COMO AGIR EM TEMPOS DE CRISE
Temática foi debatida durante a apresentação da Agenda TGI 2016. O consultor Francisco Cunha abordou os impactos da crise no mundo, no Brasil, em Pernambuco.
27. Substituído o Ministro da Fazenda Dílson Funaro por
Bresser Pereira em abril de1987.
FONTE PROF. CRISTIANO PISSOLATO
MORATÓRIA 1987
28. Capa da revista Veja de
janeiro de 1987
criticando a moratória,
em abril com o novo
ministro Bresser Pereira,
são retomadas as
renegociações sobre o
pagamento da dívida
externa.
FONTE PROF. CRISTIANO PISSOLATO
MORATÓRIA 1987
29. Década de 1980 Década de 1990 Década de 2000 Década de
2010
Variação mensal da inflação pelo IPCA | Em %
60
20
40
80
100
FONTE IBGE
82,39
HIPERINFLAÇÃO DE 82,39%/MÊS
MARÇO de 1990
Plano Collor
32. Plano Cruzado, fevereiro 1986.1
Plano Cruzado II, novembro 1986.2
Plano Bresser, julho 1987.3
Plano Verão, janeiro 1989.4
Plano Collor, março 1990.5
Plano Collor II, março 1991.6
Plano Real, junho 1993.7
PLANOS ECONÔMICOS
41. DÓLAR REAL
Moeda americana atualizada pela inflação
FONTE BANCO NACIONAL
3
4
5
6
7
8
EM R$
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
2015
JANEIRO
3,85
7,64
DÓLAR A R$ 4,00
42. Imprensa livre e independente.1
Judiciário, Ministério Público e Polícia
Federal atuando com independência.
2
Congresso funcionando normalmente.3
DEMOCRACIA CONSOLIDADA
43. Reservas internacionais na casa dos
US$ 350 bilhões.
1
Sistema financeiro sólido e
profissionalizado.
2
Amplo mercado de capitais.3
Indústria complexa e diversificada.4
Agronegócio competitivo.5
ECONOMIA FORTALECIDA
44. Diminuição da pobreza e da
desigualdade desde o Plano Real.
1
Sociedade de classe média
intolerante com a inflação e adepta
da progressão social.
2
Consolidação da rede de proteção
social aos segmentos mais
vulneráveis da população.
3
AVANÇOS SOCIAIS
46. 104 milhões
de pessoas na
classe média, ou
53% da população
35 milhões
de pessoas
ascenderam na
última década
PERFIL SOCIOECONOMICO
Outras classes
47%
47. A e B
42%
C
48%
D e E
10%
FONTE INSTITUTO DATA POPULAR
Os brasileiros que
passaram pelos
aeroportos em 2010
pertenciam às
seguintes classes:
EMERGENTES NO AR
48. Jovens com menor renda ampliam
presença nas salas das
universidades do país (em %)
57% 63,1%
29,6%37%
7,3%
6%
Classe alta Classe média Classe baixa
20102002
OS DONOS DA CLASSE
49. FONTE INSTITUTO DATA POPULAR
Por região
O maior crescimento relativo da Classe C
se deu nas áreas rurais e no Nordeste
+35%
+50%
+29%
+21%
+16%
CRESCIMENTO DA NOVA CASSE C
50. CLASSE MÉDIA
R$ 923
BILHÕES
ELITE
R$ 71
BILHÕES
Em valores
absolutos,
esse grupo
compra mais
que a elite
23%
A MAIS
POR ANO
FONTE INSTITUTO DATA POPULAR
O PODER VEM DO BOLSO
55. Pode-se dizer que a atual crise
brasileira tem uma vertente
econômica e outra política.
Juntas, promovem uma queda
acentuada dos índices de confiança
responsáveis por refrear as decisões
de consumo e de investimento
dos agentes econômicos,
retroalimentando a crise.
