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Capítulo 01:WANs e Roteadores

Cisco CCNA 3.1

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Visão geral Capítulo 01
Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange
uma grande área geográfica. As WANs têm várias características importantes que as
diferem das redes locais. A primeira lição deste módulo oferecerá uma visão geral das
tecnologias e protocolos utilizados em WANs. Explicará também as diferenças e
semelhanças entre WANs e redes locais.
É importante ter uma compreensão dos componentes da camada física de um roteador.
Essa compreensão cria uma base para outros conhecimentos e habilidades necessários
para configurar roteadores e gerenciar redes roteadas. Este módulo oferece um exame
mais detalhado dos componentes físicos internos e externos de um roteador. Ele também
descreve técnicas para conectar fisicamente as diversas interfaces dos roteadores.
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de:
•
•
•
•
•
•
•

Identificar as organizações responsáveis pelos padrões utilizados em WANs;
Explicar a diferença entre uma WAN e uma rede local e o tipo de endereço que
cada uma delas utiliza;
Descrever a função de um roteador em uma WAN;
Identificar os componentes internos do roteador e descrever suas funções;
Descrever as características físicas do roteador;
Identificar portas comuns de um roteador;
Conectar adequadamente portas Ethernet, WAN serial e de console.

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1.1 WANs
1.1.1 Introdução às WANs
Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange
uma grande área geográfica, como um estado, região ou país. As WANs geralmente
utilizam meios de transmissão fornecidos por prestadoras de serviços de
telecomunicações, como por exemplo, as companhias telefônicas.
Exemplo de Rede de Dados

Estas são as principais características das WANs:
•
•

•

Conectam dispositivos que estão separados por grandes áreas geográficas.
Usam os serviços de prestadoras, como Regional Bell Operating Companies
(RBOCs), Sprint, MCI, VPM Internet Services, Inc. Alguns exemplos no Brasil são:
Embratel, Telemar, Intelig, Telefônica, Brasil Telecom, entre outras.
Usam conexões seriais de vários tipos para acessar a largura de banda através de
grandes áreas geográficas.

Uma WAN difere de uma rede local de diversas maneiras. Por exemplo, diferentemente
de uma rede local, que conecta estações de trabalho, periféricos, terminais e outros
dispositivos em um único prédio ou outra área geográfica pequena, uma WAN estabelece
conexões de dados através de uma ampla área geográfica. As empresas usam WANs
para conectar diversas localidades, de maneira que seja possível trocar informações entre
escritórios distantes.
Uma WAN opera na camada física e na camada de enlace do modelo de referência OSI.
Ela interconecta redes locais que, geralmente, estão separadas por grandes áreas
geográficas. As WANs propiciam o intercâmbio de pacotes de dados e quadros entre
roteadores e switches e as redes locais suportadas por eles.

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Os seguintes dispositivos são usados nas WANs:
•
•

•

Roteadores, que oferecem diversos serviços, tais como portas para interconexão
de redes e portas de interface WAN.
Modems, que incluem serviços de interface de voz, unidades de serviço de
canal/digital (CSU/DSUs) que fazem interface com serviços T1/E1, e adaptadores
de terminal / terminação de rede tipo 1 (TA/NT1s), que fazem interface com
serviços ISDN (Integrated Services Digital Network – Rede Digital de Serviços
Integrados).
Servidores de comunicação, que concentram as comunicações através de linha de
escada (dial-in e dial-out).
Dispositivos de WAN

Dispositivos de WAN

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Os protocolos de enlace da WAN descrevem como os quadros são transportados entre os
sistemas de um único enlace de dados.
Encapsulamento do Enlace de Dados

Eles incluem protocolos criados para operar sobre serviços comutados dedicados ponto a
ponto, multiponto e mutiacesso, tais como Frame Relay. Os padrões da WAN são
definidos e gerenciados por diversas autoridades reconhecidas, como as seguintes
agências:
•

•

International Telecommunication Union-Telecommunication Standardization Sector
– União Internacional de Telecomunicações-Setor de Padronização das
Telecomunicações (ITU-T), antigo Consultative Committee for International
Telegraph and Telephone – Comitê Consultivo para Telégrafo e Telefone
Internacional (CCITT).
International Organization for Standardization – Organização Internacional de
Padronização (ISO).
Internet Engineering Task Force – Força-Tarefa de Engenharia da Internet (IETF).

•

Electronic Industries Association – Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA).

•

Dispositivos de WAN

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1.1.2 Introdução aos roteadores de uma WAN
Um roteador é um tipo especial de computador. Ele tem os mesmos componentes básicos
de um PC desktop padrão. Tem uma CPU, memória, um barramento do sistema e
diversas interfaces de entrada/saída. Entretanto, os roteadores são projetados para
realizar algumas funções muito específicas, que geralmente não são realizadas pelos
computadores desktop. Por exemplo, os roteadores conectam e permitem a comunicação
entre duas redes e determinam o melhor caminho para que os dados viajem através
dessas redes conectadas.
Assim como os computadores precisam de sistemas operacionais para executar
aplicativos de software, os roteadores precisam do IOS (Internetwork Operating System –
Sistema Operacional de Interconexão de Redes) para executar as funções definidas nos
arquivos de configuração. Esses arquivos de configuração contêm as instruções e os
parâmetros que controlam o fluxo de tráfego que entra e sai dos roteadores.
Especificamente, usando protocolos de roteamento, os roteadores tomam decisões com
relação ao melhor caminho para os pacotes. O arquivo de configuração especifica todas
as informações para uma configuração e uma utilização corretas dos protocolos roteados
e de roteamento, selecionados ou ativados, no roteador.
Este curso mostrará como definir os arquivos de configuração a partir dos comandos do
IOS, a fim de fazer com que o roteador realize diversas funções essenciais de rede. O
arquivo de configuração do roteador pode parecer complexo à primeira vista, mas
parecerá muito menos complicado até o final do curso.
Os principais componentes internos do roteador são a memória de acesso aleatório
(RAM), a memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM), a memória flash, a memória
somente de leitura (ROM) e as interfaces.
Componentes Internos

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A RAM, também chamada de RAM dinâmica (DRAM), tem as seguintes
características e funções:
•
•
•
•
•
•
•

Armazena tabelas de roteamento;
Mantém a cache do ARP;
Mantém a cache de fast-switching (comutação rápida);
Armazena pacotes em buffers (RAM compartilhada);
Mantém filas para armazenamento temporário de pacotes (queues);
Fornece memória temporária para o arquivo de configuração do roteador enquanto
ele estiver ligado;
Perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado.

A NVRAM tem as seguintes características e funções:
•
•

Armazena o arquivo de configuração que será utilizado na inicialização (startup
configuration);
Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado.

A memória flash tem as seguintes características e funções:
•
•
•
•
•

Mantém a imagem do sistema operacional (IOS);
Permite que o software seja atualizado sem remover nem substituir chips do
processador;
Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado;
Pode armazenar várias versões do software do IOS;
É um tipo de ROM programável, apagável eletronicamente (EEPROM).

A memória somente de leitura (ROM) tem as seguintes características e funções:
•
•
•

Mantém instruções que definem o autoteste realizado na inicialização do roteador
(Power-on self test - POST);
Armazena o programa de bootstrap e softwares básicos do sistema operacional;
Requer a substituição de chips plugáveis na placa-mãe para as atualizações de
software.

As interfaces têm as seguintes características e funções:
•
•

Conectam o roteador à rede para entrada e saída de pacotes;
Podem ficar na placa-mãe ou em um módulo separado.

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1.1.3 Redes locais e WANs com roteadores
Embora um roteador possa ser usado para segmentar redes locais, seu principal uso é
como dispositivo WAN. Os roteadores têm tanto interfaces de rede local como de WAN.
Segmentação Utilizando Roteadores

Roteadores Conectados por Tecnologias de WAN

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Na verdade, as tecnologias WAN geralmente são usadas para conectar roteadores, ou
seja, os roteadores se comunicam entre si por meio de conexões WAN.
Determinação do Caminho

Os roteadores são os dispositivos que compõem o backbone das grandes intranets e da
Internet. Eles operam na camada 3 do modelo OSI, tomando decisões com base nos
endereços de rede. As duas principais funções de um roteador são a seleção do melhor
caminho e a comutação de pacotes para a interface correta. Os roteadores fazem isso
criando tabelas de roteamento e trocando informações de rede com outros roteadores.
Um administrador pode manter tabelas de roteamento através da configuração de rotas
estáticas, mas geralmente as tabelas de roteamento são mantidas dinamicamente por
meio do uso de um protocolo de roteamento, que troca informações sobre a topologia
(caminhos) da rede com outros roteadores.
Se, por exemplo, o computador (x) precisar se comunicar com o computador (y) de um
lado do mundo e com o computador (z) em outro local distante, é necessário um recurso
que defina como será o roteamento do fluxo de informações, assim como caminhos
redundantes para haja uma maior confiabilidade.
Comunicação Em Qualquer Lugar, A Qualquer Hora

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Muitas decisões de projeto de rede e das tecnologias a utilizar podem ser tomadas para
que possa ser atingida a meta de conseguir que os computadores x, y e z se
comuniquem.
Uma interconexão de redes (internetwork) corretamente configurada oferece as seguintes
funcionalidades:
•
•
•
•
•

Endereçamento fim-a-fim consistente;
Endereços que representam topologias de rede;
Seleção do melhor caminho;
Roteamento dinâmico ou estático;
Comutação.

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1.1.4 Função do roteador em uma WAN
Considera-se que uma WAN opera na camada física e na camada de enlace. Isso não
significa que as outras cinco camadas do modelo OSI não sejam encontradas em uma
WAN. Significa simplesmente que as características que diferenciam uma WAN de uma
rede local normalmente são encontradas na camada física e na camada de enlace. Em
outras palavras, os padrões e os protocolos usados nas camadas 1 e 2 das WANs são
diferentes dos utilizados nas mesmas camadas das redes locais.
A camada física da WAN descreve a interface entre o equipamento terminal de dados
(DTE) e o equipamento de terminação do circuito de dados (DCE). Geralmente, o DCE é
o provedor do serviço e o DTE é o dispositivo conectado. Nesse modelo, os serviços
oferecidos para o DTE são disponibilizados através de um modem ou CSU/DSU.
Camada Física da WAN

A principal função de um roteador é o roteamento. Este ocorre na camada de rede, a
camada 3, mas se uma WAN opera nas camadas 1 e 2, então o roteador é um dispositivo
de rede local ou de WAN? A resposta é que ele é os dois, como geralmente ocorre na
área de redes. Um roteador pode ser exclusivamente um dispositivo de rede local, pode
ser exclusivamente um dispositivo WAN ou pode estar na fronteira entre uma rede local e
uma WAN e ser um dispositivo de rede local e de WAN ao mesmo tempo.
Uma das funções de um roteador em uma WAN é rotear pacotes na camada 3, mas essa
também é uma função de um roteador em uma rede local. Portanto, roteamento não está
estritamente relacionado à função WAN do roteador. Quando um roteador usa os padrões
e os protocolos das camadas física e de enlace que estão associados as WANs, ele
opera como um dispositivo WAN. As principais funções na WAN de um roteador, portanto,
não são de roteamento, mas de oferecer conexões entre os vários padrões físicos e de
enlace de dados da WAN. Por exemplo, um roteador pode ter uma interface ISDN, que
usa encapsulamento PPP, e uma interface serial na terminação de uma linha T1, que usa
encapsulamento Frame Relay.

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O roteador deve ser capaz de mover um fluxo de bits de um tipo de serviço, como ISDN,
para outro, como T1, e mudar o encapsulamento do enlace de dados de PPP para Frame
Relay.
Muitos dos detalhes dos protocolos das camadas 1 e 2 da WAN serão abordados mais
adiante no curso, mas alguns dos principais protocolos e padrões WAN estão listados
aqui para referência.
Protocolos e padrões da camada física da WAN:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

EIA/TIA-232
EIA/TIA-449
V.24
V.35
X.21
G.703
EIA-530
ISDN
T1, T3, E1 e E3
xDSL
SONET (OC-3, OC-12, OC-48, OC-192)

Protocolos e padrões da camada de enlace da WAN:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

High-level data link control (HDLC)
Frame Relay
Point-to-Point Protocol (PPP)
Synchronous Data Link Control (SDLC)
Serial Line Internet Protocol (SLIP)
X.25
ATM
LAPB
LAPD
LAPF
Protocolo da Camada de Enlace de Dados da WAN

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1.1.5 Abordagem da Academia para Laboratórios Práticos
No laboratório da Academia, todas as redes estarão conectadas com cabos seriais ou
Ethernet e os alunos poderão ver e tocar todos os equipamentos.
Conexões WAN

Diferentemente da configuração do laboratório da Academia, os cabos seriais no mundo
real não estão conectados back-to-back. Em uma situação do mundo real, um roteador
pode estar em Nova York, nos Estados Unidos, enquanto outro está em Sydney, na
Austrália. Um administrador em Sydney teria que se conectar ao roteador de Nova York
através da nuvem da WAN para solucionar problemas no roteador de Nova Iorque.
No laboratório da Academia, os dispositivos que formam a nuvem da WAN são simulados
pela conexão entre cabos DTE-DCE back-to-back.
Configuração do Laboratório da Academia

A conexão da interface s0/0 de um roteador para a interface s0/1 de outro roteador simula
um circuito completo na nuvem.
Conjunto do Laboratório

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1.2 Roteadores
1.2.1 Componentes internos do roteador
Embora a arquitetura exata dos roteadores varie de um modelo para outro, esta seção
introduzirá os principais componentes internos. As figuras abaixo e mostram os
componentes internos de alguns modelos de roteadores da Cisco.
Componentes Interno do Roteador 1

Componentes Interno do Roteador 2

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Os componentes comuns são abordados nos parágrafos abaixo.
CPU: A unidade central de processamento (CPU) executa instruções do sistema
operacional. Dentre estas funções estão a inicialização do sistema, o roteamento e o
controle da interface de rede. A CPU é um microprocessador. Roteadores de maior porte
podem ter várias CPUs.
RAM: A memória de acesso aleatório (RAM) é usada para manter informações da tabela
de roteamento, para cache de comutação rápida (fast-switching), para manter a
configuração em uso e para filas de pacotes. Na maioria dos roteadores, a RAM oferece
espaço temporário de armazenamento em tempo de execução para os processos do
Cisco IOS e seus subsistemas. Geralmente, a RAM é dividida logicamente em memória
principal do roteador e memória compartilhada de entrada/saída (E/S). A memória
compartilhada de E/S é compartilhada entre as interfaces para armazenamento
temporário de pacotes. O conteúdo da RAM é perdido quando a energia é desligada.
Geralmente, a RAM é uma memória de acesso aleatório dinâmico (DRAM) e pode ser
aumentada adicionando-se módulos DIMM (Dual In-Line Memory Modules – Módulos de
Memória Dual em Linha).
Flash: A memória flash é usada para armazenar uma imagem completa do software
Cisco IOS. Normalmente, o roteador carrega o IOS da flash. Essas imagens podem ser
atualizadas carregando-se uma nova imagem na memória flash. O IOS pode estar na
forma compactada ou não compactada. Na maioria dos roteadores, uma cópia executável
do IOS é transferida para a RAM durante o processo de inicialização. Em outros
roteadores, o IOS pode ser executado diretamente da memória flash. Adicionar ou
substituir módulos SIMM (Single In-Line Memory Modules – Módulos de Memória Simples
em Linha) ou cartões PCMCIA pode aumentar a quantidade de memória flash.
NVRAM: A memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM) é usada para armazenar a
configuração a ser utilizada na inicialização (startup configuration). Em alguns
dispositivos, a NVRAM é implementada usando memórias somente de leitura
programáveis e eletronicamente apagáveis (EEPROMs) separadas. Em outros
dispositivos, ela é implementada no mesmo dispositivo flash a partir do qual o código de
inicialização (boot code) é carregado. Nos dois casos, esses dispositivos retêm seus
conteúdos quando a energia é desligada.
Barramentos: A maioria dos roteadores contém um barramento do sistema e um
barramento da CPU. O barramento do sistema é usado para comunicação entre a CPU e
as interfaces e/ou slots de expansão. Esse barramento transfere os pacotes para as
interfaces e a partir delas.
O barramento da CPU é usado pela CPU para ter acesso aos componentes de
armazenamento do roteador. Esse barramento transfere instruções e dados para
endereços de memória especificados ou a partir deles.

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ROM: A memória somente de leitura (ROM) é usada para armazenar permanentemente o
código de diagnóstico de problemas na inicialização (ROM Monitor). As principais tarefas
da ROM são os testes do hardware durante a inicialização do roteador e a carga do
software Cisco IOS da flash para a RAM. Alguns roteadores também têm uma versão
reduzida do IOS, que pode ser usada como uma fonte alternativa de inicialização. As
ROMs não podem ser apagadas. Elas só podem ser atualizadas substituindo os chips da
ROM instalados nos soquetes.
Interfaces: As interfaces são as conexões do roteador com o ambiente externo. Os três
tipos de interfaces são: rede local (LAN), rede de longa distância (WAN) e Console/AUX.
Geralmente, as interfaces de rede local são de uma das variedades de Ethernet ou Token
Ring. Essas interfaces têm chips controladores, que fornecem a lógica para conectar o
sistema ao meio físico. As interfaces de rede local podem ser de configuração fixa ou
modular.
As interfaces WAN incluem as seriais, as ISDN e as que têm uma CSU (Channel Service
Unit) integrada. Assim como as interfaces de rede local, as interfaces WAN também têm
chips controladores especiais para as interfaces. As interfaces WAN podem ser de
configuração fixa ou modular.
As portas de Console/AUX são portas seriais usadas principalmente para a configuração
inicial do roteador. Essas portas não são portas de rede. Elas são usadas para sessões
de terminal a partir das portas de comunicação do computador ou através de um modem.
Fonte de alimentação: A fonte de alimentação fornece a energia necessária para operar
os componentes internos. Os roteadores de maior porte podem usar fontes de
alimentação múltiplas ou modulares. Em alguns dos roteadores de monor porte, a fonte
de alimentação pode ser externa.

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1.2.2 Características físicas do roteador
Não é essencial saber a localização exata dos componentes físicos dentro do roteador
para entender a maneira de utilizá-lo. Entretanto, em algumas situações, como para a
instalação de mais memória, isso pode ser muito útil.
Os componentes exatos utilizados e a sua localização variam de um modelo de roteador
para outro. A figura abaixo identifica os componentes internos de um roteador 2600.
Componentes Internos de um Roteador 2600

A figura abaixo mostra alguns dos conectores externos de um roteador 2600.
Conexão Externa em um Roteador 2600

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1.2.3 Conexões Externas do Roteador
Conexões Externas

Os três tipos básicos de conexões possíveis em um roteador são as interfaces de rede
local, as interfaces WAN e as portas de gerenciamento. As interfaces de rede local
permitem que o roteador seja conectado ao meio físico de uma rede local. É comum neste
caso, o uso de algum tipo de Ethernet. Entretanto, podem ser utilizadas outras tecnologias
de rede local, como Token Ring ou FDDI.
WANs provêem conexões através de um provedor de serviços a uma localidade distante
ou à Internet. Estas conexões podem utilizar interfaces seriais ou qualquer outro tipo de
interface WAN. Com alguns tipos de interfaces WAN, é necessário um dispositivo externo,
tal como uma CSU, para conectar o roteador ao equipamento local do provedor de
serviços. Com outros tipos de conexões WAN, o roteador pode ser conectado diretamente
ao provedor de serviços.
A função das portas de gerenciamento é diferente daquela exercida pelas outras
conexões. As conexões de LAN e de WAN provêem a conectividade a redes de conexão,
por onde os pacotes de dados são encaminhados. A porta de gerenciamento fornece uma
conexão baseada em texto que pode ser utilizada para configurar e solucionar problemas
do roteador. As interfaces de gerenciamento comumente utilizadas são as portas de
console e a auxiliar. Essas portas são seriais assíncronas EIA-232 e podem ser
conectadas a uma porta de comunicação (COM) de um computador. O computador
precisa executar um programa de emulação de terminal que provê uma sessão com o
roteador utilizando linha de comando baseada em texto. Através dessa sessão, o
administrador da rede pode gerenciar o dispositivo.

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1.2.4 Conexões das Portas de gerenciamento
A porta de console e a porta auxiliar (AUX) são portas de gerenciamento. Essas portas
seriais assíncronas não foram concebidas como portas de rede. Uma dessas duas portas
é necessária para realizar a configuração inicial do roteador. A porta de console é
recomendada para essa configuração inicial. Nem todos os roteadores têm uma porta
auxiliar.
Quando o roteador entra em funcionamento pela primeira vez, nenhum parâmetro da rede
está configurado.
Conexão da Console a um Computador ou Terminal

Portanto, o roteador não pode comunicar-se com nenhuma rede. Para prepará-lo para a
inicialização e configuração iniciais, conecte um terminal ASCII RS-232, ou um
computador que emule um terminal ASCII, à porta de console do sistema. Assim, é
possível inserir os comandos de configuração do roteador.
Uma vez inserida essa configuração inicial no roteador através da porta de console ou da
porta auxiliar, o roteador poderá ser conectado à rede para fins de solução de problemas
ou monitoramento.

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O roteador também pode ser configurado remotamente, através da porta de configuração
usando Telnet em uma rede IP, ou discando para um modem conectado à porta de
console ou à porta auxiliar do roteador.
Conexão do Modem à Console ou Porta Auxiliar

Para a solução de problemas, também é preferível usar a porta de console em vez da
porta auxiliar. Isso porque ela mostra, por default, as mensagens de inicialização,
depuração e de erros do roteador. A porta de console também pode ser usada quando os
serviços de rede não tiverem sido iniciados ou tiverem alguma falha. Assim, a porta de
console pode ser usada para procedimentos de recuperação de desastres e recuperação
de senhas.

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1.2.5 Conectando as Interfaces de Console
A porta de console é uma porta de gerenciamento usada para fornecer acesso fora de
banda (out-of-band) ao roteador. Ela é usada para a configuração inicial do roteador, para
monitoramento e para procedimentos de recuperação de desastres.
Conectores do Roteador 2600 da Cisco

Um cabo de console ou rollover e um adaptador RJ-45/DB-9 são usados para conectar a
porta de console a um PC.

Conexão de Console
A Cisco fornece o adaptador necessário para conectar-se à porta de console.
O PC ou terminal precisa suportar a emulação de terminal VT100. Geralmente são
utilizados softwares de emulação de terminal, tais como o HyperTerminal.

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Propriedades de Sessão do HyperTerminal

Para conectar o PC a um roteador:
1. No software de emulação de terminal do PC, configure:
• A porta COM correta;
• 9600 baud;
• 8 bits de dados;
• Sem paridade;
• 1 bit de parada;
• Sem fluxo de controle.
2. Conecte o conector RJ-45 do cabo rollover à porta de console do roteador.
3. Conecte a outra ponta do cabo rollover ao adaptador RJ-45 / DB-9.
4. Conecte o adaptador DB-9 fêmea a um PC.

