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A epopeia
A epopeia é um poema narrativo em verso. Celebra uma ação
grandiosa e heroica, protagonizada por um herói excecional,
individual ou coletivo, mítico ou real, que corporiza os valores e
anseios de um povo e se apresenta como um modelo a seguir.
Caracteriza-se por uma linguagem grandiloquente e elevada, na
qual é narrada uma ação em que o real e o maravilhoso
coexistem: tanto as personagens como as suas ações heroicas
podem ter tido uma existência real ou mítica. Foi o mais elevado
género literário cultivado pelos poetas da Antiguidade Clássica e
apresentava regras próprias.
A epopeia
A epopeia
A epopeia
Regras da epopeia clássica
• Estrutura externa: uma narrativa em verso.
• Estrutura interna:
• Proposição: o poeta apresenta os assuntos que se propõe cantar;
• Invocação: o poeta invoca as Musas, pedindo-lhes inspiração;
• Dedicatória: o poeta dedica a sua obra a alguém (uma parte
facultativa de acordo com as regras da epopeia clássica);
• Narração: o poeta narra os feitos do herói.
A epopeia
Regras da epopeia clássica
• A narração inicia-se in medias res (“no meio dos acontecimentos”),
sendo os acontecimentos anteriores recuperados através da
analepse.
• A ação caracteriza-se pela unidade, pela integridade e pela variedade.
• O herói pode ser individual ou coletivo, real ou mítico.
• A presença do maravilhoso é obrigatória.
• A presença de reflexões do poeta também se verifica.
A epopeia
Os modelos clássicos
Os modelos clássicos greco-latinos são três: a Ilíada, que narra
as aventuras do grego Aquiles, e a Odisseia, cujo herói é o grego
Ulisses, sendo ambas atribuídas ao poeta grego Homero, bem
como a Eneida, que relata os feitos do troiano Eneias, da autoria
de Virgílio, um poeta romano.
N’Os Lusíadas, Luís de Camões irá seguir o modelo da Eneida,
que, por sua vez, se baseia nos modelos das epopeias atribuídas
a Homero.
ILÍADA
ENEIDA
ODISSEIA
OS
LUSÍADAS
A escrita da epopeia portuguesa, Os Lusíadas, ficou a dever-se
a vários fatores.
Por um lado, a revalorização de cultura greco-latina que ocorreu
no Renascimento e que levou a que vários intelectuais europeus
imitassem, ou desejassem imitar os modelos literários da
Antiguidade Clássica, nomeadamente a epopeia.
A epopeia
A epopeia portuguesa
Por outro lado, o facto de, em Portugal, ter emergido a consciência
da excecionalidade dos feitos dos portugueses e de vários autores,
como Garcia de Resende e António Ferreira, se terem pronunciado
a favor de uma obra que celebrasse e registasse para o futuro
essas ações grandiosas, exatamente no género literário mais nobre
da Antiguidade Clássica: a epopeia.
A epopeia
A epopeia portuguesa
Assim, ao contrário das epopeias clássicas, cujos protagonistas
são figuras míticas, o herói d’Os Lusíadas tem uma realidade
histórica e apresenta um caráter coletivo, uma vez que o
protagonista da ação principal é o povo português – «o peito
ilustre lusitano» –, que concretiza a descoberta do caminho
marítimo para a Índia, sendo, por isso, digno de ser glorificado
numa epopeia.
A epopeia
A epopeia portuguesa
A palavra «Lusíadas» deriva de Luso, uma figura mitológica
associada a Baco e um suposto fundador das terras da
Lusitânia, a quem Marte, durante o episódio do Consílio dos
Deuses, faz uma referência:
A epopeia
A epopeia portuguesa
«Bem fora que aqui Baco os sustentasse,
Pois que de Luso vem, seu tão privado;».
Canto I, estância 39
Esta designação liga os portugueses a uma divindade romana (Luso),
colocando-os num patamar divino, no contexto da mitologia pagã.
Deste modo, antecipa-se a capacidade do povo português para,
através da concretização dos feitos grandiosos que serão narrados ao
longo d’Os Lusíadas, ultrapassar a sua dimensão humana: «mais do
que prometia a força humana.»
A epopeia portuguesa
A epopeia
Consolida
1. Completa o texto selecionando as palavras /expressões adequadas.
SOLUÇÃO
A epopeia é um poema narrativo em (prosa/verso).
Celebra uma ação (grandiosa/banal), protagonizada por um herói (comum/excecional),
que corporiza os valores e anseios de um (indivíduo/povo).
Caracteriza-se por uma linguagem (elevada/simples), que narra uma ação em que o real e o maravilhoso
(interagem/não interagem).
verso
grandiosa excecional
povo
elevada
interagem
A epopeia
Consolida
2. Classifica cada afirmação como verdadeira ou falsa. Corrige as falsas.
a. A Odisseia, atribuída a Homero, foi o modelo seguido por Camões na escrita d’Os Lusíadas.
b. Segundo as regras das epopeias clássicas, a Dedicatória não é uma parte obrigatória do poema.
c. Na Narração, os acontecimentos são sempre narrados por ordem cronológica.
SOLUÇÃO
Falsa. Camões seguiu o modelo da Eneida, de Virgílio.
Verdadeira.
Falsa. A narração inicia-se in medias res (“no meio dos acontecimentos”). Os acontecimentos que tiveram lugar antes
são posteriormente recuperados através da analepse.
d. Contrariamente aos feitos dos heróis das epopeias clássicas, as ações dos portugueses
narradas em Os Lusíadas são factos históricos/reais.
