O documento apresenta 18 bebidas nacionais de diferentes países ao redor do mundo, incluindo o mojito de Cuba, pisco do Chile e Peru, e caipirinha do Brasil. As bebidas refletem as culturas e histórias únicas de seus países de origem.
1. Volta ao mundo em 18 bebidas nacionais
Do mojito cubano à ginjinha portuguesa, conheça uma
seleção de drinks e bebidas para brindar ao redor do planeta
No mapa do consumo etílico, algumas bebidas estão fortemente associadas ao país de origem – a tequila
remete ao México, a caipirinha lembra o Brasil, enquanto a vodka é relacionada imediatamente à Rússia.
Em outros países, as bebidas nacionais mais emblemáticas não levam álcool na mistura – como o mate
argentino e uruguaio – ou são completamente desconhecidas pelos não-moradores, tornando-se um
motivo a mais para viajar e experimentar um universo de misturas e possibilidades. Do saquê japonês à
ginjinha portuguesa, passando pelo tradicional uísque escocês, conheça a seguir uma seleção de 18
bebidas para brindar ao redor do mundo:
2. Mojito | Cuba
A bebida nacional de Cuba tem uma história contestada. Alguns dizem
que ela foi desenvolvida na década de 1500, quando o explorador Sir
Francis Drake desembarcou na cidade de Havana e criou uma versão
inicial chamada de “El Draque” - feito com rum, açúcar, limão e
hortelã. Outros defendem a ideia de que a bebida foi inventada por
escravos africanos que trabalhavam nos campos de cana-de-açúcar.
Seja qual for a origem, a verdade é que a mistura conquistou fãs
declarados pelo mundo, como o renomado escritor Ernest Hemingway.
O bar em que ele experimentou a bebida, o "La Bodeguita del
Médio”, tornou-se um ponto turístico importante na capital cubana.
3. Pisco | Chile e Peru
Convidar um peruano e um chileno para tomar uma dose de pisco
juntos pode acabar em confusão. É que os dois países brigam pelos
créditos de inventor do destilado feito à base do sumo de uvas.
Diferenças etílicas à parte, o fato é que a bebida faz o maior sucesso em
ambos os lugares. Um dos drinks derivados mais conhecidos e amados
pelos turistas é o pisco sour (na foto), feito com limão, gelo, clara de ovo
e açúcar.
4. Champanhe | França
Item obrigatório nas festas mais sofisticadas e grandes
comemorações, o champanhe nada mais é que um vinho branco
espumante produzido na região de Champagne, no nordeste da França.
Ali, técnicas aprimoradas garantem a característica borbulhante da
bebida, feita à base de uvas chardonnay, pinot noir e pinot meunier.
Segundo a legislação de um órgão francês de denominação de
origem, a AOC, apenas os rótulos que saem dessa região podem ser
chamadas de “champagne”.
5. Caipirinha | Brasil
Considerada a bebida-símbolo do Brasil, a caipirinha é um dos itens
mais populares entre os gringos que visitam o nosso país. Na versão
mais popular, a mistura foi criada no interior de São Paulo a partir de
uma receita para a gripe espanhola, composta por limão, alho, mel e
cachaça para acelerar o efeito terapêutico. Posteriormente, alguém
decidiu retirar o alho e o mel e acrescentar o açúcar para equilibrar a
acidez do limão. O gelo foi adicionado em seguida para afugentar o
calor. Tradicionalmente preparada com limão, a bebida ganhou nas
últimas décadas novas formas de apresentação e variações com outras
frutas, como lima, morango e kiwi.
6. Vodka | Rússia
É difícil encontrar alguém que não associe imediatamente a vodka com
seu país de origem, a Rússia. É uma bebida destilada, feita a partir da
fermentação da cevada, milho, centeio, ervas, trigo, figo ou batata.
Apesar dessas matérias-primas, as melhores vodkas são aquelas
que, após o processo de purificação, apresentam características
incolores, inodoras e insípidas. Parte integrante da cultura nacional, a
bebida está presente nas principais comemorações dos russos, como
casamentos, despedidas, nascimentos e até funerais.
7. Mate | Argentina e Uruguai
Como herança da época pré-colombiana, o mate – conhecido aqui
como “chimarrão” – tornou-se popular em diversos países sulamericanos, especialmente na Argentina e no Uruguai. Nesses dois
lugares, a bebida está presente na cultura cotidiana e virou
praticamente um estilo de vida, sendo consumida para começar o
dia, dar uma pausa, tirar o sono, confraternizar ou relaxar.
Tradicionalmente, a infusão preparada com folhas de erva-mate é
consumida quente, com o auxílio de uma bombilla (espécie de
canudo).
8. Saquê | Japão
Feito a partir da fermentação do arroz, o saquê é a
bebida mais tradicional do Japão. Se no início de
sua fabricação - há cerca de 2000 anos -, ele era
apenas uma espécie de mingau com pouco grau
etílico, hoje ganhou o mundo e status de
sofisticação e qualidade. Servido nas principais
cerimônias comemorativas do país, o saquê
geralmente é consumido sob a temperatura de
35ºC. No entanto, tornou-se comum bebê-lo mais
quente ou frio, de acordo com a estação.
