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                                                   C AVALCANTE   &
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  TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE :
 IMOBILIZADO E DEPRECIAÇÃO - PARTE II



                              ! Aspectos a serem considerados no
                              cálculo da depreciação.


                             ! Base de cálculo da depreciação.




                   Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)
                       •   Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV.
                       •   É Sócio-Diretor da Cavalcante & Associados, empresa especializada
                           na elaboração de sistemas financeiros nas áreas de projeções
                           financeiras, preços, fluxo de caixa e avaliação de projetos. A
                           Cavalcante & Associados também elabora projetos de capitalização
                           de empresas, assessora na obtenção de recursos estáveis e compra
                           e venda de participações acionárias.
                       •   O consultor Francisco Cavalcante já desenvolveu mais de 100
                           projetos de consultoria, principalmente nas áreas de planejamento
                           financeiro, formação do preço de venda, avaliação de empresas e
                           consultoria financeira em geral.


              Paulo Dragaud Zeppelini(f_c_a@uol.com.br)
                       •   Administrador de Empresas com MBA em finanças pelo Instituto
                           Brasileiro de Mercado de Capitais - IBMEC.
                       •   Executivo financeiro com carreira desenvolvida em instituições
                           financeiras do segmento de mercado de capitais. Atualmente é
                           consultor da Cavalcante & Associados, empresa especializada na
                           elaboração de sistemas financeiros nas áreas de projeções financeiras,
                           preços, fluxo de caixa e avaliação de projetos.




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                                                                                          PÁG

Apresentação                                                                              03

Aspectos a           serem      considerados          no             cálculo     da       04
depreciação

Base de cálculo da depreciação                                                            09




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                  APRESENTAÇÃO




      No Up-To-Date® 181 mostramos que o estudo do grupo patrimonial ATIVO
PERMANENTE é importante na medida que interfere diretamente na formação do
resultado das empresas. Dependendo dos critérios de avaliação e de depreciação
adotados a estrutura patrimonial das empresas poderá ser profundamente
afetada. Mostramos também que um aspecto relevante a ser considerado é a
“interferência “ da legislação fiscal no que tange ao registro em contas de
resultados da Depreciação, onde muitas vezes o parâmetro fiscal se sobrepõe aos
princípios contábeis.

Neste Up-To-Date® vamos continuar este assunto destacando alguns dos
principais aspectos a serem destacados no cálculo da depreciação.




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                  ASPECTOS A SEREM
          CONSIDERADOS NO CÁLCULO
                      DA DEPRECIAÇÃO



Os aspectos a serem considerados no cálculo da depreciação são:

    •    VIDA ÚTIL DOS ATIVOS

    •    MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO

    •    BASE DE CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO

VIDA ÚTIL DOS ATIVOS

                É preciso determinar o prazo em que deve ser feita a depreciação.
De forma resumida, podemos definir vida útil como o período de tempo no qual o
objeto depreciável é utilizado pela empresa. Geralmente a vida útil é limitada em
virtude de:

CAUSAS FÍSICAS

•         pelo uso;

•         pelo efeito das forças da natureza;

•         avarias extraordinárias; etc.

CAUSAS FUNCIONAIS :

•         INADEQUAÇÃO : em alguns caso ocorrem mudanças nos produtos ou
          serviços produzidos que tornam inadequados os ativos. Em outros casos

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        ocorre necessidade de alteração do volume de produção em virtude de
        mudanças no mercado que tornam o ativo inadequado.

•       OBSOLESCÊNCIA: principalmente nos dias de hoje, as invenções e o
        progresso    tecnológico    podem     tornar    um       equipamento           obsoleto
        rapidamente.

              Por esta análise fica demonstrado que a determinação da vida útil
não pode ser determinada exatamente, em função das causas físicas e funcionais
envolvidas.

MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO

              Determina de que maneira a depreciação irá ser distribuída no
tempo. De forma geral, o custo deve ser distribuído durante a vida útil estimada da
unidade, como dissemos anteriormente.