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1.2.6 Conectando a Interfaces LAN
Na maioria dos ambientes de rede local, o roteador é conectado à rede local usando uma
interface Ethernet ou Fast Ethernet. O roteador é um host que se comunica com a rede
local através de um hub ou de um switch. Para fazer essa conexão, é usado um cabo
direto. Uma interface de roteador 10/100BaseTX requer um cabo de par trançado não
blindado (UTP) de categoria 5 ou melhor, independentemente do tipo de roteador.

Conectando a Interfaces LAN
Em alguns casos, a interface Ethernet do roteador é conectada diretamente ao
computador ou a outro roteador. Para esse tipo de conexão, é necessário um cabo
cruzado (crossover).
Em qualquer conexão ao roteador, a interface correta deve ser utilizada. Se for usada
uma interface errada, o roteador ou os outros dispositivos de rede podem ser danificados.
Muitos tipos diferentes de conexões usam o mesmo tipo de conector. Por exemplo,
interfaces Ethernet, ISDN BRI, Console, AUX com CSU/DSU integrados e Token Ring
usam o mesmo conector de oito pinos: RJ-45, RJ-48 ou RJ-49.
Para ajudar a diferenciar as conexões do roteador e identificar a utilização dos
conectores, a Cisco usa um esquema de código de cores. A figura abaixo mostra alguns
deles para um roteador 2600.
Conexões utilizando conectores de 8 Pinos em Roteadores Cisco da Série 2600

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1.2.7 Conectando a Interfaces LAN
As conexões WAN podem assumir inúmeras formas. Uma WAN estabelece conexões de
dados através de uma ampla área geográfica, usando muitos tipos diferentes de
tecnologia. Esses serviços WAN geralmente são alugados de provedores de serviços.
Dentre esses tipos de conexão WAN estão: linhas alugadas, comutadas por circuitos e
comutadas por pacotes.
Tipos e WANs

Para cada tipo de serviço WAN, o equipamento instalado no cliente (CPE – Customer
Premises equipment), geralmente um roteador, é o DTE (Data Terminal Equipment Equipamento Terminal de Dados). Eles são conectados ao provedor de serviços usando
um dispositivo DCE (Data Circuit-Terminating Equipment - Equipamento de terminação do
circuito de dados), geralmente um modem ou uma unidade de serviço de canal/dados
(CSU/DSU). Esse dispositivo é usado para converter os dados do DTE em uma forma
aceitável para o provedor de serviços de WAN.
Talvez as interfaces de roteador mais utilizadas para os serviços WAN sejam as
interfaces seriais. Para selecionar o cabo serial adequado, basta saber as respostas para
estas quatro perguntas:

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•

Qual é o tipo de conexão ao dispositivo Cisco? Os roteadores Cisco podem usar
diferentes conectores para as interfaces seriais.
Portas Seriais do Roteador

A interface à esquerda é uma interface Smart Serial. A interface à direita é uma
conexão DB-60. Isso torna a escolha do cabo serial que conecta o sistema de rede
aos dispositivos seriais uma parte essencial da configuração de uma WAN.
•

•

A rede está sendo conectada a um dispositivo DTE ou DCE? DTE e DCE são dois
tipos de interfaces seriais que os dispositivos utilizam para se comunicar. A
principal diferença entre os dois é que o dispositivo DCE fornece o sinal de clock
que sincroniza a comunicação entre os dispositivos. A documentação do
dispositivo deve especificar se é um DTE ou DCE.
Qual é o padrão de sinais exigido pelo dispositivo?
Conectores Seriais de um Roteador para WAN

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•

•

Para cada dispositivo, pode-se usar um padrão serial diferente. Cada padrão define
os sinais no cabo e especifica o conector na ponta do cabo. A documentação do
dispositivo deve sempre ser consultada quanto ao padrão de sinais.
O cabo requer um conector macho ou fêmea?
Conexões Seriais DCE

Se o conector tiver pinos externos visíveis, ele é macho. Se tiver encaixes para pinos
externos, é fêmea.

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Resumo Capítulo 01

Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir:
•
•
•
•
•
•
•
•

Conceitos de WAN e de rede local;
Função de um roteador em WANs e LANs;
Protocolos WAN;
Configuração do encapsulamento;
Identificação e descrição dos componentes internos de um roteador;
Características físicas de um roteador;
Portas mais comuns em um roteador;
Como conectar as portas de console, de LAN e de WAN do roteador.

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Capítulo 02: Introdução aos Roteadores

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Visão Geral Capítulo 02
A tecnologia Cisco foi concebida em torno do Cisco IOS (Internetwork Operating System –
Sistema Operacional de Interconexão de redes), que é o software que controla as funções
de roteamento e de comutação nos dispositivos de interconexão de redes. Uma
compreensão sólida do IOS é essencial para um administrador de redes. Este módulo
apresentará uma introdução aos fundamentos do IOS e oferecerá práticas que permitirão
examinar os seus recursos. Todas as tarefas de configuração da rede, das mais básicas
às mais complexas, exigem uma base sólida a respeito dos fundamentos da configuração
do roteador. Este módulo fornecerá as ferramentas e as técnicas para a configuração
básica do roteador, as quais serão usadas ao longo do curso.
Ao concluir este módulo, os alunos deverão ser capazes de:
•
•
•
•
•
•
•
•
•

Descrever a finalidade do IOS;
Descrever a operação básica do IOS;
Identificar vários recursos do IOS;
Identificar os métodos para estabelecer uma sessão com o roteador utilizando a
interface de linha de comando (CLI);
Alternar entre o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado;
Estabelecer uma sessão HyperTerminal com um roteador;
Efetuar login em um roteador;
Usar o recurso de ajuda na interface de linha de comando;
Solucionar problemas de erros no uso dos comandos.

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2.1 Operando o Software Cisco IOS
2.1.1 A finalidade do software Cisco IOS
Assim como um computador, um roteador ou switch não pode funcionar sem um sistema
operacional. A Cisco chama seu sistema operacional de Internetwork Operating System
(Sistema Operacional de Interconexão de Redes) ou IOS. Essa é a tecnologia de software
embutida em todos os roteadores da Cisco, sendo também o sistema operacional dos
switches da linha Catalyst. Sem um sistema operacional, o hardware não tem qualquer
funcionalidade. O Cisco IOS oferece os seguintes serviços de rede:
•
•
•

Funções básicas de roteamento e comutação;
Acesso confiável e seguro aos recursos da rede;
Escalabilidade.
Sistema Operacional de Roteador e de Switch: Cisco IOS

Cisco CCNA 3.1

31
2.1.2 Interface do Usuário do Roteador
O software Cisco IOS usa uma interface de linha de comando (CLI) como seu ambiente
de console tradicional. O IOS é uma tecnologia central que se estende por quase toda a
linha de produtos da Cisco. Seus detalhes de operação podem variar nos diferentes
dispositivos de internetworking.
Esse ambiente pode ser acessado através de diversos métodos. Uma maneira de acessar
a CLI é através de uma sessão de console. Uma console usa uma conexão serial de
baixa velocidade diretamente de um computador ou terminal para a porta de console do
roteador. Outra maneira de acessar uma sessão da CLI é usando uma conexão discada
(dial-up) através de um modem ou de um cabo null-modem conectado à porta AUX do
roteador. Nenhum desses métodos requer que o roteador tenha qualquer serviço de rede
configurado. Outro método para acessar uma sessão CLI é conectar-se via Telnet ao
roteador. Para estabelecer uma sessão Telnet com o roteador, pelo menos uma interface
do roteador deve estar configurada com um endereço IP e as sessões de terminais
virtuais precisam estar configuradas para solicitar o login do usuário e devem ter uma
senha associada.
A Interface do Usuário de Roteador

Cisco CCNA 3.1

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2.1.3 Modos da interface do usuário do roteador
A interface de linha de comando (CLI) da Cisco usa uma estrutura hierárquica. Essa
estrutura exige a entrada em diferentes modos para realizar determinadas tarefas. Por
exemplo, para configurar a interface de um roteador, o usuário deve entrar no modo Setup
de interface. A partir desse modo, todas as configurações inseridas aplicam-se somente a
essa interface específica. Cada modo Setup é indicado por um prompt distinto e permite
apenas os comandos que sejam adequados a esse modo.
O IOS fornece um serviço de interpretação de comandos conhecido como executivo de
comandos (EXEC). Depois que cada comando é inserido, o EXEC valida e executa o
comando.
Como recurso de segurança, o software Cisco IOS separa as sessões EXEC em dois
níveis de acesso. Esses níveis são o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado.
O modo EXEC privilegiado também é conhecido como modo de ativação. Os recursos do
modo EXEC de usuário e do modo EXEC privilegiado são os seguintes:
•

O modo EXEC de usuário permite somente uma quantidade limitada de comandos
básicos de monitoramento. Ele geralmente é chamado de modo "somente de
visualização". O modo EXEC de usuário não permite nenhum comando que possa
alterar a configuração do roteador. O modo EXEC de usuário pode ser identificado
pelo prompt ">".
Os modos de Usuário do Roteador

•

O modo EXEC privilegiado permite acesso a todos os comandos do roteador. Esse
modo pode ser configurado para que seja exigida uma senha do usuário antes de
acessá-lo. Para maior proteção, ele também pode ser configurado para exigir uma
identificação do usuário (user ID). Isso permite que somente os usuários
autorizados acessem o roteador. Os comandos de configuração e gerenciamento
exigem que o administrador da rede esteja no modo EXEC privilegiado. O modo
Setup global e outros modos de configuração mais específicos só podem ser
alcançados a partir do modo EXEC privilegiado. O modo EXEC privilegiado pode
ser identificado pelo prompt "#".

Cisco CCNA 3.1

33
Para acessar o nível EXEC privilegiado a partir do nível EXEC de usuário, digite o
comando enable no prompt ">".
Alternando Entre EXEC Usuário e EXEC Privilegiado

Se uma senha estiver configurada, o roteador pedirá essa senha. Por razões de
segurança, um dispositivo de rede da Cisco não mostra a senha digitada. Quando a
senha correta for digitada, o prompt do roteador mudará para "#", indicando que o usuário
passou para o modo EXEC privilegiado. Inserir um ponto de interrogação (?) no modo
EXEC privilegiado revela muitas outras opções de comandos, além das disponíveis no
modo EXEC de usuário.

Cisco CCNA 3.1

34
2.1.4 Características do software Cisco IOS
A Cisco fornece imagens de IOS para atender uma grande variedade de produtos de rede
de diferentes plataformas.
Para otimizar o software Cisco IOS exigido por essas várias plataformas, a Cisco está
trabalhando no desenvolvimento de várias imagens diferentes do software Cisco IOS.
Cada imagem representa um conjunto diferente de recursos para atender às várias
plataformas existentes de dispositivos, os recursos disponíveis de memória nos
equipamentos e às necessidades dos clientes.
Embora existam muitas imagens de IOS para diferentes modelos de dispositivos e
conjuntos de recursos da Cisco, a estrutura básica dos comandos de configuração é a
mesma. As habilidades de configuração e solução de problemas adquiridas em qualquer
um dos dispositivos aplicam-se a uma ampla gama de produtos.
A convenção de nomes para as diferentes versões do Cisco IOS contém três partes:
•
•
•

A plataforma na qual a imagem é executada;
Os recursos especiais suportados pela imagem;
Onde a imagem é executada e se ela foi zipada ou compactada.

Convenções de Nomenclatura IOS

Cisco CCNA 3.1

35
Recursos específicos do IOS podem ser selecionados com auxílio do Cisco Software
Advisor, uma ferramenta interativa que fornece as informações mais atuais e permite
selecionar opções que atendam as necessidades da rede.
Uma das principais considerações ao selecionar uma nova imagem de IOS é a
compatibilidade com a memória flash e RAM disponíveis no roteador. Em geral, quanto
mais nova a versão e quanto mais recursos ela oferecer, mais memória será necessária.
Use o comando show version no dispositivo Cisco para verificar a imagem atual e a
memória flash disponível. O site de suporte da Cisco tem ferramentas disponíveis para
ajudar a determinar a quantidade de flash e RAM necessárias para cada imagem.
Antes de instalar uma nova imagem do software Cisco IOS no roteador, verifique se este
atende às exigências de memória para essa imagem. Para ver a quantidade de RAM, use
o comando show version:

Cisco CCNA 3.1

36
Identificando a Disponibilidade de memória RAM no Sistema

...<saída omitida>... cisco 1721 (68380) processor (revision C) with 3584K/512K bytes of
memory.
Essa linha mostra quanto há de memória principal e compartilhada instalada no roteador.
Algumas plataformas usam uma parcela da DRAM como memória compartilhada. A
necessidade de memória leva isso em consideração, portanto as duas quantidades
devem ser somadas para encontrar a quantidade de DRAM instalada no roteador.
Para encontrar a quantidade de memória flash, use o comando show flash.
GAD#show flash
...<saída omitida>...
15998976 bytes total (10889728 bytes free)

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37
2.1.5 Modo de operar do software Cisco IOS
Os dispositivos que utilizam o IOS Cisco têm três ambientes ou modos operacionais
distintos:
•
•
•

ROM Monitor;
Boot ROM;
Cisco IOS.

Normalmente, o processo de inicialização do roteador carrega um destes ambientes
operacionais na RAM e o executa. O valor definido no configuration register (registrador
de configuração) pode ser usado pelo administrador do sistema para controlar o modo
como o roteador será inicializado.
No modo ROM Monitor é realizado o processo inicial de inicialização (bootstrap) e
oferecido ao usuário um conjunto de comandos para operação de baixo nível e para
diagnóstico do equipamento. É usado para corrigir falhas do sistema e recuperar senhas
perdidas. O modo ROM monitor não pode ser acessado através de nenhuma das
interfaces de rede. Só pode ser acessado por meio de uma conexão física direta através
da porta de console.
Quando o roteador está operando no modo boot ROM, somente um subconjunto limitado
dos recursos do Cisco IOS está disponível. No modo Boot ROM são permitidas operações
de gravação na memória flash que são usadas principalmente para substituir a imagem
do Cisco IOS que está armazenada na flash. No modo Boot ROM, a imagem do Cisco
IOS pode ser modificada usando o comando copy tftp flash, que copia uma imagem do
IOS armazenada em um servidor TFTP para a memória flash do roteador.
A operação normal de um roteador requer o uso da imagem completa do Cisco IOS,
conforme armazenada na flash. Em alguns dispositivos, o IOS é executado diretamente a
partir da flash. Entretanto, a maioria dos roteadores Cisco requer que uma cópia do IOS
seja carregada na RAM e executada também a partir da RAM. Algumas imagens do IOS
são armazenadas na flash em formato compactado e precisam ser expandidas ao serem
copiadas para a RAM.

Cisco CCNA 3.1

38
Para ver a imagem e versão do IOS que está sendo executado, use o comando show
version, que também indica como o configuration register está definido. O comando
show flash é usado para verificar se o sistema tem memória suficiente para carregar uma
nova imagem do Cisco IOS.

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39
2.2 Inicializando um Roteador
2.2.1 Inicializando Roteadores Cisco pela primeira vez
Um roteador é inicializado com a carga do bootstrap, do sistema operacional e de um
arquivo de configuração. Se não conseguir encontrar um arquivo de configuração, ele
entra no modo Setup. Após a conclusão do modo Setup, uma cópia de backup do arquivo
de configuração pode ser salva na memória RAM não volátil.
O objetivo das rotinas de inicialização do software Cisco IOS é iniciar a operação do
roteador. Para isso, as rotinas de inicialização devem realizar as seguintes tarefas:
•
•
•

Certificar-se de que o hardware do roteador foi testado e está funcional.
Encontrar e carregar o software Cisco IOS.
Encontrar e aplicar o arquivo de configuração armazenado (startup configuration)
ou entrar no modo Setup.

Quando um roteador Cisco é ligado, é realizado um autoteste (POST - Power-on Self
Test). Durante esse autoteste, o roteador executa uma série de testes a partir da ROM em
todos os módulos de hardware. Esses testes verificam a operação básica da CPU, da
memória e das portas das interfaces de rede. Após verificar as funções de hardware, o
roteador passa à inicialização do software.
Após o POST, ocorrem os seguintes eventos ocorrem durante a inicialização do roteador:
Etapas na Inicialização do Roteador

Etapa 1 O bootstrap é executado a partir da ROM. Um bootstrap é um conjunto simples
de instruções que testam o hardware e inicializam o IOS para que seja iniciada a
operação do roteador.
Etapa 2 O IOS pode ser encontrado em diversos lugares. Testam o hardware e
inicializam o IOS para que seja iniciada a operação do roteador. Se o campo de boot
indicar uma carga a partir da flash ou da rede, os comandos boot system existentes no
arquivo de configuração indicam o nome exato e a localização da imagem a ser utilizada.
Etapa 3 A imagem do sistema operacional é carregada. Quando o IOS é carregado e está
operacional, uma listagem dos componentes de hardware e software disponíveis é exibida
na tela do terminal de console.
Cisco CCNA 3.1
40
Etapa 4 O arquivo de configuração salvo na NVRAM é carregado na memória principal e
executado linha a linha. Os comandos de configuração iniciam os processos de
roteamento, fornecem endereços para as interfaces e definem outras características
operacionais do roteador.
Etapa 5 Se não existir nenhum arquivo de configuração válido na NVRAM, o sistema
operacional busca um servidor TFTP disponível. Se nenhum servidor TFTP for
encontrado, o diálogo de configuração (modo setup) é iniciado.
A configuração não é o modo para entrada de recursos complexos de protocolo no
roteador. A finalidade do modo Setup é permitir que o administrador instale uma
configuração mínima para um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração
a partir de outra fonte.
No modo Setup, as respostas padrão aparecem entre colchetes [ ] depois das perguntas.

Pressione a tecla Enter para usar esses padrões. Durante o processo de configuração,
pode-se pressionar Ctrl-C a qualquer momento para encerrar o processo. Quando a
configuração é encerrada por meio de Ctrl-C, todas as interfaces do roteador são
desabilitadas (administrative shutdown).
Quando o processo de configuração é concluído no modo Setup, são exibidas as
seguintes opções:
[0] Go to the IOS command prompt without saving this config. (Ir para o prompt de
comando do IOS sem salvar esta configuração.)
[1] Return back to the setup without saving this config. (Voltar à configuração sem salvar
esta configuração.)
[2] Save this configuration to nvram and exit. (Salvar esta configuração na NVRAM e sair.)
Enter your selection [2]: (Digite a sua opção [2]:)
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2.2.2 LEDs Indicadores utilizados no roteador
Os roteadores Cisco utilizam LEDs para fornecer informações sobre seu estado
operacional. Dependendo do modelo do roteador Cisco, os LEDs podem variar.
Um LED de interface indica a atividade da interface correspondente. Se um LED estiver
desligado quando a interface estiver ativa e conectada corretamente, isso pode indicar um
problema. Se uma interface estiver excessivamente ocupada, seu LED estará sempre
aceso. O LED verde de OK à direita da porta AUX estará sempre aceso depois que o
sistema for inicializado corretamente.

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2.2.3 Examinando a inicialização (boot) do roteador
Os exemplos das figuras abaixo mostram informações e mensagens exibidas durante
inicialização. Essas informações variam, dependendo das interfaces instaladas no
roteador e da versão do Cisco IOS. As telas exibidas nesse gráfico são apenas para
referência e podem não refletir exatamente o que é exibido na tela de console.

Cisco CCNA 3.1

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Na figura abaixo, a declaração "NVRAM invalid, possibly due to write erase" ("NVRAM
inválida, possivelmente devido a ter sido apagada pelo comando write erase"), indica ao
usuário que esse roteador ainda não foi configurado ou que a NVRAM foi apagada. Um
roteador deve ser configurado, o arquivo de configuração deve ser salvo na NVRAM e,
em seguida, deve ser configurado para usar o arquivo de configuração armazenado na
NVRAM. O valor padrão de fábrica do configuration register é 0x2102, que indica que o
roteador deve tentar carregar uma imagem do Cisco IOS a partir da memória flash.

Na figura abaixo, o usuário pode determinar as versões do bootstrap e do IOS que estão
sendo usadas pelo roteador, assim como o modelo do roteador, o processador e a
quantidade de memória do roteador.

Outras informações listadas
nesse gráfico são:
•
•
•
•

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A quantidade de interfaces;
Os tipos de interfaces;
A quantidade de NVRAM;
A quantidade de memória
flash.

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Na figura abaixo, o usuário tem a opção de entrar no modo Setup. Lembre-se de que a
finalidade principal do modo Setup é permitir que o administrador instale uma
configuração mínima em um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração a
partir de outra fonte.

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2.2.4 Estabelecendo uma sessão HyperTerminal
Todos os roteadores Cisco contêm uma porta de console serial assíncrona (RJ-45)
TIA/EIA-232. Para conectar um terminal à porta de console, são necessários cabos e
adaptadores. Um terminal de console pode ser um terminal ASCII ou um PC que esteja
executando um software de emulação de terminal, como o HyperTerminal. Para conectar
um PC que esteja executando um software de emulação de terminal à porta de console,
use o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 com o adaptador fêmea RJ-45 / DB-9.
Os parâmetros padrão para a porta de console são 9600 baud, 8 bits de dados, sem
paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo. A porta de console não suporta controle
de fluxo de hardware.
Siga as etapas a seguir para conectar um terminal à porta de console no roteador:
Etapa 1 Conecte o terminal usando o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 e um adaptador RJ-45 /
DB-9 ou RJ-45 / DB-25.

Adaptador RJ-45 para DB-9
Etapa 2 Configure o terminal ou o software de emulação de terminal do PC para 9600
baud, 8 bits de dados, sem paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo.
A figura mostra uma lista de sistemas operacionais e os softwares de emulação de
terminal que podem ser usados.
Software de Emulação de Terminal

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2.2.5 Efetuando o login no roteador
Para configurar os roteadores Cisco, a interface do usuário do roteador deve ser
acessada com um terminal ou através de acesso remoto. Ao acessar um roteador, o
usuário deve efetuar o login no roteador antes de inserir qualquer outro comando.
Por razões de segurança, o roteador tem dois níveis de acesso aos comandos:
•
•

Modo EXEC de usuário: As tarefas típicas incluem as de verificação do status do
roteador. Neste modo, não são permitidas alterações na configuração do roteador;
Modo EXEC privilegiado: As tarefas típicas incluem as de alteração da
configuração do roteador.

Após o login em um roteador, é exibido o prompt do modo EXEC de usuário.

Os comandos disponíveis neste nível do usuário são um subconjunto dos comandos
disponíveis no nível EXEC privilegiado. Em linhas gerais, esses comandos permitem que
o usuário exiba informações sem alterar as definições da configuração do roteador.
Para acessar todo o conjunto de comandos, deve-se entrar no modo EXEC privilegiado.
No prompt ">", digite enable. No prompt password:, digite a senha que foi definida com o
comando enable secret. Dois comandos podem ser usados para definir uma senha de
acesso ao modo EXEC privilegiado: enable password e enable secret. Se os dois
comandos forem usados, enable secret tem precedência. Uma vez concluídas as etapas
de login, o prompt muda para "#", indicando que se entrou no modo EXEC privilegiado. O
modo Setup global só pode ser acessado a partir do modo EXEC privilegiado.

