2. Objetivos desta aula
• Gestão de estoques.
• Controle de estoques.
• Nivelamento de estoques.
• Curva ABC.
3. Gestão de Estoques
Administração
São considerados estoques todos os bens e materiais
mantidos por uma organização para suprir demandas
futuras, ou seja, é a diferença entre a aquisição e a
demanda momentânea.
Podem ser encontrados de várias formas, como
matéria-prima, produto em processo, produto acabado,
materiais, embalagens e produtos necessários para
manutenção, reparo e suprimentos de operações, não
necessariamente utilizados no processo de fabricação,
acomodados em armazéns apropriados ou em
almoxarifados.
4. • O controle ou gestão de estoques engloba
todas as atividades, procedimentos e técnicas
que permitem garantir a qualidade correta, no
tempo certo, de cada item ao longo da cadeia
produtiva, tanto dentro como fora das
organizações.
• Para gerir os estoques, é preciso levar em
conta duas funções que norteiam sua
finalidade, sendo a alimentação da produção e
o suprimento das vendas.
5. A primeira função tem como objetivo a
produção continuada , almejando a eliminação
dos riscos de paradas na produção resultantes
de problemas como abastecimento, melhorando
a eficiência do processo produtivo.
Já na função de suprir as vendas, os estoques
visam atender com segurança à sazonalidade da
demanda e, por consequência, melhorar o
serviço ao cliente.
6. • Na moderna administração, os estoques são geridos
por indicadores, sendo refletidos tanto na eficiência
operacional quanto nas finanças das empresas.
• Vemos atualmente grande influência da administração
de estoques para elaboração de estratégias de caixa,
cujo indicador é o Prazo Médio de Renovação de
Estoques (PMRE). Esse indicador fornece o número de
dias, semanas ou meses existentes de cobertura de
estoques e mede a eficiência com que a empresa
administra os seus investimentos em estoques. Ele
deve ser o menos possível, com risco mínimo de sua
falta no estoque.
PMRE= Estoques
CMV (Custo das Mercadorias Vendidas)
7. • Outro indicador que norteia a empresa na
administração de estoques é o Lote Econômico
de Compras (LEC), que representa a quantidade
ideal de compra, aquela que proporciona o
menor custo de manutenção e o menor custo de
aquisição do estoque.
• É preciso considerar a evolução das técnicas de
administração dos materiais a partir da figura do
velho almoxarife até os dias atuais, em que se
utilizam sofisticados programas informatizados
integrados com a produção planejada. No
entanto, basicamente a administração de
material sempre esteve assentada no famoso
“tripé”: controle de estoque, compras e
almoxarifado.
8. • Quando se fala nessa estrutura, deve-se
imediatamente entender como atividade
comercial e/ou industrial a empresa, visto que
o almoxarifado referido tem sentido de
armazém, onde são acomodados os estoques.
• A figura 2,1 fornece uma noção dessa
estrutura básica:
Figura 2.1:
Administração de
Material
Controle de
Estoque
Compras Almoxarifado
9. Controle de Estoque
• O controle de estoques é importante para
todos e qualquer tipo de empresa e significa
investir “dinheiro”, portanto deve ser
racionalmente dimensionado. Não pode ser
muito maior do que o necessário para que a
empresa não comprometa seu capital de giro,
porém se for pouco demais, pode
comprometer os suprimentos das
necessidades da empresa.
10. • Existe uma inter-relação do setor de suprimentos
com os setores de produção, financeiro e de vendas
principalmente, visto que pode acarretar sérios
problemas de desempenho operacional se as
compras forem efetuadas por pessoas
independentes, causando descontrole dos estoques.
• O descontrole dos estoques traz sérias
consequências à empresa, como aumento de custos
e de despesas financeiras, ociosidade de recursos e
redução de lucratividade.
11. Nivelamento de Estoque
• O nivelamento determina a condição ideal do fluxo
financeiro dos estoques. Em uma primeira
abordagem, a gestão econômica dos estoques visa
mantê-los em constante equilíbrio em relação ao
nível econômico ótimo dos investimentos.
• Tal fator somente é obtido ao manter os estoques
mínimos, sem correr o risco de não tê-los em
quantidades suficientes e necessárias para manter
um fluxo de produção da encomenda em equilíbrio
com o fluxo de consumo.
12. • A quantificação, em número de dias de venda,
idealizada acima da necessidade do estoque mínimo,
por exemplo, induz a empresa a injetar mais capital
de giro, assim como a quantificação idealizada, em
número de dias de venda, abaixo da necessidade do
estoque mínimo, leva à falta de estoque e,
consequentemente, à perda de venda.
• A quantidade ideal do estoque mínimo deve ser em
mensurada, considerando, entre outros, os seguintes
parâmetros:
13. Possíveis atrasos na entrega por parte do
fornecedor;
Possíveis variações nas médias de vendas;
Identificação da sazonalidade.
14. Devemos considerar dois fatores de
fundamental importância para a determinação
de estoques:
• 1. Quanto maior for a quantidade estocada, maiores
serão os custos com a manutenção dos estoques. Por
outro lado, vemos um aspectos a ser levado em
conta que é a garantia da não paralisação da
empresa por falta de material.
• 2. Qualquer redução nas quantidades em estoque
reduz também os custos de estocagem, mas
aumenta os custos de obtenção dos materiais, o que
pode provocar a paralisação das atividades da
empresa por falta de material.
