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  Fundamentos teóricos e metodológicos para o trabalho com  conhecimentos linguísticos  com alunos em processo de recuperação paralela  Jacqueline Peixoto Barbosa PUC-SP Janeiro/2010
Situando a questão: o ensino de gramática ao longo dos tempos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Motores da mudança ,[object Object],[object Object]
Motores da mudança (2) ,[object Object],[object Object],[object Object]
Questões que ainda se colocam ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Da gramática à análise linguística
Reorganização do currículo de língua materna: o trabalho com as práticas de linguagem ,[object Object],[object Object],[object Object]
Movimento metodológico Práticas de leitura, escuta e produção de textos orais e escritos USO REFLEXÃO USO Práticas   de leitura, escuta e produção de textos orais e escritos Práticas de análise linguística
Análise linguística (Geraldi ,1991) : ,[object Object]
[object Object],Atividades epilinguísticas: dizem respeito a uma reflexão  sobre a linguagem , orientada  para o uso de recursos expressivos  em função de uma dada situação de comunicação. Atividades metalinguísticas dizem respeito a uma reflexão  sobre os recursos expressivos , tendo em vista  à construção de noções e/ou conceitos , com os quais se torna possível classificar esses recursos.  (Supõem a construção de uma metalinguagem que possibilitaria falar sobre o funcionamento da linguagem, os gêneros do discurso, as configurações textuais, as estruturas morfossintáticas etc.)
[object Object],[object Object]
*Síntese proposta por Mendonça (2006) Ensino de gramática * Prática de análise linguística (AL) Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável. Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes. Fragmentação entre os eixos de ensino: as aulas de gramática não se relacionam necessariamente com as de leitura e de produção textual. Integração entre os eixos de ensino: a AL é ferramenta para a leitura e a produção de textos. Metodologia transmissiva, baseada na exposição dedutiva (do geral para o particular, isto é, das regras para o exemplo) + treinamento. Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação de casos particulares para a conclusão das regularidades/regras).
Ensino de gramática  Prática de análise linguística (AL) Privilégio das habilidades metalinguísticas. Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas Ênfase nos conteúdos gramaticais como objetos de ensino, abordados isoladamente e em sequência mais ou menos fixa. Ênfase nos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos), apresentados e retomados sempre que necessário. Centralidade da norma-padrão.  Centralidade dos efeitos de sentido.
Ensino de gramática  Prática de análise linguística (AL) Ausência de relação com as especificidades dos gêneros, uma vez que a análise é mais de cunho estrutural e, quando normativa, desconsidera o funcionamento desses gêneros nos contextos de interação verbal. Fusão com o trabalho com gêneros, na medida em que contempla justamente a intersecção das condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas. Unidades privilegiadas: a palavra, a frase e o período.   Unidade privilegiada: o texto.   Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção.   Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.
Duas questões: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Conhecimentos linguísticos (1):  o que trabalhar ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Conhecimentos linguísticos (2):  o que trabalhar ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Como articular os conhecimentos linguísticos com as demais práticas: Exemplos de atividades
Exemplo 1: Notícias ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Analisando o percurso da atividade ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Exemplo 2: Revisão coletiva  de texto
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Uma nota sobre o trabalho com gêneros do discurso na escola ,[object Object]
Metalinguagem a serviço do uso ,[object Object]
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Sincronias e assincronias entre as práticas de uso e as práticas de análise linguística ,[object Object],[object Object]
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Como resolver essas questões? ,[object Object],[object Object]
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Um exemplo: compreendendo os usos de tempos verbais em textos, a partir do efeitos de sentido que podem provocar.
Atividade 1 1. Leia os textos abaixo Texto 1 Texto 2 Acordava cedo Saía de casa sempre no mesmo horário Chegava à esquina de sempre, aproximava-se dos carros e oferecia suas guloseimas Quase sempre, ao meio dia, comia um chocolate Voltava para casa já de noite Contava a féria do dia Comia alguma coisa, geralmente uma sopa   fria, mais caldo que sólido  Deitava-se no colchão, roçava a mão num   montinho de panos e adormecia. Acordou cedo Saiu para o seu primeiro dia de trabalho Confiante, chegou à esquina pretendida Aproximou-se dos carros e  ofereceu suas guloseimas Ao meio dia, comeu um chocolate  Voltou para casa já de noite Treze reais foi a féria do dia Tomou uma sopa fria, mais caldo que sólido Deitou-se no colchão e, roçando a mão num montinho de panos, adormeceu.
Atividade 1 - continuação 2.  Compare os dois textos, levando em conta os diferentes tempos verbais neles usados. Qual a diferença que você nota quanto ao sentido geral dos textos? 3. Pensando no sentido geral dos dois textos, invente um título para cada um deles e escreva no local destinado aos títulos. 4. Uma música do conjunto Legião Urbana, chamada  Meninos e Meninas,  traz a seguinte afirmação: "...  Acho que o imperfeito não participa do passado  ...“ Levando em conta o que você já aprendeu sobre o pretérito imperfeito, como é que você poderia interpretar este trecho da música?
