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HISTÓRIA DO HINO NACIONAL

Em 1831, Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil
 para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco
      Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição.

 Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e
Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de
despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de
                 "Hino 7 de Abril", data do anúncio da abdicação.

 A letra de Ovídio Saraiva foi considerada ofensiva pelos portugueses. Eles foram
 chamados até de "monstros". Por isso, ela foi esquecida em pouco tempo, mas a
   partitura de Francisco Manuel da Silva começou a ser executada em todas as
                       solenidades públicas a partir de 1837.

        Para comemorar a coroação de HISTÓRIA DO HINO NACIONAL

Em 1831, Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil
 para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco
      Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição.

 Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e
Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de
despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de
                 "Hino 7 de Abril", data do anúncio da abdicação.

 A letra de Ovídio Saraiva foi considerada ofensiva pelos portugueses. Eles foram
 chamados até de "monstros". Por isso, ela foi esquecida em pouco tempo, mas a
   partitura de Francisco Manuel da Silva começou a ser executada em todas as
                       solenidades públicas a partir de 1837.

   Para comemorar a coroação de Dom Pedro II, em 1841, o hino recebeu novos
  versos, de um autor desconhecido. Por determinação de Dom Pedro II, a música
  passou a ser considerada o Hino do Império e deveria ser tocada todas vezes em
que ele se apresentasse em público, em solenidades civis e militares, mas sem letra.

    Era também tocada no exterior sempre que o imperador estivesse presente.
  Francisco Manuel ficou bastante famoso. Recebeu vários convites para dirigir,
fundar e organizar instituições musicais. Mas o Brasil continuava com um hino sem
                                       letra.

Quando a República foi proclamada, em 1889, o governo provisório resolveu fazer
um concurso para escolher um novo hino. Procurava-se algo que se enquadrasse no
                             espírito republicano.

   Primeiro escolheram um poema de Medeiros e Albuquerque, que tinha sido
publicado no jornal Diário do Comércio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de
1889. É aquele que começa com o verso "Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre
                                    nós".

   A letra se encontrava à disposição dos maestros que quisessem musicá-la. No
primeiro julgamento, dia 4 de janeiro de 1890, 29 músicos apresentaram seus hinos.
            A Comissão Julgadora selecionou quatro para a finalíssima.

No dia 15 de janeiro, numa sessão em homenagem ao Marechal Deodoro no Teatro
  Santana, perguntaram ao novo presidente se ele estava ansioso pela escolha do
novo hino. Ele disse: "Prefiro o velho". Cinco dias depois, no Teatro Lírico do Rio
 de Janeiro, uma banda marcial composta de 70 figurantes, fanfarra e coro de 30
  vozes regida pelo maestro Carlos de Mesquita executou as músicas finalistas.

  Na ordem, os hinos de Antonio Francisco Braga, Jerônimo de Queirós, Alberto
Nepomuceno e Leopoldo Miguez. Nessa primeira audição, segundo o regulamento,
estavam proibidos os aplausos. Após um curto intervalo, a banda executou de novo
                                os quatro hinos.

 Aí, sim, o público pôde se manifestar. O mais aplaudido foi o do maestro Miguez,
que também foi escolhido pela Comissão Julgadora. O presidente Deodoro e quatro
           ministros deixaram o camarote oficial e voltaram em seguida.

  O ministro do Interior, Aristides Lobo, leu o decreto que conservava a música de
Francisco Manuel da Silva como hino nacional. Mesmo sem a partitura, a orquestra
tocou a música e a platéia delirou. Como prêmio de consolação, a obra de Medeiros
      e Albuquerque e de Leopoldo Miguez ficou conhecida como o Hino da
                             Proclamação da República.

Só que o problema persistia: o Brasil tinha um hino sem letra. Mas, se a música já
era tão bonita, por que precisava de uma letra? Por mais que alguém se habitue a
     uma música, se ela não tiver letra, fica mais difícil de ser memorizada.

 Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era
ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11
                               modificações na letra.

Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de
  um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente
     Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922.

  Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto
 Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois
                       de 91 anos, nosso hino estava pronto!
 Dom Pedro II, em 1841, o hino recebeu novos versos, de um autor desconhecido.
 Por determinação de Dom Pedro II, a música passou a ser considerada o Hino do
Império e deveria ser tocada todas vezes em que ele se apresentasse em público, em
                   solenidades civis e militares, mas sem letra.