15. É preciso levar em conta que a gestão dos
estoques apresentam os seguintes sintomas
Quando mal planejada gera:
Incapacidade de cumprir promessas de entrega d
produto final;
Crescimento do estoque quando a demanda for
inferior à prevista;
Falta constante de espaço de armazenagem;
Aumento dos itens de materiais obsoletos, entre
outros.
16. Quando bem planejada verifica:
Melhoria nas relações com usuários;
Redução dos custos dos materiais comprados;
Redução dos custos com perdas de estoque,
entre outros.
17. CURVA ABC
A classificação ABC é um método de controle
criado na Itália por Walfredo Paretto, em
meados do século XIX, com a finalidade de
medir a distribuição de renda da população do
país. Esse método revelou que poucos
indivíduos concentravam a maior parte das
riquezas existentes. Vale a pena comparar esses
resultados com os atuais, que mostram
praticamente a mesma situação
18. • Esse método de Walfredo Paretto aplicado à
administração dos estoques foi colocado em
prática e posteriormente comprovado nos
EUA logo após o fim da Segunda Guerra
Mundial (1951), pela General Eletric (G.E.), e
vem constituindo uma importante ferramenta
de controle e gerenciamento.
19. • Em uma organização, o método da curva ABC
é muito utilizado para a administração de
estoques, mas também para a definição de
políticas de vendas, para o estabelecimento
de prioridades, para a programação da
produção, entre outras aplicações.
20. • Desta forma, esses materiais podem ser
agrupados em três classes, que receberam as
denominações de classe A, classe B e classe C,
sendo:
21. • Classe A = poucos itens e maiores valores,
peso ou volume;
• Classe B = itens em situação
• intermediária;
• Classe C = muitos itens e menores valores,
peso ou volume.
22. • Por esse método podemos tratar de uma
maneira diferente os distintos itens de
material da seguinte forma: controlar
rigidamente a classe A, de modo mais leve a
classe B e de maneira superficial a classe C.
23. • Por esse método podemos tratar de uma
maneira diferente os distintos itens de
material da seguinte forma: controlar
rigidamente a classe A, de modo mais leve a
classe B e de maneira superficial a classe C.
24. • Os parâmetros citados não são uma regra
matematicamente fixa, pois podem variar de
acordo com a organização nos percentuais
distintos.
• O que importa é que a análise desses
parâmetros propicia o trabalho de controle de
estoque do que o analista, cuja a decisão de
compra pode se basear nos resultados obtidos
pela curva ABC
25. • Os itens considerados de classe A merecem
tratamento preferencial. Assim, a consequência
da utilidade dessa técnica é a otimização da
aplicação dos recursos financeiros ou materiais,
evitandos desperdícios ou aquisições indevidas e
favorecendo o aumento da lucratividade.
• Obtém-se a curva ABC pela ordenação dos itens a
serem analisados, conforme sua importância
relativa no grupo.
26. • A montagem dos grupos pode parecer um
pouco trabalhosa, mas pode ser que seja feita
uma única vez, ou mesmo esporadicamente.
Os itens de cada grupo permanecem
enquanto conservaram-se as condições que
possam afetar os itens (consumo, vendas,
preço, etc.). A montagem dos grupos pode ser
feia em duas etapas, como mostra o exemplo
seguinte:
27. Primeira Etapa
• Relacionam-se todos os itens que foram
consumidos em determinado período(1);
• Para cada item registram-se o preço unitário
(2) e o consumo (3) no período considerado
(se a análise fosse sobre vendas ou transporte,
em vez de consumo, seria usada a quantidade
vendida ou transportada etc.).
28. • Para cada item calcula-se o valor do consumo
(4), que é igual ao preço unitário x consumo
• Registra-se a classificação (5) do valor do
consumo (1 para o maior valor, 2 para o
segundo maior valor e assim por diante).
29.
30. Segunda etapa
• Ordenam-se os itens de acordo com a
classificação (5)
• Para cada item, lança-se o valor de consumo
acumulado (6), que é igual ao seu valor de
consumo somado ao valor de consumo
acumulado na linha anterior.
31. • Para cada item calcula-se o percentual sobre o
valor acumulado (7), que é igual ao seu valor
de consumo acumulado dividido pelo seu
valor de consumo acumulado do último item.
32.
33. • Para a definição das classes A, B e C, adotamos o
critério de que A=20%, B=30% C=50% dos itens. No
exemplo são dez itens, 20% são os dois primeiro itens,
30% os três itens seguintes 50% os cinco últimos itens,
resultando os seguintes valores:
• Classe A = códigos 3 e 5 (dois primeiros itens = 74,79%
• Classe B = códigos 6,1 e 4 (três itens seguintes) =
(94,79% - 74,79%) = 20,00%
• Classe C = códigos 2,9,8,10 e 7 (cinco itens restantes) =
(100% - 94,79%) = 5,21%
34. BIBLIOGRAFIA
• Castiglioni, José Antônio Mattos, Logística
Operacional 2º edição
• Martins, Petrônio Garcia , Administração de
Materiais e Recursos Patrimoniais 4º edição.
• Martins, Petrônio Garcia , Administração da
Produção 2º edição.
• http://famanet.br/Ambientes/adm/pdf/md_max.
pdf.aceso em 24/05/2014
• http://centraldefavoritos.files.wordpress.com/20
11/02/recursos-materiais.pdf em 24/05/2014