SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  9
Os paradigmas de análise política


                       Você já pensou nas
                     relações entre o Estado
                      Moderno e a economia
                        de mercado? Elas
                      existem? Se sim, onde
                             estão?




                          Os paradigmas da análise política
                 Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
PONTO DE
   PARTIDA: eixo da
      reflexão
                                paradoxo do Estado Moderno
                               capitalista onde, por um lado, a
                                necessidade de obediência às
a relação entre democracia       regras traz a importância da
 e as relações econômicas    democratização dos processos de
        da sociedade           gestão dos assuntos públicos, e
                                 por outro há necessidade de
                               favorecer a propriedade privada
  coincidência histórica e      das riquezas sociais, gerando
    conjuntural entre o       desigualdades nas condições de
   desenvolvimento do         indivíduos e grupos, inclusive no
 mercado e a formação do         que remete à influência nos
   Estado Moderno e da       processos decisórios das questões
democracia representativa.                 públicas.
                                 (PIO & PORTO, 1991, p. 233)




                                       Os paradigmas da análise política
                              Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
PARA EXPLICAR: três correntes teóricas

 1 - ELITISMO




                                 Robert           Wright
                                 Michels          Mills




Em síntese: o argumento elitista, com seus diferentes
autores, afirma que nas sociedades democráticas com
economia de mercado há uma concentração do poder
político no topo das estruturas políticas, sociais e
econômicas.




                                          Os paradigmas da análise política
                                 Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
2 – A CRÍTICA MARXISTA




   Karl Marx      Frederich Engels   Antonio Gramsci
                                                       Nicolas Poulantzas   Ralph Miliband



• a teoria marxista clássica defende que para que os princípios democráticos de fato
se efetivem, faz-se necessário a abolição da propriedade privada dos meios de
produção, pois são sempre as forças produtivas que determinam a superestrutura.
(Marx e Engels)

• O marxismo ocidental foge de uma abordagem mais economicista e se volta à
autonomia popular e ao papel da política e do estado. (Gramsci)

• Poulantzas detectou que o papel do Estado é organizar e representar a classe
dominante, especialmente o interesse político. Esse papel é desenvolvido porque o
estado mantém uma autonomia relativa frente às frações que estão no poder.

•Em contrapartida, Miliband cria o conceito de elite estatal (conjunto de indivíduos
que ocupam cargos dirigentes no aparelho do estado) para afirmar que a relação
entre política e economia reside no fato de que os indivíduos que formam a elite
estatal são os agentes da classe econômica dominante.
3 - PLURALISMO


                      Em síntese: o argumento central dos pluralistas é que
                      o exercício do poder emana da capacidade de
                      convencimento que possuem os candidatos e da
                      mobilização dos diferentes grupos, e não meramente
                      da sua posição social e econômica na sociedade.
Robert Dahl




              Síntese geral: A Teoria Política Contemporânea representada
              pelas correntes elitista, pluralista e marxista tratou da problemática
              da representação política e da relação entre economia e regime
              democrático. A partir desses três abordagens percebe-se que a
              distribuição dos recursos material afeta o sistema político, mas o
              poder material não provém apenas da propriedade privada. Nesse
              sentido, o Estado detém de certa forma uma autonomia frente às
              classes no poder.

                                                      Os paradigmas da análise política
                                             Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
DIALOGANDO COM AS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS


Raymond Aron (1991), dialogando com estas três correntes teóricas, aponta limites
nas abordagens de todas elas. Para ele, a concentração de poder não pode ser
uma hipótese já que ela é um fato, ou seja, existe verdadeiramente. Para
compreendê-la e explicá-la é preciso tomá-la muito mais como uma necessária
análise empírica do que como uma questão teórica. Ela depende da observação
dos fatos e não de uma doutrinação ou análise de conceitos.
Conforme as proposições do autor:

               Para que o poder, numa democracia ocidental, seja decretado pertencente
               aos capitalistas ou aos monopolistas, seria preciso estabelecer que estes
               capitalistas ou monopolistas têm consciência de sua solidariedade, que têm
               uma idéia comum de sua classe e de seu interesse de classe. Os fatos,
               numa primeira abordagem, não parecem sugerir que esta consciência exista
               ou que este interesse de classe seja conhecido e reconhecido por aqueles
               que deveria juntar.
               (...)
               Resta-nos precisar as relações entre essas categorias dirigentes e as
               classes sociais. Estas relações são, evidentemente, diferentes segundo os
               tipos de sociedade e os tipos de regime. (idem, p. 162 e 164)