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Os modos específicos listados a seguir também podem ser acessados a partir do modo
Setup global:
•
•
•
•
•

Interface
Subinterface
Line
Router
Route map

Para voltar ao modo EXEC de usuário a partir do modo EXEC privilegiado, pode-se usar o
comando disable ou exit. Para voltar ao modo EXEC privilegiado a partir do modo Setup
global, digite exit ou Ctrl-Z. Ctrl-Z também pode ser usado para voltar diretamente ao
modo EXEC privilegiado a partir de qualquer submodo da configuração global.

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2.2.6 Ajuda do teclado na CLI do roteador
Ao digitar um ponto de interrogação (?) no prompt do modo EXEC de usuário ou no
prompt do modo EXEC privilegiado é exibida uma lista útil dos comandos disponíveis.
Observe o "--More--" na parte inferior do exemplo exibido. A tela mostra várias linhas de
uma única vez. O prompt "--More--" na parte inferior da tela indica que há várias telas
disponíveis como saída. Sempre que aparecer um prompt "--More--", a próxima tela
disponível pode ser visualizada pressionando-se a barra de espaço. Para exibir apenas a
linha seguinte, pressione a tecla Enter. Pressione qualquer outra tecla para voltar ao
prompt.
Comandos do Modo Usuário

Para acessar o modo EXEC privilegiado, digite enable ou a abreviação ena. Isso pode
fazer com que o roteador solicite uma senha ao usuário, caso ela tenha sido definida. Se
um "?" (ponto de interrogação) for digitado no prompt do modo EXEC privilegiado, a tela
exibe uma lista com um número mairo de comandos do que os que estão disponíveis no
prompt do modo EXEC privilegiado.
Comandos do Modo Privilegiado

Cisco CCNA 3.1

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A saída na tela varia de acordo com a versão do software Cisco IOS e com a
configuração do roteador.
Se um usuário quiser ajustar o clock do roteador mas, não souber o comando necessário,
pode usar a função de ajuda para verificar o comando correto.
Clock setCOMANDO

O exercício a seguir ilustra um dos muitos usos da função de ajuda.
A tarefa é ajustar o clock do roteador. Supondo que o comando não seja conhecido, siga
as seguintes etapas:
Etapa 1 Use ? Para encontrar o comando de ajuste do clock. A saída da ajuda mostra
que é necessário usar o comando clock.
Etapa 2 Verifique a sintaxe para alteração do horário.

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Etapa 3 Insira o horário atual, usando horas, minutos e segundos, conforme mostrado na
figura . O sistema indica que é necessário fornecer informações adicionais para concluir o
comando.

Etapa 4 Pressione Ctrl-P (ou a seta para cima) para repetir a entrada de comando
anterior automaticamente. Em seguida, adicione um espaço e um ponto de interrogação
(?) para revelar os outros argumentos. Agora a entrada do comando pode ser concluída.
Etapa 5 O símbolo de acento circunflexo (^) e a mensagem de ajuda apresentada indicam
um erro. A posição do símbolo de acento circunflexo mostra onde está localizado o
possível problema. Para inserir a sintaxe correta, digite novamente o comando até o ponto
onde está localizado o símbolo de acento circunflexo e digite um ponto de interrogação
(?).
Etapa 6 Insira o ano, usando a sintaxe correta, e pressione Enter para executar o
comando.

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2.2.7 Comandos avançados de edição
A interface do usuário inclui um modo de edição avançado, que oferece um conjunto de
funções de teclas de edição, que permitem que o usuário edite uma linha de comando
durante a digitação. As seqüências de teclas indicadas na figura abaixo podem ser
usadas para mover o cursor na linha de comando e fazer correções ou alterações.
Funções de Edição de IOS

Embora o modo de edição avançada esteja ativado automaticamente na versão atual do
software, ele pode ser desativado se interferir na interação com os scripts gravados. Para
desativar o modo de edição avançada, digite terminal no editing no prompt do modo
EXEC privilegiado.
O conjunto de comandos de edição oferece um recurso de rolagem horizontal para
comandos que se estendem além de uma única linha da tela. Quando o cursor atinge a
margem direita, a linha de comando desloca-se dez espaços para a esquerda. Os dez
primeiros caracteres da linha não podem ser vistos, mas o usuário pode fazer a rolagem
para trás e verificar a sintaxe no início do comando. Para fazer a rolagem para trás,
pressione Ctrl-B ou a seta para a esquerda repetidamente até atingir o início da entrada
do comando. Ctrl-A leva o usuário diretamente de volta ao início da linha.
No exemplo mostrado na figura abaixo, a entrada do comando estende-se além de uma
única linha. Quando o cursor atinge o final da linha pela primeira vez, a linha é deslocada
dez espaços para a esquerda e exibida novamente. O cifrão ($) indica que a linha foi
rolada para a esquerda. Cada vez que o cursor alcança o final da linha, ela é deslocada
novamente dez espaços para a esquerda.

A saída na tela varia de acordo com o nível do software Cisco IOS e com a configuração
do roteador.
Ctrl-Z é um comando usado para sair do modo Setup, levando o usuário de volta ao
prompt do modo EXEC privilegiado.
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2.2.8 Histórico de comandos do roteador
A interface do usuário oferece um histórico ou registro dos comandos que foram inseridos.
Esse recurso é particularmente útil para relembrar comandos longos ou complexos. Com
o recurso de histórico de comandos, é possível realizar as seguintes tarefas:
•
•
•

Definir o tamanho do buffer do histórico de comandos;
Relembrar comandos;
Desativar o recurso de histórico de comandos.

O histórico de comandos é ativado por padrão e o sistema registra dez linhas de
comandos em seu buffer de histórico. Para alterar a quantidade de linhas de comandos
registradas pelo sistema durante uma sessão do terminal, use o comando terminal
history size ou history size. A quantidade máxima de comandos é 256.
Usando o histórico de comandos do IOS

Para relembrar os comandos do buffer do histórico a partir do mais recente, pressione
Ctrl-P ou a tecla de seta para cima. Pressione-as repetidamente para relembrar os
comandos mais antigos sucessivamente. Após relembrar os comandos com as teclas
Ctrl-P ou seta para cima, pressione Ctrl-N ou a tecla para baixo repetidamente para voltar
aos comandos mais recentes no buffer histórico.
Para encurtar a digitação de um comando, é possível usar a quantidade mínima de
caracteres exclusiva desse comando. Pressione a tecla Tab e a interface completará a
entrada. Quando as letras digitadas identificarem o comando de maneira exclusiva, a
tecla Tab simplesmente confirmará visualmente que o roteador entendeu o comando
específico desejado.
Na maioria dos computadores, também estão disponíveis funções adicionais de seleção e
cópia de textos. Uma parte de um comando anterior pode então ser copiada e colada ou
inserida como entrada do comando atual.

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2.2.9 Solucionando erros de linha de comando
Os erros de linha de comando ocorrem principalmente devido a erros de digitação. Se a
palavra-chave de um comando for digitada de maneira incorreta, a interface do usuário
proporciona o isolamento do erro, na forma de um indicador de erro (^). O símbolo "^"
aparece no ponto da linha de comando onde foi inserido um comando, palavra-chave ou
argumento incorreto. O indicador de localização do erro e o sistema interativo de ajuda
permitem que o usuário encontre e corrija facilmente os erros de sintaxe.
Router#clock set 13:32:00 23 February 99 ^
% Entrada inválida detectada no marcador "^".
O acento circunflexo (^) e a mensagem da ajuda indicam um erro onde aparece o 99.
Para listar a sintaxe correta, digite o comando até o ponto em que ocorreu o erro, seguido
de um ponto de interrogação (?):
Router#clock set 13:32:00 23 February ?
<1993-2035> Year
Router#clock set 13:32:00 23 February
Insira o ano usando a sintaxe correta e pressione Enter para executar o comando.
Router#clock set 13:32:00 23 February 1999
Se uma linha de comando for inserida incorretamente e a tecla Enter for pressionada, a
tecla de seta para cima pode ser pressionada para repetir o último comando. Use as
teclas de seta para a direita ou esquerda para mover o cursor para o local onde o erro foi
cometido. Em seguida, digite a correção que precisa ser feita. Se algo precisar ser
excluído, use a tecla <backspace>.
Indicador de Erros na Interface do Usuário

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54
2.2.10 O comando show version
O comando show version exibe informações sobre a versão do software Cisco IOS que
está em execução no momento no roteador. Isso inclui os valores definidos do
configuration register (registrador de configuração) e do boot field (campo de
inicialização).
A figura mostra as seguintes informações do comando show version:

•
•
•
•
•
•
•
•

Versão e informações descritivas do IOS em uso;
Versão da Bootstrap ROM;
Versão da Boot ROM;
Tempo decorrido desde a inicialização do roteador;
Método utilizado na última reinicialização do roteador;
Arquivo da imagem do sistema em uso e sua localização;
Plataforma de hardware do roteador;
Valor do configuration register.

Use o comando show version para identificar a imagem do IOS em uso no roteador e de
onde foi obtida.

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55
Resumo Capítulo 02

Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

A finalidade do IOS;
A operação básica do IOS;
Identificação das várias funcionalidades do IOS;
Identificação dos métodos para estabelecer uma sessão CLI com o roteador;
As diferenças entre os modos EXEC de usuário e privilegiado;
Estabelecimento de uma sessão HyperTerminal;
Login no roteador;
Utilização do recurso de ajuda na interface de linha de comando;
Utilização dos comandos avançados de edição;
Utilização do histórico de comandos;
Solução de erros de linha de comando;
Utilização do comando show version.

Cisco CCNA 3.1

56
Capítulo 03: Configurando um Roteador

Cisco CCNA 3.1

58
Cisco CCNA 3.1

59
Visão Geral Capítulo 03
Configurar um roteador para realizar tarefas complexas entre redes pode ser um grande
desafio. Entretanto, os procedimentos iniciais para configurar um roteador não são nada
difíceis. Se esses procedimentos e as etapas para alternar entre os vários modos do
roteador forem seguidos, as configurações mais complexas ficarão muito menos
assustadoras. Este módulo introduz os modos básicos de configuração do roteador e
oferece oportunidades para praticar configurações simples.
Uma configuração de roteador que seja clara, fácil de entender e com backups regulares
deve ser um objetivo de todos os administradores de rede. O Cisco IOS oferece ao
administrador diversas ferramentas para adicionar informações ao arquivo de
configuração para fins de documentação. Assim como um programador competente
fornece documentação para cada passo de programação, um administrador de rede deve
fornecer o máximo possível de informação, para a eventualidade de outra pessoa precisar
assumir a responsabilidade sobre a rede.
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

Dar nome a um roteador;
Definir senhas;
Examinar comandos show;
Configurar uma interface serial;
Configurar uma interface Ethernet;
Executar alterações em um roteador;
Salvar alterações em um roteador;
Configurar a descrição de uma interface;
Configurar um banner com a mensagem do dia;
Configurar tabelas de hosts;
Entender a importância dos backups e da documentação.

Cisco CCNA 3.1

60
3.1 Configurando um roteador
3.1.1 Modos de comando da CLI
Todas as alterações de configuração de um roteador Cisco através da interface da linha
de comando (CLI) são feitas a partir do modo de configuração global. É possível entrar
em outros modos mais específicos, dependendo da alteração de configuração que for
necessária, mas todos esses modos específicos são subconjuntos do modo de
configuração global.
Visão Geral do Modo do Roteador

Os comandos do modo de configuração global são usados em um roteador para aplicar
instruções de configuração que afetem o sistema como um todo. O comando a seguir
muda o roteador para o modo de configuração global e permite inserir comandos a partir
do terminal:

OBSERVAÇÃO:
O prompt muda para indicar que agora o roteador está no modo de configuração global.
Router#configure terminal
Router(config)#

Cisco CCNA 3.1

61
O modo de configuração global, muitas vezes apelidado config global, é o principal modo
de configuração. Estes são apenas alguns dos modos em que se pode entrar a partir do
modo de configuração global:
•
•
•
•
•

Modo de interface;
Modo de linha;
Modo de roteador;
Modo de subinterface;
Modo de controlador.

Quando se entra nesses modos específicos, o prompt do roteador muda para indicar o
modo de configuração atual. Quaisquer alterações de configuração que forem feitas
aplicam-se somente às interfaces ou aos processos cobertos por esse modo específico.
Digitar exit a partir de um desses modos de configuração específicos leva o roteador de
volta ao modo de configuração global. Pressionar Ctrl-Z faz com que o roteador saia
completamente dos modos de configuração e o leva de volta ao modo EXEC privilegiado.

Cisco CCNA 3.1

62
3.1.2 Configurando o nome de um roteador
Uma das primeiras tarefas de configuração é dar um nome exclusivo ao roteador. Essa
tarefa é realizada no modo de configuração global usando os seguintes comandos:
Router(config)#hostname Tokyo
Tokyo(config)#
Assim que a tecla Enter é pressionada, o prompt muda, passando do nome do host
padrão (Router) para o nome do host recém-configurado, que, neste exemplo, é Tokyo.

Cisco CCNA 3.1

63
3.1.3 Configurando senhas de roteador
As senhas restringem o acesso aos roteadores. Sempre se deve configurar senhas para
as linhas do terminal virtual e para a linha do console. As senhas também são usadas
para controlar o acesso ao modo EXEC privilegiado, para que apenas usuários
autorizados possam fazer alterações no arquivo de configuração.
Os comandos a seguir são usados para definir uma senha opcional, mas recomendável,
na linha do console:
Router(config)#line console 0
Router(config-line)#password <senha>
Router(config-line)#login
Deve-se definir uma senha em uma ou mais linhas de terminal virtual (VTY), para que os
usuários tenham acesso remoto ao roteador usando Telnet. Geralmente, os roteadores
Cisco suportam cinco linhas VTY numeradas de 0 a 4, embora diferentes plataformas de
hardware suportem quantidades diferentes de conexões VTY. Freqüentemente, usa-se a
mesma senha para todas as linhas, mas às vezes uma linha é definida de maneira
exclusiva para oferecer uma entrada de fall-back (respaldo) ao roteador se as outras
quatro conexões estiverem ocupadas. São usados os seguintes comandos para definir a
senha nas linhas VTY:
Router(config)#line vty 0 4
Router(config-line)#password <senha>
Router(config-line)#login
A senha de ativação e o segredo de ativação são usados para restringir o acesso ao
modo EXEC privilegiado. A senha de ativação só é usada se o segredo de ativação não
tiver sido definido. É recomendável que o segredo de ativação esteja sempre ativado e
seja sempre usado, já que ele é criptografado e a senha de ativação não é. Estes são os
comandos usados para definir as senhas de ativação:
Router(config)#enable password <senha>
Router(config)#enable secret <senha>
Às vezes não é desejável que as senhas sejam mostradas em texto claro na saída dos
comandos show running-config ou show startup-config. Este comando é usado para
criptografar as senhas na saída da configuração:
Router(config)#service password-encryption

Cisco CCNA 3.1

64
O comando service password-encryption aplica criptografia fraca a todas as senhas
não criptografadas. O comando enable secret <senha> usa um algoritmo MD5 forte para
a criptografia.

Cisco CCNA 3.1

65
3.1.4 Examinando os comandos show
Há muitos comandos show que podem ser usados para examinar o conteúdo de arquivos
do roteador e para a solução de problemas. Tanto no modo EXEC privilegiado quanto no
modo EXEC do usuário, o comando show ? Fornece uma lista dos comandos show
disponíveis. A lista é consideravelmente maior no modo EXEC privilegiado do que no
modo EXEC do usuário.
•

show interfaces: Exibe todas as estatísticas para todas as interfaces do roteador.
Para ver as estatísticas de uma interface específica, insira o comando show
interfaces seguido da interface específica e do número da porta. Por exemplo:
Router#show interfaces serial 0/1

•

show controllers serial: Exibe informações específicas da interface de hardware.
Este comando deve incluir também o número de porta ou slot/porta da interface
serial. Por exemplo:
Router#show controllers serial 0/1

•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

show clock: Mostra o horário definido no roteador
show hosts: Mostra uma lista em cache dos nomes e endereços dos hosts
show users: Exibe todos os usuários que estão conectados ao roteador
show history: Exibe um histórico dos comandos que foram inseridos
show flash: Exibe informações sobre a memória flash e quais arquivos do IOS
estão armazenados nela
show version: Exibe informações sobre a versão do software carregado no
momento, além de informações de hardware e dispositivo
show ARP: Exibe a tabela ARP do roteador
show protocol: Exibe o status global e o status específico da interface de
quaisquer protocolos de camada 3 configurados
show startup-config: Exibe o conteúdo da NVRAM, se presente e válido, ou exibe
o arquivo de configuração apontado pela variável de ambiente CONFIG_FILE
show running-config: Exibe o conteúdo do arquivo de configuração em execução
ou o arquivo de configuração para uma interface específica, ou informação de
mapa de classes

Cisco CCNA 3.1

66
3.1.5 Configurando uma interface serial
Uma interface serial pode ser configurada a partir do console ou através de uma linha de
terminal virtual. Para configurar uma interface serial, siga estas etapas:
1.
2.
3.
4.

Entre no modo de configuração global;
Entre no modo de interface;
Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede;
Se houver um cabo DCE conectado, defina a taxa do clock; pule esta etapa se
houver um cabo DTE conectado;
5. Ligue a interface.
Cada interface serial conectada precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede
se for esperado que a interface roteie pacotes IP. Configure o endereço IP usando os
seguintes comandos:
Router(config)#interface serial 0/0
Router(config-if)#ip address <endereço IP> <máscara de rede>
As interfaces seriais necessitam de um sinal de clock para controlar a temporização das
comunicações. Na maioria dos ambientes, um dispositivo DCE (por exemplo, um CSU)
fornece o clock. Por padrão, os roteadores Cisco são dispositivos DTE, mas podem ser
configurados como dispositivos DCE.
Em links seriais que estão diretamente interconectados, como em um ambiente de
laboratório, um lado deve ser considerado um DCE e fornecer um sinal de clock. O clock
é ativado e a velocidade é especificada com o comando clock rate. As taxas de clock
disponíveis, em bits por segundo, são: 1200, 2400, 9600, 19200, 38400, 56000, 64000,
72000, 125000, 148000, 500000, 800000, 1000000, 1300000, 2000000 ou 4000000.
Entretanto, algumas taxas de bits podem não estar disponíveis em certas interfaces
seriais, dependendo de sua capacidade.
Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma
interface, use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada
administrativamente para manutenção ou solução de problemas, use o comando
shutdown para desligá-la.
No ambiente do laboratório, a configuração da taxa de clock que será usada é de 56000.
Os comandos para definir uma taxa de clock e ativar uma interface serial são os
seguintes:
Router(config)#interface serial 0/0
Router(config-if)#clock rate 56000
Router(config-if)#no shutdown

Cisco CCNA 3.1

67
Cisco CCNA 3.1

68
3.1.6 Alterando configurações
Se uma configuração exigir modificação, vá para o modo apropriado e insira o comando
adequado. Por exemplo, se for necessário ativar uma interface, entre no modo de
configuração global, entre no modo de interface e emita o comando no shutdown.
Para verificar as alterações, use o comando show running-config. Esse comando exibe
a configuração atual. Se as variáveis exibidas não forem as esperadas, o ambiente pode
ser corrigido através de uma ou mais das seguintes ações:
•
•
•
•

Emita a forma no de um comando de configuração.
Recarregue o sistema para voltar ao arquivo de configuração original da NVRAM.
Copie um arquivo de configuração armazenado a partir de um servidor TFTP.
Remova o arquivo de configuração de inicialização com erase startup-config e,
em seguida, reinicie o roteador e entre no modo de configuração.

Para salvar as variáveis de configuração no arquivo de configuração de inicialização na
NVRAM, insira o seguinte comando no prompt EXEC privilegiado:
Router#copy running-config startup-config

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69
3.1.7 Configurando uma interface Ethernet
Uma interface Ethernet pode ser configurada a partir do console ou de uma linha de
terminal virtual.
Cada interface Ethernet precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede se for
esperado que a interface roteie pacotes IP.
Para configurar uma interface Ethernet, siga estas etapas:
1.
2.
3.
4.

Entre no modo de configuração global;
Entre no modo de configuração da interface;
Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede;
Ative a interface.

Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma
interface, use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada
administrativamente para manutenção ou solução de problemas, use o comando
shutdown para desligá-la.

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70
3.2 Terminando a configuração
3.2.1 Importância dos padrões de configuração
É importante desenvolver padrões para os arquivos de configuração dentro de uma
organização. Isso permite controlar a quantidade de arquivos de configuração que devem
ser mantidos, e como e onde esses arquivos são armazenados.

Um padrão é um conjunto de regras ou procedimentos que são amplamente utilizados ou
são especificados oficialmente. Sem padrões em uma organização, uma rede pode ficar
caótica caso ocorra uma interrupção do serviço.
Para gerenciar uma rede, deve haver um padrão de suporte centralizado. Configuração,
segurança, desempenho e outras questões devem ser tratados adequadamente para que
a rede funcione sem problemas. Criar padrões para a consistência da rede ajuda a reduzir
a sua complexidade, o tempo de inatividade não planejado e a exposição a incidentes que
podem ter impacto no desempenho da rede.

Cisco CCNA 3.1

71
3.2.2 Descrições de interface
Uma descrição de interface deve ser usada para identificar informações importantes, tais
como um roteador distante, um número de circuito ou um segmento de rede específico.
Uma descrição de uma interface pode ajudar um usuário da rede a lembrar-se de
informações específicas sobre a interface, tais como qual rede a interface atende.

O objetivo da descrição é ser simplesmente um comentário sobre a interface. Embora a
descrição apareça nos arquivos de configuração que existem na memória do roteador, ela
não afeta a operação do roteador. As descrições são criadas seguindo um formato padrão
que se aplica a cada interface. A descrição pode incluir a finalidade e a localização da
interface, outros dispositivos ou locais conectados à interface e identificadores de
circuitos. As descrições permitem que o pessoal de suporte entenda melhor o escopo dos
problemas relacionados a uma interface e permitem uma solução mais rápida dos
problemas.

Cisco CCNA 3.1

72
3.2.3 Configurando a descrição da interface
Para configurar a descrição de uma interface, entre no modo de configuração global. A
partir daí, entre no modo de configuração de interface. Use o comando description
seguido da informação.

