O documento discute o acidente nuclear na usina de Fukushima no Japão em 2011, causado por um terremoto e tsunami. Detalha os riscos da radiação nuclear para a saúde e como se proteger dela. Também resume que a rápida evacuação de pessoas próximas à usina evitou maiores riscos à saúde por exposição radioativa.
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FUKUSHIMA
1. • BWR é a sigla para "Boiling Water Reactor". Traduzindo é a
sigla de Reator de água fervente. É um tipo de reator nuclear
que usa a água que ferve, para impulsionar diretamente a
turbina e gerar eletricidade.
• Na fissão nuclear a partícula nêutron é acelerada
em direção ao núcleo do átomo, que geralmente é
de U-235, o que o deixa instável em U-236. Com
isso ele se divide em dois núcleos menores e mais
leves, no caso, Ba-144 e Kr-89. Aí, há a liberação
de energia de ligação nuclear, radiação gama e
mais nêutrons, que por sua vez, irão de encontro a
novos núcleos atômicos, desintegrando-os
novamente em energia, radiação e outros nêutrons
que seguirão o mesmo caminho, numa
verdadeira reação em cadeia.
FISSÃO NUCLEAR
REATORES DE ÁGUA FERVENTE
USINA FUKUSHIMA 1
• Central Nuclear de Fukushima I é
uma central nuclear localizada na cidade
de Okuma, no distrito de Futaba e Prefeitura de
Fukushima ou Fucoxima, na ilha
de Honshu, Japão. Foi a primeira central nuclear
construída e administrada pela The Tokyo Electric
Power Company (Tepco), e é formada por
seis reatores de água fervente. Esses reatores de
água leve têm uma capacidade combinada de 4,7
GW, fazendo de Fukushima I uma das 25 maiores
centrais nucleares do mundo.
2. O desastre de Fukushima foi o pior
acidente nuclear desde a explosão do
reator de Chernobyl, na Ucrânia, em
1986. Segundo o estudo, a liberação de
radiação contaminou uma área chamada
de “zona morta”, que reúne várias
centenas de quilômetros quadrados ao
redor da planta atômica. Baixos níveis de
radiação foram encontrados na América
do Norte e na Europa.
O que causou o acidente foram duas coisas: pane
de eletricidade e falta de água, duas coisas muito
comuns. Mas é preciso ponderar que isso foi
causado por dois eventos naturais de violência
atroz: um terremoto de alta magnitude,
incomparável em 150 anos, e um tsunami
destruidor, que aliás entupiu os circuitos de
resfriamento, que captam água do mar. A verdade
é banal: uma falta de eletricidade e um sistema de
urgência que não funcionou. É uma lição que
precisa ser lembrada. É inadmissível, mesmo em
um evento natural muito forte, que uma central
perca sua alimentação.
3. Os efeitos da radiação nuclear para a saúde vão
depender do tempo e do grau de exposição a que o
indivíduo esteve. Quanto mais tempo estiver exposto,
maior o risco de desenvolver doenças, embora pouco
tempo de exposição a uma grande quantidade de
radiação possa ser fatal.
Quando a radiação nuclear atinge o corpo humano,
existem duas hipóteses, causar uma queimadura grave,
devido a exposição aos raios alfa, ou sofrer alterações
celulares que podem causar doenças, inclusive o
câncer, no caso do contato com os raios beta e gama.
A radioterapia, uma das formas de tratamento para
o câncer é benéfica por expor uma pequena região a
uma quantidade exata de radiação, o que leva a
morte das células cancerosas.
Uma outra complicação é a inalação de partículas de
iodo radioativas que ficam dispersas pelo ar. Uma
das formas de contornar esta situação é tomar uma
cápsula de iodo, assim o corpo não irá absorver o
iodo radioativo, mesmo que o indivíduo inale o ar
contaminado.
Veja quais são as doenças causadas pela radiação
nuclear e saiba quais são as doses de radiação
perigosas para a saúde:
- queimaduras
- distúrbios gastrointestinais: são
graves e são causados pela destruição
da mucosa e levar a morte em menos
de 1 semana.
