1. 08 de maio, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Comida saudável que nos pode matar
Porque nem tudo o que parece é…
Muitos são os alimentos que nos dizem serem saudáveis, mas a maioria sem qualquer evidência
científica. No que diz respeito à nutrição, começamos a aperceber-nos de que poucas são as coisas que
fazem sentido…
A Authority Nutrition revelou-nos 11 “alimentos saudáveis” que podem tornar-se bastante prejudiciais.
Sumos de Frutas
Nem sempre os sumos de fruta que vemos nos supermercados são o que parecem, pois, muitas vezes, a
quantidade de fruta é mínima e as quantidades de água, sabor artificial e açúcar elevadas.
Contudo, mesmo que opte por sumos de fruta naturais, isso não significa que lhe trará algo de benéfico,
uma vez que a maioria das “coisas boas” já não estarão presentes no sumo. Resta-nos o açúcar e
algumas vitaminas – no sumo de laranja, por exemplo, a quantidade de açúcar é idêntica à presente na Coca-
Cola.
Ao ingerirmos sumos de fruta não temos mais do que a possibilidade de ingerir grandes quantidades de
açúcar num curto espaço de tempo e, como sabemos, consumir grandes quantidades de açúcar está
associado a todo o tipo de doenças, como obesidade, diabetes tipo II ou doenças cardiovasculares.
2. 08 de maio, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Trigo integral
É verdade que o pão de trigo integral é mais saudável que o pão branco, o que não significa que seja
saudável. No fundo, seria o mesmo que dizer que cigarros com filtro são mais saudáveis que os sem filtro
e que, por essa razão, todos deveríamos, para bem da nossa saúde, fumar cigarros com filtro!
Existem diversas razões para evitar o trigo, por exemplo, este é a maior fonte de glúten numa dieta e
grande parte das pessoas pode ser sensível ao glúten. O sistema imunitário de alguns indivíduos ataca as
proteínas do glúten no trato digestivo, o que pode causar danos, dores, inchaço, cansaço, inconsistência
das fezes e outros sintomas desagradáveis.
Existe ainda um estudo que nos revela que a fibra do trigo pode contribuir para uma deficiência da vitamina
D, fazendo com que esta vitamina se gaste muito mais rapidamente.
Outro estudo revela-nos ainda que o trigo integral aumenta o LDL (o colesterol “mau”) em 60%!
Nectar de Agave
No supermercado é possível encontrar muitos produtos com “0% de açúcar” que recorrem ao Agave para
ir buscar o seu doce. Esta é considerada uma alternativa saudável ao açúcar devido ao seu baixo valor
glicémico, contudo, os efeitos prejudiciais do açúcar pouco têm a ver com os seu índice glicémico, mas
sim com as suas elevadas quantidades de frutose não natural.
A frutose em excesso pode causar os mais diversos tipos de complicações, especialmente em pessoas
sedentárias.
O açúcar normal possui 50% de fructose, enquanto o Agave possui 90%. Parece que, afinal, o Agave é
ainda pior que o açúcar!
3. 08 de maio, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Bebidas desportivas
As bebidas desportivas foram criadas para atletas que terminaram um treino intenso e, por isso,
transpiraram muito e perderam muito glicogénio. Por esta razão, as bebidas desportivas contêm:
– Água: para repor os líquidos perdidos;
– Eletrólitos: para repor os eletrólitos, como o sódio, perdidos através do suor;
– Açúcar: pois os atletas necessitam de energia após o treino.
Ninguém necessita de electrólitos extra, a não ser que tenha realizado um treino intenso, para além de
que já muitas pessoas consomem açúcar em demasia.
Deve beber muita água – isso sim, necessita e em grandes quantidades!
Óleos vegetais “saudáveis para o coração”
O medo das gorduras saturadas veio aumentar o consumo de muitos outros ingredientes não saudáveis.
Alguns dos principais exemplos são óleos industriais vegetais e de sementes, como óleos de soja, milho
ou de algodão.
Estes óleos são extraídos das sementes através de processos bastante severos, como, por exemplo,
temperaturas elevadas. Estes óleos contêm ainda grandes quantidades de ácidos gordos ómega-6, muito
mais do que o ser humano alguma vez consumiu ao longo da sua evolução. A quantidade que
necessitamos deste tipo de gorduras é mínima, idêntica à quantidade presente na carne e nas nozes,
mas se exagerarmos, podem surgir problemas, como inflamações, que é a base de muitas doenças crónicas.
Isto não se aplica ao azeite – esse é bom para si!