Etapas do procedimento:
1. Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal.
2. Entre no modo da interface específica (por exemplo, interface Ethernet 0) interface
ethernet 0.
3. Insira a descrição do comando seguida da informação que deve ser exibida. Por
exemplo, Rede XYZ, Prédio 18.
4. Saia do modo de interface, voltando para o modo EXEC privilegiado, usando o
comando ctrl-Z.
5. Salve as alterações da configuração na NVRAM, usando o comando copy
running-config startup-config.
Eis dois exemplos de descrições de interface:
interface Ethernet 0
description LAN Engenharia, Prédio 2
interface serial 0
description ABC rede 1, Circuito 1

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73
3.2.4 Banners de login
Um banner de login é uma mensagem que é exibida no login e que é útil para transmitir
mensagens que afetam todos os usuário da rede, tais como avisos de paradas iminentes
do sistema.
Os banners de login podem ser vistos por qualquer pessoa. Portanto, deve-se tomar
cuidado com as palavras da mensagem do banner. "Bem-vindo" é um convite para que
qualquer pessoa entre em um roteador e, provavelmente, não é uma mensagem
adequada.
Exibição de Login Banner

Um banner de login deve ser um aviso para que não se tente o login a menos que se
tenha autorização. Uma mensagem tal como "Este sistema é protegido. Só é permitido
acesso autorizado!" instrui os visitantes indesejáveis que qualquer intrusão além daquele
ponto é indesejada e ilegal.

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74
3.2.5 Configurando a mensagem do dia (MOTD)
Um banner com a mensagem do dia pode ser exibido em todos os terminais conectados.
Entre no modo de configuração global para configurar um banner com a mensagem do
dia (MOTD). Use o comando banner motd, seguido de um espaço e um caractere
delimitador, tal como o sinal de sustenido (#). Adicione uma mensagem do dia seguida de
um espaço e de um caractere delimitador novamente.

Siga estas etapas para criar e exibir uma mensagem do dia:
1. Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal.
2. Insira o comando banner motd # <Aqui vai a mensagem do dia> #.
3. Salve as alterações, emitindo o comando copy running-config startup-config.

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75
3.2.6 Resolução de nomes de hosts
A resolução de nomes de hosts é o processo usado por um sistema computacional para
associar um nome de host a um endereço IP.
A fim de usar os nomes de hosts para se comunicar com outros dispositivos IP, os
dispositivos de rede, tais como os roteadores, devem ser capazes de associar os nomes
dos hosts a endereços IP. Uma lista de nomes de hosts e seus respectivos endereços IP
é chamada de tabela de hosts.

Uma tabela de hosts pode incluir todos os dispositivos da organização de uma rede. Cada
endereço IP exclusivo pode ter um nome de host associado a ele. O software Cisco IOS
mantém em cache mapeamentos entre nomes de hosts e endereços, para serem usados
pelos comandos EXEC. Essa cache acelera o processo de conversão de nomes em
endereços.
Os nomes de hosts, diferentemente dos nomes DNS, têm significado somente no roteador
no qual estão configurados. A tabela de hosts permite que o administrador da rede digite
o nome do host (por exemplo, Auckland) ou o endereço IP para fazer Telnet para um host
remoto.

Cisco CCNA 3.1

76
3.2.7 Configurando tabela de hosts
Para atribuir nomes de hosts a endereços, primeiro entre no modo de configuração global.
Emita o comando ip host seguido do nome do destino e todos os endereços IP onde o
dispositivo puder ser encontrado. Isso mapeia o nome do host a cada um dos endereços
IP da sua interface. Para alcançar o host, use um comando telnet ou ping com o nome
do roteador ou um endereço IP que esteja associado ao nome do roteador.

Este é o procedimento para configurar a tabela de hosts:

1. Entre no modo de configuração global do roteador.
2. Insira o comando ip host seguido do nome do roteador e todos os endereços IP
associados às interfaces em cada roteador.
3. Continue inserindo até que todos os roteadores da rede tenham sido inseridos.
4. Salve a configuração na NVRAM.

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77
3.2.8 Backup e documentação da configuração
A configuração dos dispositivos de rede determina a maneira como a rede se comportará.
O gerenciamento da configuração dos dispositivos inclui as seguintes tarefas:
•
•
•

Listar e comparar arquivos de configuração em dispositivos em funcionamento;
Armazenar arquivos de configuração em servidores de rede;
Realizar instalações e atualizações de software.

Os arquivos de configuração devem ser armazenados em backup para a eventualidade
de algum problema. Os arquivos de configuração podem ser armazenados em um
servidor de rede, em um servidor TFTP ou em um disco guardado em local seguro. A
documentação deve ser incluída com essa informação off-line.
Backup de documentação e configuração

Cisco CCNA 3.1

78
3.2.9 Fazendo backups de arquivo de configuração
Uma cópia atual da configuração pode ser armazenada em um servidor TFTP. O
comando copy running-config tftp, conforme mostrado na figura abaixo, pode ser usado
para armazenar a configuração atual em um servidor TFTP de rede. Para isso, realize as
seguintes tarefas:

Etapa 1 Insira o comando copy running-config tftp.
Etapa 2 Insira o endereço IP do host em que o arquivo de configuração será armazenado.
Etapa 3 Insira o nome a ser atribuído ao arquivo de configuração.
Etapa 4 Confirme as opções, respondendo sim todas as vezes.
Um arquivo de configuração armazenado em um dos servidores da rede pode ser usado
para configurar um roteador. Para isso, realize as seguintes tarefas:
1. Entre no modo de configuração, inserindo o comando copy tftp running-config,
conforme mostrado na figura abaixo.

Cisco CCNA 3.1

79
2. No prompt do sistema, selecione um arquivo de configuração de hosts ou de rede.
O arquivo de configuração de rede contém comandos que se aplicam a todos os
roteadores e servidores de terminal da rede. O arquivo de configuração de hosts
contém comandos que se aplicam a um roteador em particular. No prompt do
sistema, insira o endereço IP do host remoto onde o servidor TFTP está localizado.
Neste exemplo, o roteador está configurado a partir do servidor TFTP no endereço
IP 131.108.2.155.
3. No prompt do sistema, insira o nome do arquivo de configuração ou aceite o nome
padrão. A convenção dos nomes de arquivos é baseada no UNIX. O nome de
arquivo padrão é hostname-config para o arquivo de hosts e network-config para
o arquivo de configuração da rede. No ambiente DOS, os nomes de arquivos são
limitados a oito caracteres, mais uma extensão de três caracteres (por exemplo:
roteador.cfg ). Confirme o nome do arquivo de configuração e o endereço do
servidor tftp fornecido pelo sistema. Observe na figura que o prompt do roteador
muda imediatamente para tokyo. Isso é uma evidência de que a reconfiguração
acontece assim que o novo arquivo é descarregado.
A configuração do roteador também pode ser salva em um disco, capturando o texto no
roteador e salvando-o no disco. Se o arquivo precisar ser copiado de volta para o
roteador, use os recursos padrão de edição de um programa emulador de terminal para
colar o arquivo de comandos no roteador.

Cisco CCNA 3.1

80
Resumo Capítulo 03

Esta seção resume os pontos principais da configuração de um roteador.
O roteador tem diversos modos:
•
•
•
•

Modo EXEC do usuário;
Modo EXEC privilegiado;
Modo de configuração global;
Outros modos de configuração.

A interface da linha de comando pode ser usada para fazer alterações na configuração:
•
•
•
•
•

Definir o nome do host;
Definir senhas;
Configurar interfaces;
Modificar configurações;
Mostrar configurações.

Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir:
•
•
•

Os padrões de configuração são elementos essenciais para o êxito na manutenção
de uma rede eficiente por qualquer organização.
As descrições de interfaces podem conter informações importantes para ajudar os
administradores de rede a compreender e solucionar problemas em suas redes.
Os banners de login e as mensagens do dia oferecem informações ao usuário no
momento de efetuar login no roteador.

Cisco CCNA 3.1

81
•
•

A resolução de nomes de hosts converte nomes em endereços IP, que serão
utilizados pelo roteador.
O backup e a documentação da configuração são extremamente importantes para
manter uma rede funcionando sem problemas.

Cisco CCNA 3.1

82
Capítulo 04: Aprendendo Sobre Outros Dispositivos

Cisco CCNA 3.1

82
Cisco CCNA 3.1

83
Visão Geral Capítulo 04
Às vezes, os administradores de rede deparam-se com situações em que a
documentação sobre a rede está incompleta ou imprecisa. O Cisco Discovery Protocol
(CDP) pode ser uma ferramenta útil nessas situações, porque ajuda a dar uma idéia
básica sobre a rede. O CDP é um protocolo de propriedade da Cisco, independente de
meio físico e protocolos, usado para descoberta de vizinhos. O CDP mostra somente
informações sobre vizinhos conectados diretamente, mas é uma ferramenta poderosa.
Em muitos casos, após a configuração inicial de um roteador, é difícil ou inconveniente
para um administrador de rede conectar-se diretamente ao roteador para efetuar
alterações de configuração ou outras atividades. Telnet é um aplicativo baseado em
TCP/IP que permite conexão remota à interface de linha de comando (CLI) do roteador
para fins de configuração, monitoramento e solução de problemas. É uma ferramenta
essencial para o profissional de redes.
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

Ativar e desativar o CDP;
Usar o comando show cdp neighbors;
Determinar quais dispositivos vizinhos estão conectados a quais interfaces locais;
Reunir informações de endereços de rede sobre dispositivos vizinhos usando o
CDP;
Estabelecer uma conexão Telnet;
Verificar uma conexão Telnet;
Desconectar-se de uma sessão Telnet;
Suspender uma sessão Telnet;
Realizar testes alternativos de conectividade;
Solucionar problemas de conexões de terminais remotos.

Cisco CCNA 3.1

84
4.1 Descobrindo e conectando-se a vizinhos
4.1.1 Introdução ao CDP
O Cisco Discovery Protocol (CDP) é um protocolo de camada 2 que conecta os protocolos
inferiores de meio físico e os protocolos superiores de camadas de rede, como mostrado
na figura abaixo .

O CDP é usado para obter informações sobre dispositivos vizinhos, tais como os tipos de
dispositivos conectados, as interfaces dos roteadores às quais eles estão conectados, as
interfaces usadas para fazer as conexões e os números dos modelos dos dispositivos. O
CDP é independente de meio físico e de protocolo, e funciona em todos os equipamentos
da Cisco através do SNAP (Subnetwork Access Protocol – Protocolo de Acesso à Subrede).
O lançamento mais recente desse protocolo é o CDP versão 2 (CDPv2). O Cisco IOS
(versão 12.0(3)T ou posterior) suporta o CDPv2. O CDP versão 1 (CDPv1) está ativado
por padrão no Cisco IOS (versões 10.3 a 12.0(3)T).
Quando um dispositivo Cisco é inicializado, o CDP é iniciado automaticamente, permitindo
que esse dispositivo detecte os dispositivos vizinhos que também estiverem executando o
CDP. Ele opera através da camada de enlace e permite que dois sistemas aprendam um
sobre o outro, mesmo que estejam usando diferentes protocolos de camadas de rede.
Cada dispositivo configurado para o CDP envia mensagens periódicas, conhecidas como
anúncios, para vários roteadores. Cada dispositivo anuncia pelo menos um endereço no
qual pode receber as mensagens de SNMP (Simple Network Management Protocol –
Protocolo de Gerenciamento de Redes Simples). Os anúncios contêm também
informações sobre o "tempo de vida restante" (time-to-live) ou tempo de espera, indicando
o tempo durante o qual os dispositivos receptores devem manter as informações de CDP
antes de descartá-las. Além disso, cada dispositivo fica atento às mensagens CDP
periódicas enviadas pelos outros, a fim de aprender sobre os dispositivos vizinhos.

Cisco CCNA 3.1

85
4.1.2 Informações obtidas com o CDP
A principal utilização do CDP é descobrir todos os dispositivos Cisco que estão
conectados diretamente a um dispositivo local. Use o comando show cdp neighbors
para exibir as atualizações do CDP no dispositivo local.
A figura abaixo mostra um exemplo de como o CDP fornece as informações coletadas ao
administrador da rede. Cada roteador que executa o CDP troca informações de protocolo
com seus vizinhos. O administrador da rede pode exibir os resultados dessa troca de
informações de CDP em um console conectado a um roteador local.

O administrador usa o comando show cdp neighbors para exibir informações sobre as
redes conectadas diretamente ao roteador. O CDP fornece informações sobre cada
dispositivo CDP vizinho, transmitindo valores de comprimento de tipo (TLVs), que são
blocos de informações embutidos nos anúncios CDP.

Cisco CCNA 3.1

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Os TLVs dos dispositivos exibidos pelo comando show cdp neighbors contêm o
seguinte:
•
•
•
•
•
•

ID do dispositivo;
Interface local;
Tempo de espera;
Capacidade;
Plataforma;
ID da porta.

Os seguintes TLVs são incluídos somente no CDPv2:
•
•
•

Nome de domínio de gerenciamento VTP;
VLAN nativa;
Full/Half duplex.

Observe que o roteador inferior da figura abaixo não está conectado diretamente ao
roteador do console do administrador. Para obter informações de CDP sobre esse
dispositivo, o administrador precisaria se conectar por Telnet a um roteador conectado
diretamente a esse dispositivo.

Cisco CCNA 3.1

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4.1.3 Implementação, monitoramento e manutenção do CDP
Os comandos a seguir são usados para implementar, monitorar e manter as informações
de CDP.

•
•
•
•

cdp run
cdp enable
show cdp traffic
clear cdp counters

Cisco CCNA 3.1

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•

show cdp

•

show cdp entry {*|nome-do-dispositivo[*][protocolo | versão]}

Cisco CCNA 3.1

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•

show cdp interface [número-do-tipo]

•

show cdp neighbors [número-do-tipo] [detalhe]

O comando cdp run é usado para ativar globalmente o CDP no roteador. Por padrão, o
CDP está globalmente ativado. O comando cdp enable é usado para ativar o CDP em
uma interface específica. No Cisco IOS versão 10.3 ou superior, o CDP é ativado por
padrão em todas as interfaces suportadas para enviar e receber informações de CDP. O
CDP poderia ser ativado em cada uma das interfaces de dispositivos, usando o comando
cdp enable.

Cisco CCNA 3.1

90
4.1.4 Criando um mapa de rede do ambiente
O CDP foi projetado e implementado para ser um protocolo simples e de baixo custo.
Embora um quadro CDP possa ser pequeno, ele é capaz de recuperar uma grande
quantidade de informações úteis sobre os dispositivos Cisco, vizinhos e conectados.
Essas informações podem ser usadas para criar um mapa de rede dos dispositivos
conectados. Os dispositivos conectados aos dispositivos vizinhos podem ser descobertos
usando Telnet para se conectar aos vizinhos, e usando o comando show cdp neighbors
para descobrir quais dispositivos estão conectados a esses vizinhos.

Cisco CCNA 3.1

91
4.1.5 Desativando o CDP
Para desativar o CDP globalmente, use o comando no CDP run no modo de configuração
global.

Se o CDP estiver desativado globalmente, não é possível ativar interfaces individuais para
o CDP.
No Cisco IOS versão 10.3 ou superior, o CDP é ativado por padrão em todas as interfaces
suportadas, para enviar e receber informações de CDP. Entretanto, em algumas
interfaces, como as interfaces assíncronas, o CDP está desativado por padrão. Se o CDP
estiver desativado, use o comando CDP enable no modo de configuração de interface.
Para desativar o CDP em uma determinada interface depois de ter sido ativado, use o
comando no CDP enable no modo de configuração de interface.

Cisco CCNA 3.1

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4.1.6 Solucionando problemas do CDP
Os comandos a seguir podem ser usados para mostrar a versão, informações de
atualização, tabelas e tráfego:

•
•
•

clear cdp table
clear cdp counters
show cdp traffic

•
•
•
•
•
•
•
•

show debugging
debug cdp adjacency
debug cdp events
debug cdp ip
debug cdp packets
cdp timer
cdp holdtime
show cdp

Cisco CCNA 3.1

93
4.2 Obtendo informações sobre dispositivos remotos
4.2.1 Telnet
Telnet é um protocolo de terminal virtual que faz parte do conjunto de protocolos TCP/IP.
Ele permite fazer conexões para hosts remotos, oferecendo um recurso de terminal de
rede ou login remoto. Telnet é um comando EXEC do IOS, usado para verificar o software
da camada de aplicação entre a origem e o destino. Este é o mecanismo de teste mais
completo que existe.
O Telnet atua na camada de aplicação do modelo OSI.

Ele depende do TCP para garantir a entrega correta e organizada dos dados entre o
cliente e o servidor.
Um roteador pode ter várias sessões Telnet entrantes simultâneas. O intervalo de 0 a 4 é
usado para especificar cinco linhas Telnet ou VTY. Essas cinco sessões Telnet entrantes
poderiam ocorrer ao mesmo tempo.
Deve-se observar que a verificação da conectividade da camada de aplicação é um
subproduto do Telnet. O uso principal do Telnet é a conexão remota a dispositivos da
rede. O Telnet é um programa aplicativo simples e universal.

Cisco CCNA 3.1

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4.2.2 Estabelecendo e verificando uma conexão Telnet
O comando Telnet do EXEC IOS permite que um usuário conecte-se de um dispositivo
Cisco para outro. Com a implementação do TCP/IP da Cisco, não é necessário inserir os
comandos connect ou telnet para estabelecer uma conexão Telnet. Pode-se inserir o
nome do host ou o endereço IP do roteador remoto. Para terminar uma sessão Telnet,
use os comandos EXEC exit ou logout.

Para iniciar uma sessão Telnet, pode-se usar qualquer uma das seguintes alternativas:
Denver>connect paris
Denver>paris
Denver>131.108.100.152
Denver>telnet paris
Para que um nome funcione, deve haver uma tabela de nomes de hosts ou acesso a DNS
para Telnet. Caso contrário, é necessário inserir o endereço IP do roteador remoto.
O Telnet pode ser usado para fazer um teste para determinar se um roteador remoto pode
ou não ser acessado. Conforme mostrado na figura abaixo, se o Telnet for usado com
êxito para conectar o roteador York ao roteador Paris, então um teste básico da conexão
da rede é bem sucedido. Essa operação pode ser realizada tanto no nível EXEC do
usuário quanto privilegiado.

Cisco CCNA 3.1

95
Se o acesso remoto puder se obtido através de outro roteador, pelo menos um aplicativo
TCP/IP pode alcançar o roteador remoto. Uma conexão Telnet bem sucedida indica que o
aplicativo de camada superior funciona adequadamente.
Se o Telnet funcionar para um roteador mas, falhar para outro, é possível que essa falha
tenha sido causada por problemas específicos de endereçamento, nomes ou permissão
de acesso. Pode ser que o problema esteja neste roteador ou no roteador que falhou
como destino do Telnet. Neste caso, o passo seguinte é tentar usar o ping, que é
abordado mais adiante nesta lição. O ping permite testar as conexões ponta a ponta na
camada de rede.
Quando o Telnet estiver concluído, efetue o logoff do host. A conexão Telnet será
encerrada por padrão após dez minutos de inatividade ou quando o comando exit for
inserido no prompt EXEC.

Cisco CCNA 3.1

96
4.2.3 Desconectando e suspendendo conexões Telnet
Um recurso importante do comando Telnet é a suspensão. Entretanto, existe um
problema potencial quando uma sessão Telnet está suspensa e a tecla Enter é
pressionada. O software Cisco IOS reinicia a conexão até a conexão Telnet suspensa
mais recentemente. A tecla Enter é usada freqüentemente. Com uma sessão Telnet
suspensa, é possível reconectar-se a outro roteador. Isso é perigoso quando são feitas
alterações na configuração ou ao usar comandos EXEC. Preste sempre atenção especial
a qual roteador está sendo usado ao utilizar o recurso Telnet de suspensão.
Uma sessão é suspensa durante um tempo limitado; para reiniciar uma sessão Telnet que
foi suspensa, basta pressionar Enter. O comando show sessions mostra quais sessões
Telnet estão ocorrendo.
O procedimento para desconectar uma sessão Telnet é o seguinte:
•
•

Digite o comando disconnect.
Após o comando, coloque o nome ou o endereço IP do roteador. Exemplo:
Denver>disconnect paris

O procedimento para suspender uma sessão Telnet é o seguinte:
•
•

Pressione Ctrl-Shift-6 e, em seguida, x.
Insira o nome ou o endereço IP do roteador.
Operações de Telnet

Cisco CCNA 3.1

97
4.2.4 Operação Telnet avançada
Pode haver várias sessões Telnet abertas concomitantemente. Um usuário pode alternar
livremente entre essas sessões. A quantidade permitida de sessões abertas ao mesmo
tempo é definida pelo comando session limit.
Para alternar entre sessões, saindo de uma sessão e retomando outra aberta
anteriormente, use os comandos mostrados na figura abaixo.

Uma nova conexão pode ser feita enquanto se está no prompt EXEC. Os roteadores da
série 2500 são limitados a cinco sessões. Os roteadores da série 2600 e 1700 tem um
limite padrão de X sessões.
É possível usar e suspender várias sessões Telnet usando a seqüência Ctrl-Shift-6 e, em
seguida, x. A sessão pode ser retomada usando a tecla Enter. Se a tecla Enter for
pressionada, o software Cisco IOS retoma a conexão até a conexão Telnet suspensa
mais recentemente. A utilização do comando resume requer um ID de conexão. O ID de
conexão é exibido por meio do comando show sessions.

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4.2.5 Testes alternativos de conectividade
Como forma de auxiliar o diagnóstico da conectividade básica da rede, muitos protocolos
de rede suportam um protocolo de eco. Os protocolos de eco são usados para testar se
os pacotes do protocolo estão sendo roteados. O comando ping envia um pacote para o
host de destino e espera um pacote de resposta desse host. Os resultados desse
protocolo de eco podem ajudar a avaliar a confiabilidade do caminho até o host, os
atrasos ao longo desse caminho e se o host pode ser alcançado ou se está funcionando.
Esse é um mecanismo básico de teste. Essa operação pode ser realizada tanto no modo
EXEC do usuário quanto privilegiado.
O destino 172.16.1.5 do ping na figura respondeu com êxito a todos os cinco datagramas
enviados.

Os pontos de exclamação (!) indicam cada eco bem sucedido. Se forem recebidos um ou
mais pontos (.) em vez de exclamações, o aplicativo do roteador excedeu o tempo-limite
esperando um determinado eco de pacote do destino do ping. O comando ping do EXEC
do usuário pode ser usado para diagnosticar a conectividade básica da rede.
O comando ping usa o ICMP (Internet Control Message Protocol – Protocolo de
Mensagens de Controle da Internet).

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O comando traceroute é uma ferramenta ideal para descobrir para onde estão sendo
enviados os dados em uma rede. O comando traceroute é semelhante ao comando ping,
exceto que, em vez de testar a conectividade ponta a ponta, o traceroute testa cada
etapa ao longo do caminho. Essa operação pode ser realizada tanto no nível EXEC do
usuário quanto privilegiado.
Neste exemplo, está sendo rastreado o caminho de York para Rome. Ao longo do
caminho, deve-se passar por London e Paris. Se um desses roteadores não puder ser
alcançado, serão retornados três asteriscos (*) em vez do nome do roteador. O comando
traceroute continuará tentando alcançar a próxima etapa até que seja usada a seqüência
de escape Ctrl-Shift-6.