1
58. A vertente econômica da crise
compõe-se de uma recessão
purgativa para combater uma
demanda que estava aquecida
e uma inflação que estourou o teto
da meta (chegando a dois dígitos
novamente).
Além de um desajuste fiscal
que requer todo um esforço
de recomposição das contas públicas
para refrear a trajetória da dívida
pública que se tornou explosiva.
2
60. 2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
3,22 3,27
3,54
3,79
3,20 3,31 3,42
2,00
2,70
3,11
2,39
1,90
-32.536
47.524,54
55.591,15
72.218,45
81.285,90
75.915,39
88.077,96
103.583,68
64.768,83
101.696,05
128.710,48
104.951,19
91.306,12
-51.800
Resultado do superávit primário do Brasil
ano a ano e sua proporção em relação ao PIB
Valores correntes
(em milhares de R$)
% em relação ao PIB
EVOLUÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS
63. O desajuste fiscal é estrutural
Devido à trajetória de crescimento
das despesas do setor público de forma
mais acentuada do que a da receita
(a partir da Constituição de 1988).
Todavia teve seus efeitos antecipados
em anos por conta dos grandes
equívocos da política econômica posta
em prática nos últimos anos (turbinados
pelo ano eleitoral).
3
64. 2008 2009 2010 2011 20122007 2013 2014
700
800
900
1.000
1.140
2015
Em R$ bilhões corrigidos pela inflação
FONTE TESOURO NACIONAL
RECEITA
DESPESA
RECEITAS CRESCERAM 34% DESPESAS, 53%
65. FONTE CAIXA
GOVERNO LULA GOVERNO DILMA
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
R$ bilhões
Caixa usou recursos próprios
para bancar programas
Saldo Negativo
Saldo Positivo
“PEDALADAS”
66. O componente recessivo da crise
está executando seu papel
purgativo principalmente no que diz
respeito à redução das expectativas
inflacionárias que tendem a passar
novamente a convergir lentamente
para a meta depois de anos se
distanciando dela.
4
67. 2013 2014 2015 2016 2017
2,5%
4,5%
6,5%
TETO DA META
CENTRO
DA META
PISO DA META
5,91%
6,41%
9,99%
6,5%
4,5%
IPCA
68. Contribui decisivamente para a
perspectiva de cumprimento do ciclo
recessivo o reajuste de alguns preços
básicos da economia, como:
5
câmbio (mais de 50%);
juros (muito embora com efeitos
excessivamente danosos sobre a
dívida pública);
tarifas administradas (energia,
combustível, transportes).
70. Esse ajuste de preços,
por si só, já contribui para o início
da reversão do ciclo recessivo
(a clássica trajetória em “V” ou “U”
das crises recessivas…)
todavia com limitação do potencial de
crescimento do PIB pelo atraso do
ajuste fiscal conjuntural, paralisado
pelo imbróglio político.
6
71. ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO EXECUTADO EM 2014
JUROS E
AMORTIZAÇÕES
DA DÍVIDA
45,11%
(R$ 978 BILHÕES)
PREVIDÊNCIA
SOCIAL
21,76%
SAÚDE 3,98%
EDUCAÇÃO 3,73%
TRANSFERÊNCIAS
A ESTADOS
E MUNICÍPIOS
9,19%
FONTE WWW.AUDITORIACIDADA.ORG.BR
73. É justamente a vertente política da
crise que lança mais incerteza sobre a
retomada do crescimento já que não
consegue promover o ajuste fiscal
conjuntural indispensável (o estrutural
só com um capital político que o atual
governo definitivamente não tem),
para que a retomada do crescimento
se dê em patamares mais altos.
7
74. Em
Suma Pelo lado recessivo, a crise cumpre
sua trajetória “purgativa” que
classicamente incorpora uma
recuperação em “V” ou “U” com o
“vértice” negativo ou “vale” no final de
2015/início de 2016.
