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DiretoriaDiretoria de Ensino dede Ensino de
CarapicuíbaCarapicuíba
Projeto Sala de LeituraProjeto Sala de Leitura
E.E.Conceição da Costa Neves- DepE.E.Conceição da Costa Neves- Dep
 SALA DE LEITURASALA DE LEITURA
 Professoras envolvidas no projetoProfessoras envolvidas no projeto
sala de leitura:sala de leitura:
 Sílvia Regina LazarusSílvia Regina Lazarus
 Maria Izabel WeishuaptMaria Izabel Weishuapt
Vidas Secas - Graciliano RamosVidas Secas - Graciliano Ramos
 Após a leitura do livro “Vidas Secas”os alunos do EnsinoApós a leitura do livro “Vidas Secas”os alunos do Ensino
Médio, fizeram uma breve discussão sobre a vida dosMédio, fizeram uma breve discussão sobre a vida dos
personagens da obra.personagens da obra.
 Discutimos a injustiça social,miséria,fome,Discutimos a injustiça social,miséria,fome,
desigualdades, as condições de sobrevivência subdesigualdades, as condições de sobrevivência sub
humanas.humanas.
 Falamos também sobre os dias da época do relato doFalamos também sobre os dias da época do relato do
livro até os dias de hoje.livro até os dias de hoje.
 Como vivem os Nordestinos, o que mudou,a estética daComo vivem os Nordestinos, o que mudou,a estética da
seca.seca.
 Narrador,Espaço,TempoNarrador,Espaço,Tempo
 Percebemos o quanto a vida é dura, que a falta dePercebemos o quanto a vida é dura, que a falta de
estrutura pode abalar o ser humanoestrutura pode abalar o ser humano
 Concluímos que nos dias de hoje, existem muitosConcluímos que nos dias de hoje, existem muitos
brasileiros que vivem na situação do Fabiano e da suabrasileiros que vivem na situação do Fabiano e da sua
cadela baleia.cadela baleia.
2ºano A do Ensino Médio2ºano A do Ensino Médio
Atividade proposta após a leituraAtividade proposta após a leitura
do livrodo livro
 Texto para as questões 1 a 3Texto para as questões 1 a 3
 ““No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócioNo dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio
notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiamnotou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam
das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferençadas do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença
era proveniente de juros.era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-
se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certezase perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza
havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabianohavia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano
perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando operdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o
que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar comoque era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como
negro e nunca arranjar carta de alforria!negro e nunca arranjar carta de alforria! ””
 (Graciliano Ramos, (Graciliano Ramos,  Vidas secasVidas secas,,
““ContasContas””))
 Em outra passagem de "Em outra passagem de "Vidas secasVidas secas", Fabiano é assim", Fabiano é assim
descrito: (...) tinha os olhos azuis, a barba e os cabelosdescrito: (...) tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos
ruivos.ruivos.
1-Tendo em vista essa descrição, a frase havia um erro no papel1-Tendo em vista essa descrição, a frase havia um erro no papel ”” DODO
BRANCO”BRANCO”
 a) é um lapso do autor, já que o tipo racial do patrão não diferente do de Fabiano.a) é um lapso do autor, já que o tipo racial do patrão não diferente do de Fabiano.
b) demonstra que Fabiano se serve da ironia para tentar desqualificar o patrão.b) demonstra que Fabiano se serve da ironia para tentar desqualificar o patrão.
c) só se justifica pelo desejo que tem Fabiano de ser tratado como um igual.c) só se justifica pelo desejo que tem Fabiano de ser tratado como um igual.
d)justifica-se quando associada às expressões era bruto trabalhar como negro.d)justifica-se quando associada às expressões era bruto trabalhar como negro.
e) prova que o patrão se valia de fatores raciais para se impor diante do caboclo.e) prova que o patrão se valia de fatores raciais para se impor diante do caboclo.

2.Nesse trecho do capítulo "Contas", de "2.Nesse trecho do capítulo "Contas", de " Vidas secasVidas secas", Fabiano se", Fabiano se
mostramostra
a) surpreendentemente revoltado, pois em nenhuma outra passagem da novela háa) surpreendentemente revoltado, pois em nenhuma outra passagem da novela há
nele desejo de reagir contra quem o oprime.nele desejo de reagir contra quem o oprime.
b) francamente indignado, mas, na sequência, mais uma vez não encontraráb) francamente indignado, mas, na sequência, mais uma vez não encontrará
palavras e forças para enfrentar quem o oprime.palavras e forças para enfrentar quem o oprime.
c) perturbado e indeciso entre os cálculos dos juros feitos pelo patrão e aquelesc) perturbado e indeciso entre os cálculos dos juros feitos pelo patrão e aqueles
feitos pela mulher.feitos pela mulher.
d) como alguém que se sente um bicho, para quem toda violência humana éd) como alguém que se sente um bicho, para quem toda violência humana é
equivalente às violências da natureza.equivalente às violências da natureza.
 e) irritado e desconfiado, mas, na sequência, terá certeza da trapaça e acabará pore) irritado e desconfiado, mas, na sequência, terá certeza da trapaça e acabará por
se impor diante do patrão.se impor diante do patrão.
..

3.Um dos mais frequentes recursos do narrador de "Vidas secas" é a
utilização do discurso indireto livre, no qual a voz do narrador e a da
personagem parecem se confundir. É exemplo desse tipo de discurso
a frase:
a) Estava direito aquilo?
b) Reclamou e obteve a explicação habitual.
c) Não se descobriu o erro.
d) ... a diferença era proveniente de juros.
e) ... ao fechar o negócio notou ...
 44..O romance "O romance "Vidas SecasVidas Secas", de Graciliano Ramos, publicado em 1938, é", de Graciliano Ramos, publicado em 1938, é
um marco da ficção social brasileira, pois registra de forma bastanteum marco da ficção social brasileira, pois registra de forma bastante
realista a vida miserável de uma família de retirantes que vive no sertãorealista a vida miserável de uma família de retirantes que vive no sertão
nordestino. A cachorra Baleia tem um papel especial no livro, pois énordestino. A cachorra Baleia tem um papel especial no livro, pois é
sobretudo na relação dos personagens com esse animal que podemossobretudo na relação dos personagens com esse animal que podemos
perceber que elas não se desumanizam, apesar de suas condições deperceber que elas não se desumanizam, apesar de suas condições de
vida. Considerando essa ideia , explique qual a importância do capítulovida. Considerando essa ideia , explique qual a importância do capítulo
""BaleiaBaleia" no romance." no romance.