    Era também tocada no exterior sempre que o imperador estivesse presente.
  Francisco Manuel ficou bastante famoso. Recebeu vários convites para dirigir,
fundar e organizar instituições musicais. Mas o Brasil continuava com um hino sem
                                       letra.

Quando a República foi proclamada, em 1889, o governo provisório resolveu fazer
um concurso para escolher um novo hino. Procurava-se algo que se enquadrasse no
                             espírito republicano.

   Primeiro escolheram um poema de Medeiros e Albuquerque, que tinha sido
publicado no jornal Diário do Comércio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de
1889. É aquele que começa com o verso "Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre
                                    nós".

   A letra se encontrava à disposição dos maestros que quisessem musicá-la. No
primeiro julgamento, dia 4 de janeiro de 1890, 29 músicos apresentaram seus hinos.
            A Comissão Julgadora selecionou quatro para a finalíssima.

No dia 15 de janeiro, numa sessão em homenagem ao Marechal Deodoro no Teatro
  Santana, perguntaram ao novo presidente se ele estava ansioso pela escolha do
novo hino. Ele disse: "Prefiro o velho". Cinco dias depois, no Teatro Lírico do Rio
 de Janeiro, uma banda marcial composta de 70 figurantes, fanfarra e coro de 30
  vozes regida pelo maestro Carlos de Mesquita executou as músicas finalistas.

  Na ordem, os hinos de Antonio Francisco Braga, Jerônimo de Queirós, Alberto
Nepomuceno e Leopoldo Miguez. Nessa primeira audição, segundo o regulamento,
estavam proibidos os aplausos. Após um curto intervalo, a banda executou de novo
os quatro hinos.

 Aí, sim, o público pôde se manifestar. O mais aplaudido foi o do maestro Miguez,
       que também foi escolhido pela Comissão Julgadora. O presidente Deo

doro e quatro ministros deixaram o camarote oficial e voltaram em seguida.

O ministro do Interior, Aristides Lobo, leu o decreto que conservava a música de
Francisco Manuel da Silva como hino nacional. Mesmo sem a partitura, a orquestra
tocou a música e a platéia delirou. Como prêmio de consolação, a obra de Medeiros
e Albuquerque e de Leopoldo Miguez ficou conhecida como o Hino da
Proclamação da República.

Só que o problema persistia: o Brasil tinha um hino sem letra. Mas, se a música já
era tão bonita, por que precisava de uma letra? Por mais que alguém se habitue a
uma música, se ela não tiver letra, fica mais difícil de ser memorizada.

Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era
ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11
modificações na letra.

Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de
um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente
Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922.

Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto
Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois
de 91 anos, nosso hino estava pronto!