Um teste básico de verificação também enfoca a camada de rede. Use o comando show
ip route para determinar se existe uma entrada para a rede de destino na tabela de
roteamento. Esse comando será discutido em maior profundidade em outro módulo deste
curso.
O procedimento para utilização do comando ping é o seguinte:
•
•

ping endereço IP ou nome do destino;
pressionar a tecla Enter.

O procedimento para utilização do comando traceroute é o seguinte:
•
•

traceroute endereço IP ou nome do destino;
pressionar a tecla Enter.

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WANS e Roteadores Cisco CCNA 3.1

  • 1. Capítulo 01:WANs e Roteadores Cisco CCNA 3.1 1
  • 3. Visão geral Capítulo 01 Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange uma grande área geográfica. As WANs têm várias características importantes que as diferem das redes locais. A primeira lição deste módulo oferecerá uma visão geral das tecnologias e protocolos utilizados em WANs. Explicará também as diferenças e semelhanças entre WANs e redes locais. É importante ter uma compreensão dos componentes da camada física de um roteador. Essa compreensão cria uma base para outros conhecimentos e habilidades necessários para configurar roteadores e gerenciar redes roteadas. Este módulo oferece um exame mais detalhado dos componentes físicos internos e externos de um roteador. Ele também descreve técnicas para conectar fisicamente as diversas interfaces dos roteadores. Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: • • • • • • • Identificar as organizações responsáveis pelos padrões utilizados em WANs; Explicar a diferença entre uma WAN e uma rede local e o tipo de endereço que cada uma delas utiliza; Descrever a função de um roteador em uma WAN; Identificar os componentes internos do roteador e descrever suas funções; Descrever as características físicas do roteador; Identificar portas comuns de um roteador; Conectar adequadamente portas Ethernet, WAN serial e de console. Cisco CCNA 3.1 3
  • 4. 1.1 WANs 1.1.1 Introdução às WANs Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange uma grande área geográfica, como um estado, região ou país. As WANs geralmente utilizam meios de transmissão fornecidos por prestadoras de serviços de telecomunicações, como por exemplo, as companhias telefônicas. Exemplo de Rede de Dados Estas são as principais características das WANs: • • • Conectam dispositivos que estão separados por grandes áreas geográficas. Usam os serviços de prestadoras, como Regional Bell Operating Companies (RBOCs), Sprint, MCI, VPM Internet Services, Inc. Alguns exemplos no Brasil são: Embratel, Telemar, Intelig, Telefônica, Brasil Telecom, entre outras. Usam conexões seriais de vários tipos para acessar a largura de banda através de grandes áreas geográficas. Uma WAN difere de uma rede local de diversas maneiras. Por exemplo, diferentemente de uma rede local, que conecta estações de trabalho, periféricos, terminais e outros dispositivos em um único prédio ou outra área geográfica pequena, uma WAN estabelece conexões de dados através de uma ampla área geográfica. As empresas usam WANs para conectar diversas localidades, de maneira que seja possível trocar informações entre escritórios distantes. Uma WAN opera na camada física e na camada de enlace do modelo de referência OSI. Ela interconecta redes locais que, geralmente, estão separadas por grandes áreas geográficas. As WANs propiciam o intercâmbio de pacotes de dados e quadros entre roteadores e switches e as redes locais suportadas por eles. Cisco CCNA 3.1 4
  • 5. Os seguintes dispositivos são usados nas WANs: • • • Roteadores, que oferecem diversos serviços, tais como portas para interconexão de redes e portas de interface WAN. Modems, que incluem serviços de interface de voz, unidades de serviço de canal/digital (CSU/DSUs) que fazem interface com serviços T1/E1, e adaptadores de terminal / terminação de rede tipo 1 (TA/NT1s), que fazem interface com serviços ISDN (Integrated Services Digital Network – Rede Digital de Serviços Integrados). Servidores de comunicação, que concentram as comunicações através de linha de escada (dial-in e dial-out). Dispositivos de WAN Dispositivos de WAN Cisco CCNA 3.1 5
  • 6. Os protocolos de enlace da WAN descrevem como os quadros são transportados entre os sistemas de um único enlace de dados. Encapsulamento do Enlace de Dados Eles incluem protocolos criados para operar sobre serviços comutados dedicados ponto a ponto, multiponto e mutiacesso, tais como Frame Relay. Os padrões da WAN são definidos e gerenciados por diversas autoridades reconhecidas, como as seguintes agências: • • International Telecommunication Union-Telecommunication Standardization Sector – União Internacional de Telecomunicações-Setor de Padronização das Telecomunicações (ITU-T), antigo Consultative Committee for International Telegraph and Telephone – Comitê Consultivo para Telégrafo e Telefone Internacional (CCITT). International Organization for Standardization – Organização Internacional de Padronização (ISO). Internet Engineering Task Force – Força-Tarefa de Engenharia da Internet (IETF). • Electronic Industries Association – Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA). • Dispositivos de WAN Cisco CCNA 3.1 6
  • 7. 1.1.2 Introdução aos roteadores de uma WAN Um roteador é um tipo especial de computador. Ele tem os mesmos componentes básicos de um PC desktop padrão. Tem uma CPU, memória, um barramento do sistema e diversas interfaces de entrada/saída. Entretanto, os roteadores são projetados para realizar algumas funções muito específicas, que geralmente não são realizadas pelos computadores desktop. Por exemplo, os roteadores conectam e permitem a comunicação entre duas redes e determinam o melhor caminho para que os dados viajem através dessas redes conectadas. Assim como os computadores precisam de sistemas operacionais para executar aplicativos de software, os roteadores precisam do IOS (Internetwork Operating System – Sistema Operacional de Interconexão de Redes) para executar as funções definidas nos arquivos de configuração. Esses arquivos de configuração contêm as instruções e os parâmetros que controlam o fluxo de tráfego que entra e sai dos roteadores. Especificamente, usando protocolos de roteamento, os roteadores tomam decisões com relação ao melhor caminho para os pacotes. O arquivo de configuração especifica todas as informações para uma configuração e uma utilização corretas dos protocolos roteados e de roteamento, selecionados ou ativados, no roteador. Este curso mostrará como definir os arquivos de configuração a partir dos comandos do IOS, a fim de fazer com que o roteador realize diversas funções essenciais de rede. O arquivo de configuração do roteador pode parecer complexo à primeira vista, mas parecerá muito menos complicado até o final do curso. Os principais componentes internos do roteador são a memória de acesso aleatório (RAM), a memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM), a memória flash, a memória somente de leitura (ROM) e as interfaces. Componentes Internos Cisco CCNA 3.1 7
  • 8. A RAM, também chamada de RAM dinâmica (DRAM), tem as seguintes características e funções: • • • • • • • Armazena tabelas de roteamento; Mantém a cache do ARP; Mantém a cache de fast-switching (comutação rápida); Armazena pacotes em buffers (RAM compartilhada); Mantém filas para armazenamento temporário de pacotes (queues); Fornece memória temporária para o arquivo de configuração do roteador enquanto ele estiver ligado; Perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado. A NVRAM tem as seguintes características e funções: • • Armazena o arquivo de configuração que será utilizado na inicialização (startup configuration); Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado. A memória flash tem as seguintes características e funções: • • • • • Mantém a imagem do sistema operacional (IOS); Permite que o software seja atualizado sem remover nem substituir chips do processador; Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado; Pode armazenar várias versões do software do IOS; É um tipo de ROM programável, apagável eletronicamente (EEPROM). A memória somente de leitura (ROM) tem as seguintes características e funções: • • • Mantém instruções que definem o autoteste realizado na inicialização do roteador (Power-on self test - POST); Armazena o programa de bootstrap e softwares básicos do sistema operacional; Requer a substituição de chips plugáveis na placa-mãe para as atualizações de software. As interfaces têm as seguintes características e funções: • • Conectam o roteador à rede para entrada e saída de pacotes; Podem ficar na placa-mãe ou em um módulo separado. Cisco CCNA 3.1 8
  • 9. 1.1.3 Redes locais e WANs com roteadores Embora um roteador possa ser usado para segmentar redes locais, seu principal uso é como dispositivo WAN. Os roteadores têm tanto interfaces de rede local como de WAN. Segmentação Utilizando Roteadores Roteadores Conectados por Tecnologias de WAN Cisco CCNA 3.1 9
  • 10. Na verdade, as tecnologias WAN geralmente são usadas para conectar roteadores, ou seja, os roteadores se comunicam entre si por meio de conexões WAN. Determinação do Caminho Os roteadores são os dispositivos que compõem o backbone das grandes intranets e da Internet. Eles operam na camada 3 do modelo OSI, tomando decisões com base nos endereços de rede. As duas principais funções de um roteador são a seleção do melhor caminho e a comutação de pacotes para a interface correta. Os roteadores fazem isso criando tabelas de roteamento e trocando informações de rede com outros roteadores. Um administrador pode manter tabelas de roteamento através da configuração de rotas estáticas, mas geralmente as tabelas de roteamento são mantidas dinamicamente por meio do uso de um protocolo de roteamento, que troca informações sobre a topologia (caminhos) da rede com outros roteadores. Se, por exemplo, o computador (x) precisar se comunicar com o computador (y) de um lado do mundo e com o computador (z) em outro local distante, é necessário um recurso que defina como será o roteamento do fluxo de informações, assim como caminhos redundantes para haja uma maior confiabilidade. Comunicação Em Qualquer Lugar, A Qualquer Hora Cisco CCNA 3.1 10
  • 11. Muitas decisões de projeto de rede e das tecnologias a utilizar podem ser tomadas para que possa ser atingida a meta de conseguir que os computadores x, y e z se comuniquem. Uma interconexão de redes (internetwork) corretamente configurada oferece as seguintes funcionalidades: • • • • • Endereçamento fim-a-fim consistente; Endereços que representam topologias de rede; Seleção do melhor caminho; Roteamento dinâmico ou estático; Comutação. Cisco CCNA 3.1 11
  • 12. 1.1.4 Função do roteador em uma WAN Considera-se que uma WAN opera na camada física e na camada de enlace. Isso não significa que as outras cinco camadas do modelo OSI não sejam encontradas em uma WAN. Significa simplesmente que as características que diferenciam uma WAN de uma rede local normalmente são encontradas na camada física e na camada de enlace. Em outras palavras, os padrões e os protocolos usados nas camadas 1 e 2 das WANs são diferentes dos utilizados nas mesmas camadas das redes locais. A camada física da WAN descreve a interface entre o equipamento terminal de dados (DTE) e o equipamento de terminação do circuito de dados (DCE). Geralmente, o DCE é o provedor do serviço e o DTE é o dispositivo conectado. Nesse modelo, os serviços oferecidos para o DTE são disponibilizados através de um modem ou CSU/DSU. Camada Física da WAN A principal função de um roteador é o roteamento. Este ocorre na camada de rede, a camada 3, mas se uma WAN opera nas camadas 1 e 2, então o roteador é um dispositivo de rede local ou de WAN? A resposta é que ele é os dois, como geralmente ocorre na área de redes. Um roteador pode ser exclusivamente um dispositivo de rede local, pode ser exclusivamente um dispositivo WAN ou pode estar na fronteira entre uma rede local e uma WAN e ser um dispositivo de rede local e de WAN ao mesmo tempo. Uma das funções de um roteador em uma WAN é rotear pacotes na camada 3, mas essa também é uma função de um roteador em uma rede local. Portanto, roteamento não está estritamente relacionado à função WAN do roteador. Quando um roteador usa os padrões e os protocolos das camadas física e de enlace que estão associados as WANs, ele opera como um dispositivo WAN. As principais funções na WAN de um roteador, portanto, não são de roteamento, mas de oferecer conexões entre os vários padrões físicos e de enlace de dados da WAN. Por exemplo, um roteador pode ter uma interface ISDN, que usa encapsulamento PPP, e uma interface serial na terminação de uma linha T1, que usa encapsulamento Frame Relay. Cisco CCNA 3.1 12
  • 13. O roteador deve ser capaz de mover um fluxo de bits de um tipo de serviço, como ISDN, para outro, como T1, e mudar o encapsulamento do enlace de dados de PPP para Frame Relay. Muitos dos detalhes dos protocolos das camadas 1 e 2 da WAN serão abordados mais adiante no curso, mas alguns dos principais protocolos e padrões WAN estão listados aqui para referência. Protocolos e padrões da camada física da WAN: • • • • • • • • • • • EIA/TIA-232 EIA/TIA-449 V.24 V.35 X.21 G.703 EIA-530 ISDN T1, T3, E1 e E3 xDSL SONET (OC-3, OC-12, OC-48, OC-192) Protocolos e padrões da camada de enlace da WAN: • • • • • • • • • • High-level data link control (HDLC) Frame Relay Point-to-Point Protocol (PPP) Synchronous Data Link Control (SDLC) Serial Line Internet Protocol (SLIP) X.25 ATM LAPB LAPD LAPF Protocolo da Camada de Enlace de Dados da WAN Cisco CCNA 3.1 13
  • 14. 1.1.5 Abordagem da Academia para Laboratórios Práticos No laboratório da Academia, todas as redes estarão conectadas com cabos seriais ou Ethernet e os alunos poderão ver e tocar todos os equipamentos. Conexões WAN Diferentemente da configuração do laboratório da Academia, os cabos seriais no mundo real não estão conectados back-to-back. Em uma situação do mundo real, um roteador pode estar em Nova York, nos Estados Unidos, enquanto outro está em Sydney, na Austrália. Um administrador em Sydney teria que se conectar ao roteador de Nova York através da nuvem da WAN para solucionar problemas no roteador de Nova Iorque. No laboratório da Academia, os dispositivos que formam a nuvem da WAN são simulados pela conexão entre cabos DTE-DCE back-to-back. Configuração do Laboratório da Academia A conexão da interface s0/0 de um roteador para a interface s0/1 de outro roteador simula um circuito completo na nuvem. Conjunto do Laboratório Cisco CCNA 3.1 14
  • 15. 1.2 Roteadores 1.2.1 Componentes internos do roteador Embora a arquitetura exata dos roteadores varie de um modelo para outro, esta seção introduzirá os principais componentes internos. As figuras abaixo e mostram os componentes internos de alguns modelos de roteadores da Cisco. Componentes Interno do Roteador 1 Componentes Interno do Roteador 2 Cisco CCNA 3.1 15
  • 16. Os componentes comuns são abordados nos parágrafos abaixo. CPU: A unidade central de processamento (CPU) executa instruções do sistema operacional. Dentre estas funções estão a inicialização do sistema, o roteamento e o controle da interface de rede. A CPU é um microprocessador. Roteadores de maior porte podem ter várias CPUs. RAM: A memória de acesso aleatório (RAM) é usada para manter informações da tabela de roteamento, para cache de comutação rápida (fast-switching), para manter a configuração em uso e para filas de pacotes. Na maioria dos roteadores, a RAM oferece espaço temporário de armazenamento em tempo de execução para os processos do Cisco IOS e seus subsistemas. Geralmente, a RAM é dividida logicamente em memória principal do roteador e memória compartilhada de entrada/saída (E/S). A memória compartilhada de E/S é compartilhada entre as interfaces para armazenamento temporário de pacotes. O conteúdo da RAM é perdido quando a energia é desligada. Geralmente, a RAM é uma memória de acesso aleatório dinâmico (DRAM) e pode ser aumentada adicionando-se módulos DIMM (Dual In-Line Memory Modules – Módulos de Memória Dual em Linha). Flash: A memória flash é usada para armazenar uma imagem completa do software Cisco IOS. Normalmente, o roteador carrega o IOS da flash. Essas imagens podem ser atualizadas carregando-se uma nova imagem na memória flash. O IOS pode estar na forma compactada ou não compactada. Na maioria dos roteadores, uma cópia executável do IOS é transferida para a RAM durante o processo de inicialização. Em outros roteadores, o IOS pode ser executado diretamente da memória flash. Adicionar ou substituir módulos SIMM (Single In-Line Memory Modules – Módulos de Memória Simples em Linha) ou cartões PCMCIA pode aumentar a quantidade de memória flash. NVRAM: A memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM) é usada para armazenar a configuração a ser utilizada na inicialização (startup configuration). Em alguns dispositivos, a NVRAM é implementada usando memórias somente de leitura programáveis e eletronicamente apagáveis (EEPROMs) separadas. Em outros dispositivos, ela é implementada no mesmo dispositivo flash a partir do qual o código de inicialização (boot code) é carregado. Nos dois casos, esses dispositivos retêm seus conteúdos quando a energia é desligada. Barramentos: A maioria dos roteadores contém um barramento do sistema e um barramento da CPU. O barramento do sistema é usado para comunicação entre a CPU e as interfaces e/ou slots de expansão. Esse barramento transfere os pacotes para as interfaces e a partir delas. O barramento da CPU é usado pela CPU para ter acesso aos componentes de armazenamento do roteador. Esse barramento transfere instruções e dados para endereços de memória especificados ou a partir deles. Cisco CCNA 3.1 16
  • 17. ROM: A memória somente de leitura (ROM) é usada para armazenar permanentemente o código de diagnóstico de problemas na inicialização (ROM Monitor). As principais tarefas da ROM são os testes do hardware durante a inicialização do roteador e a carga do software Cisco IOS da flash para a RAM. Alguns roteadores também têm uma versão reduzida do IOS, que pode ser usada como uma fonte alternativa de inicialização. As ROMs não podem ser apagadas. Elas só podem ser atualizadas substituindo os chips da ROM instalados nos soquetes. Interfaces: As interfaces são as conexões do roteador com o ambiente externo. Os três tipos de interfaces são: rede local (LAN), rede de longa distância (WAN) e Console/AUX. Geralmente, as interfaces de rede local são de uma das variedades de Ethernet ou Token Ring. Essas interfaces têm chips controladores, que fornecem a lógica para conectar o sistema ao meio físico. As interfaces de rede local podem ser de configuração fixa ou modular. As interfaces WAN incluem as seriais, as ISDN e as que têm uma CSU (Channel Service Unit) integrada. Assim como as interfaces de rede local, as interfaces WAN também têm chips controladores especiais para as interfaces. As interfaces WAN podem ser de configuração fixa ou modular. As portas de Console/AUX são portas seriais usadas principalmente para a configuração inicial do roteador. Essas portas não são portas de rede. Elas são usadas para sessões de terminal a partir das portas de comunicação do computador ou através de um modem. Fonte de alimentação: A fonte de alimentação fornece a energia necessária para operar os componentes internos. Os roteadores de maior porte podem usar fontes de alimentação múltiplas ou modulares. Em alguns dos roteadores de monor porte, a fonte de alimentação pode ser externa. Cisco CCNA 3.1 17
  • 18. 1.2.2 Características físicas do roteador Não é essencial saber a localização exata dos componentes físicos dentro do roteador para entender a maneira de utilizá-lo. Entretanto, em algumas situações, como para a instalação de mais memória, isso pode ser muito útil. Os componentes exatos utilizados e a sua localização variam de um modelo de roteador para outro. A figura abaixo identifica os componentes internos de um roteador 2600. Componentes Internos de um Roteador 2600 A figura abaixo mostra alguns dos conectores externos de um roteador 2600. Conexão Externa em um Roteador 2600 Cisco CCNA 3.1 18
  • 19. 1.2.3 Conexões Externas do Roteador Conexões Externas Os três tipos básicos de conexões possíveis em um roteador são as interfaces de rede local, as interfaces WAN e as portas de gerenciamento. As interfaces de rede local permitem que o roteador seja conectado ao meio físico de uma rede local. É comum neste caso, o uso de algum tipo de Ethernet. Entretanto, podem ser utilizadas outras tecnologias de rede local, como Token Ring ou FDDI. WANs provêem conexões através de um provedor de serviços a uma localidade distante ou à Internet. Estas conexões podem utilizar interfaces seriais ou qualquer outro tipo de interface WAN. Com alguns tipos de interfaces WAN, é necessário um dispositivo externo, tal como uma CSU, para conectar o roteador ao equipamento local do provedor de serviços. Com outros tipos de conexões WAN, o roteador pode ser conectado diretamente ao provedor de serviços. A função das portas de gerenciamento é diferente daquela exercida pelas outras conexões. As conexões de LAN e de WAN provêem a conectividade a redes de conexão, por onde os pacotes de dados são encaminhados. A porta de gerenciamento fornece uma conexão baseada em texto que pode ser utilizada para configurar e solucionar problemas do roteador. As interfaces de gerenciamento comumente utilizadas são as portas de console e a auxiliar. Essas portas são seriais assíncronas EIA-232 e podem ser conectadas a uma porta de comunicação (COM) de um computador. O computador precisa executar um programa de emulação de terminal que provê uma sessão com o roteador utilizando linha de comando baseada em texto. Através dessa sessão, o administrador da rede pode gerenciar o dispositivo. Cisco CCNA 3.1 19
  • 20. 1.2.4 Conexões das Portas de gerenciamento A porta de console e a porta auxiliar (AUX) são portas de gerenciamento. Essas portas seriais assíncronas não foram concebidas como portas de rede. Uma dessas duas portas é necessária para realizar a configuração inicial do roteador. A porta de console é recomendada para essa configuração inicial. Nem todos os roteadores têm uma porta auxiliar. Quando o roteador entra em funcionamento pela primeira vez, nenhum parâmetro da rede está configurado. Conexão da Console a um Computador ou Terminal Portanto, o roteador não pode comunicar-se com nenhuma rede. Para prepará-lo para a inicialização e configuração iniciais, conecte um terminal ASCII RS-232, ou um computador que emule um terminal ASCII, à porta de console do sistema. Assim, é possível inserir os comandos de configuração do roteador. Uma vez inserida essa configuração inicial no roteador através da porta de console ou da porta auxiliar, o roteador poderá ser conectado à rede para fins de solução de problemas ou monitoramento. Cisco CCNA 3.1 20
  • 21. O roteador também pode ser configurado remotamente, através da porta de configuração usando Telnet em uma rede IP, ou discando para um modem conectado à porta de console ou à porta auxiliar do roteador. Conexão do Modem à Console ou Porta Auxiliar Para a solução de problemas, também é preferível usar a porta de console em vez da porta auxiliar. Isso porque ela mostra, por default, as mensagens de inicialização, depuração e de erros do roteador. A porta de console também pode ser usada quando os serviços de rede não tiverem sido iniciados ou tiverem alguma falha. Assim, a porta de console pode ser usada para procedimentos de recuperação de desastres e recuperação de senhas. Cisco CCNA 3.1 21