 __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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
 5."Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele5."Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele
estado, com a família morrendo de fome,estado, com a família morrendo de fome,
 comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depoiscomendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois
tomara conta da casa deserta. ELE, a mulhertomara conta da casa deserta. ELE, a mulher
 e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos —e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos —
e a lembrança dos sofrimentos passadose a lembrança dos sofrimentos passados
 esmorecera (...).esmorecera (...).
 —— Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.
 Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iamConteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam
admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensandoadmirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando
 bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardarbem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar
coisas dos outros. (...) Olhou em torno, comcoisas dos outros. (...) Olhou em torno, com
 receio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frasereceio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frase
imprudente. Corrigiu-a, murmurando:imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
 —— Você é um bicho, Fabiano.Você é um bicho, Fabiano.
 Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz deIsto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de
vencer dificuldades".vencer dificuldades".
 Pode-se reconhecer nesse fragmento:Pode-se reconhecer nesse fragmento:
 a) a linguagem oral e carregada de expressões de origem indígena do romancea) a linguagem oral e carregada de expressões de origem indígena do romance
"Macunaíma", de Mário de Andrade,"Macunaíma", de Mário de Andrade,
 um dos marcos do Modernismo brasileiroum dos marcos do Modernismo brasileiro
 b) um retrato alegórico do sertão, realizado com as inovações linguísticasb) um retrato alegórico do sertão, realizado com as inovações linguísticas
características de "Grande Sertão:características de "Grande Sertão:
 Veredas", escrito por Guimarães RosaVeredas", escrito por Guimarães Rosa
 c) o tema da miséria nordestina retratado em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos,c) o tema da miséria nordestina retratado em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos,
representante da prosa regionalistarepresentante da prosa regionalista
 da segunda geração modernistada segunda geração modernista
 d) o enaltecimento das riquezas naturais do Brasil, típico do Romantismo, emd) o enaltecimento das riquezas naturais do Brasil, típico do Romantismo, em
particular na obra "O Guarani", de Joséparticular na obra "O Guarani", de José
 de Alencarde Alencar
 e) a intenção de analisar e conhecer cientificamente o povo nordestino e seue) a intenção de analisar e conhecer cientificamente o povo nordestino e seu
ambiente, objetivo de "Os Sertões", de Euclides da Cunhaambiente, objetivo de "Os Sertões", de Euclides da Cunha
 6) Sobre a obra todas as alternativas estão corretas, EXCETO: 6) Sobre a obra todas as alternativas estão corretas, EXCETO: 
a) O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudeza) O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudez
introspectiva, em precárias condições físicas e num degradante estado de condiçãointrospectiva, em precárias condições físicas e num degradante estado de condição
humana. humana. 
b) O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se comb) O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se com
grande coesão ao longo da obra, colocando o narrador como decifrador dosgrande coesão ao longo da obra, colocando o narrador como decifrador dos
comportamentos animalescos dos personagens. comportamentos animalescos dos personagens. 
c) O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente emc) O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente em
todos os momentos, agindo de forma contínua sobre os seres vivos. todos os momentos, agindo de forma contínua sobre os seres vivos. 
d) A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e semd) A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e sem
ligação cronológica e o narrador é incisivo, direto, coerente com a realidade queligação cronológica e o narrador é incisivo, direto, coerente com a realidade que
fixou. fixou. 
e) O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e ae) O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e a
descrição do espaço não é minuciosa; pelo contrário, revela o espírito de síntese dodescrição do espaço não é minuciosa; pelo contrário, revela o espírito de síntese do
autor. autor. 

7) Baleia queria dormir. Acordaria feliz num mundo cheio de preás. E7) Baleia queria dormir. Acordaria feliz num mundo cheio de preás. E
lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças selamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se
espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiroespojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro
enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. Sobre oenorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. Sobre o
texto acima, é correto afirmar quetexto acima, é correto afirmar que ::
a) há marcas próprias do chamado discurso direto através do qual são reproduzidasa) há marcas próprias do chamado discurso direto através do qual são reproduzidas
as falas das personagens.as falas das personagens.
 b) o narrador é observador, pois conta a história de fora dela, na terceira pessoa, b) o narrador é observador, pois conta a história de fora dela, na terceira pessoa,
sem participar das ações, como quem observou objetivamente os acontecimentos. sem participar das ações, como quem observou objetivamente os acontecimentos. 
c) quem conta a história é uma das personagens, que tem uma relação íntima comc) quem conta a história é uma das personagens, que tem uma relação íntima com
as outras personagens, e, por isso, a maneira de contar é fortemente marcada poras outras personagens, e, por isso, a maneira de contar é fortemente marcada por
características subjetivas, emocionais. características subjetivas, emocionais. 
d) evidencia-se um conflito entre a protagonista Baleia e o antagonista Fabiano, poisd) evidencia-se um conflito entre a protagonista Baleia e o antagonista Fabiano, pois
este impede que a cadela possa caçar os preás.este impede que a cadela possa caçar os preás.
 e) o narrador é onisciente, isto é, geralmente ele narra a história na terceira pessoa, e) o narrador é onisciente, isto é, geralmente ele narra a história na terceira pessoa,
sabe tudo sobre o enredo e sobre as personagens, inclusive sobre suas emoções,sabe tudo sobre o enredo e sobre as personagens, inclusive sobre suas emoções,
pensamentos mais íntimos, às vezes, até dimensões inconscientes. pensamentos mais íntimos, às vezes, até dimensões inconscientes. 