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História do hino nacional

  • 1. HISTÓRIA DO HINO NACIONAL Em 1831, Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição. Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de "Hino 7 de Abril", data do anúncio da abdicação. A letra de Ovídio Saraiva foi considerada ofensiva pelos portugueses. Eles foram chamados até de "monstros". Por isso, ela foi esquecida em pouco tempo, mas a partitura de Francisco Manuel da Silva começou a ser executada em todas as solenidades públicas a partir de 1837. Para comemorar a coroação de HISTÓRIA DO HINO NACIONAL Em 1831, Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição. Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de "Hino 7 de Abril", data do anúncio da abdicação. A letra de Ovídio Saraiva foi considerada ofensiva pelos portugueses. Eles foram chamados até de "monstros". Por isso, ela foi esquecida em pouco tempo, mas a partitura de Francisco Manuel da Silva começou a ser executada em todas as solenidades públicas a partir de 1837. Para comemorar a coroação de Dom Pedro II, em 1841, o hino recebeu novos versos, de um autor desconhecido. Por determinação de Dom Pedro II, a música passou a ser considerada o Hino do Império e deveria ser tocada todas vezes em que ele se apresentasse em público, em solenidades civis e militares, mas sem letra. Era também tocada no exterior sempre que o imperador estivesse presente. Francisco Manuel ficou bastante famoso. Recebeu vários convites para dirigir,
  • 2. fundar e organizar instituições musicais. Mas o Brasil continuava com um hino sem letra. Quando a República foi proclamada, em 1889, o governo provisório resolveu fazer um concurso para escolher um novo hino. Procurava-se algo que se enquadrasse no espírito republicano. Primeiro escolheram um poema de Medeiros e Albuquerque, que tinha sido publicado no jornal Diário do Comércio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1889. É aquele que começa com o verso "Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós". A letra se encontrava à disposição dos maestros que quisessem musicá-la. No primeiro julgamento, dia 4 de janeiro de 1890, 29 músicos apresentaram seus hinos. A Comissão Julgadora selecionou quatro para a finalíssima. No dia 15 de janeiro, numa sessão em homenagem ao Marechal Deodoro no Teatro Santana, perguntaram ao novo presidente se ele estava ansioso pela escolha do novo hino. Ele disse: "Prefiro o velho". Cinco dias depois, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, uma banda marcial composta de 70 figurantes, fanfarra e coro de 30 vozes regida pelo maestro Carlos de Mesquita executou as músicas finalistas. Na ordem, os hinos de Antonio Francisco Braga, Jerônimo de Queirós, Alberto Nepomuceno e Leopoldo Miguez. Nessa primeira audição, segundo o regulamento, estavam proibidos os aplausos. Após um curto intervalo, a banda executou de novo os quatro hinos. Aí, sim, o público pôde se manifestar. O mais aplaudido foi o do maestro Miguez, que também foi escolhido pela Comissão Julgadora. O presidente Deodoro e quatro ministros deixaram o camarote oficial e voltaram em seguida. O ministro do Interior, Aristides Lobo, leu o decreto que conservava a música de Francisco Manuel da Silva como hino nacional. Mesmo sem a partitura, a orquestra tocou a música e a platéia delirou. Como prêmio de consolação, a obra de Medeiros e Albuquerque e de Leopoldo Miguez ficou conhecida como o Hino da Proclamação da República. Só que o problema persistia: o Brasil tinha um hino sem letra. Mas, se a música já era tão bonita, por que precisava de uma letra? Por mais que alguém se habitue a uma música, se ela não tiver letra, fica mais difícil de ser memorizada. Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era
  • 3. ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922. Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois de 91 anos, nosso hino estava pronto! Dom Pedro II, em 1841, o hino recebeu novos versos, de um autor desconhecido. Por determinação de Dom Pedro II, a música passou a ser considerada o Hino do Império e deveria ser tocada todas vezes em que ele se apresentasse em público, em solenidades civis e militares, mas sem letra. Era também tocada no exterior sempre que o imperador estivesse presente. Francisco Manuel ficou bastante famoso. Recebeu vários convites para dirigir, fundar e organizar instituições musicais. Mas o Brasil continuava com um hino sem letra. Quando a República foi proclamada, em 1889, o governo provisório resolveu fazer um concurso para escolher um novo hino. Procurava-se algo que se enquadrasse no espírito republicano. Primeiro escolheram um poema de Medeiros e Albuquerque, que tinha sido publicado no jornal Diário do Comércio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1889. É aquele que começa com o verso "Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós". A letra se encontrava à disposição dos maestros que quisessem musicá-la. No primeiro julgamento, dia 4 de janeiro de 1890, 29 músicos apresentaram seus hinos. A Comissão Julgadora selecionou quatro para a finalíssima. No dia 15 de janeiro, numa sessão em homenagem ao Marechal Deodoro no Teatro Santana, perguntaram ao novo presidente se ele estava ansioso pela escolha do novo hino. Ele disse: "Prefiro o velho". Cinco dias depois, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, uma banda marcial composta de 70 figurantes, fanfarra e coro de 30 vozes regida pelo maestro Carlos de Mesquita executou as músicas finalistas. Na ordem, os hinos de Antonio Francisco Braga, Jerônimo de Queirós, Alberto Nepomuceno e Leopoldo Miguez. Nessa primeira audição, segundo o regulamento, estavam proibidos os aplausos. Após um curto intervalo, a banda executou de novo
  • 4. os quatro hinos. Aí, sim, o público pôde se manifestar. O mais aplaudido foi o do maestro Miguez, que também foi escolhido pela Comissão Julgadora. O presidente Deo doro e quatro ministros deixaram o camarote oficial e voltaram em seguida. O ministro do Interior, Aristides Lobo, leu o decreto que conservava a música de Francisco Manuel da Silva como hino nacional. Mesmo sem a partitura, a orquestra tocou a música e a platéia delirou. Como prêmio de consolação, a obra de Medeiros e Albuquerque e de Leopoldo Miguez ficou conhecida como o Hino da Proclamação da República. Só que o problema persistia: o Brasil tinha um hino sem letra. Mas, se a música já era tão bonita, por que precisava de uma letra? Por mais que alguém se habitue a uma música, se ela não tiver letra, fica mais difícil de ser memorizada. Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922. Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois de 91 anos, nosso hino estava pronto!