Acontece que a retomada pós
período “purgativo” fica afetada pela
ausência/insuficiência/atraso do
ajuste fiscal necessário por falta de
capital político ao atual governo.
75. 2014 2015 20192016 2017 20182013
2,3%
ESTIMATIVA DE VARIAÇÃO ANUAL DO PIB (EM%)
0,1%
-3,0%
-2,0%
0,0%
1,0%
2,0%
76. Desta vez, a
queda vai ser
mais longa.
E a recuperação
igualmente lenta.
“
“
Affonso Celso Pastore
80. CUIDANDO
DO CAIXA1
Este é um momento de retardar alguns investimentos,
segurando decisões estratégicas mais onerosas, até
que se tenha uma visão melhor do futuro.
Reduzir despesas, sem perder qualidade ou
capacidade competitiva e perseguir, sempre que
possível, o aumento da receita.
81. CUIDANDO
DAS PESSOAS2
Os empregados são o maior valor de uma empresa e
seu diferencial crítico para a capacidade de competir,
especialmente na adversidade.
Se for inevitável cortar pessoas, que seja feito
cuidando-se de tratar com respeito os que saem e
preservar o clima dos que ficam.
82. COMUNICANDO COM
TRANSPARÊNCIA3
Em tempos de crise, alguns gestores não
conversam com a equipe e muitas vezes até
se escondem para evitar constrangimentos.
Não é a melhor opção! Se não conversam
com o líder, as pessoas falam entre si, em
geral imaginando o pior.
83. USANDO CRIATIVIDADE
E INOVANDO4
Períodos de crise são também propícios
para buscar alternativas novas de
abordagem dos clientes ou para criar
novos produtos.
Observação atenta às necessidades dos
clientes é uma boa fonte para
descobertas criativas.
86. 1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
NOVO
ATUAL NOVO
NOVIDADE TECNOLÓGICA CRESCENTE
NOVIDADEMERCADOLÓGICA
CRESCENTE
1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
MATRIZ PRODUTO X MERCADO
1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
Vender mais
para o mercado
atendido,
aumentando
a participação
87. 2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
NOVO
ATUAL NOVO
NOVIDADE TECNOLÓGICA CRESCENTE
NOVIDADEMERCADOLÓGICA
CRESCENTE
2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
MATRIZ PRODUTO X MERCADO
2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
Desenvolver
novos produtos
para o mercado
já atendido
88. 1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
3
AMPLIAÇÃO
DO MERCADO
4
DIVERSIFICAÇÃO
NOVO
ATUAL NOVO
NOVIDADE TECNOLÓGICA CRESCENTE
NOVIDADEMERCADOLÓGICA
CRESCENTE
1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
Vender mais
para o mercado
atendido,
aumentando
a participação
1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
3
AMPLIAÇÃO
DO MERCADO
Oferecer os
produtos atuais
para novos
mercados (atingir
novos clientes)
3
AMPLIAÇÃO
DO MERCADO
MATRIZ PRODUTO X MERCADO
89. 1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
3
AMPLIAÇÃO
DO MERCADO
4
DIVERSIFICAÇÃO
NOVO
ATUAL NOVO
NOVIDADE TECNOLÓGICA CRESCENTE
NOVIDADEMERCADOLÓGICA
CRESCENTE
1
PARTICIPAÇÃO
NO MERCADO
2
DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTO
3
AMPLIAÇÃO
DO MERCADO
4
DIVERSIFICAÇÃO
Oferecer novos
produtos para
novos mercados
(diversificar
a atuação)
4
DIVERSIFICAÇÃO
MATRIZ PRODUTO X MERCADO
91. É muito importante explorar as
alternativas de estratégia para além do
quadrante 1 sob pena de ver a crise se
instalar no mercado atendido com os
produtos atuais e ter que concentrar
todo o esforço de ajuste apenas no
corte de despesas, reduzindo o
tamanho da empresa e
comprometendo sua capacidade
competitiva quando a crise se for.