Memórias de um Sargento de milíciasMemórias de um Sargento de milícias
-Manoel Antonio de Almeida-Manoel Antonio de Almeida
    
   Após a leitura do livro “Após a leitura do livro “Memórias de um sargentoMemórias de um sargento
de Milíciasde Milícias “                “               
 os alunos do Ensino Médio , fizeram uma breveos alunos do Ensino Médio , fizeram uma breve
discussão sobre a vida dos personagens na obra.discussão sobre a vida dos personagens na obra.
    Discutimos Memórias de um Sargento de Milícias nosDiscutimos Memórias de um Sargento de Milícias nos
remete a imaginar como se vivia no Brasil na época emremete a imaginar como se vivia no Brasil na época em
que a corte portuguesa aqui esteve, a forma em que aque a corte portuguesa aqui esteve, a forma em que a
"lei" era tratada, a religiosidade fervorosa do povo, a"lei" era tratada, a religiosidade fervorosa do povo, a
cultura trazida pelos portugueses e o rápidocultura trazida pelos portugueses e o rápido
desenvolvimento que isso trouxe para a cidade do Riodesenvolvimento que isso trouxe para a cidade do Rio
de Janeiro.de Janeiro.
   Um romantismo diferente, que foge ao padrão sentimentalista e queUm romantismo diferente, que foge ao padrão sentimentalista e que
nos faz querer continuar a leitura a cada capítulo findado.nos faz querer continuar a leitura a cada capítulo findado.
 Falamos também sobre Manuel, narra seu livro, de forma tãoFalamos também sobre Manuel, narra seu livro, de forma tão
esplendorosa, que nos faz entrar no livro, enfaticamente, nosesplendorosa, que nos faz entrar no livro, enfaticamente, nos
tornando além de apenas espectadores dos atos, mas em diversastornando além de apenas espectadores dos atos, mas em diversas
vezes nos fazendo refletir sobre valores morais, éticos e aquelevezes nos fazendo refletir sobre valores morais, éticos e aquele
típico "Mas e agora, o que ele vai fazer?"típico "Mas e agora, o que ele vai fazer?"
 Extremamente detalhado, possui um enredo cômico, que nosExtremamente detalhado, possui um enredo cômico, que nos
transmite temas de muita seriedade de maneira reflexiva, porém,transmite temas de muita seriedade de maneira reflexiva, porém,
com certas paródias, que não fazem mal a ninguém, não é?com certas paródias, que não fazem mal a ninguém, não é?
 Um dos clássicos da literatura brasileira .História muito interessanteUm dos clássicos da literatura brasileira .História muito interessante
e uma ótima narrativa .Não é cansativo, como muitos livros dae uma ótima narrativa .Não é cansativo, como muitos livros da
literatura clássica brasileira.literatura clássica brasileira.
   
 Nome ____________________________________________________Nº___________   DataNome ____________________________________________________Nº___________   Data
___/____/_____       Série________/____/_____       Série_____
                                                                                         ATIVIDADESATIVIDADES
                                                        História de um sargento de milíciasHistória de um sargento de milícias
 ·         ·         1.Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de1.Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de
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tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.
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c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamentec) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente
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       d) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral   sempred) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral   sempre
emerge, condenado o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.  emerge, condenado o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.  
    e) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando ose) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os
caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimadocaminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado..
 2.  Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento2.  Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento
de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
“Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este“Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este
último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso,último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso,
vieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemosvieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemos
se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.”se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.”
Considere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavraConsidere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavra
   ingenuamente na última frase do texto:ingenuamente na última frase do texto:
  I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às  I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às
experiências desconhecidas do primeiro amor.experiências desconhecidas do primeiro amor.
  II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem  II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem
e as suas intençõese as suas intenções
 III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.
 Quais estão corretas?Quais estão corretas?

 a) Apenas Ia) Apenas I
b) Apenas IIb) Apenas II
c) Apenas IIIc) Apenas III
d) Apenas II e IIId) Apenas II e III
e) I, II e IIIe) I, II e III
 3.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria;3.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria;
aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção deaborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de
quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desdequem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde
tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria detempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de
hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo,hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo,
fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo erafazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era
maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu quemaganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que
passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pépassava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé
direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, edireito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e
deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era istodeu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto
uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado;uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado;
ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem destaao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta
vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos evez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e
familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de umfamiliares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um
sargento de milícias)sargento de milícias)..
Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e MariaNeste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria
a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses ema) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em
oposição ao refinamento dos brasileiros.oposição ao refinamento dos brasileiros.
b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares,b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares,
mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero.mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero.
c) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames doc) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do
Naturalismo.Naturalismo.
d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante dod) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante do
Romantismo.Romantismo.
e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.
 4.  Chegou o dia de batizar-se o rapaz: foi madrinha a parteira;4.  Chegou o dia de batizar-se o rapaz: foi madrinha a parteira;
sobre o padrinho (I) houve suas dúvidas.sobre o padrinho (I) houve suas dúvidas.
[...]. Foi aceita a idéia, ainda que (II) houvesse dificuldade em[...]. Foi aceita a idéia, ainda que (II) houvesse dificuldade em
encontrarem-se os pares.encontrarem-se os pares.
Assinale a alternativa em que a substituição dos verbos emAssinale a alternativa em que a substituição dos verbos em
destaque resulta emdestaque resulta em
 concordância de acordo com a norma culta.concordância de acordo com a norma culta.

            a) (I) surgiram; (II) surgissem.a) (I) surgiram; (II) surgissem.
      b) (I) iam haver; (II) pudesse haver.      b) (I) iam haver; (II) pudesse haver.
     c) (I) podia existir; (II) pudesse existir.     c) (I) podia existir; (II) pudesse existir.
d) (I) surgiu; (II) surgisse.d) (I) surgiu; (II) surgisse.
e) (I) existiram; (II) existissee) (I) existiram; (II) existisse

   
 5.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa,5.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa,
sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando,sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando,
não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemosnão se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos
empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas vieraempossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera
com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça,com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça,
quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo,quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo,
fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, efazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e
sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda dosobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do
navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferradonavio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado
sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se jásapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já
esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lheesperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe
também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda.também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda.
Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto doEra isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do
dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela edia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e
beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no diabeliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia
seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-
lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento delo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de
milícias)milícias)
No excerto, as personagens manifestam uma característica que também estará presente naNo excerto, as personagens manifestam uma característica que também estará presente na
personagem Macunaíma. Essa característica é a:personagem Macunaíma. Essa característica é a:
a) disposição permanentemente alegre e bem-humorada.a) disposição permanentemente alegre e bem-humorada.
b) discrepância entre a condição social humilde e a complexidade psicológica.b) discrepância entre a condição social humilde e a complexidade psicológica.
c) busca da satisfação imediata dos desejos.c) busca da satisfação imediata dos desejos.
d) mistura das raças formadoras da identidade nacional brasileira.d) mistura das raças formadoras da identidade nacional brasileira.
e) oposição entre o físico harmonioso e o comportamento agressivo.e) oposição entre o físico harmonioso e o comportamento agressivo.
 6.  6.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ emSua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em
Lisboa, sua pátria;Lisboa, sua pátria;
 .  Foi aceita a idéia, ainda que houvesse dificuldade em encontrarem-se.  Foi aceita a idéia, ainda que houvesse dificuldade em encontrarem-se
pares.pares.
   Essa passagem está reescrita, com sentido equivalente ao original,   Essa passagem está reescrita, com sentido equivalente ao original,
na alternativa:na alternativa:
a) Aceitaram a idéia, à medida que houve dificuldade em encontrarem pares.a) Aceitaram a idéia, à medida que houve dificuldade em encontrarem pares.
b) Aceitou-se a idéia, contanto que houvesse dificuldade em encontrar pares.b) Aceitou-se a idéia, contanto que houvesse dificuldade em encontrar pares.
c) Aceitou-se a idéia, apesar de haver dificuldade em serem encontrados pares.c) Aceitou-se a idéia, apesar de haver dificuldade em serem encontrados pares.
d) Aceitou a idéia, portanto houve dificuldade em pares serem encontrados.d) Aceitou a idéia, portanto houve dificuldade em pares serem encontrados.
e) Aceitou-se a idéia, pois havia dificuldade em pares serem encontrados.e) Aceitou-se a idéia, pois havia dificuldade em pares serem encontrados.
 7.  7.  Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos noOs leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no
ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquelear a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele
arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguémarranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguém
perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberiaperguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia
responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se aresponder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se a
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que dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nemque dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nem
tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nemtampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nem
lhe veio a curiosidade de indagá-lo. lhe veio a curiosidade de indagá-lo. 
Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. EnquantoEsse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. Enquanto
foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por umfoi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um
lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e quelado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que
afinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. Aafinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. A
troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito.troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito.
Neste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situação de família irregular e ambígua. No contextoNeste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situação de família irregular e ambígua. No contexto
do livro, as situações desse tipo: do livro, as situações desse tipo: 
a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses.a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses.
b) são apresentadas como conseqüência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização.b) são apresentadas como conseqüência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização.
c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista.c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista.
d) ocorrem com freqüência no grupo social mais amplamente representado.d) ocorrem com freqüência no grupo social mais amplamente representado.
e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico.e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico.
 8. Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela.8. Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela.
Assinale a alternativa que apresenta estrutura de orações análoga à doAssinale a alternativa que apresenta estrutura de orações análoga à do
período acima.período acima.
a) O Leonardo queria que fosse o Sr. juiz.a) O Leonardo queria que fosse o Sr. juiz.
b) O compadre trouxe a rebeca, que é o instrumento favorito da gente de ofício.b) O compadre trouxe a rebeca, que é o instrumento favorito da gente de ofício.
c) Estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo dec) Estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de
muitos anos.muitos anos.
d) Já se sabe que houve nesse dia função.d) Já se sabe que houve nesse dia função.
e) Os convidados do dono da casa, que eram todos dalém-mar, cantavam aoe) Os convidados do dono da casa, que eram todos dalém-mar, cantavam ao
desafio. desafio. 
 9.  9.  Das alternativas abaixo, indique a que contraria as característicasDas alternativas abaixo, indique a que contraria as características
mais significativas do romance Memórias de um Sargento de Milícias,mais significativas do romance Memórias de um Sargento de Milícias,
de Manuel Antônio de Almeida: de Manuel Antônio de Almeida: 
a) Romance de costumes que descreve a vida da coletividade urbana do Rio dea) Romance de costumes que descreve a vida da coletividade urbana do Rio de
Janeiro, na época de D. João VI.Janeiro, na época de D. João VI.
b) Narrativa de malandragem, já que Leonardo, personagem principal, encarna o tipob) Narrativa de malandragem, já que Leonardo, personagem principal, encarna o tipo
do malandro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro.do malandro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro.
c) Livro que se liga aos romances de aventura, marcado por intenção crítica contra ac) Livro que se liga aos romances de aventura, marcado por intenção crítica contra a
hipocrisia, a venalidade, a injustiça e a corrupção social.hipocrisia, a venalidade, a injustiça e a corrupção social.
d) Obra considerada de transição para um novo estilo de época, ou seja, od) Obra considerada de transição para um novo estilo de época, ou seja, o
Realismo/Naturalismo.Realismo/Naturalismo.
e) Romance histórico que pretende narrar fatos de tonalidade heróica da vidae) Romance histórico que pretende narrar fatos de tonalidade heróica da vida
brasileira, como os vividos pelo Major Vidigal, ambientados no tempo do rei. brasileira, como os vividos pelo Major Vidigal, ambientados no tempo do rei. 
 10.  O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos10.  O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos
da casa fizeram uma algazarra tremenda. A vizinhança pôs-se toda àda casa fizeram uma algazarra tremenda. A vizinhança pôs-se toda à
janela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do caixão, até ojanela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do caixão, até o
número e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontosnúmero e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontos
apareceram três ou quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio deapareceram três ou quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio de
Almeida – Memórias de um sargento de milícias) Almeida – Memórias de um sargento de milícias) 
O trecho acima exemplifica uma das características fundamentais doO trecho acima exemplifica uma das características fundamentais do
romance que é:romance que é:
a) o retrato fiel dos usos e costumes do Rio de Janeiro no segundo reinado.a) o retrato fiel dos usos e costumes do Rio de Janeiro no segundo reinado.
b) o caráter mórbido dos personagens sempre envolvidos com a morte.b) o caráter mórbido dos personagens sempre envolvidos com a morte.
c) sentimentalismo comum aos romances escritos durante o Romantismo.c) sentimentalismo comum aos romances escritos durante o Romantismo.
d) o destino comum do personagem picaresco: o seu encontro com a morte.d) o destino comum do personagem picaresco: o seu encontro com a morte.
e) a descrição de fatos relacionados à cultura e ao comportamento popular.e) a descrição de fatos relacionados à cultura e ao comportamento popular.
