Seminário stab 2013 comum - 02. bonsucro - padrão internacional de sustenta...
Seminário stab 2013 comum - 01. a cana de açúcar e o meio ambiente - alfred szwarc (unica)
1. 17º Seminário Regional sobre Cana de Açúcar – STAB Regional Setentrional
Olinda - PE, 16 de abril de 2013
Alfred Szwarc
A Cana-de-Açúcar e o Meio Ambiente
3. Economia Sustentável (Economia Verde)
Sistema de valores, políticas, ações e práticas
destinado a promover o desenvolvimento
sustentável.
Mudança de paradigmas
Políticas públicas
Melhores Práticas
Inovação tecnológica
Comunicação
4. Fonte: PNUMA, Rumo a Uma Economia Verde, Nairobi , 2011
O Caminho para a Economia Sustentável
Investimento de 2% do PIB global em 10 setores-
chave por ano (US$ 1,3 trilhão):
Energia
Industria
Transportes
Agricultura
Edificações
Silvicultura
Pesca
Turismo
Água
Gestão de resíduos
5. Insumos para a Economia Sustentável
Fontes renováveis
Produção local
Produção eficiente
Produtividade alta
Minimizar impactos à saúde e ao
ambiente poluição e impactos
globais reduzidos
Reciclável, biodegradável
Contribuir para a segurança
energética e alimentar
Contribuir para o desenvolvimento
social e econômico
6. O IPCC e diversas
instituições e entidades
concordam que o uso de
fontes renováveis de energia
com baixo teor de carbono
é uma estratégia válida para
mitigar as emissões de GEE
biocombustíveis
Limites para o Aquecimento Global
Nível Crítico?
2012: 393,84
2011: 391,65
2010: 389,92
2009: 387,35
2008: 385,45
1959: 315,97
Fonte, NOAA, Observatório Mauna Loa
ppm
7. Combustiveis Fósseis X Biocombustiveis
Reconhecimento, precificação e contabilização das
externalidades positivas e negativas (sustentabilidade 3D)
Riscos e Impactos
Negativos
Benefícios e
Impactos
Positivos
Preçodoproduto
+
-
9. *Fonte: http://www.pikeresearch.com
Mercado Global de Biocombustíveis
Estudo da Pike Research*: mercado de biocombustíveis irá
crescer nos próximos 10 anos: de 110 bilhões litros em 2012
para 270 bilhões litros em 2021 ( +145% ).
Mais de 30 países criaram ou estão em fase de criação de
programas para uso de energia renovável no transporte.
Produção de etanol manterá seu domínio no mercado de
biocombustíveis: 187 bilhões litros em 2021 (69% do mercado de
biocombustíveis e 13% do mercado de gasolina).
Principal força motivadora: sustentabilidade ambiental
11. Evolução dos Biocombustíveis
Oferta global de biocombustíveis cresce de 2.5 EJ hoje para 32 EJ em 2050
Produção em grande escala de biocombustíveis avançados será vital para atingir
esses objetivos
Finalenergy(EJ)
Fonte: AIE
12. Convencional
Convencional+
2G
1 hectare
1 hectare
Caldo de Cana +
Melaço
Caldo de Cana +
Melaço + Bagaço +
Palha
7.000 litros
9.500 litros (1G + 2G,
+ 35% curto prazo)
Potencial do Etanol 2G
Médio/Longo Prazo: potencial para dobrar produtividade atual
Emissão evitada pode ultrapassar 95% no curto prazo e no
médio/longo a emissão evitada pode ser negativa (> 100%) !
14. Veículos Flex Fuel (FF) no Brasil
FF: > 90% vendas de veículos
leves Otto em 2012
Fabricante % modelos &
versões FF*
1 VW 81,8
2 Fiat 93,8
3 Renault 100,0
4 Peugeot 84,2
5 Citröen 73,7
6 GM 76,2
7 Ford 74,1
8 Toyota 75,0
9 Honda 66,7
10 Nissan 100.0
11 Mitsubishi 25,0
12 Hyundai 14,3
13 Kia 23,0
14 JAC 16,6
15 Chery 16,6
173 modelos & versões FF
disponíveis
Uso do Etanol:
• Emissão reduzida de CO2
• Menor emissão de SOx e MP
• Menor toxidez dos COV
(*) Baseado em dados publicados na imprensa
15. Ciclo de Carbono da Cana
Dados relativos à emissão de CO2 para cada mil litros de etanol produzido e consumido:
Fonte: UNICA,Cartilha Etanol. Informações: Isaias Macedo, Unicamp; Joaquim Seabra Unicamp 2008;
16. De 03/2003 a 03/2013 as emissões evitadas de CO2 no
Brasil com uso de etanol em veículos Flex são estimadas
em cerca de 190 milhões de toneladas.
Equivalente ao efeito de aproximadamente 1,3 bilhão de
árvores nativas em um período de 20 anos.
Emissões de GEE Evitadas
Etanol 2G pode
melhorar ainda mais
esse benefício !
20. Substituição do Diesel pelo Etanol e o
Impacto na Saúde Pública da RMSP
Fonte: Saldiva, P.H. , et al, Etanol e a Saúde, FMUSP, 2010; adaptado e elaborado pela Única.
Redução na mortalidade, morbidade e custos calculada em base anual
21. Transporte por Dutos e Hidrovias
1300 km de dutos + Hidrovia Tietê-Paraná.
