. Conlusão A obra de Léon Tolstói, A morte de Ivan Ilitch , nos oferece uma verdadeira miscelânea de pontos para análise ou reflexão, onde podemos tirar boas conclusões para auxiliar nossa vida ou até aconselhar-nos quando precisamos.