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  • 1. DiretoriaDiretoria de Ensino dede Ensino de CarapicuíbaCarapicuíba Projeto Sala de LeituraProjeto Sala de Leitura
  • 2. E.E.Conceição da Costa Neves- DepE.E.Conceição da Costa Neves- Dep  SALA DE LEITURASALA DE LEITURA  Professoras envolvidas no projetoProfessoras envolvidas no projeto sala de leitura:sala de leitura:  Sílvia Regina LazarusSílvia Regina Lazarus  Maria Izabel WeishuaptMaria Izabel Weishuapt
  • 3. Vidas Secas - Graciliano RamosVidas Secas - Graciliano Ramos  Após a leitura do livro “Vidas Secas”os alunos do EnsinoApós a leitura do livro “Vidas Secas”os alunos do Ensino Médio, fizeram uma breve discussão sobre a vida dosMédio, fizeram uma breve discussão sobre a vida dos personagens da obra.personagens da obra.  Discutimos a injustiça social,miséria,fome,Discutimos a injustiça social,miséria,fome, desigualdades, as condições de sobrevivência subdesigualdades, as condições de sobrevivência sub humanas.humanas.  Falamos também sobre os dias da época do relato doFalamos também sobre os dias da época do relato do livro até os dias de hoje.livro até os dias de hoje.  Como vivem os Nordestinos, o que mudou,a estética daComo vivem os Nordestinos, o que mudou,a estética da seca.seca.  Narrador,Espaço,TempoNarrador,Espaço,Tempo  Percebemos o quanto a vida é dura, que a falta dePercebemos o quanto a vida é dura, que a falta de estrutura pode abalar o ser humanoestrutura pode abalar o ser humano  Concluímos que nos dias de hoje, existem muitosConcluímos que nos dias de hoje, existem muitos brasileiros que vivem na situação do Fabiano e da suabrasileiros que vivem na situação do Fabiano e da sua cadela baleia.cadela baleia.
  • 4. 2ºano A do Ensino Médio2ºano A do Ensino Médio
  • 5. Atividade proposta após a leituraAtividade proposta após a leitura do livrodo livro  Texto para as questões 1 a 3Texto para as questões 1 a 3  ““No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócioNo dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiamnotou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferençadas do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.era proveniente de juros. Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via- se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certezase perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabianohavia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando operdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar comoque era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!negro e nunca arranjar carta de alforria! ””  (Graciliano Ramos, (Graciliano Ramos,  Vidas secasVidas secas,, ““ContasContas””))  Em outra passagem de "Em outra passagem de "Vidas secasVidas secas", Fabiano é assim", Fabiano é assim descrito: (...) tinha os olhos azuis, a barba e os cabelosdescrito: (...) tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos.ruivos.
  • 6. 1-Tendo em vista essa descrição, a frase havia um erro no papel1-Tendo em vista essa descrição, a frase havia um erro no papel ”” DODO BRANCO”BRANCO”  a) é um lapso do autor, já que o tipo racial do patrão não diferente do de Fabiano.a) é um lapso do autor, já que o tipo racial do patrão não diferente do de Fabiano. b) demonstra que Fabiano se serve da ironia para tentar desqualificar o patrão.b) demonstra que Fabiano se serve da ironia para tentar desqualificar o patrão. c) só se justifica pelo desejo que tem Fabiano de ser tratado como um igual.c) só se justifica pelo desejo que tem Fabiano de ser tratado como um igual. d)justifica-se quando associada às expressões era bruto trabalhar como negro.d)justifica-se quando associada às expressões era bruto trabalhar como negro. e) prova que o patrão se valia de fatores raciais para se impor diante do caboclo.e) prova que o patrão se valia de fatores raciais para se impor diante do caboclo.  2.Nesse trecho do capítulo "Contas", de "2.Nesse trecho do capítulo "Contas", de " Vidas secasVidas secas", Fabiano se", Fabiano se mostramostra a) surpreendentemente revoltado, pois em nenhuma outra passagem da novela háa) surpreendentemente revoltado, pois em nenhuma outra passagem da novela há nele desejo de reagir contra quem o oprime.nele desejo de reagir contra quem o oprime. b) francamente indignado, mas, na sequência, mais uma vez não encontraráb) francamente indignado, mas, na sequência, mais uma vez não encontrará palavras e forças para enfrentar quem o oprime.palavras e forças para enfrentar quem o oprime. c) perturbado e indeciso entre os cálculos dos juros feitos pelo patrão e aquelesc) perturbado e indeciso entre os cálculos dos juros feitos pelo patrão e aqueles feitos pela mulher.feitos pela mulher. d) como alguém que se sente um bicho, para quem toda violência humana éd) como alguém que se sente um bicho, para quem toda violência humana é equivalente às violências da natureza.equivalente às violências da natureza.  e) irritado e desconfiado, mas, na sequência, terá certeza da trapaça e acabará pore) irritado e desconfiado, mas, na sequência, terá certeza da trapaça e acabará por se impor diante do patrão.se impor diante do patrão.
  • 7. ..  3.Um dos mais frequentes recursos do narrador de "Vidas secas" é a utilização do discurso indireto livre, no qual a voz do narrador e a da personagem parecem se confundir. É exemplo desse tipo de discurso a frase: a) Estava direito aquilo? b) Reclamou e obteve a explicação habitual. c) Não se descobriu o erro. d) ... a diferença era proveniente de juros. e) ... ao fechar o negócio notou ...