  • 22. 1.2.5 Conectando as Interfaces de Console A porta de console é uma porta de gerenciamento usada para fornecer acesso fora de banda (out-of-band) ao roteador. Ela é usada para a configuração inicial do roteador, para monitoramento e para procedimentos de recuperação de desastres. Conectores do Roteador 2600 da Cisco Um cabo de console ou rollover e um adaptador RJ-45/DB-9 são usados para conectar a porta de console a um PC. Conexão de Console A Cisco fornece o adaptador necessário para conectar-se à porta de console. O PC ou terminal precisa suportar a emulação de terminal VT100. Geralmente são utilizados softwares de emulação de terminal, tais como o HyperTerminal. Cisco CCNA 3.1 22
  • 23. Propriedades de Sessão do HyperTerminal Para conectar o PC a um roteador: 1. No software de emulação de terminal do PC, configure: • A porta COM correta; • 9600 baud; • 8 bits de dados; • Sem paridade; • 1 bit de parada; • Sem fluxo de controle. 2. Conecte o conector RJ-45 do cabo rollover à porta de console do roteador. 3. Conecte a outra ponta do cabo rollover ao adaptador RJ-45 / DB-9. 4. Conecte o adaptador DB-9 fêmea a um PC. Cisco CCNA 3.1 23
  • 24. 1.2.6 Conectando a Interfaces LAN Na maioria dos ambientes de rede local, o roteador é conectado à rede local usando uma interface Ethernet ou Fast Ethernet. O roteador é um host que se comunica com a rede local através de um hub ou de um switch. Para fazer essa conexão, é usado um cabo direto. Uma interface de roteador 10/100BaseTX requer um cabo de par trançado não blindado (UTP) de categoria 5 ou melhor, independentemente do tipo de roteador. Conectando a Interfaces LAN Em alguns casos, a interface Ethernet do roteador é conectada diretamente ao computador ou a outro roteador. Para esse tipo de conexão, é necessário um cabo cruzado (crossover). Em qualquer conexão ao roteador, a interface correta deve ser utilizada. Se for usada uma interface errada, o roteador ou os outros dispositivos de rede podem ser danificados. Muitos tipos diferentes de conexões usam o mesmo tipo de conector. Por exemplo, interfaces Ethernet, ISDN BRI, Console, AUX com CSU/DSU integrados e Token Ring usam o mesmo conector de oito pinos: RJ-45, RJ-48 ou RJ-49. Para ajudar a diferenciar as conexões do roteador e identificar a utilização dos conectores, a Cisco usa um esquema de código de cores. A figura abaixo mostra alguns deles para um roteador 2600. Conexões utilizando conectores de 8 Pinos em Roteadores Cisco da Série 2600 Cisco CCNA 3.1 24
  • 25. 1.2.7 Conectando a Interfaces LAN As conexões WAN podem assumir inúmeras formas. Uma WAN estabelece conexões de dados através de uma ampla área geográfica, usando muitos tipos diferentes de tecnologia. Esses serviços WAN geralmente são alugados de provedores de serviços. Dentre esses tipos de conexão WAN estão: linhas alugadas, comutadas por circuitos e comutadas por pacotes. Tipos e WANs Para cada tipo de serviço WAN, o equipamento instalado no cliente (CPE – Customer Premises equipment), geralmente um roteador, é o DTE (Data Terminal Equipment Equipamento Terminal de Dados). Eles são conectados ao provedor de serviços usando um dispositivo DCE (Data Circuit-Terminating Equipment - Equipamento de terminação do circuito de dados), geralmente um modem ou uma unidade de serviço de canal/dados (CSU/DSU). Esse dispositivo é usado para converter os dados do DTE em uma forma aceitável para o provedor de serviços de WAN. Talvez as interfaces de roteador mais utilizadas para os serviços WAN sejam as interfaces seriais. Para selecionar o cabo serial adequado, basta saber as respostas para estas quatro perguntas: Cisco CCNA 3.1 25
  • 26. • Qual é o tipo de conexão ao dispositivo Cisco? Os roteadores Cisco podem usar diferentes conectores para as interfaces seriais. Portas Seriais do Roteador A interface à esquerda é uma interface Smart Serial. A interface à direita é uma conexão DB-60. Isso torna a escolha do cabo serial que conecta o sistema de rede aos dispositivos seriais uma parte essencial da configuração de uma WAN. • • A rede está sendo conectada a um dispositivo DTE ou DCE? DTE e DCE são dois tipos de interfaces seriais que os dispositivos utilizam para se comunicar. A principal diferença entre os dois é que o dispositivo DCE fornece o sinal de clock que sincroniza a comunicação entre os dispositivos. A documentação do dispositivo deve especificar se é um DTE ou DCE. Qual é o padrão de sinais exigido pelo dispositivo? Conectores Seriais de um Roteador para WAN Cisco CCNA 3.1 26
  • 27. • • Para cada dispositivo, pode-se usar um padrão serial diferente. Cada padrão define os sinais no cabo e especifica o conector na ponta do cabo. A documentação do dispositivo deve sempre ser consultada quanto ao padrão de sinais. O cabo requer um conector macho ou fêmea? Conexões Seriais DCE Se o conector tiver pinos externos visíveis, ele é macho. Se tiver encaixes para pinos externos, é fêmea. Cisco CCNA 3.1 27
  • 28. Resumo Capítulo 01 Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: • • • • • • • • Conceitos de WAN e de rede local; Função de um roteador em WANs e LANs; Protocolos WAN; Configuração do encapsulamento; Identificação e descrição dos componentes internos de um roteador; Características físicas de um roteador; Portas mais comuns em um roteador; Como conectar as portas de console, de LAN e de WAN do roteador. Cisco CCNA 3.1 28
  • 29. Capítulo 02: Introdução aos Roteadores Cisco CCNA 3.1 29
  • 30. Visão Geral Capítulo 02 A tecnologia Cisco foi concebida em torno do Cisco IOS (Internetwork Operating System – Sistema Operacional de Interconexão de redes), que é o software que controla as funções de roteamento e de comutação nos dispositivos de interconexão de redes. Uma compreensão sólida do IOS é essencial para um administrador de redes. Este módulo apresentará uma introdução aos fundamentos do IOS e oferecerá práticas que permitirão examinar os seus recursos. Todas as tarefas de configuração da rede, das mais básicas às mais complexas, exigem uma base sólida a respeito dos fundamentos da configuração do roteador. Este módulo fornecerá as ferramentas e as técnicas para a configuração básica do roteador, as quais serão usadas ao longo do curso. Ao concluir este módulo, os alunos deverão ser capazes de: • • • • • • • • • Descrever a finalidade do IOS; Descrever a operação básica do IOS; Identificar vários recursos do IOS; Identificar os métodos para estabelecer uma sessão com o roteador utilizando a interface de linha de comando (CLI); Alternar entre o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado; Estabelecer uma sessão HyperTerminal com um roteador; Efetuar login em um roteador; Usar o recurso de ajuda na interface de linha de comando; Solucionar problemas de erros no uso dos comandos. Cisco CCNA 3.1 30
  • 31. 2.1 Operando o Software Cisco IOS 2.1.1 A finalidade do software Cisco IOS Assim como um computador, um roteador ou switch não pode funcionar sem um sistema operacional. A Cisco chama seu sistema operacional de Internetwork Operating System (Sistema Operacional de Interconexão de Redes) ou IOS. Essa é a tecnologia de software embutida em todos os roteadores da Cisco, sendo também o sistema operacional dos switches da linha Catalyst. Sem um sistema operacional, o hardware não tem qualquer funcionalidade. O Cisco IOS oferece os seguintes serviços de rede: • • • Funções básicas de roteamento e comutação; Acesso confiável e seguro aos recursos da rede; Escalabilidade. Sistema Operacional de Roteador e de Switch: Cisco IOS Cisco CCNA 3.1 31
  • 32. 2.1.2 Interface do Usuário do Roteador O software Cisco IOS usa uma interface de linha de comando (CLI) como seu ambiente de console tradicional. O IOS é uma tecnologia central que se estende por quase toda a linha de produtos da Cisco. Seus detalhes de operação podem variar nos diferentes dispositivos de internetworking. Esse ambiente pode ser acessado através de diversos métodos. Uma maneira de acessar a CLI é através de uma sessão de console. Uma console usa uma conexão serial de baixa velocidade diretamente de um computador ou terminal para a porta de console do roteador. Outra maneira de acessar uma sessão da CLI é usando uma conexão discada (dial-up) através de um modem ou de um cabo null-modem conectado à porta AUX do roteador. Nenhum desses métodos requer que o roteador tenha qualquer serviço de rede configurado. Outro método para acessar uma sessão CLI é conectar-se via Telnet ao roteador. Para estabelecer uma sessão Telnet com o roteador, pelo menos uma interface do roteador deve estar configurada com um endereço IP e as sessões de terminais virtuais precisam estar configuradas para solicitar o login do usuário e devem ter uma senha associada. A Interface do Usuário de Roteador Cisco CCNA 3.1 32
  • 33. 2.1.3 Modos da interface do usuário do roteador A interface de linha de comando (CLI) da Cisco usa uma estrutura hierárquica. Essa estrutura exige a entrada em diferentes modos para realizar determinadas tarefas. Por exemplo, para configurar a interface de um roteador, o usuário deve entrar no modo Setup de interface. A partir desse modo, todas as configurações inseridas aplicam-se somente a essa interface específica. Cada modo Setup é indicado por um prompt distinto e permite apenas os comandos que sejam adequados a esse modo. O IOS fornece um serviço de interpretação de comandos conhecido como executivo de comandos (EXEC). Depois que cada comando é inserido, o EXEC valida e executa o comando. Como recurso de segurança, o software Cisco IOS separa as sessões EXEC em dois níveis de acesso. Esses níveis são o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado. O modo EXEC privilegiado também é conhecido como modo de ativação. Os recursos do modo EXEC de usuário e do modo EXEC privilegiado são os seguintes: • O modo EXEC de usuário permite somente uma quantidade limitada de comandos básicos de monitoramento. Ele geralmente é chamado de modo "somente de visualização". O modo EXEC de usuário não permite nenhum comando que possa alterar a configuração do roteador. O modo EXEC de usuário pode ser identificado pelo prompt ">". Os modos de Usuário do Roteador • O modo EXEC privilegiado permite acesso a todos os comandos do roteador. Esse modo pode ser configurado para que seja exigida uma senha do usuário antes de acessá-lo. Para maior proteção, ele também pode ser configurado para exigir uma identificação do usuário (user ID). Isso permite que somente os usuários autorizados acessem o roteador. Os comandos de configuração e gerenciamento exigem que o administrador da rede esteja no modo EXEC privilegiado. O modo Setup global e outros modos de configuração mais específicos só podem ser alcançados a partir do modo EXEC privilegiado. O modo EXEC privilegiado pode ser identificado pelo prompt "#". Cisco CCNA 3.1 33
  • 34. Para acessar o nível EXEC privilegiado a partir do nível EXEC de usuário, digite o comando enable no prompt ">". Alternando Entre EXEC Usuário e EXEC Privilegiado Se uma senha estiver configurada, o roteador pedirá essa senha. Por razões de segurança, um dispositivo de rede da Cisco não mostra a senha digitada. Quando a senha correta for digitada, o prompt do roteador mudará para "#", indicando que o usuário passou para o modo EXEC privilegiado. Inserir um ponto de interrogação (?) no modo EXEC privilegiado revela muitas outras opções de comandos, além das disponíveis no modo EXEC de usuário. Cisco CCNA 3.1 34
  • 35. 2.1.4 Características do software Cisco IOS A Cisco fornece imagens de IOS para atender uma grande variedade de produtos de rede de diferentes plataformas. Para otimizar o software Cisco IOS exigido por essas várias plataformas, a Cisco está trabalhando no desenvolvimento de várias imagens diferentes do software Cisco IOS. Cada imagem representa um conjunto diferente de recursos para atender às várias plataformas existentes de dispositivos, os recursos disponíveis de memória nos equipamentos e às necessidades dos clientes. Embora existam muitas imagens de IOS para diferentes modelos de dispositivos e conjuntos de recursos da Cisco, a estrutura básica dos comandos de configuração é a mesma. As habilidades de configuração e solução de problemas adquiridas em qualquer um dos dispositivos aplicam-se a uma ampla gama de produtos. A convenção de nomes para as diferentes versões do Cisco IOS contém três partes: • • • A plataforma na qual a imagem é executada; Os recursos especiais suportados pela imagem; Onde a imagem é executada e se ela foi zipada ou compactada. Convenções de Nomenclatura IOS Cisco CCNA 3.1 35
  • 36. Recursos específicos do IOS podem ser selecionados com auxílio do Cisco Software Advisor, uma ferramenta interativa que fornece as informações mais atuais e permite selecionar opções que atendam as necessidades da rede. Uma das principais considerações ao selecionar uma nova imagem de IOS é a compatibilidade com a memória flash e RAM disponíveis no roteador. Em geral, quanto mais nova a versão e quanto mais recursos ela oferecer, mais memória será necessária. Use o comando show version no dispositivo Cisco para verificar a imagem atual e a memória flash disponível. O site de suporte da Cisco tem ferramentas disponíveis para ajudar a determinar a quantidade de flash e RAM necessárias para cada imagem. Antes de instalar uma nova imagem do software Cisco IOS no roteador, verifique se este atende às exigências de memória para essa imagem. Para ver a quantidade de RAM, use o comando show version: Cisco CCNA 3.1 36
  • 37. Identificando a Disponibilidade de memória RAM no Sistema ...<saída omitida>... cisco 1721 (68380) processor (revision C) with 3584K/512K bytes of memory. Essa linha mostra quanto há de memória principal e compartilhada instalada no roteador. Algumas plataformas usam uma parcela da DRAM como memória compartilhada. A necessidade de memória leva isso em consideração, portanto as duas quantidades devem ser somadas para encontrar a quantidade de DRAM instalada no roteador. Para encontrar a quantidade de memória flash, use o comando show flash. GAD#show flash ...<saída omitida>... 15998976 bytes total (10889728 bytes free) Cisco CCNA 3.1 37
  • 38. 2.1.5 Modo de operar do software Cisco IOS Os dispositivos que utilizam o IOS Cisco têm três ambientes ou modos operacionais distintos: • • • ROM Monitor; Boot ROM; Cisco IOS. Normalmente, o processo de inicialização do roteador carrega um destes ambientes operacionais na RAM e o executa. O valor definido no configuration register (registrador de configuração) pode ser usado pelo administrador do sistema para controlar o modo como o roteador será inicializado. No modo ROM Monitor é realizado o processo inicial de inicialização (bootstrap) e oferecido ao usuário um conjunto de comandos para operação de baixo nível e para diagnóstico do equipamento. É usado para corrigir falhas do sistema e recuperar senhas perdidas. O modo ROM monitor não pode ser acessado através de nenhuma das interfaces de rede. Só pode ser acessado por meio de uma conexão física direta através da porta de console. Quando o roteador está operando no modo boot ROM, somente um subconjunto limitado dos recursos do Cisco IOS está disponível. No modo Boot ROM são permitidas operações de gravação na memória flash que são usadas principalmente para substituir a imagem do Cisco IOS que está armazenada na flash. No modo Boot ROM, a imagem do Cisco IOS pode ser modificada usando o comando copy tftp flash, que copia uma imagem do IOS armazenada em um servidor TFTP para a memória flash do roteador. A operação normal de um roteador requer o uso da imagem completa do Cisco IOS, conforme armazenada na flash. Em alguns dispositivos, o IOS é executado diretamente a partir da flash. Entretanto, a maioria dos roteadores Cisco requer que uma cópia do IOS seja carregada na RAM e executada também a partir da RAM. Algumas imagens do IOS são armazenadas na flash em formato compactado e precisam ser expandidas ao serem copiadas para a RAM. Cisco CCNA 3.1 38
  • 39. Para ver a imagem e versão do IOS que está sendo executado, use o comando show version, que também indica como o configuration register está definido. O comando show flash é usado para verificar se o sistema tem memória suficiente para carregar uma nova imagem do Cisco IOS. Cisco CCNA 3.1 39
  • 40. 2.2 Inicializando um Roteador 2.2.1 Inicializando Roteadores Cisco pela primeira vez Um roteador é inicializado com a carga do bootstrap, do sistema operacional e de um arquivo de configuração. Se não conseguir encontrar um arquivo de configuração, ele entra no modo Setup. Após a conclusão do modo Setup, uma cópia de backup do arquivo de configuração pode ser salva na memória RAM não volátil. O objetivo das rotinas de inicialização do software Cisco IOS é iniciar a operação do roteador. Para isso, as rotinas de inicialização devem realizar as seguintes tarefas: • • • Certificar-se de que o hardware do roteador foi testado e está funcional. Encontrar e carregar o software Cisco IOS. Encontrar e aplicar o arquivo de configuração armazenado (startup configuration) ou entrar no modo Setup. Quando um roteador Cisco é ligado, é realizado um autoteste (POST - Power-on Self Test). Durante esse autoteste, o roteador executa uma série de testes a partir da ROM em todos os módulos de hardware. Esses testes verificam a operação básica da CPU, da memória e das portas das interfaces de rede. Após verificar as funções de hardware, o roteador passa à inicialização do software. Após o POST, ocorrem os seguintes eventos ocorrem durante a inicialização do roteador: Etapas na Inicialização do Roteador Etapa 1 O bootstrap é executado a partir da ROM. Um bootstrap é um conjunto simples de instruções que testam o hardware e inicializam o IOS para que seja iniciada a operação do roteador. Etapa 2 O IOS pode ser encontrado em diversos lugares. Testam o hardware e inicializam o IOS para que seja iniciada a operação do roteador. Se o campo de boot indicar uma carga a partir da flash ou da rede, os comandos boot system existentes no arquivo de configuração indicam o nome exato e a localização da imagem a ser utilizada. Etapa 3 A imagem do sistema operacional é carregada. Quando o IOS é carregado e está operacional, uma listagem dos componentes de hardware e software disponíveis é exibida na tela do terminal de console. Cisco CCNA 3.1 40
  • 41. Etapa 4 O arquivo de configuração salvo na NVRAM é carregado na memória principal e executado linha a linha. Os comandos de configuração iniciam os processos de roteamento, fornecem endereços para as interfaces e definem outras características operacionais do roteador. Etapa 5 Se não existir nenhum arquivo de configuração válido na NVRAM, o sistema operacional busca um servidor TFTP disponível. Se nenhum servidor TFTP for encontrado, o diálogo de configuração (modo setup) é iniciado. A configuração não é o modo para entrada de recursos complexos de protocolo no roteador. A finalidade do modo Setup é permitir que o administrador instale uma configuração mínima para um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração a partir de outra fonte. No modo Setup, as respostas padrão aparecem entre colchetes [ ] depois das perguntas. Pressione a tecla Enter para usar esses padrões. Durante o processo de configuração, pode-se pressionar Ctrl-C a qualquer momento para encerrar o processo. Quando a configuração é encerrada por meio de Ctrl-C, todas as interfaces do roteador são desabilitadas (administrative shutdown). Quando o processo de configuração é concluído no modo Setup, são exibidas as seguintes opções: [0] Go to the IOS command prompt without saving this config. (Ir para o prompt de comando do IOS sem salvar esta configuração.) [1] Return back to the setup without saving this config. (Voltar à configuração sem salvar esta configuração.) [2] Save this configuration to nvram and exit. (Salvar esta configuração na NVRAM e sair.) Enter your selection [2]: (Digite a sua opção [2]:) Cisco CCNA 3.1 41
  • 42. 2.2.2 LEDs Indicadores utilizados no roteador Os roteadores Cisco utilizam LEDs para fornecer informações sobre seu estado operacional. Dependendo do modelo do roteador Cisco, os LEDs podem variar. Um LED de interface indica a atividade da interface correspondente. Se um LED estiver desligado quando a interface estiver ativa e conectada corretamente, isso pode indicar um problema. Se uma interface estiver excessivamente ocupada, seu LED estará sempre aceso. O LED verde de OK à direita da porta AUX estará sempre aceso depois que o sistema for inicializado corretamente. Cisco CCNA 3.1 42
  • 43. 2.2.3 Examinando a inicialização (boot) do roteador Os exemplos das figuras abaixo mostram informações e mensagens exibidas durante inicialização. Essas informações variam, dependendo das interfaces instaladas no roteador e da versão do Cisco IOS. As telas exibidas nesse gráfico são apenas para referência e podem não refletir exatamente o que é exibido na tela de console. Cisco CCNA 3.1 43
  • 44. Na figura abaixo, a declaração "NVRAM invalid, possibly due to write erase" ("NVRAM inválida, possivelmente devido a ter sido apagada pelo comando write erase"), indica ao usuário que esse roteador ainda não foi configurado ou que a NVRAM foi apagada. Um roteador deve ser configurado, o arquivo de configuração deve ser salvo na NVRAM e, em seguida, deve ser configurado para usar o arquivo de configuração armazenado na NVRAM. O valor padrão de fábrica do configuration register é 0x2102, que indica que o roteador deve tentar carregar uma imagem do Cisco IOS a partir da memória flash. Na figura abaixo, o usuário pode determinar as versões do bootstrap e do IOS que estão sendo usadas pelo roteador, assim como o modelo do roteador, o processador e a quantidade de memória do roteador. Outras informações listadas nesse gráfico são: • • • • Cisco CCNA 3.1 A quantidade de interfaces; Os tipos de interfaces; A quantidade de NVRAM; A quantidade de memória flash. 44
  • 45. Na figura abaixo, o usuário tem a opção de entrar no modo Setup. Lembre-se de que a finalidade principal do modo Setup é permitir que o administrador instale uma configuração mínima em um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração a partir de outra fonte. Cisco CCNA 3.1 45
  • 46. 2.2.4 Estabelecendo uma sessão HyperTerminal Todos os roteadores Cisco contêm uma porta de console serial assíncrona (RJ-45) TIA/EIA-232. Para conectar um terminal à porta de console, são necessários cabos e adaptadores. Um terminal de console pode ser um terminal ASCII ou um PC que esteja executando um software de emulação de terminal, como o HyperTerminal. Para conectar um PC que esteja executando um software de emulação de terminal à porta de console, use o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 com o adaptador fêmea RJ-45 / DB-9. Os parâmetros padrão para a porta de console são 9600 baud, 8 bits de dados, sem paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo. A porta de console não suporta controle de fluxo de hardware. Siga as etapas a seguir para conectar um terminal à porta de console no roteador: Etapa 1 Conecte o terminal usando o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 e um adaptador RJ-45 / DB-9 ou RJ-45 / DB-25. Adaptador RJ-45 para DB-9 Etapa 2 Configure o terminal ou o software de emulação de terminal do PC para 9600 baud, 8 bits de dados, sem paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo. A figura mostra uma lista de sistemas operacionais e os softwares de emulação de terminal que podem ser usados. Software de Emulação de Terminal Cisco CCNA 3.1 46
  • 47. 2.2.5 Efetuando o login no roteador Para configurar os roteadores Cisco, a interface do usuário do roteador deve ser acessada com um terminal ou através de acesso remoto. Ao acessar um roteador, o usuário deve efetuar o login no roteador antes de inserir qualquer outro comando. Por razões de segurança, o roteador tem dois níveis de acesso aos comandos: • • Modo EXEC de usuário: As tarefas típicas incluem as de verificação do status do roteador. Neste modo, não são permitidas alterações na configuração do roteador; Modo EXEC privilegiado: As tarefas típicas incluem as de alteração da configuração do roteador. Após o login em um roteador, é exibido o prompt do modo EXEC de usuário. Os comandos disponíveis neste nível do usuário são um subconjunto dos comandos disponíveis no nível EXEC privilegiado. Em linhas gerais, esses comandos permitem que o usuário exiba informações sem alterar as definições da configuração do roteador. Para acessar todo o conjunto de comandos, deve-se entrar no modo EXEC privilegiado. No prompt ">", digite enable. No prompt password:, digite a senha que foi definida com o comando enable secret. Dois comandos podem ser usados para definir uma senha de acesso ao modo EXEC privilegiado: enable password e enable secret. Se os dois comandos forem usados, enable secret tem precedência. Uma vez concluídas as etapas de login, o prompt muda para "#", indicando que se entrou no modo EXEC privilegiado. O modo Setup global só pode ser acessado a partir do modo EXEC privilegiado. Cisco CCNA 3.1 47