Entre os principais métodos possíveis podemos destacar:

" MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES ( usualmente denominado de
    LINHA RETA )

Características:

•       a simplicidade do seu uso é um dos principais fatores considerados na
        adoção deste método;

•       divide-se o valor depreciável pelos períodos que compõem a vida útil
        estimada do bem;

•       A depreciação é função exclusiva do tempo e que as causas
        determinantes desse processo se desenvolvem contínua e uniformemente
        no tempo e não em função do uso ;

•       a eficiência do bem é uniforme durante o período de depreciação;

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•       É o método aceito pela Legislação do Imposto de Renda para fins de
        dedutibilidade da despesa com depreciação.

Limitações / Críticas :

•       Nem sempre a depreciação é linear no transcorrer no tempo. Em função
        das causas físicas e funcionais a depreciação tende a ser maior no início
        da vida útil;

•       Em geral os bens estão sujeitos à conservação e reparos maiores com o
        decorrer do tempo, portanto o resultado não fica adequadamente
        equalizado.

Pela sua simplicidade e por atender à legislação do Imposto de Renda no Brasil é
o mais utilizado pelas empresas nacionais.

" MÉTODOS DE QUOTAS DECRESCENTES

Características:

•       Enquadram-se neste método todas as metodologias em que a
        depreciação no início da vida útil dos bens é maior .( Exemplos destes
        métodos: Método Exponencial ou de Matheson; Método da Soma dos
        Dígitos)

•       Os   efeitos    quase   sempre   imprevisíveis   da       obsolescência     e   da
        inadequação se atenuam na medida em que a depreciação for maior no
        início da vida útil;

•       O uso destes métodos estimula a renovação de máquinas e equipamentos
        e também novos investimentos fixos;

•       Os métodos em questão acompanha de forma mais realista a redução do
        valor de mercado da maioria dos bens.


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•       As contas de resultado ficam melhor equalizadas porque no início a
        depreciação é maior , em compensação às despesas com manutenções
        no bem são menores. Cenário que se inverte com o passar do tempo.

Limitação / Críticas :

•       Não é um método aceito pela legislação fiscal brasileira;

" MÉTODO DE QUOTAS VARIÁVEIS

1. MÉTODO DE UNIDADES PRODUZIDAS

Características

•       Com base numa estimativa de unidades a serem produzidas pelo bem, a
        depreciação anual será considerada pelo percentual apurado entre as
        unidades produzidas naquele ano versus estimativa de unidades totais a
        serem produzidas;

•       Atende de forma plena o princípio contábil do confronto das despesas com
        as receitas e com os períodos contábeis.

Limitação / Crítica

•       Não é um método aceito pela legislação fiscal brasileira;

2. MÉTODO DE HORAS DE TRABALHO

Características

•       Com base numa estimativa no número de horas a serem trabalhadas pelo
        bem, a depreciação anual será considerada pelo percentual apurado entre
        as horas trabalhadas naquele ano versus estimativa de horas totais a
        serem trabalhadas;




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•         Atende de forma plena o princípio contábil do confronto das despesas com
          as receitas e com os períodos contábeis.

Limitação / Crítica

•         Não é um método aceito pela legislação fiscal brasileira;

3. MÉTODO DAS QUOTAS CRESCENTES

Características

    •    Usados para os itens que tiverem uma eficiência constante ou crescente;

    •    Uma metodologia representativa deste método é o “ Sinking Fund “ , que
         pressupõe que uma parte da depreciação seja reservada todo ano de modo
         que as mesmas gerem juros e no final do período de depreciação, a
         entidade teria formado um fundo para reposição do bem com valor
         equivalente ao custo de aquisição, menos o seu valor residual caso seja
         constituído. Neste caso a quota de depreciação seria melhor designada
         como “ quota de substituição “ .