  • 8.  44..O romance "O romance "Vidas SecasVidas Secas", de Graciliano Ramos, publicado em 1938, é", de Graciliano Ramos, publicado em 1938, é um marco da ficção social brasileira, pois registra de forma bastanteum marco da ficção social brasileira, pois registra de forma bastante realista a vida miserável de uma família de retirantes que vive no sertãorealista a vida miserável de uma família de retirantes que vive no sertão nordestino. A cachorra Baleia tem um papel especial no livro, pois énordestino. A cachorra Baleia tem um papel especial no livro, pois é sobretudo na relação dos personagens com esse animal que podemossobretudo na relação dos personagens com esse animal que podemos perceber que elas não se desumanizam, apesar de suas condições deperceber que elas não se desumanizam, apesar de suas condições de vida. Considerando essa ideia , explique qual a importância do capítulovida. Considerando essa ideia , explique qual a importância do capítulo ""BaleiaBaleia" no romance." no romance.  __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
  • 9.  5."Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele5."Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome,estado, com a família morrendo de fome,  comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depoiscomendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. ELE, a mulhertomara conta da casa deserta. ELE, a mulher  e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos —e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos — e a lembrança dos sofrimentos passadose a lembrança dos sofrimentos passados  esmorecera (...).esmorecera (...).  —— Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.  Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iamConteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensandoadmirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando  bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardarbem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...) Olhou em torno, comcoisas dos outros. (...) Olhou em torno, com  receio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frasereceio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:imprudente. Corrigiu-a, murmurando:  —— Você é um bicho, Fabiano.Você é um bicho, Fabiano.  Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz deIsto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades".vencer dificuldades".  Pode-se reconhecer nesse fragmento:Pode-se reconhecer nesse fragmento:
  • 10.  a) a linguagem oral e carregada de expressões de origem indígena do romancea) a linguagem oral e carregada de expressões de origem indígena do romance "Macunaíma", de Mário de Andrade,"Macunaíma", de Mário de Andrade,  um dos marcos do Modernismo brasileiroum dos marcos do Modernismo brasileiro  b) um retrato alegórico do sertão, realizado com as inovações linguísticasb) um retrato alegórico do sertão, realizado com as inovações linguísticas características de "Grande Sertão:características de "Grande Sertão:  Veredas", escrito por Guimarães RosaVeredas", escrito por Guimarães Rosa  c) o tema da miséria nordestina retratado em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos,c) o tema da miséria nordestina retratado em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, representante da prosa regionalistarepresentante da prosa regionalista  da segunda geração modernistada segunda geração modernista  d) o enaltecimento das riquezas naturais do Brasil, típico do Romantismo, emd) o enaltecimento das riquezas naturais do Brasil, típico do Romantismo, em particular na obra "O Guarani", de Joséparticular na obra "O Guarani", de José  de Alencarde Alencar  e) a intenção de analisar e conhecer cientificamente o povo nordestino e seue) a intenção de analisar e conhecer cientificamente o povo nordestino e seu ambiente, objetivo de "Os Sertões", de Euclides da Cunhaambiente, objetivo de "Os Sertões", de Euclides da Cunha
  • 11.  6) Sobre a obra todas as alternativas estão corretas, EXCETO: 6) Sobre a obra todas as alternativas estão corretas, EXCETO:  a) O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudeza) O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudez introspectiva, em precárias condições físicas e num degradante estado de condiçãointrospectiva, em precárias condições físicas e num degradante estado de condição humana. humana.  b) O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se comb) O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se com grande coesão ao longo da obra, colocando o narrador como decifrador dosgrande coesão ao longo da obra, colocando o narrador como decifrador dos comportamentos animalescos dos personagens. comportamentos animalescos dos personagens.  c) O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente emc) O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente em todos os momentos, agindo de forma contínua sobre os seres vivos. todos os momentos, agindo de forma contínua sobre os seres vivos.  d) A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e semd) A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e sem ligação cronológica e o narrador é incisivo, direto, coerente com a realidade queligação cronológica e o narrador é incisivo, direto, coerente com a realidade que fixou. fixou.  e) O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e ae) O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e a descrição do espaço não é minuciosa; pelo contrário, revela o espírito de síntese dodescrição do espaço não é minuciosa; pelo contrário, revela o espírito de síntese do autor. autor. 
  • 12.  7) Baleia queria dormir. Acordaria feliz num mundo cheio de preás. E7) Baleia queria dormir. Acordaria feliz num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças selamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiroespojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. Sobre oenorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. Sobre o texto acima, é correto afirmar quetexto acima, é correto afirmar que :: a) há marcas próprias do chamado discurso direto através do qual são reproduzidasa) há marcas próprias do chamado discurso direto através do qual são reproduzidas as falas das personagens.as falas das personagens.  b) o narrador é observador, pois conta a história de fora dela, na terceira pessoa, b) o narrador é observador, pois conta a história de fora dela, na terceira pessoa, sem participar das ações, como quem observou objetivamente os acontecimentos. sem participar das ações, como quem observou objetivamente os acontecimentos.  c) quem conta a história é uma das personagens, que tem uma relação íntima comc) quem conta a história é uma das personagens, que tem uma relação íntima com as outras personagens, e, por isso, a maneira de contar é fortemente marcada poras outras personagens, e, por isso, a maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. características subjetivas, emocionais.  d) evidencia-se um conflito entre a protagonista Baleia e o antagonista Fabiano, poisd) evidencia-se um conflito entre a protagonista Baleia e o antagonista Fabiano, pois este impede que a cadela possa caçar os preás.este impede que a cadela possa caçar os preás.  e) o narrador é onisciente, isto é, geralmente ele narra a história na terceira pessoa, e) o narrador é onisciente, isto é, geralmente ele narra a história na terceira pessoa, sabe tudo sobre o enredo e sobre as personagens, inclusive sobre suas emoções,sabe tudo sobre o enredo e sobre as personagens, inclusive sobre suas emoções, pensamentos mais íntimos, às vezes, até dimensões inconscientes. pensamentos mais íntimos, às vezes, até dimensões inconscientes. 
