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História do Seixal




      Vasco e William

           3ºano

         2009/2010
História do Seixal

Da história remota da sede do Município pouco se sabe. Contudo, esta
cidade terá tido origem, muito provavelmente, num pequeno núcleo de
pescadores e o seu nome poderá estar associado à grande quantidade de
seixos existentes nas praias ribeirinhas que seriam utilizados como lastro
nas embarcações.

Foi no Seixal que os irmãos Vasco e Paulo da Gama construíram as
embarcações para a viagem até à Índia. Enquanto Vasco da Gama estava
em Lisboa a preparar a viagem, Paulo da Gama comandava os carpinteiros
e calafates na construção das naus. Estêvão da Gama, pai dos
navegadores, foi comendador do Seixal.

No início do século XVI, a população rondava as três dezenas de fogos e no
início do séc. XVIII, o número de habitantes ascendia a cerca de 400
pessoas. Actualmente, o Concelho tem 180 mil habitantes.

A Freguesia de Amora foi então integrada no concelho de Almada e as de
Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal no concelho do Barreiro. Três anos
mais tarde, o concelho do Seixal foi de novo instituído, passando também
a abranger a freguesia de Corroios, criada em 1976.

 O Terramoto de 1755 fez-se sentir violentamente no Seixal, tendo
obrigado as populações ribeirinhas a procurar refúgio nas barrocas do
Conde de Vila Nova. A reconstrução foi lenta.

A partir da segunda metade do séc. XIX, começou a registar-se um
significativo surto de desenvolvimento económico e industrial, com a
instalação de diversas unidades fabris (têxtil, vidro e cortiça). Ficaram
conhecidas a Companhia de Lanifícios de Arrentela, a vidreira Fábrica da
Amora e as corticeiras Mundet e Wicander. Há cerca de 100 anos, o Seixal
era o principal centro corticeiro do País.

Nos anos sessenta, a instalação da Siderurgia Nacional (inaugurada em
1961) e a ponte sobre o Tejo (1966) deram um novo impulso ao
desenvolvimento económico do Concelho, com grande incidência no
crescimento demográfico e na alteração profunda das suas características
urbanísticas.

A presença do Tejo neste concelho, nomeadamente da Baía do Seixal,
condiciona o aparecimento de um conjunto de profissões - pescadores,
marinheiros, moleiros, calafates, carpinteiros de machado - que, durante
anos, constituíram o principal modo de vida das populações.

A fisionomia urbana do Concelho foi também definitivamente marcada
pela presença do rio, com a construção de moinhos de maré, estaleiros
navais e de actividades ligadas à pesca, tais como a antiga seca do
bacalhau na Ponta dos Corvos.

Nos últimos 27 anos, o município do Seixal tem vindo a ser projectado
para uma posição avançada onde lhe é reconhecida uma dinâmica de
progresso, em grande medida consequência de um acentuado e assumido
investimento cultural
A lenda que deu nome a Paio Pires


A lenda que deu nome à povoação de Paio Pires fica a três quilómetros do
Seixal à beira da estrada entre Cacilhas e Setúbal.



No princípio do século XIII, apesar de Lisboa estar já nas mãos dos
portugueses, havia ainda alguns grupos de mouros a vaguear pela zona.
Assaltando e matando. O jovem Abu, revoltado, jurou a si mesmo que iria
recuperar aquelas terras e vingar a morte do seu avô e do seu pai. Mas os
seus companheiros não estavam para aí voltados, pois desde a queda de
Almada que tinham vontade de se tornar vassalos do monarca português.
Abu considerava isso uma traição. E, desesperado, arranjou um bando de
jovens mouros para atacar tudo o que fosse cristão nos arredores de
Almada.