Estas relações entre Estado Moderno e economia de mercado, portanto, precisam
ser empiricamente analisadas nas diferentes conjunturas e sociedades.
QUADRO SÍNTESE DAS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS ABORDADAS
                       NO CAPÍTULO
          Período                       1900-1920                          1950                  1960-1970-1980
        C. Teórica                     ELITISMO                     PLURALISMO                    MARXISMO
        Principais        - o problema fundamental consiste     - ênfase nos grupos de - contra os pluralistas, ênfase
       argumentos e         em saber como se formam e são interesse e de pressão que          no conceito de Estado
         conceitos                recrutadas as minorias            agem na esfera da      capitalista e na dimensão
                            politicamente organizadas que         sociedade (partidos,      estrutural do exercício do
                            dominam uma dada comunidade        sindicatos, associações) poder (sendo o poder sempre
                               - Mosca determinou que as       - crítica à idéia de que o um “poder de classe”; e não
                                                                                             a capacidade de decidir,
                            "minorias politicamente ativas"    Estado é o único centro
                                                                                              impor a vontade numa
                             deveriam ser, para os cientistas            de poder
                                                                                           relação intersubjetiva etc.)
                           políticos, o objeto de análise mais    - o foco agora são os
                               importante. Dado o caráter                                   - foco no papel do Estado
                                                                indivíduos e sua esfera
                           oligárquico de todos os governos,     privada, privilegiando            como fator de
                            um estudo científico da política                                coesão/dominação social
                                                                     então a ação e a
                          teria de estar atento não ao número                                   (“fator de ordem”)
                                                                   influência sobre os
                                 de governantes, mas aos       processos decisórios de    - projeto: estudar a política
                             mecanismos sociais e políticos          grupos políticos                capitalista
                           responsáveis pela formação, pelo            organizados
                           recrutamento, pela socialização e
                              pela conduta dessas minorias.
         Principais        Gaetano Mosca; Vilfredo Pareto;              Robert Dahl             Nicos Poulantzas; Ralph
          autores          Robert Michels; Charles Wright                                        Miliband; Claus Offe;
                                       Mills                                                       Antonio Gramsci




Quadro construído pelo Professor Doutor Adriano Codatto por ocasião da mesa de discussão sobre Estruturalismo nas Ciências Sociais, na
Semana Acadêmica de Ciências Sociais, 2010.
ATIVIDADES


                   Você tem
               acompanhado as
               discussões sobre
                o Novo Código
                Florestal para o
                    Brasil?



             Busque informações sobre
             este debate e indique quais
                 seriam as possíveis
             explicações segundo cada
                   uma das teorias
             trabalhadas neste capítulo:
                elitistas, pluralistas e
                       marxistas.


             As imagens ao lado podem
             contribuir em sua reflexão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARON, Raymond. Estudos Sociológicos. Rio de Janeiro, Bertrand
Brasil, 1991. Caps. “Classe social, classe política e classe dirigente”,
p. 145-175. Link:
http://www.4shared.com/get/782qklVT/Raymond_Aron_Estudos_soci
olgic.html

DAHL. Robert A. Poliarquia: Participação e Oposição. São Paulo:
USP, 2005.

MOSCA, Gaetano. A classe dirigente. Trad. Alice Rangel. In:
SOUZA, Amaury de (org). Sociologia política. Rio de Janeiro, Zahar,
1966, pp. 51-70.

PARETO,Vilfredo. Sociologia. Organizador José Albertino Rodrigues.
São Paulo: Ática, 1984

 PIO, C.; PORTO, M. “Teoria política contemporânea: política e
economia segundo os argumentos elitistas, pluralistas e marxistas”.
In: VVAA. O estudo da política: tópicos selecionados. São Paulo:
Paralelo 15.
                                                Os paradigmas da análise política
                                       Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida

Contenu connexe

Tendances

Unidade 1 a dissolução do poder – sociologia das relações
Unidade 1   a dissolução do poder – sociologia das relaçõesUnidade 1   a dissolução do poder – sociologia das relações
Unidade 1 a dissolução do poder – sociologia das relaçõesDejalma cremonese
 