9. Tequila | México
Impossível não associar a tequila com o México. Feita a partir da
agave-azul, uma planta que cresce em terrenos vulcânicos e clima
árido, a bebida destilada geralmente é consumida acompanhada de
sal e limão. Para ser legítima, deve conter no mínimo 51% de agave.
Quanto maior a proporção da planta, mais cara e melhor qualidade
terá a garrafa de tequila. Para conhecer mais dessa bebida que
originou drinks famosos como a margarita, há o imperdível Museu da
Tequila e do Mezcal, situado na capital mexicana.
10. Sangria | Espanha
Feita com vinho tinto e pedaços de frutas, a sangria surgiu na
Espanha e tornou-se um sucesso absoluto em diversos países
mundo afora. Com sabor refrescante e visual colorido, a bebida
ganhou adeptos em suas diversas variações, como as que levam
aguardente, vinho branco, licores, champanhe e bebidas não
alcoólicas. O nome do líquido vem da palavra “sangre”
(sangue), devido à cor avermelhada da receita original.
11. Uísque | Escócia
Consumido no mundo todo, o uísque escocês é feito à base de
malte e tem características que tornam a bebida única, como o
processo de envelhecimento em barris de carvalho, a queima da
turfa (carvão) e a preservação de qualidades naturais que
intensificam o sabor dos maltes. Em várias regiões da Escócia, o
viajante tem à disposição tours pelas destilarias para conhecer o
processo de fabricação da bebida, ouvir dicas de especialistas
e, claro, degustar.
12. Ouzo | Grécia
Esta bebida grega, fabricada com álcool puro e sementes de
anis, ganha um aspecto leitoso quando é servida com água e gelo.
Normalmente tem teor alcoólico de 40% e dificilmente é consumida
pura. Para adquirir mais qualidade, o ouzo passa por uma segunda
destilação seguida de um repouso que pode durar anos. Dessa
forma, o líquido ganha mais suavidade e agrada o paladar dos gregos.
13. Soju | Coreia do Sul
Com teor alcoólico em torno dos
20%, o soju é a bebida nacional
da Coreia do Sul feita com arroz.
A sua fórmula foi desenvolvida no
século 13, quando se tornou a
bebida favorita dos nobres da
dinastia Koryo. Hoje, há diversas
variações de soju, como a feita
com batata doce e o
“bombshell”, um drink que
mistura a bebida de arroz com
cerveja.
14. Ginjinha | Portugal
A ginjinha é um licor tradicional de Portugal obtido a partir da
ginja, uma espécie de cereja ácida também conhecida como
amarena. Em Lisboa, a bebida geralmente é consumida no próprio
balcão das tabernas, com ou sem o fruto no fundo do copo. Para
experimentar, há varias casas especializadas na capital
portuguesa, como a “Ginjinha Sem Rival”, “A Tendinha do Rossio” e
“Ginjinha Espinheira”.
15. Arak | Israel, Iraque e Líbano
O arak, também conhecido como “raki” na Turquia, é um licor feito
de anis originário do Oriente Médio. É muito similar ao Ouzo da
Grécia, embora seja um pouco mais forte – com teor alcoólico que
varia entre 50% e 63%. Geralmente, a bebida é servida com água, o
que lhe confere uma cor esbranquiçada. Esta
particularidade, juntamente com a elevada concentração de
álcool, deu origem ao apelido de “leite dos leões”.
16. Chicha | Peru, Bolívia e Venezuela
Diferentemente da chicha boliviana e peruana (em que a bebida é
feita com milho mastigado e fermentado com saliva), a chicha da
Venezuela é preparada com arroz cozido, leite, açúcar e gelo. Em
alguns casos, a mistura ganha o acréscimo de leite
condensado, canela e chocolate como cobertura. Nas regiões andinas
do país, como na cidade de Mérida, há uma versão alternativa feita
com álcool a partir da fermentação do abacaxi.
17. Coconut Arrack | Sri Lanka
Produzido no Sul e Sudeste da Ásia, o Arrack é feito
a partir de uma grande variedade de
ingredientes, dependendo do país de origem. No
entanto, a versão derivada do néctar das flores do
coco é encontrada apenas no Sri Lanka; pequeno
país insular que fica próximo ao sul da Índia. A
bebida, que pode ser misturada com alguns
frutos, é envelhecida em barris de madeira nativa
ou repetidamente destilada, de acordo com os
objetivos de cor e sabor de cada fabricante.
18. Maghrebi mint tea | Marrocos
Este chá, feito à base folhas de menta, é uma das bebidas mais
populares do Marocos. É exótica, com uma doçura encorpada
e notas picantes de cardamomo, gengibre e especiarias.
Tradicionalmente é consumida como chá mas a mistura pode
ser cozida com açúcar e água ou preparada com leite.
19. Grappa | Itália
Apreciada desde os tempos da Idade Média, a grappa foi criada na
Itália para evitar o desperdício. Tradicionalmente, a bebida é feita a
partir da destilação de resíduos do bagaço de uvas, como sementes e
cascas. Assim como o vinho, o sabor e a cor dependem da qualidade
das uvas colhidas. Para aromatizar o líquido, os italianos costumam
utilizar uma folha de arruda.
Luiz Braga
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