FUNDAMENTAL PARA OS TEMPOS DE CRISE
92. É essencial buscar a
inovação com o atendimento
a novos clientes e o
desenvolvimento de novos
produtos para gerar receita
adicional não contaminada
pela retração do mercado
tradicional.
INOVAÇÃO
93. Em momentos de
crise, só a
imaginação é mais
importante que o
conhecimento.
“
“
Albert Einstein
94. Ao contrário do que temem os
pessimistas, esta situação
política e econômica não
apenas tem solução. Ela é a
solução para a crise moral
que vivemos. Sem uma crise
de tamanhas proporções,
dificilmente a sociedade
brasileira se mobilizaria para
mudar o país. O Brasil tem jeito,
sim. A crise é o jeito. Não é a toa
que o ideograma chinês para a
crise e oportunidade é o
mesmo. Sabedoria milenar...
“
“
Ricardo Amorim
97. O correr da vida
embrulha tudo. A vida é
assim: esquenta e
esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e
depois desinquieta.
O que ela quer
da gente é
coragem.
“
“
Guimarães Rosa
99. O líder é aquele que serve.
E neste momento ele tem
de servir de exemplo para
seus colaboradores, de
inspiração para seus
clientes e de voz da razão
e bom senso.
“
“
Nizan Guanaes
100. Surfar a crise e sair dela
preservado não requer nenhum
passe de mágica, mas não
suporta o desânimo, muito
menos o pânico. Exige, sim,
determinação e senso
estratégico, mantendo os
parâmetros da boa gestão.
“DESESPERAR JAMAIS
“
Gestão Mais
Revista Algomais
Março de 2015
Com crise ou sem crise
só sobrevivem as
empresas com gestão
competente e
capacidade competitiva.
101. Quando a crise passar (e toda crise passa!),
tanto o país quanto as empresas sairão dela
melhores
SAÍDA DA CRISE
+ enxutas
+ eficientes
+ produtivas
+ competitivas
- perdulárias
+ caídas na real
A questão crucial, então, é fazer o que for
preciso para sobreviver e usufruir dos
benefícios da crise.
103. PESQUISA
AS DIFICULDADES POLÍTICAS DO SEGUNDO
GOVERNO DILMA ROUSSEFF SERÃO:
MAIORES DO
QUE AS DO
PRIMEIRO
IGUAIS ÀS DO PRIMEIRO 8%
MENORES DO QUE AS DO PRIMEIRO 3%
89%
109. PESQUISA
O que predomina no esforço de redução de
despesas de sua organização/empresa?
34%
REDUÇÃO
DE CUSTOS
OPERACIONAIS
32%
REDUÇÃO PESSOAL/
REDUÇÃO DE QUADRO
22%
REDUÇÃO
DE DESPESAS
ADMINISTRATIVAS
8%
OUTROS
4%
REDUÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
DE LUCROS/RESULTADOS
110. PESQUISA
O que predomina no esforço de aumento de
receita de sua organização/empresa?
42%
CONQUISTAS
DE NOVOS
CLIENTES PARA
OS PRODUTOS/
SERVIÇOS
ATUAIS
15%
DESENVOLVIMENTO
DE NOVOS PRODUTOS/
SERVIÇOS PARA
OS CLIENTES ATUAIS
NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS
PARA NOVOS CLIENTES 29%
14%
INCREMENTO DE
VENDAS DOS PRODUTOS/
SERVIÇOS ATUAIS PARA OS
CLIENTES JÁ ATENDIDOS
114. PESQUISA
No atual cenário de crise e
escassez de recursos a prioridade
do governo estadual deve ser
28%
SAÚDE
22%
INVESTIMENTO
EM INFRAESTRUTURA
27% EDUCAÇÃO
12%
SEGURANÇA
7%
OUTROS
4%
COMBATE À SECA