Um dia resolveu assaltar uma quinta às portas de Almada. As pessoas que
lá viviam e trabalhavam fugiram, mas o dono, um velho capitão, e a sua
filha lutaram até ao fim para defender a sua propriedade. Mas Abu e os
seus conseguiram vencê-los e entrar na casa. O mouro ficou espantado e
sensibilizado com aquelas gentes frágeis e corajosas que o haviam
enfrentado. Não teve coragem de os matar e rendeu-se à beleza de Alda -
a filha do capitão. Rezou a Alá para que o inspirasse e ajudasse a tomar a
decisão certa.
Entretanto, o cavaleiro Paio Peres Correia e os seus homens,
regressados de Mértola, entraram na casa e enfrentaram os mouros. Paio
Peres ficou espantado quando viu Alda pois ela era muito parecida com a
Nossa Senhora da Anunciação. O cavaleiro venceu Abu e preparava-se
para matá-lo quando Alda lhe pediu que o poupasse tal como ele tinha
poupado a sua vida e a de seu pai.

Paio Peres sorriu ao ler nos olhos de Abu e Alda a paixão que sentiam um
pelo outro. Propôs, então, poupar-lhe a vida se ele se convertesse. Abu
aceitou.


Paio Peres apadrinhou o casamento, que teve lugar na capela da casa. No
final da cerimónia decidiram que aquelas terras receberiam o nome de
Paio Peres. Ainda hoje é Paio Pires a vila que cobriu o espaço da quinta do
capitão.
Quem foi D. Paio Peres Correia



D. Paio Peres Correia, nobre conquistador, a quem a nossa freguesia deve
o seu nome, Camões recorda-o nos Lusíadas, local ao qual fui retirar uma
parte do canto VIII.

D. Paio foi responsável por inúmeras conquistas Alcácer, Mértola, Lagos,
Tavira e Sevilha, foram somente algumas das inúmeras localidades em que
acção de D. Paio e seus homens se revelaram determinantes para a
reconquista do território ibérico e porquê o seu nome ter sido dado à
nossa Aldeia e não a qualquer outro território bem isso e sem grandes
bases históricas, somente com o que nos foi dito pelos mais antigos, diz-se
que por D. Paio Peres Correia ter montado acampamento por terrenos
que são hoje da nossa Freguesia antes de ter partido para a batalha.