  • 48. Os modos específicos listados a seguir também podem ser acessados a partir do modo Setup global: • • • • • Interface Subinterface Line Router Route map Para voltar ao modo EXEC de usuário a partir do modo EXEC privilegiado, pode-se usar o comando disable ou exit. Para voltar ao modo EXEC privilegiado a partir do modo Setup global, digite exit ou Ctrl-Z. Ctrl-Z também pode ser usado para voltar diretamente ao modo EXEC privilegiado a partir de qualquer submodo da configuração global. Cisco CCNA 3.1 48
  • 49. 2.2.6 Ajuda do teclado na CLI do roteador Ao digitar um ponto de interrogação (?) no prompt do modo EXEC de usuário ou no prompt do modo EXEC privilegiado é exibida uma lista útil dos comandos disponíveis. Observe o "--More--" na parte inferior do exemplo exibido. A tela mostra várias linhas de uma única vez. O prompt "--More--" na parte inferior da tela indica que há várias telas disponíveis como saída. Sempre que aparecer um prompt "--More--", a próxima tela disponível pode ser visualizada pressionando-se a barra de espaço. Para exibir apenas a linha seguinte, pressione a tecla Enter. Pressione qualquer outra tecla para voltar ao prompt. Comandos do Modo Usuário Para acessar o modo EXEC privilegiado, digite enable ou a abreviação ena. Isso pode fazer com que o roteador solicite uma senha ao usuário, caso ela tenha sido definida. Se um "?" (ponto de interrogação) for digitado no prompt do modo EXEC privilegiado, a tela exibe uma lista com um número mairo de comandos do que os que estão disponíveis no prompt do modo EXEC privilegiado. Comandos do Modo Privilegiado Cisco CCNA 3.1 49
  • 50. A saída na tela varia de acordo com a versão do software Cisco IOS e com a configuração do roteador. Se um usuário quiser ajustar o clock do roteador mas, não souber o comando necessário, pode usar a função de ajuda para verificar o comando correto. Clock setCOMANDO O exercício a seguir ilustra um dos muitos usos da função de ajuda. A tarefa é ajustar o clock do roteador. Supondo que o comando não seja conhecido, siga as seguintes etapas: Etapa 1 Use ? Para encontrar o comando de ajuste do clock. A saída da ajuda mostra que é necessário usar o comando clock. Etapa 2 Verifique a sintaxe para alteração do horário. Cisco CCNA 3.1 50
  • 51. Etapa 3 Insira o horário atual, usando horas, minutos e segundos, conforme mostrado na figura . O sistema indica que é necessário fornecer informações adicionais para concluir o comando. Etapa 4 Pressione Ctrl-P (ou a seta para cima) para repetir a entrada de comando anterior automaticamente. Em seguida, adicione um espaço e um ponto de interrogação (?) para revelar os outros argumentos. Agora a entrada do comando pode ser concluída. Etapa 5 O símbolo de acento circunflexo (^) e a mensagem de ajuda apresentada indicam um erro. A posição do símbolo de acento circunflexo mostra onde está localizado o possível problema. Para inserir a sintaxe correta, digite novamente o comando até o ponto onde está localizado o símbolo de acento circunflexo e digite um ponto de interrogação (?). Etapa 6 Insira o ano, usando a sintaxe correta, e pressione Enter para executar o comando. Cisco CCNA 3.1 51
  • 52. 2.2.7 Comandos avançados de edição A interface do usuário inclui um modo de edição avançado, que oferece um conjunto de funções de teclas de edição, que permitem que o usuário edite uma linha de comando durante a digitação. As seqüências de teclas indicadas na figura abaixo podem ser usadas para mover o cursor na linha de comando e fazer correções ou alterações. Funções de Edição de IOS Embora o modo de edição avançada esteja ativado automaticamente na versão atual do software, ele pode ser desativado se interferir na interação com os scripts gravados. Para desativar o modo de edição avançada, digite terminal no editing no prompt do modo EXEC privilegiado. O conjunto de comandos de edição oferece um recurso de rolagem horizontal para comandos que se estendem além de uma única linha da tela. Quando o cursor atinge a margem direita, a linha de comando desloca-se dez espaços para a esquerda. Os dez primeiros caracteres da linha não podem ser vistos, mas o usuário pode fazer a rolagem para trás e verificar a sintaxe no início do comando. Para fazer a rolagem para trás, pressione Ctrl-B ou a seta para a esquerda repetidamente até atingir o início da entrada do comando. Ctrl-A leva o usuário diretamente de volta ao início da linha. No exemplo mostrado na figura abaixo, a entrada do comando estende-se além de uma única linha. Quando o cursor atinge o final da linha pela primeira vez, a linha é deslocada dez espaços para a esquerda e exibida novamente. O cifrão ($) indica que a linha foi rolada para a esquerda. Cada vez que o cursor alcança o final da linha, ela é deslocada novamente dez espaços para a esquerda. A saída na tela varia de acordo com o nível do software Cisco IOS e com a configuração do roteador. Ctrl-Z é um comando usado para sair do modo Setup, levando o usuário de volta ao prompt do modo EXEC privilegiado. Cisco CCNA 3.1 52
  • 53. 2.2.8 Histórico de comandos do roteador A interface do usuário oferece um histórico ou registro dos comandos que foram inseridos. Esse recurso é particularmente útil para relembrar comandos longos ou complexos. Com o recurso de histórico de comandos, é possível realizar as seguintes tarefas: • • • Definir o tamanho do buffer do histórico de comandos; Relembrar comandos; Desativar o recurso de histórico de comandos. O histórico de comandos é ativado por padrão e o sistema registra dez linhas de comandos em seu buffer de histórico. Para alterar a quantidade de linhas de comandos registradas pelo sistema durante uma sessão do terminal, use o comando terminal history size ou history size. A quantidade máxima de comandos é 256. Usando o histórico de comandos do IOS Para relembrar os comandos do buffer do histórico a partir do mais recente, pressione Ctrl-P ou a tecla de seta para cima. Pressione-as repetidamente para relembrar os comandos mais antigos sucessivamente. Após relembrar os comandos com as teclas Ctrl-P ou seta para cima, pressione Ctrl-N ou a tecla para baixo repetidamente para voltar aos comandos mais recentes no buffer histórico. Para encurtar a digitação de um comando, é possível usar a quantidade mínima de caracteres exclusiva desse comando. Pressione a tecla Tab e a interface completará a entrada. Quando as letras digitadas identificarem o comando de maneira exclusiva, a tecla Tab simplesmente confirmará visualmente que o roteador entendeu o comando específico desejado. Na maioria dos computadores, também estão disponíveis funções adicionais de seleção e cópia de textos. Uma parte de um comando anterior pode então ser copiada e colada ou inserida como entrada do comando atual. Cisco CCNA 3.1 53
  • 54. 2.2.9 Solucionando erros de linha de comando Os erros de linha de comando ocorrem principalmente devido a erros de digitação. Se a palavra-chave de um comando for digitada de maneira incorreta, a interface do usuário proporciona o isolamento do erro, na forma de um indicador de erro (^). O símbolo "^" aparece no ponto da linha de comando onde foi inserido um comando, palavra-chave ou argumento incorreto. O indicador de localização do erro e o sistema interativo de ajuda permitem que o usuário encontre e corrija facilmente os erros de sintaxe. Router#clock set 13:32:00 23 February 99 ^ % Entrada inválida detectada no marcador "^". O acento circunflexo (^) e a mensagem da ajuda indicam um erro onde aparece o 99. Para listar a sintaxe correta, digite o comando até o ponto em que ocorreu o erro, seguido de um ponto de interrogação (?): Router#clock set 13:32:00 23 February ? <1993-2035> Year Router#clock set 13:32:00 23 February Insira o ano usando a sintaxe correta e pressione Enter para executar o comando. Router#clock set 13:32:00 23 February 1999 Se uma linha de comando for inserida incorretamente e a tecla Enter for pressionada, a tecla de seta para cima pode ser pressionada para repetir o último comando. Use as teclas de seta para a direita ou esquerda para mover o cursor para o local onde o erro foi cometido. Em seguida, digite a correção que precisa ser feita. Se algo precisar ser excluído, use a tecla <backspace>. Indicador de Erros na Interface do Usuário Cisco CCNA 3.1 54
  • 55. 2.2.10 O comando show version O comando show version exibe informações sobre a versão do software Cisco IOS que está em execução no momento no roteador. Isso inclui os valores definidos do configuration register (registrador de configuração) e do boot field (campo de inicialização). A figura mostra as seguintes informações do comando show version: • • • • • • • • Versão e informações descritivas do IOS em uso; Versão da Bootstrap ROM; Versão da Boot ROM; Tempo decorrido desde a inicialização do roteador; Método utilizado na última reinicialização do roteador; Arquivo da imagem do sistema em uso e sua localização; Plataforma de hardware do roteador; Valor do configuration register. Use o comando show version para identificar a imagem do IOS em uso no roteador e de onde foi obtida. Cisco CCNA 3.1 55
  • 56. Resumo Capítulo 02 Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: • • • • • • • • • • • • A finalidade do IOS; A operação básica do IOS; Identificação das várias funcionalidades do IOS; Identificação dos métodos para estabelecer uma sessão CLI com o roteador; As diferenças entre os modos EXEC de usuário e privilegiado; Estabelecimento de uma sessão HyperTerminal; Login no roteador; Utilização do recurso de ajuda na interface de linha de comando; Utilização dos comandos avançados de edição; Utilização do histórico de comandos; Solução de erros de linha de comando; Utilização do comando show version. Cisco CCNA 3.1 56
  • 57. Capítulo 03: Configurando um Roteador Cisco CCNA 3.1 58
  • 59. Visão Geral Capítulo 03 Configurar um roteador para realizar tarefas complexas entre redes pode ser um grande desafio. Entretanto, os procedimentos iniciais para configurar um roteador não são nada difíceis. Se esses procedimentos e as etapas para alternar entre os vários modos do roteador forem seguidos, as configurações mais complexas ficarão muito menos assustadoras. Este módulo introduz os modos básicos de configuração do roteador e oferece oportunidades para praticar configurações simples. Uma configuração de roteador que seja clara, fácil de entender e com backups regulares deve ser um objetivo de todos os administradores de rede. O Cisco IOS oferece ao administrador diversas ferramentas para adicionar informações ao arquivo de configuração para fins de documentação. Assim como um programador competente fornece documentação para cada passo de programação, um administrador de rede deve fornecer o máximo possível de informação, para a eventualidade de outra pessoa precisar assumir a responsabilidade sobre a rede. Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: • • • • • • • • • • • Dar nome a um roteador; Definir senhas; Examinar comandos show; Configurar uma interface serial; Configurar uma interface Ethernet; Executar alterações em um roteador; Salvar alterações em um roteador; Configurar a descrição de uma interface; Configurar um banner com a mensagem do dia; Configurar tabelas de hosts; Entender a importância dos backups e da documentação. Cisco CCNA 3.1 60
  • 60. 3.1 Configurando um roteador 3.1.1 Modos de comando da CLI Todas as alterações de configuração de um roteador Cisco através da interface da linha de comando (CLI) são feitas a partir do modo de configuração global. É possível entrar em outros modos mais específicos, dependendo da alteração de configuração que for necessária, mas todos esses modos específicos são subconjuntos do modo de configuração global. Visão Geral do Modo do Roteador Os comandos do modo de configuração global são usados em um roteador para aplicar instruções de configuração que afetem o sistema como um todo. O comando a seguir muda o roteador para o modo de configuração global e permite inserir comandos a partir do terminal: OBSERVAÇÃO: O prompt muda para indicar que agora o roteador está no modo de configuração global. Router#configure terminal Router(config)# Cisco CCNA 3.1 61
  • 61. O modo de configuração global, muitas vezes apelidado config global, é o principal modo de configuração. Estes são apenas alguns dos modos em que se pode entrar a partir do modo de configuração global: • • • • • Modo de interface; Modo de linha; Modo de roteador; Modo de subinterface; Modo de controlador. Quando se entra nesses modos específicos, o prompt do roteador muda para indicar o modo de configuração atual. Quaisquer alterações de configuração que forem feitas aplicam-se somente às interfaces ou aos processos cobertos por esse modo específico. Digitar exit a partir de um desses modos de configuração específicos leva o roteador de volta ao modo de configuração global. Pressionar Ctrl-Z faz com que o roteador saia completamente dos modos de configuração e o leva de volta ao modo EXEC privilegiado. Cisco CCNA 3.1 62
  • 62. 3.1.2 Configurando o nome de um roteador Uma das primeiras tarefas de configuração é dar um nome exclusivo ao roteador. Essa tarefa é realizada no modo de configuração global usando os seguintes comandos: Router(config)#hostname Tokyo Tokyo(config)# Assim que a tecla Enter é pressionada, o prompt muda, passando do nome do host padrão (Router) para o nome do host recém-configurado, que, neste exemplo, é Tokyo. Cisco CCNA 3.1 63
  • 63. 3.1.3 Configurando senhas de roteador As senhas restringem o acesso aos roteadores. Sempre se deve configurar senhas para as linhas do terminal virtual e para a linha do console. As senhas também são usadas para controlar o acesso ao modo EXEC privilegiado, para que apenas usuários autorizados possam fazer alterações no arquivo de configuração. Os comandos a seguir são usados para definir uma senha opcional, mas recomendável, na linha do console: Router(config)#line console 0 Router(config-line)#password <senha> Router(config-line)#login Deve-se definir uma senha em uma ou mais linhas de terminal virtual (VTY), para que os usuários tenham acesso remoto ao roteador usando Telnet. Geralmente, os roteadores Cisco suportam cinco linhas VTY numeradas de 0 a 4, embora diferentes plataformas de hardware suportem quantidades diferentes de conexões VTY. Freqüentemente, usa-se a mesma senha para todas as linhas, mas às vezes uma linha é definida de maneira exclusiva para oferecer uma entrada de fall-back (respaldo) ao roteador se as outras quatro conexões estiverem ocupadas. São usados os seguintes comandos para definir a senha nas linhas VTY: Router(config)#line vty 0 4 Router(config-line)#password <senha> Router(config-line)#login A senha de ativação e o segredo de ativação são usados para restringir o acesso ao modo EXEC privilegiado. A senha de ativação só é usada se o segredo de ativação não tiver sido definido. É recomendável que o segredo de ativação esteja sempre ativado e seja sempre usado, já que ele é criptografado e a senha de ativação não é. Estes são os comandos usados para definir as senhas de ativação: Router(config)#enable password <senha> Router(config)#enable secret <senha> Às vezes não é desejável que as senhas sejam mostradas em texto claro na saída dos comandos show running-config ou show startup-config. Este comando é usado para criptografar as senhas na saída da configuração: Router(config)#service password-encryption Cisco CCNA 3.1 64
  • 64. O comando service password-encryption aplica criptografia fraca a todas as senhas não criptografadas. O comando enable secret <senha> usa um algoritmo MD5 forte para a criptografia. Cisco CCNA 3.1 65
  • 65. 3.1.4 Examinando os comandos show Há muitos comandos show que podem ser usados para examinar o conteúdo de arquivos do roteador e para a solução de problemas. Tanto no modo EXEC privilegiado quanto no modo EXEC do usuário, o comando show ? Fornece uma lista dos comandos show disponíveis. A lista é consideravelmente maior no modo EXEC privilegiado do que no modo EXEC do usuário. • show interfaces: Exibe todas as estatísticas para todas as interfaces do roteador. Para ver as estatísticas de uma interface específica, insira o comando show interfaces seguido da interface específica e do número da porta. Por exemplo: Router#show interfaces serial 0/1 • show controllers serial: Exibe informações específicas da interface de hardware. Este comando deve incluir também o número de porta ou slot/porta da interface serial. Por exemplo: Router#show controllers serial 0/1 • • • • • • • • • • show clock: Mostra o horário definido no roteador show hosts: Mostra uma lista em cache dos nomes e endereços dos hosts show users: Exibe todos os usuários que estão conectados ao roteador show history: Exibe um histórico dos comandos que foram inseridos show flash: Exibe informações sobre a memória flash e quais arquivos do IOS estão armazenados nela show version: Exibe informações sobre a versão do software carregado no momento, além de informações de hardware e dispositivo show ARP: Exibe a tabela ARP do roteador show protocol: Exibe o status global e o status específico da interface de quaisquer protocolos de camada 3 configurados show startup-config: Exibe o conteúdo da NVRAM, se presente e válido, ou exibe o arquivo de configuração apontado pela variável de ambiente CONFIG_FILE show running-config: Exibe o conteúdo do arquivo de configuração em execução ou o arquivo de configuração para uma interface específica, ou informação de mapa de classes Cisco CCNA 3.1 66
  • 66. 3.1.5 Configurando uma interface serial Uma interface serial pode ser configurada a partir do console ou através de uma linha de terminal virtual. Para configurar uma interface serial, siga estas etapas: 1. 2. 3. 4. Entre no modo de configuração global; Entre no modo de interface; Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede; Se houver um cabo DCE conectado, defina a taxa do clock; pule esta etapa se houver um cabo DTE conectado; 5. Ligue a interface. Cada interface serial conectada precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede se for esperado que a interface roteie pacotes IP. Configure o endereço IP usando os seguintes comandos: Router(config)#interface serial 0/0 Router(config-if)#ip address <endereço IP> <máscara de rede> As interfaces seriais necessitam de um sinal de clock para controlar a temporização das comunicações. Na maioria dos ambientes, um dispositivo DCE (por exemplo, um CSU) fornece o clock. Por padrão, os roteadores Cisco são dispositivos DTE, mas podem ser configurados como dispositivos DCE. Em links seriais que estão diretamente interconectados, como em um ambiente de laboratório, um lado deve ser considerado um DCE e fornecer um sinal de clock. O clock é ativado e a velocidade é especificada com o comando clock rate. As taxas de clock disponíveis, em bits por segundo, são: 1200, 2400, 9600, 19200, 38400, 56000, 64000, 72000, 125000, 148000, 500000, 800000, 1000000, 1300000, 2000000 ou 4000000. Entretanto, algumas taxas de bits podem não estar disponíveis em certas interfaces seriais, dependendo de sua capacidade. Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma interface, use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada administrativamente para manutenção ou solução de problemas, use o comando shutdown para desligá-la. No ambiente do laboratório, a configuração da taxa de clock que será usada é de 56000. Os comandos para definir uma taxa de clock e ativar uma interface serial são os seguintes: Router(config)#interface serial 0/0 Router(config-if)#clock rate 56000 Router(config-if)#no shutdown Cisco CCNA 3.1 67
  • 68. 3.1.6 Alterando configurações Se uma configuração exigir modificação, vá para o modo apropriado e insira o comando adequado. Por exemplo, se for necessário ativar uma interface, entre no modo de configuração global, entre no modo de interface e emita o comando no shutdown. Para verificar as alterações, use o comando show running-config. Esse comando exibe a configuração atual. Se as variáveis exibidas não forem as esperadas, o ambiente pode ser corrigido através de uma ou mais das seguintes ações: • • • • Emita a forma no de um comando de configuração. Recarregue o sistema para voltar ao arquivo de configuração original da NVRAM. Copie um arquivo de configuração armazenado a partir de um servidor TFTP. Remova o arquivo de configuração de inicialização com erase startup-config e, em seguida, reinicie o roteador e entre no modo de configuração. Para salvar as variáveis de configuração no arquivo de configuração de inicialização na NVRAM, insira o seguinte comando no prompt EXEC privilegiado: Router#copy running-config startup-config Cisco CCNA 3.1 69
  • 69. 3.1.7 Configurando uma interface Ethernet Uma interface Ethernet pode ser configurada a partir do console ou de uma linha de terminal virtual. Cada interface Ethernet precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede se for esperado que a interface roteie pacotes IP. Para configurar uma interface Ethernet, siga estas etapas: 1. 2. 3. 4. Entre no modo de configuração global; Entre no modo de configuração da interface; Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede; Ative a interface. Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma interface, use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada administrativamente para manutenção ou solução de problemas, use o comando shutdown para desligá-la. Cisco CCNA 3.1 70
  • 70. 3.2 Terminando a configuração 3.2.1 Importância dos padrões de configuração É importante desenvolver padrões para os arquivos de configuração dentro de uma organização. Isso permite controlar a quantidade de arquivos de configuração que devem ser mantidos, e como e onde esses arquivos são armazenados. Um padrão é um conjunto de regras ou procedimentos que são amplamente utilizados ou são especificados oficialmente. Sem padrões em uma organização, uma rede pode ficar caótica caso ocorra uma interrupção do serviço. Para gerenciar uma rede, deve haver um padrão de suporte centralizado. Configuração, segurança, desempenho e outras questões devem ser tratados adequadamente para que a rede funcione sem problemas. Criar padrões para a consistência da rede ajuda a reduzir a sua complexidade, o tempo de inatividade não planejado e a exposição a incidentes que podem ter impacto no desempenho da rede. Cisco CCNA 3.1 71
  • 71. 3.2.2 Descrições de interface Uma descrição de interface deve ser usada para identificar informações importantes, tais como um roteador distante, um número de circuito ou um segmento de rede específico. Uma descrição de uma interface pode ajudar um usuário da rede a lembrar-se de informações específicas sobre a interface, tais como qual rede a interface atende. O objetivo da descrição é ser simplesmente um comentário sobre a interface. Embora a descrição apareça nos arquivos de configuração que existem na memória do roteador, ela não afeta a operação do roteador. As descrições são criadas seguindo um formato padrão que se aplica a cada interface. A descrição pode incluir a finalidade e a localização da interface, outros dispositivos ou locais conectados à interface e identificadores de circuitos. As descrições permitem que o pessoal de suporte entenda melhor o escopo dos problemas relacionados a uma interface e permitem uma solução mais rápida dos problemas. Cisco CCNA 3.1 72