  • 13. Memórias de um Sargento de milíciasMemórias de um Sargento de milícias -Manoel Antonio de Almeida-Manoel Antonio de Almeida         Após a leitura do livro “Após a leitura do livro “Memórias de um sargentoMemórias de um sargento de Milíciasde Milícias “                “                 os alunos do Ensino Médio , fizeram uma breveos alunos do Ensino Médio , fizeram uma breve discussão sobre a vida dos personagens na obra.discussão sobre a vida dos personagens na obra.     Discutimos Memórias de um Sargento de Milícias nosDiscutimos Memórias de um Sargento de Milícias nos remete a imaginar como se vivia no Brasil na época emremete a imaginar como se vivia no Brasil na época em que a corte portuguesa aqui esteve, a forma em que aque a corte portuguesa aqui esteve, a forma em que a "lei" era tratada, a religiosidade fervorosa do povo, a"lei" era tratada, a religiosidade fervorosa do povo, a cultura trazida pelos portugueses e o rápidocultura trazida pelos portugueses e o rápido desenvolvimento que isso trouxe para a cidade do Riodesenvolvimento que isso trouxe para a cidade do Rio de Janeiro.de Janeiro.
  • 14.    Um romantismo diferente, que foge ao padrão sentimentalista e queUm romantismo diferente, que foge ao padrão sentimentalista e que nos faz querer continuar a leitura a cada capítulo findado.nos faz querer continuar a leitura a cada capítulo findado.  Falamos também sobre Manuel, narra seu livro, de forma tãoFalamos também sobre Manuel, narra seu livro, de forma tão esplendorosa, que nos faz entrar no livro, enfaticamente, nosesplendorosa, que nos faz entrar no livro, enfaticamente, nos tornando além de apenas espectadores dos atos, mas em diversastornando além de apenas espectadores dos atos, mas em diversas vezes nos fazendo refletir sobre valores morais, éticos e aquelevezes nos fazendo refletir sobre valores morais, éticos e aquele típico "Mas e agora, o que ele vai fazer?"típico "Mas e agora, o que ele vai fazer?"  Extremamente detalhado, possui um enredo cômico, que nosExtremamente detalhado, possui um enredo cômico, que nos transmite temas de muita seriedade de maneira reflexiva, porém,transmite temas de muita seriedade de maneira reflexiva, porém, com certas paródias, que não fazem mal a ninguém, não é?com certas paródias, que não fazem mal a ninguém, não é?  Um dos clássicos da literatura brasileira .História muito interessanteUm dos clássicos da literatura brasileira .História muito interessante e uma ótima narrativa .Não é cansativo, como muitos livros dae uma ótima narrativa .Não é cansativo, como muitos livros da literatura clássica brasileira.literatura clássica brasileira.    
  • 15.
  • 16.  Nome ____________________________________________________Nº___________   DataNome ____________________________________________________Nº___________   Data ___/____/_____       Série________/____/_____       Série_____                                                                                          ATIVIDADESATIVIDADES                                                         História de um sargento de milíciasHistória de um sargento de milícias  ·         ·         1.Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de1.Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias deMemórias de  um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:  a) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o a) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.    b) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmob) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.  c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamentec) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente           puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.         d) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral   sempred) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral   sempre emerge, condenado o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.  emerge, condenado o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.       e) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando ose) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimadocaminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado..
  • 17.  2.  Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento2.  Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. “Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este“Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso,último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso, vieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemosvieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemos se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.”se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.” Considere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavraConsidere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavra    ingenuamente na última frase do texto:ingenuamente na última frase do texto:   I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às  I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às experiências desconhecidas do primeiro amor.experiências desconhecidas do primeiro amor.   II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem  II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem e as suas intençõese as suas intenções  III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.  Quais estão corretas?Quais estão corretas?   a) Apenas Ia) Apenas I b) Apenas IIb) Apenas II c) Apenas IIIc) Apenas III d) Apenas II e IIId) Apenas II e III e) I, II e IIIe) I, II e III
  • 18.  3.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria;3.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção deaborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desdequem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria detempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo,hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo erafazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu quemaganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pépassava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, edireito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era istodeu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado;uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem destaao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos evez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de umfamiliares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)sargento de milícias).. Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e MariaNeste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses ema) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em oposição ao refinamento dos brasileiros.oposição ao refinamento dos brasileiros. b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares,b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares, mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero.mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero. c) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames doc) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do Naturalismo.Naturalismo. d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante dod) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante do Romantismo.Romantismo. e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.
  • 19.  4.  Chegou o dia de batizar-se o rapaz: foi madrinha a parteira;4.  Chegou o dia de batizar-se o rapaz: foi madrinha a parteira; sobre o padrinho (I) houve suas dúvidas.sobre o padrinho (I) houve suas dúvidas. [...]. Foi aceita a idéia, ainda que (II) houvesse dificuldade em[...]. Foi aceita a idéia, ainda que (II) houvesse dificuldade em encontrarem-se os pares.encontrarem-se os pares. Assinale a alternativa em que a substituição dos verbos emAssinale a alternativa em que a substituição dos verbos em destaque resulta emdestaque resulta em  concordância de acordo com a norma culta.concordância de acordo com a norma culta.              a) (I) surgiram; (II) surgissem.a) (I) surgiram; (II) surgissem.       b) (I) iam haver; (II) pudesse haver.      b) (I) iam haver; (II) pudesse haver.      c) (I) podia existir; (II) pudesse existir.     c) (I) podia existir; (II) pudesse existir. d) (I) surgiu; (II) surgisse.d) (I) surgiu; (II) surgisse. e) (I) existiram; (II) existissee) (I) existiram; (II) existisse     
  • 20.  5.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa,5.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando,sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemosnão se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas vieraempossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça,com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo,quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, efazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda dosobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferradonavio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se jásapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lheesperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda.também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto doEra isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela edia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no diabeliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê- lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento delo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)milícias) No excerto, as personagens manifestam uma característica que também estará presente naNo excerto, as personagens manifestam uma característica que também estará presente na personagem Macunaíma. Essa característica é a:personagem Macunaíma. Essa característica é a: a) disposição permanentemente alegre e bem-humorada.a) disposição permanentemente alegre e bem-humorada. b) discrepância entre a condição social humilde e a complexidade psicológica.b) discrepância entre a condição social humilde e a complexidade psicológica. c) busca da satisfação imediata dos desejos.c) busca da satisfação imediata dos desejos. d) mistura das raças formadoras da identidade nacional brasileira.d) mistura das raças formadoras da identidade nacional brasileira. e) oposição entre o físico harmonioso e o comportamento agressivo.e) oposição entre o físico harmonioso e o comportamento agressivo.