Verdadeira.

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  • 2. A epopeia é um poema narrativo em verso. Celebra uma ação grandiosa e heroica, protagonizada por um herói excecional, individual ou coletivo, mítico ou real, que corporiza os valores e anseios de um povo e se apresenta como um modelo a seguir. Caracteriza-se por uma linguagem grandiloquente e elevada, na qual é narrada uma ação em que o real e o maravilhoso coexistem: tanto as personagens como as suas ações heroicas podem ter tido uma existência real ou mítica. Foi o mais elevado género literário cultivado pelos poetas da Antiguidade Clássica e apresentava regras próprias. A epopeia A epopeia
  • 3. A epopeia Regras da epopeia clássica • Estrutura externa: uma narrativa em verso. • Estrutura interna: • Proposição: o poeta apresenta os assuntos que se propõe cantar; • Invocação: o poeta invoca as Musas, pedindo-lhes inspiração; • Dedicatória: o poeta dedica a sua obra a alguém (uma parte facultativa de acordo com as regras da epopeia clássica); • Narração: o poeta narra os feitos do herói.
  • 4. A epopeia Regras da epopeia clássica • A narração inicia-se in medias res (“no meio dos acontecimentos”), sendo os acontecimentos anteriores recuperados através da analepse. • A ação caracteriza-se pela unidade, pela integridade e pela variedade. • O herói pode ser individual ou coletivo, real ou mítico. • A presença do maravilhoso é obrigatória. • A presença de reflexões do poeta também se verifica.
  • 5. A epopeia Os modelos clássicos Os modelos clássicos greco-latinos são três: a Ilíada, que narra as aventuras do grego Aquiles, e a Odisseia, cujo herói é o grego Ulisses, sendo ambas atribuídas ao poeta grego Homero, bem como a Eneida, que relata os feitos do troiano Eneias, da autoria de Virgílio, um poeta romano. N’Os Lusíadas, Luís de Camões irá seguir o modelo da Eneida, que, por sua vez, se baseia nos modelos das epopeias atribuídas a Homero. ILÍADA ENEIDA ODISSEIA OS LUSÍADAS
  • 6. A escrita da epopeia portuguesa, Os Lusíadas, ficou a dever-se a vários fatores. Por um lado, a revalorização de cultura greco-latina que ocorreu no Renascimento e que levou a que vários intelectuais europeus imitassem, ou desejassem imitar os modelos literários da Antiguidade Clássica, nomeadamente a epopeia. A epopeia A epopeia portuguesa
  • 7. Por outro lado, o facto de, em Portugal, ter emergido a consciência da excecionalidade dos feitos dos portugueses e de vários autores, como Garcia de Resende e António Ferreira, se terem pronunciado a favor de uma obra que celebrasse e registasse para o futuro essas ações grandiosas, exatamente no género literário mais nobre da Antiguidade Clássica: a epopeia. A epopeia A epopeia portuguesa
  • 8. Assim, ao contrário das epopeias clássicas, cujos protagonistas são figuras míticas, o herói d’Os Lusíadas tem uma realidade histórica e apresenta um caráter coletivo, uma vez que o protagonista da ação principal é o povo português – «o peito ilustre lusitano» –, que concretiza a descoberta do caminho marítimo para a Índia, sendo, por isso, digno de ser glorificado numa epopeia. A epopeia A epopeia portuguesa
  • 9. A palavra «Lusíadas» deriva de Luso, uma figura mitológica associada a Baco e um suposto fundador das terras da Lusitânia, a quem Marte, durante o episódio do Consílio dos Deuses, faz uma referência: A epopeia A epopeia portuguesa «Bem fora que aqui Baco os sustentasse, Pois que de Luso vem, seu tão privado;». Canto I, estância 39 Esta designação liga os portugueses a uma divindade romana (Luso), colocando-os num patamar divino, no contexto da mitologia pagã. Deste modo, antecipa-se a capacidade do povo português para, através da concretização dos feitos grandiosos que serão narrados ao longo d’Os Lusíadas, ultrapassar a sua dimensão humana: «mais do que prometia a força humana.» A epopeia portuguesa
  • 10. A epopeia Consolida 1. Completa o texto selecionando as palavras /expressões adequadas. SOLUÇÃO A epopeia é um poema narrativo em (prosa/verso). Celebra uma ação (grandiosa/banal), protagonizada por um herói (comum/excecional), que corporiza os valores e anseios de um (indivíduo/povo). Caracteriza-se por uma linguagem (elevada/simples), que narra uma ação em que o real e o maravilhoso (interagem/não interagem). verso grandiosa excecional povo elevada interagem
  • 11. A epopeia Consolida 2. Classifica cada afirmação como verdadeira ou falsa. Corrige as falsas. a. A Odisseia, atribuída a Homero, foi o modelo seguido por Camões na escrita d’Os Lusíadas. b. Segundo as regras das epopeias clássicas, a Dedicatória não é uma parte obrigatória do poema. c. Na Narração, os acontecimentos são sempre narrados por ordem cronológica. SOLUÇÃO Falsa. Camões seguiu o modelo da Eneida, de Virgílio. Verdadeira. Falsa. A narração inicia-se in medias res (“no meio dos acontecimentos”). Os acontecimentos que tiveram lugar antes são posteriormente recuperados através da analepse. d. Contrariamente aos feitos dos heróis das epopeias clássicas, as ações dos portugueses narradas em Os Lusíadas são factos históricos/reais. Verdadeira.