2015 2166 antonio gramsci
2015 2166 antonio gramsci2015 2166 antonio gramsci
2015 2166 antonio gramsciGerusa Silva
 
Mídia poder e controle social
Mídia poder e controle socialMídia poder e controle social
Mídia poder e controle socialLuci Bonini
 
Poder e Anarquia - Edson Passetti
Poder e Anarquia - Edson PassettiPoder e Anarquia - Edson Passetti
Poder e Anarquia - Edson PassettiBlackBlocRJ
 
Me e a revolução
Me e a revoluçãoMe e a revolução
Me e a revoluçãoAramys Reis
 
Criar um Povo Forte - Felipe Corrêa
Criar um Povo Forte - Felipe CorrêaCriar um Povo Forte - Felipe Corrêa
Criar um Povo Forte - Felipe CorrêaBlackBlocRJ
 
Conhecimentos específicos sociologia 1 fase
Conhecimentos específicos sociologia 1 faseConhecimentos específicos sociologia 1 fase
Conhecimentos específicos sociologia 1 fasepascoalnaib
 
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...BlackBlocRJ
 
Antropologia e política karina kuschnir
Antropologia e política karina kuschnirAntropologia e política karina kuschnir
Antropologia e política karina kuschnirVictoria Irisarri
 
Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2
Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2
Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2Jessica Morais
 
Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia
Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia
Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia Sarah Silva
 
Teorias contemporâneas de Relações Internacionais
Teorias contemporâneas de Relações InternacionaisTeorias contemporâneas de Relações Internacionais
Teorias contemporâneas de Relações InternacionaisLuiz Henrique Dias da Silva
 
Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.
Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.
Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.OLAVO_DE_CARVALHO
 
A terceira dimensão do poder
A terceira dimensão do poderA terceira dimensão do poder
A terceira dimensão do poderHerbert Schutzer
 
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz Reis
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz ReisERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz Reis
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz ReisBlackBlocRJ
 
A teatralização do drama público
A teatralização do drama públicoA teatralização do drama público
A teatralização do drama públicoLeandro Santos
 
Realismo e relações internacionais
Realismo e relações internacionaisRealismo e relações internacionais
Realismo e relações internacionaisRafael Ávila
 

Tendances (20)

Unidade 1 a dissolução do poder – sociologia das relações
Unidade 1   a dissolução do poder – sociologia das relaçõesUnidade 1   a dissolução do poder – sociologia das relações
Unidade 1 a dissolução do poder – sociologia das relações
 
2015 2166 antonio gramsci
2015 2166 antonio gramsci2015 2166 antonio gramsci
2015 2166 antonio gramsci
 
Mídia poder e controle social
Mídia poder e controle socialMídia poder e controle social
Mídia poder e controle social
 
Apostila de sociologia_1ano
Apostila de sociologia_1anoApostila de sociologia_1ano
Apostila de sociologia_1ano
 
Poder e Anarquia - Edson Passetti
Poder e Anarquia - Edson PassettiPoder e Anarquia - Edson Passetti
Poder e Anarquia - Edson Passetti
 
Gramsci historia e hegemonia
Gramsci   historia e  hegemoniaGramsci   historia e  hegemonia
Gramsci historia e hegemonia
 
Teoria do conflito
Teoria do conflitoTeoria do conflito
Teoria do conflito
 
Me e a revolução
Me e a revoluçãoMe e a revolução
Me e a revolução
 
Criar um Povo Forte - Felipe Corrêa
Criar um Povo Forte - Felipe CorrêaCriar um Povo Forte - Felipe Corrêa
Criar um Povo Forte - Felipe Corrêa
 
Conhecimentos específicos sociologia 1 fase
Conhecimentos específicos sociologia 1 faseConhecimentos específicos sociologia 1 fase
Conhecimentos específicos sociologia 1 fase
 
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...
Movimentos sociais, Burocratização e Poder Popular Da Teoria à Prática - Feli...
 
Antropologia e política karina kuschnir
Antropologia e política karina kuschnirAntropologia e política karina kuschnir
Antropologia e política karina kuschnir
 
Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2
Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2
Marxismo tri (guardado automaticamente).docx2
 
Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia
Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia
Realismo nas Relações Internacionais e sua cronologia
 
Teorias contemporâneas de Relações Internacionais
Teorias contemporâneas de Relações InternacionaisTeorias contemporâneas de Relações Internacionais
Teorias contemporâneas de Relações Internacionais
 
Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.
Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.
Olavo de Carvalho, Mídia Sem Máscara, Parte 4.
 