Capacidade em 2020: aproximadamente 21 milhões m3/ano
CO2 evitado: 7 milhões t/ano
Redução média nos custos de transporte: 20%
Fonte: Logum
23. Protocolo Agroambiental no ESP
10 diretivas técnicas de sustentabilidade
1. Redução da queima palha da cana nos canaviais existentes
2. Não utilização da queima em áreas de expansão de canaviais
3. Não utilização da queima a céu aberto de resíduos e subprodutos
da cana
4. Plano técnico de conservação do solo
5. Plano técnico de conservação de recursos hídricos
6. Proteção e recuperação de matas ciliares
7. Proteção e recuperação de nascentes
8. Adoção de boas práticas de gestão e uso de defensivos agrícolas
9. Controle da emissão de poluentes atmosféricos
10. Reuso e reciclagem de resíduos do processamento da cana
24. 173 Unidades Agroindustriais
158 Certificadas em 2012
29 Associações de Fornecedores de Cana
27 Certificadas em 2012
Signatárias do Protocolo
As signatárias do Protocolo são responsáveis por
aproximadamente 90 % da produção paulista e 50%
da produção nacional de etanol
Fonte: SMA
25. 20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2006 2010 2011 2014 2016 2021
Percentualdecanacolhidasemqueima
Lei 11.241/02
Protocolo
Agroambiental
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2007 2010 2011 2016 2017 2021 2026 2031
Percentualdecanacolhidasemqueima
Lei 11.241/02
Protocolo
Agroambiental
Nota: os pontos destacados nas linhas do gráfico mostram os anos específicos citados na Lei ou no Protocolo.
Eliminação da queima em áreas mecanizáveis
Estado de São Paulo
Eliminação da queima em áreas não mecanizáveis
Estado de São Paulo
Protocolo Agroambiental
26. 00
01
02
03
04
05
06
Área de cana
plantada
Área de cana
colhida
Área de cana
bisada
Cana Crua Cana Queima
hectares(milhões)
Comparativo safras
Safra 06/07 Safra 07/08 Safra 08/09 Safra 09/10 Safra 10/11 Safra 11/12
1,11
2,13
0,1
3,24
3,34
5,4
4,79
3,12
1,67
0,05 34,2%
65,8%
34,8%
65,2%
3,96
4,43
4,91
4,98
3,79
4,72
3,92
4,34
2,10
2,62
2,42
1,92
1,77 1,91
1,99
2,02
Equivalente a
40% da área de
cana da Índia
Resultados do Protocolo Agroambiental
Área equivalente a 3
cidades de São Paulo
Fonte: SMA
27. Safra 2006/2007
S. J. do Rio Preto
P Prudente
Sorocaba
Marília
Franca
Campinas
Fonte: SMA
28. Safra 2009/2010
S. J. do Rio Preto
P Prudente
Sorocaba
Marília
Franca
Campinas
Fonte: SMA
29. 2,3 M ha
2,4 M ha
2,13 M ha
1,67 M ha
0,14 M ha
0,7 M ha
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
4.500.000
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Total
área que poderia ser queimada conforme a Lei 11.241(ha) área efetivamente queimada (ha)
área que se deixou de queimar
4,5
M ha*
Deixou de
emitir 2,7
milhões de
toneladas de
CO2 e
Deixou de
emitir 16,7
milhões de
toneladas de
poluentes**
Área(hectares)
Ganhos Ambientais no Estado SP
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
~ 47 mil ônibus
circulando durante
1 ano
Fonte:SMA
31. CUMPRIMENTO DO PROTOCOLO - Safra 2011/2012
• Metas de Mecanização no Protocolo :
- 70% Usinas;
- 30% fornecedores de cana;
• Realizado:
- 81,3 % nas Usinas;
- 24,2% nos Fornecedores;
Fonte: SMA
32. Matas Ciliares
269.977 hectares de mata ciliar declarados pelo
setor sucroenergético ao Protocolo
Agroambiental
Unidades Agroindustriais 207.507 ha
Fornecedores de cana 62.470 ha
Fonte: SMA
33. Nascentes
Mais de 9.288 nascentes declaradas com o compromisso de
proteção e recuperação
1.760 em áreas próprias das usinas
7.528 em áreas de fornecedores de cana
Fonte: SMA
34. Classes de consumo das Usinas
signatárias (m3/ton de cana)
%
0,7 - 1,0 41
1,0 - 2,0 40
acima de 2 19
Consumo de Água nas Agroindústrias
Fonte: SMA
35. Vinhaça: Utilização Racional
• Uso adequado com dosagens definidas segundo critérios
técnicos – Norma CETESB P 4.231
• Impermeabilização (tanque e canais);
• Monitoramento; plano anual de aplicação; análise de solo
e da vinhaça; distanciamento de poços, núcleos
populacionais etc.
36. Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar
Brasil (2009)Estado de SP (2008)
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,(2009) e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2008)
ZONEAMENTO NACIONAL
1. Cana-de-açúcar proibida nos biomas mais sensíveis - Amazônia, Pantanal e BAP. Proibido
expansão com desmatamento sobre vegetação nativa (Cerrados, Campos, etc.)
2. Área apta para o cultivo: 64,7 milhões de hectares ou 7,5% do território nacional
(atualmente apenas 0,9% do território é cultivado com cana)
3. Diversas correções e revisões ainda se fazem necessárias.
63% da cana
37. Comentários Finais
A indústria da cana-de-açúcar evoluiu na área de
sustentabilidade ambiental.
Desafios devem ser gradualmente vencidos.
Relatórios de sustentabilidade (Ex., GRI) e certificação
ambiental (Bonsucro etc.) são ferramentas de gestão
empresarial e possibilitam acesso a diversos mercados.
O reconhecimento das vantagens ambientais dos
produtos da cana deve ser convertido em incentivos
promovidos por políticas públicas visando a evolução da
cultura e a competitividade de seus produtos.