Limitação / Crítica

    •    Em função das variações de preço e avanços tecnológicos este fundo
         formado seguramente        não representaria o valor necessário para a
         substituição do bem;

    •    É pouco provável que o Administrador financeiro deixe este recurso “
         parado “ em disponibilidade para fazer lastro a este fundo;

    •    É pouco provável que um bem gere ao longo do tempo receitas crescentes
         ou constantes ( naturalmente excluindo algumas exceções );

    •    As   despesas    com    depreciação    versus     manutenção                    não   estariam
         equalizadas;

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              BASE DE CÁLCULO DA
                    DEPRECIAÇÃO




              Determina qual o valor a ser considerado para base de cálculo da
depreciação. Pela determinação do Conselho Federal de Contabilidade ( CFC )
Resolução 750/93 e Apêndice da Resolução 774 de 16.12.94 que trata dos
princípios fundamentais de contabilidade, deve ser considerado como base de
cálculo o custo histórico ( Princípio do Registro pelo Valor Original ) . Mas
considerando que mesmo numa economia relativamente estável como a do Brasil
sempre existe uma variação nos preços, a situação patrimonial não irá ficar
adequadamente representada no Balanço Patrimonial e o resultado apurado no
exercício social não será o mais adequado.

              Esta mesma resolução do CFC criou o Princípio da Atualização
Monetária para atender a esta questão, mas           que deixou de ser aplicado
fiscalmente desde 1996 e através da resolução 900/01 o CFC dispõe sobre a
suspensão de sua aplicação.

              Pela deliberação 29/86 da Comissão de Valores Mobiliários o
princípio do Registro pelo Valor Original foi considerado no princípio contábil do
Custo como Base de Valor.

              Outra base de cálculo , que contraria o princípio acima citado do
custo como base de valor, e que não consta no novo anteprojeto da lei societária é
o valor de reavaliação feita no ativo imobilizado.

              Outra questão interessante neste quesito é a do valor residual . O
valor residual representaria uma estimativa de quanto a empresa irá vender o bem
. Portanto a base de cálculo para a depreciação seria o valor histórico menos o
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valor residual. Em função da dificuldade em se apurar este “valor residual" muitas
empresas optam em não adotá-lo.


REGRAS FISCAIS BÁSICAS


A legislação    fiscal em vigor prevê basicamente a depreciação apurada pelo
cálculo da linha reta considerando um turno de 08 horas através das seguintes
taxas ( Arts. 305 a 323 Regulamento do Imposto de Renda/RIR/99) :




Edifícios :                                             4 % a . a / 25 anos de vida útil
Máquinas e Equipamentos :                              10 % a. a / 10 anos de vida útil
Instalações :                                           10 % a. a/ 10 anos de vida útil
Móveis e Utensílios :                                   10 % a .a/ 10 anos de vida útil
Veículos :                                             20 % a .a/             5 anos de vida útil
Sistema de Processamento de Dados :                    20 % a. a/ 5 anos de vida útil


Se a empresa optar por taxas diferentes destas à maior deverá estar suportada
por laudo pericial do Instituto Nacional de Tecnologia, ou de outra entidade oficial
de pesquisa científica ou tecnológica. ( art. 310, parágrafo 2º., do RIR /99 ), caso
contrário o fisco naturalmente não faz nenhum tipo de restrição.


DEPRECIAÇÃO ACELERADA


Poderá ser configurada através de duas maneiras:


1) Por uso Intensivo
Caso a empresa opte por turnos de trabalho diferente de 08 horas diárias deverá
utilizar os seguintes coeficientes ( art. 312 , parágrafo 3º., do RIR ) :


Um turno de 08 horas : Coeficiente 1,0

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                                                                       A SSOCIADOS




Dois turnos de 08 horas : Coeficiente 1,5
Três turnos de 08 horas : Coeficiente 2,0


2) Por incentivo fiscal


Tem por objetivo incentivar as empresas a renovar suas máquinas, aparelhos e
instrumentos destinados ao uso na produção.
O valor referente à parcela do incentivo fiscal não deve ser registrado
contabilmente, sendo considerado somente como ajuste no livro LALUR.


ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NO CÁLCULO DA AMORTIZAÇÃO


Os bens / direitos elegíveis à amortização usualmente são : patentes, direitos
autorais; benfeitorias em bens de terceiros. Possuem como característica
predominante serem itens intangíveis.


A base de cálculo destes itens são todos os valores efetivamente pagos à
terceiros .
No cálculo da amortização anual considera-se o período no qual a entidade irá
exercer determinado direito. O valor é rateado “pro rata temporis “com base neste
período e tendo como base de valor o custo histórico pago para a obtenção do
direito.


ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NO CÁLCULO DA EXAUSTÃO


A base de cálculo para fins de exaustão é o custo de aquisição ou prospecção,
dos recursos minerais ou os custos acumulados relativo a projetos de
florestamento e reflorestamento.




      UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E        11
                                DEPRECIAÇÃO - PARTE II
‘
                                                            C AVALCANTE   &
                                                                                      ®
                                                                              A SSOCIADOS




Segundo IUDÍCIBUS1 :
“ A exaustão objetiva distribuir o custo dos recursos naturais durante o período em
que tais recursos são extraídos ou exauridos “


O método de cálculo para a exaustão é o método de unidades extraídas(
toneladas, barris, metros cúbicos, etc). Por exemplo, se a possança total
conhecida da mina é de 30 ton. e em determinado ano a extração foi de 3 ton. a
exaustão deste ano será de 10 % da base de cálculo.


Com relação ao valor residual aplicado ao cálculo da exaustão IUDÍCUBUS2se
posiciona da seguinte maneira:
“ Ressalte-se que valor residual é bastante comum para o cálculo de exaustão
quando se adquire o terreno onde se encontram os recursos naturais a serem
explorados. Assim , por exemplo, se a Cia. W adquire uma pedreira, o terreno
onde está localizada a pedreira deverá, no cálculo da exaustão , ser destacado,
dado que, no final da exploração da pedreira, continuará como propriedade da Cia
W.


Preço pago pela Cia.W pela pedreira , com o terreno : R$ 12.900.000
Valor estimado do terreno por ocasião da compra :              R$         2.500.000
Prazo estimado para esgotamento total da pedreira : 7 anos


Exaustão anual = 12.900.000 – 2.500.000 = R$ 1.485.714
                              7 anos




1
  IUDÍCIBUS, Sérgio de ., MARTINS, Eliseu ., GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações. 5 Ed. São Paulo. Atlas : 2000.
2
  IUDÍCIBUS, Sérgio de., MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial . 4 ed.São Paulo:Atlas,
2000
      UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E                 12
                                 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
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                                                                              ®
                                                                      A SSOCIADOS




REFLEXO NAS CONTAS DE RESULTADO


      Nas contas de resultado a depreciação, exaustão ou amortização poderão
estar classificadas de duas maneiras :


DESPESA : quando o direito/ bem que estiver sendo considerado para o cálculo
não fizer parte direta do processo produtivo.


CUSTO DO PRODUTO / SERVIÇO : quando o direito / bem que estiver sendo
considerado para o cálculo for parte integrante do processo produtivo para a
elaboração do bem / serviço.




     UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E        13
                               DEPRECIAÇÃO - PARTE II