Mais dois exemplos: possibilitando um olhar sob a perspectiva da morfologia e da sintaxe
Atividade 2 ESTRANHA MENSAGEM ,[object Object],ARNI PIC HIGARO MORPER RINI. TRENERAM RAPU, RAPENICOL, RAPUNICO, ARPE E ARPUNICO. RAPUL TORNIDUL BUGADIL. RAPENICOL TORNIDEL ARTICAL. TRENEDUM PIC HIGARO, TUCADUM SENIPO, OSTE HIGADUM.
Restos do dicionário ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Atividade 3 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Um último exemplo: (re)construindo classes gramaticais
Atividade 4 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Algumas classificações finais realizadas pelos alunos: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O trabalho com conhecimentos linguísticos nas aulas de recuperação ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Voltando à questão : ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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AULA DE PORTUGUÊS A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o Amazonas da minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. (Andrade, Carlos Drummond de, 1979.  Esquecer para lembrar . Rio de Janeiro: Record.)
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Fundamentos linguísticos para ensino de gramática

  • 1. Fundamentos teóricos e metodológicos para o trabalho com conhecimentos linguísticos com alunos em processo de recuperação paralela Jacqueline Peixoto Barbosa PUC-SP Janeiro/2010
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  • 7. Da gramática à análise linguística
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  • 9. Movimento metodológico Práticas de leitura, escuta e produção de textos orais e escritos USO REFLEXÃO USO Práticas de leitura, escuta e produção de textos orais e escritos Práticas de análise linguística
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  • 13. *Síntese proposta por Mendonça (2006) Ensino de gramática * Prática de análise linguística (AL) Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável. Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes. Fragmentação entre os eixos de ensino: as aulas de gramática não se relacionam necessariamente com as de leitura e de produção textual. Integração entre os eixos de ensino: a AL é ferramenta para a leitura e a produção de textos. Metodologia transmissiva, baseada na exposição dedutiva (do geral para o particular, isto é, das regras para o exemplo) + treinamento. Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação de casos particulares para a conclusão das regularidades/regras).
  • 14. Ensino de gramática Prática de análise linguística (AL) Privilégio das habilidades metalinguísticas. Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas Ênfase nos conteúdos gramaticais como objetos de ensino, abordados isoladamente e em sequência mais ou menos fixa. Ênfase nos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos), apresentados e retomados sempre que necessário. Centralidade da norma-padrão. Centralidade dos efeitos de sentido.
  • 15. Ensino de gramática Prática de análise linguística (AL) Ausência de relação com as especificidades dos gêneros, uma vez que a análise é mais de cunho estrutural e, quando normativa, desconsidera o funcionamento desses gêneros nos contextos de interação verbal. Fusão com o trabalho com gêneros, na medida em que contempla justamente a intersecção das condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas. Unidades privilegiadas: a palavra, a frase e o período. Unidade privilegiada: o texto. Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção. Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.
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  • 20. Como articular os conhecimentos linguísticos com as demais práticas: Exemplos de atividades
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  • 24. Exemplo 2: Revisão coletiva de texto
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  • 33. Um exemplo: compreendendo os usos de tempos verbais em textos, a partir do efeitos de sentido que podem provocar.
  • 34. Atividade 1 1. Leia os textos abaixo Texto 1 Texto 2 Acordava cedo Saía de casa sempre no mesmo horário Chegava à esquina de sempre, aproximava-se dos carros e oferecia suas guloseimas Quase sempre, ao meio dia, comia um chocolate Voltava para casa já de noite Contava a féria do dia Comia alguma coisa, geralmente uma sopa fria, mais caldo que sólido Deitava-se no colchão, roçava a mão num montinho de panos e adormecia. Acordou cedo Saiu para o seu primeiro dia de trabalho Confiante, chegou à esquina pretendida Aproximou-se dos carros e ofereceu suas guloseimas Ao meio dia, comeu um chocolate Voltou para casa já de noite Treze reais foi a féria do dia Tomou uma sopa fria, mais caldo que sólido Deitou-se no colchão e, roçando a mão num montinho de panos, adormeceu.
  • 35. Atividade 1 - continuação 2. Compare os dois textos, levando em conta os diferentes tempos verbais neles usados. Qual a diferença que você nota quanto ao sentido geral dos textos? 3. Pensando no sentido geral dos dois textos, invente um título para cada um deles e escreva no local destinado aos títulos. 4. Uma música do conjunto Legião Urbana, chamada Meninos e Meninas, traz a seguinte afirmação: "... Acho que o imperfeito não participa do passado ...“ Levando em conta o que você já aprendeu sobre o pretérito imperfeito, como é que você poderia interpretar este trecho da música?
  • 36. Mais dois exemplos: possibilitando um olhar sob a perspectiva da morfologia e da sintaxe
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  • 41. Um último exemplo: (re)construindo classes gramaticais
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  • 50. AULA DE PORTUGUÊS A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o Amazonas da minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. (Andrade, Carlos Drummond de, 1979. Esquecer para lembrar . Rio de Janeiro: Record.)
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