Este documento discute diferentes tipos de dispersões, incluindo soluções, colóides e suspensões. Ele explica que as dispersões podem ser classificadas como sólidas, líquidas ou gasosas dependendo do estado do dispersante. Também fornece critérios para classificar dispersões com base no tamanho das partículas do disperso, e discute o efeito Tyndall que ocorre quando a luz é refletida por partículas em um colóide.
2. 1. DISPERSÕES
1.1. Disperso e dispersante
• Quando temos uma mistura de azeite e água, notamos claramente
duas zonas distintas ou fases – a fase do azeite e a fase da água.
• Uma dispersão é uma mistura de duas ou mais substâncias em que
as partículas de uma fase (fase dispersa) se encontram distribuídas
no seio de outra (fase dispersante).
• Contudo, nem sempre é possível distinguir as fases que constituem
uma mistura, como é o caso das misturas homogéneas.
3. 1. DISPERSÕES
1.2. Dispersão sólida, líquida e gasosa
• Uma dispersão pode ser classificada em sólida, líquida ou gasosa conforme o estado de agregação
do dispersante (ver a tabela, se a dispersão for uma solução).
Tabela 1 • Estados físicos do solvente, do soluto e da solução.
4. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, coloides e
suspensões
• As dispersões classificam-se em soluções, colóides e suspensões, em função da dimensão média
das partículas do disperso.
1 nm (nanómetro) = 10-9
m
• Solução é a dispersão com partículas do disperso de menor dimensão e suspensão é a dispersão
com partículas do disperso de maior dimensão.
5. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, coloides e
suspensões
• Os coloides (da palavra grega que significa cola) parecem misturas homogéneas a olho nu mas são,
de facto, dispersões heterogéneas quando vistas ao microscópio.
• Uma solução é uma mistura homogénea de duas ou mais substâncias (numa só fase).
Numa solução, não se observa deposição do soluto.
• Uma suspensão (por exemplo, pó de giz em água) consiste em partículas suficientemente grandes
(10 000 – 500 000 nm) para poderem ser observadas, misturadas com água.
6. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, coloides e
suspensões
• As partículas de um coloide são menores do que as de uma
suspensão (> 1000 nm) e não se depositam quando o coloide é
deixado em repouso, nem podem ser separadas por filtração.
• As partículas não se dissolvem e depositam-se no fundo se a suspensão for deixada em repouso,
podendo ser separadas por filtração.
Formação de uma suspensão (extraído de um site da BASF).
Exemplos de coloides (queijo, manteiga, chantilly, mousse, …).
7. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, colóides e
suspensões
8. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, colóides e
suspensões
• O leite é um coloide em que a gordura está dispersa numa solução aquosa.
• Um coloide que se assemelha a um líquido é designado por sol, ao passo que um coloide que se
assemelha a um sólido é designado por gel.
9. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, coloides e
suspensões
• O leite é um coloide em que a gordura está dispersa numa solução aquosa. É a caseína do leite, uma
proteína, que permite que esta mistura de substâncias imiscíveis não se separe em duas fases. A
caseína é um agente emulsionante, que estabiliza as gotículas de gordura do leite.
• De modo análogo, na maionese é a lecitina da gema de ovo o agente emulsionante.
O sangue e a maionese – dois exemplos de coloides .
10. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, coloides e
suspensões
11. 1.3. Critérios para a classificação de dispersões em soluções, coloides e
suspensões
• Fazendo incidir um feixe de luz num coloide, observa-se o feixe de luz sem distinguir as partículas
individuais. A este fenómeno dá-se o nome de efeito de Tyndall, que é observado, por exemplo, com
o fumo ou o nevoeiro.
• Explicação: Um raio de luz ao atravessar uma mistura coloidal deixa um rasto, porque as partículas do
disperso, sendo maiores do que na solução, refletem o raio de luz.
• Os raios de sol numa floresta são outro exemplo do efeito de Tyndall. O que de facto se observa não
são as partículas, porque são pequenas demais para serem visíveis a olho nu, mas a luz nelas
refletida.