6. UM PRESENTE MUITO PREOCUPANTE
“Parece que o Recife, cidade tão
cheia de personalidade e história
toma um caminho apressado para
transformar-se num
reduto de ‘não lugares’,
numa paisagem desses ‘não
lugares’.”
Kleber Mendonça Filho,
cineasta recifense
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15. “Conheço poucas cidades
que se autodestroem
tão rapidamente quanto o
Recife.”
Circe Monteiro
arquiteta, mestre em Planejamento Urbano
e doutora em Sociologia - docente da UFPE
29. PORQUE É A MELHOR FORMA DE
CONTATO COM A NATUREZA
30.
31. ANDAR A PÉ
“Vai oiando coisa a grané
Coisa que pra mode ver
O cristão tem que andar a pé.”
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira,
Estrada de Canindé (1950)
32. Estrada de Canindé
Para visualizar esse vídeo acesse aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=giCcxsvM4-k
33. PORQUE É UM MODO EFICAZ DE ESPANTAR A TRISTEZA
36. “Não é preciso gastar um
grande montante de dinheiro
para fazer boas caminhadas.
Pense em passeios por onde
você vive, em seu bairro, em
todos os lugares que puder.
Eu já andei muito sem gastar
nada além de uns trocados
para os sanduíches.”
Hamish Fulton
walking artist britânico
37. Hoje, nos deslocamos em
“túneis refrigerados”
Para visualizar esse vídeo acesse aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=IYv6uWIIm1Y
38. A pé, temos contato
com a cidade (do lado esquerdo)
Para visualizar esse vídeo acesse aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=v4DEoy2hyPQ
39. A pé, temos contato
com a cidade (do lado direito)
Para visualizar esse vídeo acesse aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=cCjlIwa3P2I
40. Para visualizar esse vídeo acesse aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=0Ug1mADSRaU
41. Se aqueles que tiveram o privilégio e o
esforço de uma condição sócio-
econômica, educacional e cultural que
permite ser, além de moradores, cidadãos
conscientes e reivindicadores da ordem,
abandonam as ruas à sua própria sorte,
como ter uma cidade cidadã?
Impossível.
HIPÓTESE
42. WALKABILITY
É a medida do quanto amigável é
uma área para caminhar.
Sendo boa, ela pode trazer vários benefícios para a
saúde para o ambiente e para a economia.
Os fatores que influenciam
a walkability ("andabilidade" ou "caminhabilidade",
em português) incluem a presença ou ausência de
caminhos, calçadas ou outros itens que interferem
no direito de ir e vir, condições de tráfego, uso do
solo, acessibilidade a edificações, segurança, entre
outros.
44. ESTADOS INADEQUADOS
1 Calçada inexistente.
2 Rebaixamento do meio-fio além do permitido pela legislação.
3 Ausência do piso (calçada de areia).
4 Piso estragado (buracos, rachaduras, etc.).
5 Piso inadequado (escorregadio, em material inapropriado).
6 Existência de obstáculos (rampas, inclinações excessivas, etc.).
45. USOS INADEQUADOS
1 Estacionamento de veículos.
2 Circulação de motos e bicicletas.
3 Ocupação por bares e barracas (bancas de revista).
4 Ocupação pela construção civil.
5 Invasão pelo setor privado (movelarias, oficinas, etc.).
6 Equipamentos públicos urbanos
(arborização, telefone público, etc.).
60. O poder desorganizador
da má calçada
• A janela quebrada atrai pedras.
Base teórica da Tolerância Zero
em Nova York.
• O descaso pelo espaço público estimula a
violência e desencoraja a atuação cidadã.
62. “Ver apenas, não! Sentir a cidade.
Evocar seu passado, partilhar seu
presente, sonhar com seu futuro.”
Mário Sette, 1948
63. “Aparentemente despretensiosos,
despropositados e aleatórios,
os contatos nas ruas constituem
a pequena mudança a partir da qual
pode florescer a vida pública
exuberante da cidade.”
Jane Jacobs
Morte e Vida das Grandes Cidades
64. • A violência não permite.
• O clima não permite.
• As calçadas não permitem.
OBJEÇÕES
65. CORREDORES DE PENITENCIÁRIA
“O tráfego e a violência não
são desculpas para
transformar nossas ruas em
corredores de penitenciária,
com guaritas, holofotes,
arames farpados e agentes
armados.”
José Eduardo de Assis Lefèvre
Arquiteto, professor de Urbanismo da USP
76. No Nível Federal
• Código de Trânsito Brasileiro | Lei nº 9.503/1997
No Nível Municipal
• Lei orgânica do Recife
• Plano Diretor da Cidade do Recife
| Lei nº 17.511/2008
• Lei de Uso e Ocupação do Solo do Recife
| Lei nº 16.176/1996
• Lei dos sete bairros | Lei nº 16.719/2001
• Lei de Edificações e Instalações
77. O problema das calçadas está,
na verdade, relacionado à
falta de vontade política
dos governantes, à ausência de
dispositivos eficazes de
controle, bem como à falta de
consciência de muitos cidadãos.
79. 1. As necessidades dos pedestres.
2. A outras necessidades sociais, especialmente dos
ciclistas e de transporte público de passageiros.
3. As de transporte de mercadorias, normalmente
compatibilizadas com as anteriores por meio de
restrições de horários e de itinerários.
4. Finalmente, as necessidades de circulação de
automóveis particulares.
Prioridades da política de transporte
segundo a Carta do Pedestre
81. “Devemos pensar em cidades
para os mais vulneráveis.
Para as crianças, os idosos, os que se
movimentam em cadeiras de rodas,
para os mais pobres. Se a cidade for
boa para eles, será também para os
demais.”
Henrique Peñalosa,
ex-prefeito de Bogotá.
98. Comece fazendo
o que é necessário,
depois o que é possível,
de repente, você estará
fazendo o
Impossível.
São Francisco de Assis
99. 1. Fazer o Necessário é tirar
imediatamente o carros das calçadas.
2. Fazer o Possível é, no médio prazo,
implantar uma política de calçadas que
torne irreversível o caminho da
qualidade (cartilha, fiscalização,
intervenções pontuais etc.).
3. Fazer o que parece Impossível é, até o
final da gestão, ter calçadas decentes e
implantado o respeito ao cidadão-
pedestre no Recife (70% da população).
ATINGINDO O QUE PARECE IMPOSSÍVEL
100. “A viagem de descoberta
consiste não em achar
novas paisagens, mas em
ver com novos olhos.”
Marcel Proust