A terceira dimensão do poder
A terceira dimensão do poderA terceira dimensão do poder
A terceira dimensão do poder
 
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz Reis
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz ReisERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz Reis
ERRICO MALATESTA e O ANARQUISMO - Bruno Muniz Reis
 
A teatralização do drama público
A teatralização do drama públicoA teatralização do drama público
A teatralização do drama público
 
Realismo e relações internacionais
Realismo e relações internacionaisRealismo e relações internacionais
Realismo e relações internacionais
 

En vedette

Passatempo pares românticos
Passatempo pares românticosPassatempo pares românticos
Passatempo pares românticosPiscateca
 
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)missaodiplomatica
 
Viagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematica
Viagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematicaViagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematica
Viagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematicaLúcia Velloso
 
Comidas e bebidas MS
Comidas e bebidas MSComidas e bebidas MS
Comidas e bebidas MSBrunno Gomes
 
Ficha de compreensão oral
Ficha de compreensão oralFicha de compreensão oral
Ficha de compreensão oralPiscateca
 
Povos indígenas do mato grosso do sul
Povos indígenas do mato grosso do sulPovos indígenas do mato grosso do sul
Povos indígenas do mato grosso do sulAdilton Sanches
 

En vedette (14)

Passatempo pares românticos
Passatempo pares românticosPassatempo pares românticos
Passatempo pares românticos
 
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 02 (1815 a 1848)
 
Viagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematica
Viagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematicaViagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematica
Viagem para bonito – mato grosso do sul 1/ Trabalho de matematica
 
História de Mato Grosso aula 1 relação Brasil, MT - Contexto
História de Mato  Grosso aula 1 relação Brasil, MT - ContextoHistória de Mato  Grosso aula 1 relação Brasil, MT - Contexto
História de Mato Grosso aula 1 relação Brasil, MT - Contexto
 
Comidas e bebidas MS
Comidas e bebidas MSComidas e bebidas MS
Comidas e bebidas MS
 
Simbolos de ms
Simbolos de msSimbolos de ms
Simbolos de ms
 
História de mato grosso aula 5 rusga
História de mato  grosso aula 5 rusgaHistória de mato  grosso aula 5 rusga
História de mato grosso aula 5 rusga
 
Ficha de compreensão oral
Ficha de compreensão oralFicha de compreensão oral
Ficha de compreensão oral
 
Aves
AvesAves
Aves
 
Aves - Biologia
Aves - BiologiaAves - Biologia
Aves - Biologia
 
Povos indígenas do mato grosso do sul
Povos indígenas do mato grosso do sulPovos indígenas do mato grosso do sul
Povos indígenas do mato grosso do sul
 
Comidas Tipicas
Comidas Tipicas Comidas Tipicas
Comidas Tipicas
 
Matogroso completo
Matogroso completoMatogroso completo
Matogroso completo
 
Folclore 2
Folclore 2Folclore 2
Folclore 2
 

Similaire à 02 magda e viritiana-os paradigmas da análise politica

Filosofia e sociologia enem 2013
Filosofia e sociologia enem 2013Filosofia e sociologia enem 2013
Filosofia e sociologia enem 2013joao paulo
 
Elitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistas
Elitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistasElitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistas
Elitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistasMarcelo a
 
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeter
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeterResenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeter
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeterJuscislayne Bianca
 
Ciência Política: Introdução
Ciência Política: IntroduçãoCiência Política: Introdução
Ciência Política: IntroduçãoIsrael serique
 
Considerações sobre a teoria poliarquica
Considerações sobre a teoria poliarquicaConsiderações sobre a teoria poliarquica
Considerações sobre a teoria poliarquicaJoão Cardoso
 
229094384.gohn teoria dos movimientos sociais
229094384.gohn   teoria dos movimientos sociais229094384.gohn   teoria dos movimientos sociais
229094384.gohn teoria dos movimientos sociaisAlessandro Aoki
 
Comunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do Estado
Comunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do EstadoComunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do Estado
Comunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do EstadoLidiane Ferreira Sant' Ana
 