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  • 1. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E DEPRECIAÇÃO - PARTE II ! Aspectos a serem considerados no cálculo da depreciação. ! Base de cálculo da depreciação. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) • Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. • É Sócio-Diretor da Cavalcante & Associados, empresa especializada na elaboração de sistemas financeiros nas áreas de projeções financeiras, preços, fluxo de caixa e avaliação de projetos. A Cavalcante & Associados também elabora projetos de capitalização de empresas, assessora na obtenção de recursos estáveis e compra e venda de participações acionárias. • O consultor Francisco Cavalcante já desenvolveu mais de 100 projetos de consultoria, principalmente nas áreas de planejamento financeiro, formação do preço de venda, avaliação de empresas e consultoria financeira em geral. Paulo Dragaud Zeppelini(f_c_a@uol.com.br) • Administrador de Empresas com MBA em finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais - IBMEC. • Executivo financeiro com carreira desenvolvida em instituições financeiras do segmento de mercado de capitais. Atualmente é consultor da Cavalcante & Associados, empresa especializada na elaboração de sistemas financeiros nas áreas de projeções financeiras, preços, fluxo de caixa e avaliação de projetos. UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 1 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 2. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS ÍNDICE PÁG Apresentação 03 Aspectos a serem considerados no cálculo da 04 depreciação Base de cálculo da depreciação 09 UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 2 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 3. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS APRESENTAÇÃO No Up-To-Date® 181 mostramos que o estudo do grupo patrimonial ATIVO PERMANENTE é importante na medida que interfere diretamente na formação do resultado das empresas. Dependendo dos critérios de avaliação e de depreciação adotados a estrutura patrimonial das empresas poderá ser profundamente afetada. Mostramos também que um aspecto relevante a ser considerado é a “interferência “ da legislação fiscal no que tange ao registro em contas de resultados da Depreciação, onde muitas vezes o parâmetro fiscal se sobrepõe aos princípios contábeis. Neste Up-To-Date® vamos continuar este assunto destacando alguns dos principais aspectos a serem destacados no cálculo da depreciação. UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 3 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 4. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NO CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO Os aspectos a serem considerados no cálculo da depreciação são: • VIDA ÚTIL DOS ATIVOS • MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO • BASE DE CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO VIDA ÚTIL DOS ATIVOS É preciso determinar o prazo em que deve ser feita a depreciação. De forma resumida, podemos definir vida útil como o período de tempo no qual o objeto depreciável é utilizado pela empresa. Geralmente a vida útil é limitada em virtude de: CAUSAS FÍSICAS • pelo uso; • pelo efeito das forças da natureza; • avarias extraordinárias; etc. CAUSAS FUNCIONAIS : • INADEQUAÇÃO : em alguns caso ocorrem mudanças nos produtos ou serviços produzidos que tornam inadequados os ativos. Em outros casos UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 4 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 5. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS ocorre necessidade de alteração do volume de produção em virtude de mudanças no mercado que tornam o ativo inadequado. • OBSOLESCÊNCIA: principalmente nos dias de hoje, as invenções e o progresso tecnológico podem tornar um equipamento obsoleto rapidamente. Por esta análise fica demonstrado que a determinação da vida útil não pode ser determinada exatamente, em função das causas físicas e funcionais envolvidas. MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO Determina de que maneira a depreciação irá ser distribuída no tempo. De forma geral, o custo deve ser distribuído durante a vida útil estimada da unidade, como dissemos anteriormente. Entre os principais métodos possíveis podemos destacar: " MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES ( usualmente denominado de LINHA RETA ) Características: • a simplicidade do seu uso é um dos principais fatores considerados na adoção deste método; • divide-se o valor depreciável pelos períodos que compõem a vida útil estimada do bem; • A depreciação é função exclusiva do tempo e que as causas determinantes desse processo se desenvolvem contínua e uniformemente no tempo e não em função do uso ; • a eficiência do bem é uniforme durante o período de depreciação; UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 5 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 6. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS • É o método aceito pela Legislação do Imposto de Renda para fins de dedutibilidade da despesa com depreciação. Limitações / Críticas : • Nem sempre a depreciação é linear no transcorrer no tempo. Em função das causas físicas e funcionais a depreciação tende a ser maior no início da vida útil; • Em geral os bens estão sujeitos à conservação e reparos maiores com o decorrer do tempo, portanto o resultado não fica adequadamente equalizado. Pela sua simplicidade e por atender à legislação do Imposto de Renda no Brasil é o mais utilizado pelas empresas nacionais. " MÉTODOS DE QUOTAS DECRESCENTES Características: • Enquadram-se neste método todas as metodologias em que a depreciação no início da vida útil dos bens é maior .( Exemplos destes métodos: Método Exponencial ou de Matheson; Método da Soma dos Dígitos) • Os efeitos quase sempre imprevisíveis da obsolescência e da inadequação se atenuam na medida em que a depreciação for maior no início da vida útil; • O uso destes métodos estimula a renovação de máquinas e equipamentos e também novos investimentos fixos; • Os métodos em questão acompanha de forma mais realista a redução do valor de mercado da maioria dos bens. UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 6 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 7. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS • As contas de resultado ficam melhor equalizadas porque no início a depreciação é maior , em compensação às despesas com manutenções no bem são menores. Cenário que se inverte com o passar do tempo. Limitação / Críticas : • Não é um método aceito pela legislação fiscal brasileira; " MÉTODO DE QUOTAS VARIÁVEIS 1. MÉTODO DE UNIDADES PRODUZIDAS Características • Com base numa estimativa de unidades a serem produzidas pelo bem, a depreciação anual será considerada pelo percentual apurado entre as unidades produzidas naquele ano versus estimativa de unidades totais a serem produzidas; • Atende de forma plena o princípio contábil do confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis. Limitação / Crítica • Não é um método aceito pela legislação fiscal brasileira; 2. MÉTODO DE HORAS DE TRABALHO Características • Com base numa estimativa no número de horas a serem trabalhadas pelo bem, a depreciação anual será considerada pelo percentual apurado entre as horas trabalhadas naquele ano versus estimativa de horas totais a serem trabalhadas; UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 7 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 8. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS • Atende de forma plena o princípio contábil do confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis. Limitação / Crítica • Não é um método aceito pela legislação fiscal brasileira; 3. MÉTODO DAS QUOTAS CRESCENTES Características • Usados para os itens que tiverem uma eficiência constante ou crescente; • Uma metodologia representativa deste método é o “ Sinking Fund “ , que pressupõe que uma parte da depreciação seja reservada todo ano de modo que as mesmas gerem juros e no final do período de depreciação, a entidade teria formado um fundo para reposição do bem com valor equivalente ao custo de aquisição, menos o seu valor residual caso seja constituído. Neste caso a quota de depreciação seria melhor designada como “ quota de substituição “ . Limitação / Crítica • Em função das variações de preço e avanços tecnológicos este fundo formado seguramente não representaria o valor necessário para a substituição do bem; • É pouco provável que o Administrador financeiro deixe este recurso “ parado “ em disponibilidade para fazer lastro a este fundo; • É pouco provável que um bem gere ao longo do tempo receitas crescentes ou constantes ( naturalmente excluindo algumas exceções ); • As despesas com depreciação versus manutenção não estariam equalizadas; UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 8 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 9. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS BASE DE CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO Determina qual o valor a ser considerado para base de cálculo da depreciação. Pela determinação do Conselho Federal de Contabilidade ( CFC ) Resolução 750/93 e Apêndice da Resolução 774 de 16.12.94 que trata dos princípios fundamentais de contabilidade, deve ser considerado como base de cálculo o custo histórico ( Princípio do Registro pelo Valor Original ) . Mas considerando que mesmo numa economia relativamente estável como a do Brasil sempre existe uma variação nos preços, a situação patrimonial não irá ficar adequadamente representada no Balanço Patrimonial e o resultado apurado no exercício social não será o mais adequado. Esta mesma resolução do CFC criou o Princípio da Atualização Monetária para atender a esta questão, mas que deixou de ser aplicado fiscalmente desde 1996 e através da resolução 900/01 o CFC dispõe sobre a suspensão de sua aplicação. Pela deliberação 29/86 da Comissão de Valores Mobiliários o princípio do Registro pelo Valor Original foi considerado no princípio contábil do Custo como Base de Valor. Outra base de cálculo , que contraria o princípio acima citado do custo como base de valor, e que não consta no novo anteprojeto da lei societária é o valor de reavaliação feita no ativo imobilizado. Outra questão interessante neste quesito é a do valor residual . O valor residual representaria uma estimativa de quanto a empresa irá vender o bem . Portanto a base de cálculo para a depreciação seria o valor histórico menos o UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 9 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 10. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS valor residual. Em função da dificuldade em se apurar este “valor residual" muitas empresas optam em não adotá-lo. REGRAS FISCAIS BÁSICAS A legislação fiscal em vigor prevê basicamente a depreciação apurada pelo cálculo da linha reta considerando um turno de 08 horas através das seguintes taxas ( Arts. 305 a 323 Regulamento do Imposto de Renda/RIR/99) : Edifícios : 4 % a . a / 25 anos de vida útil Máquinas e Equipamentos : 10 % a. a / 10 anos de vida útil Instalações : 10 % a. a/ 10 anos de vida útil Móveis e Utensílios : 10 % a .a/ 10 anos de vida útil Veículos : 20 % a .a/ 5 anos de vida útil Sistema de Processamento de Dados : 20 % a. a/ 5 anos de vida útil Se a empresa optar por taxas diferentes destas à maior deverá estar suportada por laudo pericial do Instituto Nacional de Tecnologia, ou de outra entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica. ( art. 310, parágrafo 2º., do RIR /99 ), caso contrário o fisco naturalmente não faz nenhum tipo de restrição. DEPRECIAÇÃO ACELERADA Poderá ser configurada através de duas maneiras: 1) Por uso Intensivo Caso a empresa opte por turnos de trabalho diferente de 08 horas diárias deverá utilizar os seguintes coeficientes ( art. 312 , parágrafo 3º., do RIR ) : Um turno de 08 horas : Coeficiente 1,0 UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 10 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 11. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS Dois turnos de 08 horas : Coeficiente 1,5 Três turnos de 08 horas : Coeficiente 2,0 2) Por incentivo fiscal Tem por objetivo incentivar as empresas a renovar suas máquinas, aparelhos e instrumentos destinados ao uso na produção. O valor referente à parcela do incentivo fiscal não deve ser registrado contabilmente, sendo considerado somente como ajuste no livro LALUR. ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NO CÁLCULO DA AMORTIZAÇÃO Os bens / direitos elegíveis à amortização usualmente são : patentes, direitos autorais; benfeitorias em bens de terceiros. Possuem como característica predominante serem itens intangíveis. A base de cálculo destes itens são todos os valores efetivamente pagos à terceiros . No cálculo da amortização anual considera-se o período no qual a entidade irá exercer determinado direito. O valor é rateado “pro rata temporis “com base neste período e tendo como base de valor o custo histórico pago para a obtenção do direito. ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NO CÁLCULO DA EXAUSTÃO A base de cálculo para fins de exaustão é o custo de aquisição ou prospecção, dos recursos minerais ou os custos acumulados relativo a projetos de florestamento e reflorestamento. UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 11 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 12. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS Segundo IUDÍCIBUS1 : “ A exaustão objetiva distribuir o custo dos recursos naturais durante o período em que tais recursos são extraídos ou exauridos “ O método de cálculo para a exaustão é o método de unidades extraídas( toneladas, barris, metros cúbicos, etc). Por exemplo, se a possança total conhecida da mina é de 30 ton. e em determinado ano a extração foi de 3 ton. a exaustão deste ano será de 10 % da base de cálculo. Com relação ao valor residual aplicado ao cálculo da exaustão IUDÍCUBUS2se posiciona da seguinte maneira: “ Ressalte-se que valor residual é bastante comum para o cálculo de exaustão quando se adquire o terreno onde se encontram os recursos naturais a serem explorados. Assim , por exemplo, se a Cia. W adquire uma pedreira, o terreno onde está localizada a pedreira deverá, no cálculo da exaustão , ser destacado, dado que, no final da exploração da pedreira, continuará como propriedade da Cia W. Preço pago pela Cia.W pela pedreira , com o terreno : R$ 12.900.000 Valor estimado do terreno por ocasião da compra : R$ 2.500.000 Prazo estimado para esgotamento total da pedreira : 7 anos Exaustão anual = 12.900.000 – 2.500.000 = R$ 1.485.714 7 anos 1 IUDÍCIBUS, Sérgio de ., MARTINS, Eliseu ., GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 5 Ed. São Paulo. Atlas : 2000. 2 IUDÍCIBUS, Sérgio de., MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial . 4 ed.São Paulo:Atlas, 2000 UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 12 DEPRECIAÇÃO - PARTE II
  • 13. C AVALCANTE & ® A SSOCIADOS REFLEXO NAS CONTAS DE RESULTADO Nas contas de resultado a depreciação, exaustão ou amortização poderão estar classificadas de duas maneiras : DESPESA : quando o direito/ bem que estiver sendo considerado para o cálculo não fizer parte direta do processo produtivo. CUSTO DO PRODUTO / SERVIÇO : quando o direito / bem que estiver sendo considerado para o cálculo for parte integrante do processo produtivo para a elaboração do bem / serviço. UP-TO-DATE® - N° 182 - TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE : IMOBILIZADO E 13 DEPRECIAÇÃO - PARTE II