- síndrome cerebral: é um tipo de
inflamação do tecido cerebral, que
ocorre quando existe uma exposição
muito alta ao material radioativo, e
sempre leva à morte.
- doenças do sangue (leucemia): A
radiação também provoca doenças do
sangue, porque promove destruição da
medula óssea, baço e dos gânglios
linfáticos que são responsáveis por
criar novas células sanguíneas, que
pode levar a morte em até 3 semanas
após a exposição à radiação.
- Infertilidade: falta de menstruação,
diminuição da libido, catarata e
anemia, também podem ser
consequências imediatas à exposição
radioativa nuclear.
4. PERIGOS DA RADIAÇÃO
Um dos perigos da radiação nuclear é que ela é invisível. A
exposição à radiação nuclear é perigosa para a saúde quando é
acima de 4 grays, que é a unidade de medição da radiação
nuclear. Neste casos, quando um indivíduo é exposto à doses
altas, acima de 4 grays de radiação nuclear, o corpo sofre
mudanças e as células são alteradas promovendo o
desenvolvimento de doenças graves e até levando à morte.
A radiação nuclear é invisível e indolor mas o mal estar e os
vômitos que uma exposição à radiação nuclear podem produzir
começam no dia seguinte ou até 1 ano após a exposição, e a
gravidade das doenças e consequências para a saúde gerada
pela exposição à radiação está relacionado com a quantidade e
tempo de exposição ao material radioativo. O grau de alteração
genética na estrutura celular que a radiação causa em cada
pessoa exposta pode inclusive contaminar gerações futuras.
- Para se proteger da exposição à radiação nuclear e dos
seus efeitos no caso de algum acidente nuclear, é preciso:
- Limitar o tempo de exposição a fonte de radiação.
- Ir para o mais longe possível da fonte de radiação. No
caso de um acidente nuclear em alguma central é
necessário evacuar o perímetro ao redor da fuga de
radiação e a distância dependerá da quantidade da fuga.
- Usar roupas próprias que dificultem a passagem da
radiação até o contato com a pele. Em áreas contaminadas
por radioatividade nuclear é proibido fumar,comer ou
beber água.
- A organização mundial de saúde aconselha também às
pessoas usarem luvas de vinil, máscaras para filtrar o ar e
lavar com frequência as mãos evitando levar as mãos à
boca.
- A contaminação radioativa pode ocorrer externamente
através do ambiente contaminado ou pela ingestão de
comida contaminada. Ambos os tipos de radiação podem
ser fatais.
COMO SE PROTEGER?
5. “A rápida evacuação de 78 mil pessoas vivendo dentro de
um raio de 20 km da central nuclear de Fukushima Daiichi e
o abrigo daqueles que viviam entre 20 km e 30 km da
planta evitou riscos significativos à saúde da população por
exposição radioativa.” Essa é a conclusão da Agência de
Energia Nuclear, em seu relatório anual de 2012.A NEA
afirma ainda que a evacuação de 10 mil pessoas adicionais
que moravam a nordeste da central nuclear, na área que
acabou por se tornar a mais contaminada, também ajudou
a minimizar a exposição.De 354.736 habitantes, 234.929
receberam uma dose efetiva de radiação durante os
primeiros quatros meses depois do acidente.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
o nível de referência aceitado internacionalmente para a
exposição pública é de uma dose efetiva anual de cerca
de 10 mSv. Isso equivale mais ou menos a um exame
de tomografia computadorizada na região abdominal,
comumente utilizado para diagnóstico médico. No que
diz respeito aos trabalhadores da central nuclear, 167
pessoas desse grupo receberam uma dose de mais de
100 mSv, sendo que a mais alta foi de 678,8 mSv,
segundo o relatório da NEA. Não houve casos de doença
imediata em 2012.
A entidade acrescenta que isso era esperado, na medida
em que, com base no conhecimento científico corrente,
os efeitos imediatos da radiação aparecem somente
depois de uma exposição superior a 1 mil ou 2 mil mSv.
6. Equipe:
• Stelme Girão de Souza;
• Liliane Nunes de Miranda;
• Kayra Oliveira de Sousa;
• Caroline de Paiva Norões.
Fukushima: Uma guerra nuclear sem uma
guerra?