4. 08 de maio, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Alimentos com “baixas calorias” ou com “0% de gordura”
O problema não é a gordura! Apesar das últimas décadas de propaganda contra as gorduras
saturadas, já se veio comprovar que estas não são prejudiciais.
Quando foram primeiramente divulgados os impactos negativos das gorduras saturadas, os fabricantes
apressaram-se a produzir alimentos com pouca gordura ou sem qualquer gordura. O problema é que sem
a gordura os alimentos não sabem bem, obrigando os fabricantes a carregar os produtos com químicos,
doces artificiais e muito açúcar – basicamente, substituir o bom (gordura) pelo mau (açúcar). Foi assim
que acabou por se transformar produtos saudáveis, como o iogurte, em produtos cheios de ingredientes
não saudáveis.
Alimentos sem glúten
Muitas pessoas começaram a evitar o glúten, uma proteína presente no trigo, centeio, cevada (entre
outros). Na verdade, um terço da população dos EUA tenciona cortar no glúten ou, até mesmo, deixar de
o consumir. Isto, naturalmente, levou aos fabricantes a produzirem alimentos “saudáveis” sem glúten. O
problema é que, regra geral, estes não são alimentos saudáveis.
Nestes alimentos, em vez de se recorrer aos cereais de glúten, opta-se por outro tipo de amidos, como o
amido de batata ou o amido de tapioca e estes são, geralmente, altamente refinados, desprovidos de
nutrientes e elevam rapidamente o nível de açúcar no sangue, tal como o trigo. Para além disto, estes
produtos têm elevados níveis de açúcar e outros produtos químicos artificiais e prejudiciais.
Isto não se aplica a produtos que sejam naturalmente livres de glúten, como carnes e vegetais.
Fique atento se a embalagem disser “sem glúten”.
5. 08 de maio, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Margarina e falsas manteigas
Outro efeito colateral da histeria anti gorduras foi a criação das manteigas “saudáveis”. O exemplo mais
conhecido é a margarina, que costumava ter muitas gorduras trans que posteriormente foram substituídas
por óleos vegetais. Assim, o consumo de manteigas diminuiu e o de margarinas aumentou. O problema é
que a manteiga é saudável e a margarina não, pois a margarina é um alimento processado com
ingredientes que podem ser prejudiciais, levando-nos a adoecer.
Um grande estudo que abordou o tema substituiu a manteiga por margarina, revelando que as mortes por
doenças cardíacas sofreram um aumento dramático.
Barras de energia
As barras de energia são semelhantes às bebidas desportivas: desnecessárias.
Estas barras são benéficas para quem pratica treinos intensos e necessita de repor grandes quantidades
de proteínas a cada 2-3 horas, contudo, não se trata de um produto alimentar necessário à maioria das
pessoas, bem como não adquirimos destas barras nada que não consigamos obter através de
verdadeiros alimentos.
Trata-se de alimentos processados com açúcar e sabor artificial. Claro que existem marcas mais
saudáveis, mas, para que não haja erros, há que saber ler os rótulos.
Caso esteja longe de casa e sinta necessidade de comer algo, então as barras energéticas serão uma
melhor opção que um hambúrguer e uma coca-cola, mas, seja como for, comida “verdadeira” é sempre a
melhor opção.
6. 08 de maio, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Junk food baixa em carboidratos
Há também quem decida cortar nos hidratos de carbono e, por isso, é variada a oferta de produtos
alimentares “baixos em carboidratos”, mas, apesar de determinado alimento ter baixos níveis de açúcar e
hidratos de carbono, não significa que seja saudável.
Um bom exemplo são as barras da marca Atkins, produtos altamente processados que ninguém deveria
consumir.
Mesmo que decida seguir uma dieta baixa em hidratos de carbono, opte por alimentos naturais.
Cereais de pequeno-almoço “saudáveis”
A maioria dos cereais de pequeno-almoço são altamente processados e não são saudáveis, estanto entre
os piores produtos para se consumir. São, muitas vezes, carregados de açúcar e hidratos de carbono e os
fabricantes, posteriormente, juntam-lhes algumas vitaminas sintéticas e pequenas quantidades de cereais
integrais.
Não se deixe enganar pelos rótulos que dizem “sem gordura”, “baixo em gordura”, “cereais integrais”, etc.
Leia os ingredientes, pois, normalmente, têm um elevado nível de açúcar.
Começar o dia com muito açúcar pode contribuir para uma queda do nível de açúcar no sangue mais
tarde, seguida de fome, desejos e mais uma refeição rica em hidratos de carbono.
Fonte:
Authority Nutrition – “Top 11 Health Foods That Can Kill You”
I DO NOT own any of the above pictures.