  • 72. 3.2.3 Configurando a descrição da interface Para configurar a descrição de uma interface, entre no modo de configuração global. A partir daí, entre no modo de configuração de interface. Use o comando description seguido da informação. Etapas do procedimento: 1. Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal. 2. Entre no modo da interface específica (por exemplo, interface Ethernet 0) interface ethernet 0. 3. Insira a descrição do comando seguida da informação que deve ser exibida. Por exemplo, Rede XYZ, Prédio 18. 4. Saia do modo de interface, voltando para o modo EXEC privilegiado, usando o comando ctrl-Z. 5. Salve as alterações da configuração na NVRAM, usando o comando copy running-config startup-config. Eis dois exemplos de descrições de interface: interface Ethernet 0 description LAN Engenharia, Prédio 2 interface serial 0 description ABC rede 1, Circuito 1 Cisco CCNA 3.1 73
  • 73. 3.2.4 Banners de login Um banner de login é uma mensagem que é exibida no login e que é útil para transmitir mensagens que afetam todos os usuário da rede, tais como avisos de paradas iminentes do sistema. Os banners de login podem ser vistos por qualquer pessoa. Portanto, deve-se tomar cuidado com as palavras da mensagem do banner. "Bem-vindo" é um convite para que qualquer pessoa entre em um roteador e, provavelmente, não é uma mensagem adequada. Exibição de Login Banner Um banner de login deve ser um aviso para que não se tente o login a menos que se tenha autorização. Uma mensagem tal como "Este sistema é protegido. Só é permitido acesso autorizado!" instrui os visitantes indesejáveis que qualquer intrusão além daquele ponto é indesejada e ilegal. Cisco CCNA 3.1 74
  • 74. 3.2.5 Configurando a mensagem do dia (MOTD) Um banner com a mensagem do dia pode ser exibido em todos os terminais conectados. Entre no modo de configuração global para configurar um banner com a mensagem do dia (MOTD). Use o comando banner motd, seguido de um espaço e um caractere delimitador, tal como o sinal de sustenido (#). Adicione uma mensagem do dia seguida de um espaço e de um caractere delimitador novamente. Siga estas etapas para criar e exibir uma mensagem do dia: 1. Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal. 2. Insira o comando banner motd # <Aqui vai a mensagem do dia> #. 3. Salve as alterações, emitindo o comando copy running-config startup-config. Cisco CCNA 3.1 75
  • 75. 3.2.6 Resolução de nomes de hosts A resolução de nomes de hosts é o processo usado por um sistema computacional para associar um nome de host a um endereço IP. A fim de usar os nomes de hosts para se comunicar com outros dispositivos IP, os dispositivos de rede, tais como os roteadores, devem ser capazes de associar os nomes dos hosts a endereços IP. Uma lista de nomes de hosts e seus respectivos endereços IP é chamada de tabela de hosts. Uma tabela de hosts pode incluir todos os dispositivos da organização de uma rede. Cada endereço IP exclusivo pode ter um nome de host associado a ele. O software Cisco IOS mantém em cache mapeamentos entre nomes de hosts e endereços, para serem usados pelos comandos EXEC. Essa cache acelera o processo de conversão de nomes em endereços. Os nomes de hosts, diferentemente dos nomes DNS, têm significado somente no roteador no qual estão configurados. A tabela de hosts permite que o administrador da rede digite o nome do host (por exemplo, Auckland) ou o endereço IP para fazer Telnet para um host remoto. Cisco CCNA 3.1 76
  • 76. 3.2.7 Configurando tabela de hosts Para atribuir nomes de hosts a endereços, primeiro entre no modo de configuração global. Emita o comando ip host seguido do nome do destino e todos os endereços IP onde o dispositivo puder ser encontrado. Isso mapeia o nome do host a cada um dos endereços IP da sua interface. Para alcançar o host, use um comando telnet ou ping com o nome do roteador ou um endereço IP que esteja associado ao nome do roteador. Este é o procedimento para configurar a tabela de hosts: 1. Entre no modo de configuração global do roteador. 2. Insira o comando ip host seguido do nome do roteador e todos os endereços IP associados às interfaces em cada roteador. 3. Continue inserindo até que todos os roteadores da rede tenham sido inseridos. 4. Salve a configuração na NVRAM. Cisco CCNA 3.1 77
  • 77. 3.2.8 Backup e documentação da configuração A configuração dos dispositivos de rede determina a maneira como a rede se comportará. O gerenciamento da configuração dos dispositivos inclui as seguintes tarefas: • • • Listar e comparar arquivos de configuração em dispositivos em funcionamento; Armazenar arquivos de configuração em servidores de rede; Realizar instalações e atualizações de software. Os arquivos de configuração devem ser armazenados em backup para a eventualidade de algum problema. Os arquivos de configuração podem ser armazenados em um servidor de rede, em um servidor TFTP ou em um disco guardado em local seguro. A documentação deve ser incluída com essa informação off-line. Backup de documentação e configuração Cisco CCNA 3.1 78
  • 78. 3.2.9 Fazendo backups de arquivo de configuração Uma cópia atual da configuração pode ser armazenada em um servidor TFTP. O comando copy running-config tftp, conforme mostrado na figura abaixo, pode ser usado para armazenar a configuração atual em um servidor TFTP de rede. Para isso, realize as seguintes tarefas: Etapa 1 Insira o comando copy running-config tftp. Etapa 2 Insira o endereço IP do host em que o arquivo de configuração será armazenado. Etapa 3 Insira o nome a ser atribuído ao arquivo de configuração. Etapa 4 Confirme as opções, respondendo sim todas as vezes. Um arquivo de configuração armazenado em um dos servidores da rede pode ser usado para configurar um roteador. Para isso, realize as seguintes tarefas: 1. Entre no modo de configuração, inserindo o comando copy tftp running-config, conforme mostrado na figura abaixo. Cisco CCNA 3.1 79
  • 79. 2. No prompt do sistema, selecione um arquivo de configuração de hosts ou de rede. O arquivo de configuração de rede contém comandos que se aplicam a todos os roteadores e servidores de terminal da rede. O arquivo de configuração de hosts contém comandos que se aplicam a um roteador em particular. No prompt do sistema, insira o endereço IP do host remoto onde o servidor TFTP está localizado. Neste exemplo, o roteador está configurado a partir do servidor TFTP no endereço IP 131.108.2.155. 3. No prompt do sistema, insira o nome do arquivo de configuração ou aceite o nome padrão. A convenção dos nomes de arquivos é baseada no UNIX. O nome de arquivo padrão é hostname-config para o arquivo de hosts e network-config para o arquivo de configuração da rede. No ambiente DOS, os nomes de arquivos são limitados a oito caracteres, mais uma extensão de três caracteres (por exemplo: roteador.cfg ). Confirme o nome do arquivo de configuração e o endereço do servidor tftp fornecido pelo sistema. Observe na figura que o prompt do roteador muda imediatamente para tokyo. Isso é uma evidência de que a reconfiguração acontece assim que o novo arquivo é descarregado. A configuração do roteador também pode ser salva em um disco, capturando o texto no roteador e salvando-o no disco. Se o arquivo precisar ser copiado de volta para o roteador, use os recursos padrão de edição de um programa emulador de terminal para colar o arquivo de comandos no roteador. Cisco CCNA 3.1 80
  • 80. Resumo Capítulo 03 Esta seção resume os pontos principais da configuração de um roteador. O roteador tem diversos modos: • • • • Modo EXEC do usuário; Modo EXEC privilegiado; Modo de configuração global; Outros modos de configuração. A interface da linha de comando pode ser usada para fazer alterações na configuração: • • • • • Definir o nome do host; Definir senhas; Configurar interfaces; Modificar configurações; Mostrar configurações. Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: • • • Os padrões de configuração são elementos essenciais para o êxito na manutenção de uma rede eficiente por qualquer organização. As descrições de interfaces podem conter informações importantes para ajudar os administradores de rede a compreender e solucionar problemas em suas redes. Os banners de login e as mensagens do dia oferecem informações ao usuário no momento de efetuar login no roteador. Cisco CCNA 3.1 81
  • 81. • • A resolução de nomes de hosts converte nomes em endereços IP, que serão utilizados pelo roteador. O backup e a documentação da configuração são extremamente importantes para manter uma rede funcionando sem problemas. Cisco CCNA 3.1 82
  • 82. Capítulo 04: Aprendendo Sobre Outros Dispositivos Cisco CCNA 3.1 82
  • 84. Visão Geral Capítulo 04 Às vezes, os administradores de rede deparam-se com situações em que a documentação sobre a rede está incompleta ou imprecisa. O Cisco Discovery Protocol (CDP) pode ser uma ferramenta útil nessas situações, porque ajuda a dar uma idéia básica sobre a rede. O CDP é um protocolo de propriedade da Cisco, independente de meio físico e protocolos, usado para descoberta de vizinhos. O CDP mostra somente informações sobre vizinhos conectados diretamente, mas é uma ferramenta poderosa. Em muitos casos, após a configuração inicial de um roteador, é difícil ou inconveniente para um administrador de rede conectar-se diretamente ao roteador para efetuar alterações de configuração ou outras atividades. Telnet é um aplicativo baseado em TCP/IP que permite conexão remota à interface de linha de comando (CLI) do roteador para fins de configuração, monitoramento e solução de problemas. É uma ferramenta essencial para o profissional de redes. Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: • • • • • • • • • • Ativar e desativar o CDP; Usar o comando show cdp neighbors; Determinar quais dispositivos vizinhos estão conectados a quais interfaces locais; Reunir informações de endereços de rede sobre dispositivos vizinhos usando o CDP; Estabelecer uma conexão Telnet; Verificar uma conexão Telnet; Desconectar-se de uma sessão Telnet; Suspender uma sessão Telnet; Realizar testes alternativos de conectividade; Solucionar problemas de conexões de terminais remotos. Cisco CCNA 3.1 84
  • 85. 4.1 Descobrindo e conectando-se a vizinhos 4.1.1 Introdução ao CDP O Cisco Discovery Protocol (CDP) é um protocolo de camada 2 que conecta os protocolos inferiores de meio físico e os protocolos superiores de camadas de rede, como mostrado na figura abaixo . O CDP é usado para obter informações sobre dispositivos vizinhos, tais como os tipos de dispositivos conectados, as interfaces dos roteadores às quais eles estão conectados, as interfaces usadas para fazer as conexões e os números dos modelos dos dispositivos. O CDP é independente de meio físico e de protocolo, e funciona em todos os equipamentos da Cisco através do SNAP (Subnetwork Access Protocol – Protocolo de Acesso à Subrede). O lançamento mais recente desse protocolo é o CDP versão 2 (CDPv2). O Cisco IOS (versão 12.0(3)T ou posterior) suporta o CDPv2. O CDP versão 1 (CDPv1) está ativado por padrão no Cisco IOS (versões 10.3 a 12.0(3)T). Quando um dispositivo Cisco é inicializado, o CDP é iniciado automaticamente, permitindo que esse dispositivo detecte os dispositivos vizinhos que também estiverem executando o CDP. Ele opera através da camada de enlace e permite que dois sistemas aprendam um sobre o outro, mesmo que estejam usando diferentes protocolos de camadas de rede. Cada dispositivo configurado para o CDP envia mensagens periódicas, conhecidas como anúncios, para vários roteadores. Cada dispositivo anuncia pelo menos um endereço no qual pode receber as mensagens de SNMP (Simple Network Management Protocol – Protocolo de Gerenciamento de Redes Simples). Os anúncios contêm também informações sobre o "tempo de vida restante" (time-to-live) ou tempo de espera, indicando o tempo durante o qual os dispositivos receptores devem manter as informações de CDP antes de descartá-las. Além disso, cada dispositivo fica atento às mensagens CDP periódicas enviadas pelos outros, a fim de aprender sobre os dispositivos vizinhos. Cisco CCNA 3.1 85
  • 86. 4.1.2 Informações obtidas com o CDP A principal utilização do CDP é descobrir todos os dispositivos Cisco que estão conectados diretamente a um dispositivo local. Use o comando show cdp neighbors para exibir as atualizações do CDP no dispositivo local. A figura abaixo mostra um exemplo de como o CDP fornece as informações coletadas ao administrador da rede. Cada roteador que executa o CDP troca informações de protocolo com seus vizinhos. O administrador da rede pode exibir os resultados dessa troca de informações de CDP em um console conectado a um roteador local. O administrador usa o comando show cdp neighbors para exibir informações sobre as redes conectadas diretamente ao roteador. O CDP fornece informações sobre cada dispositivo CDP vizinho, transmitindo valores de comprimento de tipo (TLVs), que são blocos de informações embutidos nos anúncios CDP. Cisco CCNA 3.1 86
  • 87. Os TLVs dos dispositivos exibidos pelo comando show cdp neighbors contêm o seguinte: • • • • • • ID do dispositivo; Interface local; Tempo de espera; Capacidade; Plataforma; ID da porta. Os seguintes TLVs são incluídos somente no CDPv2: • • • Nome de domínio de gerenciamento VTP; VLAN nativa; Full/Half duplex. Observe que o roteador inferior da figura abaixo não está conectado diretamente ao roteador do console do administrador. Para obter informações de CDP sobre esse dispositivo, o administrador precisaria se conectar por Telnet a um roteador conectado diretamente a esse dispositivo. Cisco CCNA 3.1 87
  • 88. 4.1.3 Implementação, monitoramento e manutenção do CDP Os comandos a seguir são usados para implementar, monitorar e manter as informações de CDP. • • • • cdp run cdp enable show cdp traffic clear cdp counters Cisco CCNA 3.1 88
  • 89. • show cdp • show cdp entry {*|nome-do-dispositivo[*][protocolo | versão]} Cisco CCNA 3.1 89
  • 90. • show cdp interface [número-do-tipo] • show cdp neighbors [número-do-tipo] [detalhe] O comando cdp run é usado para ativar globalmente o CDP no roteador. Por padrão, o CDP está globalmente ativado. O comando cdp enable é usado para ativar o CDP em uma interface específica. No Cisco IOS versão 10.3 ou superior, o CDP é ativado por padrão em todas as interfaces suportadas para enviar e receber informações de CDP. O CDP poderia ser ativado em cada uma das interfaces de dispositivos, usando o comando cdp enable. Cisco CCNA 3.1 90
  • 91. 4.1.4 Criando um mapa de rede do ambiente O CDP foi projetado e implementado para ser um protocolo simples e de baixo custo. Embora um quadro CDP possa ser pequeno, ele é capaz de recuperar uma grande quantidade de informações úteis sobre os dispositivos Cisco, vizinhos e conectados. Essas informações podem ser usadas para criar um mapa de rede dos dispositivos conectados. Os dispositivos conectados aos dispositivos vizinhos podem ser descobertos usando Telnet para se conectar aos vizinhos, e usando o comando show cdp neighbors para descobrir quais dispositivos estão conectados a esses vizinhos. Cisco CCNA 3.1 91
  • 92. 4.1.5 Desativando o CDP Para desativar o CDP globalmente, use o comando no CDP run no modo de configuração global. Se o CDP estiver desativado globalmente, não é possível ativar interfaces individuais para o CDP. No Cisco IOS versão 10.3 ou superior, o CDP é ativado por padrão em todas as interfaces suportadas, para enviar e receber informações de CDP. Entretanto, em algumas interfaces, como as interfaces assíncronas, o CDP está desativado por padrão. Se o CDP estiver desativado, use o comando CDP enable no modo de configuração de interface. Para desativar o CDP em uma determinada interface depois de ter sido ativado, use o comando no CDP enable no modo de configuração de interface. Cisco CCNA 3.1 92
  • 93. 4.1.6 Solucionando problemas do CDP Os comandos a seguir podem ser usados para mostrar a versão, informações de atualização, tabelas e tráfego: • • • clear cdp table clear cdp counters show cdp traffic • • • • • • • • show debugging debug cdp adjacency debug cdp events debug cdp ip debug cdp packets cdp timer cdp holdtime show cdp Cisco CCNA 3.1 93
  • 94. 4.2 Obtendo informações sobre dispositivos remotos 4.2.1 Telnet Telnet é um protocolo de terminal virtual que faz parte do conjunto de protocolos TCP/IP. Ele permite fazer conexões para hosts remotos, oferecendo um recurso de terminal de rede ou login remoto. Telnet é um comando EXEC do IOS, usado para verificar o software da camada de aplicação entre a origem e o destino. Este é o mecanismo de teste mais completo que existe. O Telnet atua na camada de aplicação do modelo OSI. Ele depende do TCP para garantir a entrega correta e organizada dos dados entre o cliente e o servidor. Um roteador pode ter várias sessões Telnet entrantes simultâneas. O intervalo de 0 a 4 é usado para especificar cinco linhas Telnet ou VTY. Essas cinco sessões Telnet entrantes poderiam ocorrer ao mesmo tempo. Deve-se observar que a verificação da conectividade da camada de aplicação é um subproduto do Telnet. O uso principal do Telnet é a conexão remota a dispositivos da rede. O Telnet é um programa aplicativo simples e universal. Cisco CCNA 3.1 94
  • 95. 4.2.2 Estabelecendo e verificando uma conexão Telnet O comando Telnet do EXEC IOS permite que um usuário conecte-se de um dispositivo Cisco para outro. Com a implementação do TCP/IP da Cisco, não é necessário inserir os comandos connect ou telnet para estabelecer uma conexão Telnet. Pode-se inserir o nome do host ou o endereço IP do roteador remoto. Para terminar uma sessão Telnet, use os comandos EXEC exit ou logout. Para iniciar uma sessão Telnet, pode-se usar qualquer uma das seguintes alternativas: Denver>connect paris Denver>paris Denver>131.108.100.152 Denver>telnet paris Para que um nome funcione, deve haver uma tabela de nomes de hosts ou acesso a DNS para Telnet. Caso contrário, é necessário inserir o endereço IP do roteador remoto. O Telnet pode ser usado para fazer um teste para determinar se um roteador remoto pode ou não ser acessado. Conforme mostrado na figura abaixo, se o Telnet for usado com êxito para conectar o roteador York ao roteador Paris, então um teste básico da conexão da rede é bem sucedido. Essa operação pode ser realizada tanto no nível EXEC do usuário quanto privilegiado. Cisco CCNA 3.1 95
  • 96. Se o acesso remoto puder se obtido através de outro roteador, pelo menos um aplicativo TCP/IP pode alcançar o roteador remoto. Uma conexão Telnet bem sucedida indica que o aplicativo de camada superior funciona adequadamente. Se o Telnet funcionar para um roteador mas, falhar para outro, é possível que essa falha tenha sido causada por problemas específicos de endereçamento, nomes ou permissão de acesso. Pode ser que o problema esteja neste roteador ou no roteador que falhou como destino do Telnet. Neste caso, o passo seguinte é tentar usar o ping, que é abordado mais adiante nesta lição. O ping permite testar as conexões ponta a ponta na camada de rede. Quando o Telnet estiver concluído, efetue o logoff do host. A conexão Telnet será encerrada por padrão após dez minutos de inatividade ou quando o comando exit for inserido no prompt EXEC. Cisco CCNA 3.1 96
  • 97. 4.2.3 Desconectando e suspendendo conexões Telnet Um recurso importante do comando Telnet é a suspensão. Entretanto, existe um problema potencial quando uma sessão Telnet está suspensa e a tecla Enter é pressionada. O software Cisco IOS reinicia a conexão até a conexão Telnet suspensa mais recentemente. A tecla Enter é usada freqüentemente. Com uma sessão Telnet suspensa, é possível reconectar-se a outro roteador. Isso é perigoso quando são feitas alterações na configuração ou ao usar comandos EXEC. Preste sempre atenção especial a qual roteador está sendo usado ao utilizar o recurso Telnet de suspensão. Uma sessão é suspensa durante um tempo limitado; para reiniciar uma sessão Telnet que foi suspensa, basta pressionar Enter. O comando show sessions mostra quais sessões Telnet estão ocorrendo. O procedimento para desconectar uma sessão Telnet é o seguinte: • • Digite o comando disconnect. Após o comando, coloque o nome ou o endereço IP do roteador. Exemplo: Denver>disconnect paris O procedimento para suspender uma sessão Telnet é o seguinte: • • Pressione Ctrl-Shift-6 e, em seguida, x. Insira o nome ou o endereço IP do roteador. Operações de Telnet Cisco CCNA 3.1 97
  • 98. 4.2.4 Operação Telnet avançada Pode haver várias sessões Telnet abertas concomitantemente. Um usuário pode alternar livremente entre essas sessões. A quantidade permitida de sessões abertas ao mesmo tempo é definida pelo comando session limit. Para alternar entre sessões, saindo de uma sessão e retomando outra aberta anteriormente, use os comandos mostrados na figura abaixo. Uma nova conexão pode ser feita enquanto se está no prompt EXEC. Os roteadores da série 2500 são limitados a cinco sessões. Os roteadores da série 2600 e 1700 tem um limite padrão de X sessões. É possível usar e suspender várias sessões Telnet usando a seqüência Ctrl-Shift-6 e, em seguida, x. A sessão pode ser retomada usando a tecla Enter. Se a tecla Enter for pressionada, o software Cisco IOS retoma a conexão até a conexão Telnet suspensa mais recentemente. A utilização do comando resume requer um ID de conexão. O ID de conexão é exibido por meio do comando show sessions. Cisco CCNA 3.1 98
  • 99. 4.2.5 Testes alternativos de conectividade Como forma de auxiliar o diagnóstico da conectividade básica da rede, muitos protocolos de rede suportam um protocolo de eco. Os protocolos de eco são usados para testar se os pacotes do protocolo estão sendo roteados. O comando ping envia um pacote para o host de destino e espera um pacote de resposta desse host. Os resultados desse protocolo de eco podem ajudar a avaliar a confiabilidade do caminho até o host, os atrasos ao longo desse caminho e se o host pode ser alcançado ou se está funcionando. Esse é um mecanismo básico de teste. Essa operação pode ser realizada tanto no modo EXEC do usuário quanto privilegiado. O destino 172.16.1.5 do ping na figura respondeu com êxito a todos os cinco datagramas enviados. Os pontos de exclamação (!) indicam cada eco bem sucedido. Se forem recebidos um ou mais pontos (.) em vez de exclamações, o aplicativo do roteador excedeu o tempo-limite esperando um determinado eco de pacote do destino do ping. O comando ping do EXEC do usuário pode ser usado para diagnosticar a conectividade básica da rede. O comando ping usa o ICMP (Internet Control Message Protocol – Protocolo de Mensagens de Controle da Internet). Cisco CCNA 3.1 99
  • 100. O comando traceroute é uma ferramenta ideal para descobrir para onde estão sendo enviados os dados em uma rede. O comando traceroute é semelhante ao comando ping, exceto que, em vez de testar a conectividade ponta a ponta, o traceroute testa cada etapa ao longo do caminho. Essa operação pode ser realizada tanto no nível EXEC do usuário quanto privilegiado. Neste exemplo, está sendo rastreado o caminho de York para Rome. Ao longo do caminho, deve-se passar por London e Paris. Se um desses roteadores não puder ser alcançado, serão retornados três asteriscos (*) em vez do nome do roteador. O comando traceroute continuará tentando alcançar a próxima etapa até que seja usada a seqüência de escape Ctrl-Shift-6. Um teste básico de verificação também enfoca a camada de rede. Use o comando show ip route para determinar se existe uma entrada para a rede de destino na tabela de roteamento. Esse comando será discutido em maior profundidade em outro módulo deste curso. O procedimento para utilização do comando ping é o seguinte: • • ping endereço IP ou nome do destino; pressionar a tecla Enter. O procedimento para utilização do comando traceroute é o seguinte: • • traceroute endereço IP ou nome do destino; pressionar a tecla Enter. Cisco CCNA 3.1 100