1. Fundamentos teóricos e metodológicos para o trabalho com conhecimentos linguísticos com alunos em processo de recuperação paralela Jacqueline Peixoto Barbosa PUC-SP Janeiro/2010
9. Movimento metodológico Práticas de leitura, escuta e produção de textos orais e escritos USO REFLEXÃO USO Práticas de leitura, escuta e produção de textos orais e escritos Práticas de análise linguística
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13. *Síntese proposta por Mendonça (2006) Ensino de gramática * Prática de análise linguística (AL) Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável. Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes. Fragmentação entre os eixos de ensino: as aulas de gramática não se relacionam necessariamente com as de leitura e de produção textual. Integração entre os eixos de ensino: a AL é ferramenta para a leitura e a produção de textos. Metodologia transmissiva, baseada na exposição dedutiva (do geral para o particular, isto é, das regras para o exemplo) + treinamento. Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação de casos particulares para a conclusão das regularidades/regras).
14. Ensino de gramática Prática de análise linguística (AL) Privilégio das habilidades metalinguísticas. Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas Ênfase nos conteúdos gramaticais como objetos de ensino, abordados isoladamente e em sequência mais ou menos fixa. Ênfase nos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos), apresentados e retomados sempre que necessário. Centralidade da norma-padrão. Centralidade dos efeitos de sentido.
15. Ensino de gramática Prática de análise linguística (AL) Ausência de relação com as especificidades dos gêneros, uma vez que a análise é mais de cunho estrutural e, quando normativa, desconsidera o funcionamento desses gêneros nos contextos de interação verbal. Fusão com o trabalho com gêneros, na medida em que contempla justamente a intersecção das condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas. Unidades privilegiadas: a palavra, a frase e o período. Unidade privilegiada: o texto. Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção. Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.
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20. Como articular os conhecimentos linguísticos com as demais práticas: Exemplos de atividades
33. Um exemplo: compreendendo os usos de tempos verbais em textos, a partir do efeitos de sentido que podem provocar.
34. Atividade 1 1. Leia os textos abaixo Texto 1 Texto 2 Acordava cedo Saía de casa sempre no mesmo horário Chegava à esquina de sempre, aproximava-se dos carros e oferecia suas guloseimas Quase sempre, ao meio dia, comia um chocolate Voltava para casa já de noite Contava a féria do dia Comia alguma coisa, geralmente uma sopa fria, mais caldo que sólido Deitava-se no colchão, roçava a mão num montinho de panos e adormecia. Acordou cedo Saiu para o seu primeiro dia de trabalho Confiante, chegou à esquina pretendida Aproximou-se dos carros e ofereceu suas guloseimas Ao meio dia, comeu um chocolate Voltou para casa já de noite Treze reais foi a féria do dia Tomou uma sopa fria, mais caldo que sólido Deitou-se no colchão e, roçando a mão num montinho de panos, adormeceu.
35. Atividade 1 - continuação 2. Compare os dois textos, levando em conta os diferentes tempos verbais neles usados. Qual a diferença que você nota quanto ao sentido geral dos textos? 3. Pensando no sentido geral dos dois textos, invente um título para cada um deles e escreva no local destinado aos títulos. 4. Uma música do conjunto Legião Urbana, chamada Meninos e Meninas, traz a seguinte afirmação: "... Acho que o imperfeito não participa do passado ...“ Levando em conta o que você já aprendeu sobre o pretérito imperfeito, como é que você poderia interpretar este trecho da música?
36. Mais dois exemplos: possibilitando um olhar sob a perspectiva da morfologia e da sintaxe
50. AULA DE PORTUGUÊS A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o Amazonas da minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. (Andrade, Carlos Drummond de, 1979. Esquecer para lembrar . Rio de Janeiro: Record.)