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  • 1. EB1/JI Casal do Marco História do Seixal Vasco e William 3ºano 2009/2010
  • 2. História do Seixal Da história remota da sede do Município pouco se sabe. Contudo, esta cidade terá tido origem, muito provavelmente, num pequeno núcleo de pescadores e o seu nome poderá estar associado à grande quantidade de seixos existentes nas praias ribeirinhas que seriam utilizados como lastro nas embarcações. Foi no Seixal que os irmãos Vasco e Paulo da Gama construíram as embarcações para a viagem até à Índia. Enquanto Vasco da Gama estava em Lisboa a preparar a viagem, Paulo da Gama comandava os carpinteiros e calafates na construção das naus. Estêvão da Gama, pai dos navegadores, foi comendador do Seixal. No início do século XVI, a população rondava as três dezenas de fogos e no início do séc. XVIII, o número de habitantes ascendia a cerca de 400 pessoas. Actualmente, o Concelho tem 180 mil habitantes. A Freguesia de Amora foi então integrada no concelho de Almada e as de Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal no concelho do Barreiro. Três anos mais tarde, o concelho do Seixal foi de novo instituído, passando também a abranger a freguesia de Corroios, criada em 1976. O Terramoto de 1755 fez-se sentir violentamente no Seixal, tendo obrigado as populações ribeirinhas a procurar refúgio nas barrocas do Conde de Vila Nova. A reconstrução foi lenta. A partir da segunda metade do séc. XIX, começou a registar-se um significativo surto de desenvolvimento económico e industrial, com a
  • 3. instalação de diversas unidades fabris (têxtil, vidro e cortiça). Ficaram conhecidas a Companhia de Lanifícios de Arrentela, a vidreira Fábrica da Amora e as corticeiras Mundet e Wicander. Há cerca de 100 anos, o Seixal era o principal centro corticeiro do País. Nos anos sessenta, a instalação da Siderurgia Nacional (inaugurada em 1961) e a ponte sobre o Tejo (1966) deram um novo impulso ao desenvolvimento económico do Concelho, com grande incidência no crescimento demográfico e na alteração profunda das suas características urbanísticas. A presença do Tejo neste concelho, nomeadamente da Baía do Seixal, condiciona o aparecimento de um conjunto de profissões - pescadores, marinheiros, moleiros, calafates, carpinteiros de machado - que, durante anos, constituíram o principal modo de vida das populações. A fisionomia urbana do Concelho foi também definitivamente marcada pela presença do rio, com a construção de moinhos de maré, estaleiros navais e de actividades ligadas à pesca, tais como a antiga seca do bacalhau na Ponta dos Corvos. Nos últimos 27 anos, o município do Seixal tem vindo a ser projectado para uma posição avançada onde lhe é reconhecida uma dinâmica de progresso, em grande medida consequência de um acentuado e assumido investimento cultural
  • 4. A lenda que deu nome a Paio Pires A lenda que deu nome à povoação de Paio Pires fica a três quilómetros do Seixal à beira da estrada entre Cacilhas e Setúbal. No princípio do século XIII, apesar de Lisboa estar já nas mãos dos portugueses, havia ainda alguns grupos de mouros a vaguear pela zona. Assaltando e matando. O jovem Abu, revoltado, jurou a si mesmo que iria recuperar aquelas terras e vingar a morte do seu avô e do seu pai. Mas os seus companheiros não estavam para aí voltados, pois desde a queda de Almada que tinham vontade de se tornar vassalos do monarca português. Abu considerava isso uma traição. E, desesperado, arranjou um bando de jovens mouros para atacar tudo o que fosse cristão nos arredores de Almada. Um dia resolveu assaltar uma quinta às portas de Almada. As pessoas que lá viviam e trabalhavam fugiram, mas o dono, um velho capitão, e a sua filha lutaram até ao fim para defender a sua propriedade. Mas Abu e os seus conseguiram vencê-los e entrar na casa. O mouro ficou espantado e sensibilizado com aquelas gentes frágeis e corajosas que o haviam enfrentado. Não teve coragem de os matar e rendeu-se à beleza de Alda - a filha do capitão. Rezou a Alá para que o inspirasse e ajudasse a tomar a decisão certa.
  • 5. Entretanto, o cavaleiro Paio Peres Correia e os seus homens, regressados de Mértola, entraram na casa e enfrentaram os mouros. Paio Peres ficou espantado quando viu Alda pois ela era muito parecida com a Nossa Senhora da Anunciação. O cavaleiro venceu Abu e preparava-se para matá-lo quando Alda lhe pediu que o poupasse tal como ele tinha poupado a sua vida e a de seu pai. Paio Peres sorriu ao ler nos olhos de Abu e Alda a paixão que sentiam um pelo outro. Propôs, então, poupar-lhe a vida se ele se convertesse. Abu aceitou. Paio Peres apadrinhou o casamento, que teve lugar na capela da casa. No final da cerimónia decidiram que aquelas terras receberiam o nome de Paio Peres. Ainda hoje é Paio Pires a vila que cobriu o espaço da quinta do capitão.
  • 6. Quem foi D. Paio Peres Correia D. Paio Peres Correia, nobre conquistador, a quem a nossa freguesia deve o seu nome, Camões recorda-o nos Lusíadas, local ao qual fui retirar uma parte do canto VIII. D. Paio foi responsável por inúmeras conquistas Alcácer, Mértola, Lagos, Tavira e Sevilha, foram somente algumas das inúmeras localidades em que acção de D. Paio e seus homens se revelaram determinantes para a reconquista do território ibérico e porquê o seu nome ter sido dado à nossa Aldeia e não a qualquer outro território bem isso e sem grandes bases históricas, somente com o que nos foi dito pelos mais antigos, diz-se que por D. Paio Peres Correia ter montado acampamento por terrenos que são hoje da nossa Freguesia antes de ter partido para a batalha.