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por FligsteinHabilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por FligsteinFlávia Galindo
 
Aula 8 - Granovetter e DiMaggio
Aula 8 - Granovetter e DiMaggioAula 8 - Granovetter e DiMaggio
Aula 8 - Granovetter e DiMaggioMauricio Serafim
 
Conceituando pol ticas_educacionais
Conceituando pol ticas_educacionaisConceituando pol ticas_educacionais
Conceituando pol ticas_educacionaisSyl Vidal
 
Geopolítica e o poder(3)
Geopolítica e o poder(3)Geopolítica e o poder(3)
Geopolítica e o poder(3)CIRINEU COSTA
 
Administração e política (Poliarquia e Elitismo)
Administração e  política (Poliarquia e Elitismo)Administração e  política (Poliarquia e Elitismo)
Administração e política (Poliarquia e Elitismo)Mauricio Serafim
 
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 anoPlanejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 anoDany Pereira
 
Panorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das ComunicaçãoPanorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das ComunicaçãoMarcelo Freire
 
04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt
04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt
04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.pptadrianomcosta3
 
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxPERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxssuser47aa16
 
Estado, Governo e Políticas Públicas na Educação
Estado, Governo e Políticas Públicas na EducaçãoEstado, Governo e Políticas Públicas na Educação
Estado, Governo e Políticas Públicas na EducaçãoRalf Siebiger
 

Similaire à 02 magda e viritiana-os paradigmas da análise politica (20)

Filosofia e sociologia enem 2013
Filosofia e sociologia enem 2013Filosofia e sociologia enem 2013
Filosofia e sociologia enem 2013
 
Elitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistas
Elitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistasElitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistas
Elitismo16 carlos pio_&_mauro_porto_elitistas_pluralistas_marxistas
 
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeter
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeterResenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeter
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeter
 
Ciência Política: Introdução
Ciência Política: IntroduçãoCiência Política: Introdução
Ciência Política: Introdução
 
Considerações sobre a teoria poliarquica
Considerações sobre a teoria poliarquicaConsiderações sobre a teoria poliarquica
Considerações sobre a teoria poliarquica
 
229094384.gohn teoria dos movimientos sociais
229094384.gohn   teoria dos movimientos sociais229094384.gohn   teoria dos movimientos sociais
229094384.gohn teoria dos movimientos sociais
 
Comunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do Estado
Comunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do EstadoComunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do Estado
Comunicação Pública: proposta dialógica de legitimação do Estado
 
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por FligsteinHabilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
 
Aula 8 - Granovetter e DiMaggio
Aula 8 - Granovetter e DiMaggioAula 8 - Granovetter e DiMaggio
Aula 8 - Granovetter e DiMaggio
 
Texto seminã rio 5
Texto seminã rio 5Texto seminã rio 5
Texto seminã rio 5
 
Indivíduo e Sociedade (Novo)
Indivíduo e Sociedade (Novo)Indivíduo e Sociedade (Novo)
Indivíduo e Sociedade (Novo)
 
Conceituando pol ticas_educacionais
Conceituando pol ticas_educacionaisConceituando pol ticas_educacionais
Conceituando pol ticas_educacionais
 
Geopolítica e o poder(3)
Geopolítica e o poder(3)Geopolítica e o poder(3)
Geopolítica e o poder(3)
 
Administração e política (Poliarquia e Elitismo)
Administração e  política (Poliarquia e Elitismo)Administração e  política (Poliarquia e Elitismo)
Administração e política (Poliarquia e Elitismo)
 
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 anoPlanejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
 
sociologia
sociologiasociologia
sociologia
 
Panorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das ComunicaçãoPanorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das Comunicação
 
04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt
04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt
04seminario2011habermas-130308125550-phpapp02.ppt
 
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxPERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
 
Estado, Governo e Políticas Públicas na Educação
Estado, Governo e Políticas Públicas na EducaçãoEstado, Governo e Políticas Públicas na Educação
Estado, Governo e Políticas Públicas na Educação
 

Plus de Sérgio Braga

01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a política01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a políticaSérgio Braga
 
01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a política01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a políticaSérgio Braga
 
Mainwaring 1993-democracia presidencialista
Mainwaring 1993-democracia presidencialistaMainwaring 1993-democracia presidencialista
Mainwaring 1993-democracia presidencialistaSérgio Braga
 
Abranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdf
Abranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdfAbranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdf
Abranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdfSérgio Braga
 
Martins-2006-campanhas de raul pont
Martins-2006-campanhas de raul pontMartins-2006-campanhas de raul pont
Martins-2006-campanhas de raul pontSérgio Braga
 

Plus de Sérgio Braga (7)

01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a política01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a política
 
01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a política01 isabela e alice-introdução a política
01 isabela e alice-introdução a política
 
Mainwaring 1993-democracia presidencialista
Mainwaring 1993-democracia presidencialistaMainwaring 1993-democracia presidencialista
Mainwaring 1993-democracia presidencialista
 
Abranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdf
Abranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdfAbranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdf
Abranches 2003-presidencialismo de coalizão-pdf
 
03 aula olin wright
03 aula olin wright03 aula olin wright
03 aula olin wright
 
03 aula décio saes
03 aula décio saes03 aula décio saes
03 aula décio saes
 
Martins-2006-campanhas de raul pont
Martins-2006-campanhas de raul pontMartins-2006-campanhas de raul pont
Martins-2006-campanhas de raul pont
 

02 magda e viritiana-os paradigmas da análise politica

  • 1. Os paradigmas de análise política Você já pensou nas relações entre o Estado Moderno e a economia de mercado? Elas existem? Se sim, onde estão? Os paradigmas da análise política Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
  • 2. PONTO DE PARTIDA: eixo da reflexão paradoxo do Estado Moderno capitalista onde, por um lado, a necessidade de obediência às a relação entre democracia regras traz a importância da e as relações econômicas democratização dos processos de da sociedade gestão dos assuntos públicos, e por outro há necessidade de favorecer a propriedade privada coincidência histórica e das riquezas sociais, gerando conjuntural entre o desigualdades nas condições de desenvolvimento do indivíduos e grupos, inclusive no mercado e a formação do que remete à influência nos Estado Moderno e da processos decisórios das questões democracia representativa. públicas. (PIO & PORTO, 1991, p. 233) Os paradigmas da análise política Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
  • 3. PARA EXPLICAR: três correntes teóricas 1 - ELITISMO Robert Wright Michels Mills Em síntese: o argumento elitista, com seus diferentes autores, afirma que nas sociedades democráticas com economia de mercado há uma concentração do poder político no topo das estruturas políticas, sociais e econômicas. Os paradigmas da análise política Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
  • 4. 2 – A CRÍTICA MARXISTA Karl Marx Frederich Engels Antonio Gramsci Nicolas Poulantzas Ralph Miliband • a teoria marxista clássica defende que para que os princípios democráticos de fato se efetivem, faz-se necessário a abolição da propriedade privada dos meios de produção, pois são sempre as forças produtivas que determinam a superestrutura. (Marx e Engels) • O marxismo ocidental foge de uma abordagem mais economicista e se volta à autonomia popular e ao papel da política e do estado. (Gramsci) • Poulantzas detectou que o papel do Estado é organizar e representar a classe dominante, especialmente o interesse político. Esse papel é desenvolvido porque o estado mantém uma autonomia relativa frente às frações que estão no poder. •Em contrapartida, Miliband cria o conceito de elite estatal (conjunto de indivíduos que ocupam cargos dirigentes no aparelho do estado) para afirmar que a relação entre política e economia reside no fato de que os indivíduos que formam a elite estatal são os agentes da classe econômica dominante.
  • 5. 3 - PLURALISMO Em síntese: o argumento central dos pluralistas é que o exercício do poder emana da capacidade de convencimento que possuem os candidatos e da mobilização dos diferentes grupos, e não meramente da sua posição social e econômica na sociedade. Robert Dahl Síntese geral: A Teoria Política Contemporânea representada pelas correntes elitista, pluralista e marxista tratou da problemática da representação política e da relação entre economia e regime democrático. A partir desses três abordagens percebe-se que a distribuição dos recursos material afeta o sistema político, mas o poder material não provém apenas da propriedade privada. Nesse sentido, o Estado detém de certa forma uma autonomia frente às classes no poder. Os paradigmas da análise política Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida
  • 6. DIALOGANDO COM AS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS Raymond Aron (1991), dialogando com estas três correntes teóricas, aponta limites nas abordagens de todas elas. Para ele, a concentração de poder não pode ser uma hipótese já que ela é um fato, ou seja, existe verdadeiramente. Para compreendê-la e explicá-la é preciso tomá-la muito mais como uma necessária análise empírica do que como uma questão teórica. Ela depende da observação dos fatos e não de uma doutrinação ou análise de conceitos. Conforme as proposições do autor: Para que o poder, numa democracia ocidental, seja decretado pertencente aos capitalistas ou aos monopolistas, seria preciso estabelecer que estes capitalistas ou monopolistas têm consciência de sua solidariedade, que têm uma idéia comum de sua classe e de seu interesse de classe. Os fatos, numa primeira abordagem, não parecem sugerir que esta consciência exista ou que este interesse de classe seja conhecido e reconhecido por aqueles que deveria juntar. (...) Resta-nos precisar as relações entre essas categorias dirigentes e as classes sociais. Estas relações são, evidentemente, diferentes segundo os tipos de sociedade e os tipos de regime. (idem, p. 162 e 164) Estas relações entre Estado Moderno e economia de mercado, portanto, precisam ser empiricamente analisadas nas diferentes conjunturas e sociedades.
  • 7. QUADRO SÍNTESE DAS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS ABORDADAS NO CAPÍTULO Período 1900-1920 1950 1960-1970-1980 C. Teórica ELITISMO PLURALISMO MARXISMO Principais - o problema fundamental consiste - ênfase nos grupos de - contra os pluralistas, ênfase argumentos e em saber como se formam e são interesse e de pressão que no conceito de Estado conceitos recrutadas as minorias agem na esfera da capitalista e na dimensão politicamente organizadas que sociedade (partidos, estrutural do exercício do dominam uma dada comunidade sindicatos, associações) poder (sendo o poder sempre - Mosca determinou que as - crítica à idéia de que o um “poder de classe”; e não a capacidade de decidir, "minorias politicamente ativas" Estado é o único centro impor a vontade numa deveriam ser, para os cientistas de poder relação intersubjetiva etc.) políticos, o objeto de análise mais - o foco agora são os importante. Dado o caráter - foco no papel do Estado indivíduos e sua esfera oligárquico de todos os governos, privada, privilegiando como fator de um estudo científico da política coesão/dominação social então a ação e a teria de estar atento não ao número (“fator de ordem”) influência sobre os de governantes, mas aos processos decisórios de - projeto: estudar a política mecanismos sociais e políticos grupos políticos capitalista responsáveis pela formação, pelo organizados recrutamento, pela socialização e pela conduta dessas minorias. Principais Gaetano Mosca; Vilfredo Pareto; Robert Dahl Nicos Poulantzas; Ralph autores Robert Michels; Charles Wright Miliband; Claus Offe; Mills Antonio Gramsci Quadro construído pelo Professor Doutor Adriano Codatto por ocasião da mesa de discussão sobre Estruturalismo nas Ciências Sociais, na Semana Acadêmica de Ciências Sociais, 2010.
  • 8. ATIVIDADES Você tem acompanhado as discussões sobre o Novo Código Florestal para o Brasil? Busque informações sobre este debate e indique quais seriam as possíveis explicações segundo cada uma das teorias trabalhadas neste capítulo: elitistas, pluralistas e marxistas. As imagens ao lado podem contribuir em sua reflexão.
  • 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARON, Raymond. Estudos Sociológicos. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1991. Caps. “Classe social, classe política e classe dirigente”, p. 145-175. Link: http://www.4shared.com/get/782qklVT/Raymond_Aron_Estudos_soci olgic.html DAHL. Robert A. Poliarquia: Participação e Oposição. São Paulo: USP, 2005. MOSCA, Gaetano. A classe dirigente. Trad. Alice Rangel. In: SOUZA, Amaury de (org). Sociologia política. Rio de Janeiro, Zahar, 1966, pp. 51-70. PARETO,Vilfredo. Sociologia. Organizador José Albertino Rodrigues. São Paulo: Ática, 1984 PIO, C.; PORTO, M. “Teoria política contemporânea: política e economia segundo os argumentos elitistas, pluralistas e marxistas”. In: VVAA. O estudo da política: tópicos selecionados. São Paulo: Paralelo 15. Os paradigmas da análise política Alunas: Magda Mascarello e Viritiana Almeida