  • 21.  6.  6.  Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ emSua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria;Lisboa, sua pátria;  .  Foi aceita a idéia, ainda que houvesse dificuldade em encontrarem-se.  Foi aceita a idéia, ainda que houvesse dificuldade em encontrarem-se pares.pares.    Essa passagem está reescrita, com sentido equivalente ao original,   Essa passagem está reescrita, com sentido equivalente ao original, na alternativa:na alternativa: a) Aceitaram a idéia, à medida que houve dificuldade em encontrarem pares.a) Aceitaram a idéia, à medida que houve dificuldade em encontrarem pares. b) Aceitou-se a idéia, contanto que houvesse dificuldade em encontrar pares.b) Aceitou-se a idéia, contanto que houvesse dificuldade em encontrar pares. c) Aceitou-se a idéia, apesar de haver dificuldade em serem encontrados pares.c) Aceitou-se a idéia, apesar de haver dificuldade em serem encontrados pares. d) Aceitou a idéia, portanto houve dificuldade em pares serem encontrados.d) Aceitou a idéia, portanto houve dificuldade em pares serem encontrados. e) Aceitou-se a idéia, pois havia dificuldade em pares serem encontrados.e) Aceitou-se a idéia, pois havia dificuldade em pares serem encontrados.
  • 22.  7.  7.  Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos noOs leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquelear a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguémarranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberiaperguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se aresponder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se a bem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeirobem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nemque dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nemtampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de indagá-lo. lhe veio a curiosidade de indagá-lo.  Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. EnquantoEsse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por umfoi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e quelado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que afinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. Aafinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito.troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito. Neste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situação de família irregular e ambígua. No contextoNeste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situação de família irregular e ambígua. No contexto do livro, as situações desse tipo: do livro, as situações desse tipo:  a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses.a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses. b) são apresentadas como conseqüência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização.b) são apresentadas como conseqüência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização. c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista.c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista. d) ocorrem com freqüência no grupo social mais amplamente representado.d) ocorrem com freqüência no grupo social mais amplamente representado. e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico.e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico.
  • 23.  8. Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela.8. Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela. Assinale a alternativa que apresenta estrutura de orações análoga à doAssinale a alternativa que apresenta estrutura de orações análoga à do período acima.período acima. a) O Leonardo queria que fosse o Sr. juiz.a) O Leonardo queria que fosse o Sr. juiz. b) O compadre trouxe a rebeca, que é o instrumento favorito da gente de ofício.b) O compadre trouxe a rebeca, que é o instrumento favorito da gente de ofício. c) Estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo dec) Estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.muitos anos. d) Já se sabe que houve nesse dia função.d) Já se sabe que houve nesse dia função. e) Os convidados do dono da casa, que eram todos dalém-mar, cantavam aoe) Os convidados do dono da casa, que eram todos dalém-mar, cantavam ao desafio. desafio. 
  • 24.  9.  9.  Das alternativas abaixo, indique a que contraria as característicasDas alternativas abaixo, indique a que contraria as características mais significativas do romance Memórias de um Sargento de Milícias,mais significativas do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida: de Manuel Antônio de Almeida:  a) Romance de costumes que descreve a vida da coletividade urbana do Rio dea) Romance de costumes que descreve a vida da coletividade urbana do Rio de Janeiro, na época de D. João VI.Janeiro, na época de D. João VI. b) Narrativa de malandragem, já que Leonardo, personagem principal, encarna o tipob) Narrativa de malandragem, já que Leonardo, personagem principal, encarna o tipo do malandro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro.do malandro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro. c) Livro que se liga aos romances de aventura, marcado por intenção crítica contra ac) Livro que se liga aos romances de aventura, marcado por intenção crítica contra a hipocrisia, a venalidade, a injustiça e a corrupção social.hipocrisia, a venalidade, a injustiça e a corrupção social. d) Obra considerada de transição para um novo estilo de época, ou seja, od) Obra considerada de transição para um novo estilo de época, ou seja, o Realismo/Naturalismo.Realismo/Naturalismo. e) Romance histórico que pretende narrar fatos de tonalidade heróica da vidae) Romance histórico que pretende narrar fatos de tonalidade heróica da vida brasileira, como os vividos pelo Major Vidigal, ambientados no tempo do rei. brasileira, como os vividos pelo Major Vidigal, ambientados no tempo do rei. 
  • 25.  10.  O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos10.  O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos da casa fizeram uma algazarra tremenda. A vizinhança pôs-se toda àda casa fizeram uma algazarra tremenda. A vizinhança pôs-se toda à janela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do caixão, até ojanela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do caixão, até o número e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontosnúmero e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontos apareceram três ou quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio deapareceram três ou quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um sargento de milícias) Almeida – Memórias de um sargento de milícias)  O trecho acima exemplifica uma das características fundamentais doO trecho acima exemplifica uma das características fundamentais do romance que é:romance que é: a) o retrato fiel dos usos e costumes do Rio de Janeiro no segundo reinado.a) o retrato fiel dos usos e costumes do Rio de Janeiro no segundo reinado. b) o caráter mórbido dos personagens sempre envolvidos com a morte.b) o caráter mórbido dos personagens sempre envolvidos com a morte. c) sentimentalismo comum aos romances escritos durante o Romantismo.c) sentimentalismo comum aos romances escritos durante o Romantismo. d) o destino comum do personagem picaresco: o seu encontro com a morte.d) o destino comum do personagem picaresco: o seu encontro com a morte. e) a descrição de fatos relacionados à cultura e ao comportamento popular.e) a descrição de fatos relacionados à cultura e ao comportamento popular. 