O documento discute como o amor mudou ao longo do tempo, passando de um sentimento focado no compromisso e união para um valor mais voltado à liberdade e prazer momentâneo. Também aborda o papel das drogas e da indústria farmacêutica nessa transformação cultural.
SEXO, AMOR E DROGAS: UMA ANÁLISE SOBRE AS TRANSFORMAÇÕES NOS RELACIONAMENTOS HUMANOS
1. SEXO, AMOR E
OUTRAS DROGAS
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI
Administração
Thales Fernandes
2.
3. Sinopse:
Maggie é uma mulher que valoriza
sua liberdade e acredita que nada ou
ninguém será capaz de segurá-la.
Até o dia em que conhece Jamie,
cujo jeitão sedutor costuma ser
infalível com as mulheres, que caem
nas garras do experiente executivo
de vendas da área farmacêutica. O
romance acaba pegando os dois de
surpresa e os coloca em contato
com uma droga pura, forte e que não
está à venda: o amor.
4. Algumas conclusões prévias:
- A forma de amar mudou
- Damos mais valor à liberdade (sexo sim, relacionamentos
não)
- Temos medo de amar (de sofrer)
- Usar remédios virou rotina
- A influência da indústria farmacêutica
- O culto da indústria do cinema para uma vida livre e
desregrada
5. Introdução
Quantas vezes você disse “eu te amo” neste ano?
Aposto que, ou você não lembra, ou ainda consegue
contar nos dedos.
De onde vem o amor?
Como a ciência explica o amor?
Os poetas...
Então, amor é uma droga?
6. O papel do amor na evolução das espécies
- os cérebros: anfíbio, repteis e mamíferos
7. O papel do amor na evolução das espécies
- Será que os animais amam? (mostrar vídeo de afeto entre
macacos)
- O papel do amor para a raça humana:
- Família (união)
- Sociedade (o próximo)
- Respeito (diferenças)
- Tolerância
- O amor na história
- Grécia antiga – amor entre os ...guerreiros...
- Amor proibido , romeu e julieta;
- Amor dos filmes preto e branco até década de 1960
- O amor muda de acordo com a cultura (religiões, costumes,
crenças, ..)
8. O papel do amor na evolução das espécies
- E para as outras espécies?
- Não há amor, há um sentimento extintivo ( de proteção,
de união para garantir força, de garantia de prosperar
sua espécie)
- Seleção natural – Charles Darwin
- “Diferenciação pela falta de predadores”
- “A fêmea escolhe!” - Ele vai me proteger, vou ter filhos fortes e
saudáveis? (aparência física, cheiro, som, simetria, habilidades
manuais – ele consegue matar aquele leão? – extinto de sobrevivência
e perpetuação da espécie.
9. O amor e o cérebro humano
- Hemisfério esquerdo – racional, masculino álcool elimina o pensamento lógico
“é logico que não sou um príncipe encantado”, “é lógico que aparento ser o cara
ideal para ela” “é lógico que ela procura alguém melhor do que eu...” )
- Hemisfério direito –feminino (chora por tudo filho que vai bem ou mal na prova |
a mulher relaciona mais os dois lados do cérebro, lembra mais dos fatos pois
projeta emoções neles)
10. O amor e o cérebro humano
Homens não somos tarados, são apenas
homens...
e se... as mulheres fossem
taradas como os homens?
“Crescei e multiplicai-vos”,
o criador não poderia ser mais claro.
11. O amor e os relacionamentos
Antigamente
• Mau começam a namorar e a mãe da filha pergunta:
“E ae, quando vai casar?”
• Sexualidade restringida – pouca informação,
• Divórcio – preconceito, pressão da sociedade e da
igreja
• Romantismo à flor da pele
• Homem e mulher com papéis distintos
12. O amor e os relacionamentos
Atualmente
• O jogo é o mesmo, mas as regras mudaram
• Independência feminina
• A síndrome do macho alfa
• Vulgarização do feminino
• Feminismo
• “Homem não tem amigas”
• Prostituição – o serviço mais antigo da história da
humanidade – sinal do poder feminino
13. O amor e os relacionamentos
Atualmente
• Ditadura da beleza (que não seja para se exibir, “o sarado ou
a gostosa”, mas para ser um instrumento da alma e poder amar
pelo maior tempo possível, o maior número de pessoas possível)
• Relacionamento é troféu (“Parabéns hein!”, “minha namorada
é gata”)
• Quanto vale um curtir?
• Na balada – vestindo um personagem
prazer da conquista (homens) – provocar o desejo (mulheres)
• Geração do individualismo
14. O amor e os relacionamentos
Atualmente
• Sem saco para aturar o outro
• Relações descartáveis – “provei, não gostei”
• Antes, aprendemos a gostar – Hoje, tentamos gostar
• Sexo virtual à toda (sem stress, sem custos, sem
dores, sem frustrações, sem pessoalidade)
15. O amor e os relacionamentos
Afinal... o que a mulher quer?
Um homem que a entretenha
e lhe proteja...
Então.. ela quer um
palhaço faixa preta?!
16. O amor e os relacionamentos
E os homens, o que querem?
...nada que tenha compromisso.
“Querida... se não notou ainda, sou uma
FRIGIDEIRA DE TEFLON.
1° Por que cada panela tem a sua tampa. E
eu não tenho tampa!
2° Por que sou anti-aderente... nem adianta
tentar grudar que tu escorrega.”
17. O mercado virtual do amor e sexo
Os segmentos de mercado:
• Identidade sexual (sexualidade, expressão sexual, grupos
ativistas)
• Mercado sexual (filmes, sites de relacionamentos,
“acompanhantes” – Bruna Surfistinha, acessórios, ...) e
• Conhecimento sexual (saúde, o corpo, sedução, a
pornografia passa a ser fone de conhecimento sexual..)
Aumentam os sites de relacionamentos e
encontros virtuais – “vou, não vou”
18. O mercado virtual do amor e sexo
- O mercado de
pornografia virtual nunca
rendeu tanto
- Torna-se virtualmente
perigoso para as crianças
– preserva o anonimato e aumenta o
acesso a agressores
20. Amor Próprio vs Vaidade
Vaidade - É um extremo desejo de se
mostrar para o outro, é um prazer em se
exibir, é um narcisismo.
(“eu adoro dançar” – “quer ir num
restaurante vazio ?”)
Desejo de ser famoso para ser
“olhado” – desejo de estar com alguém
interessante, bonito, com alto valor
social.
21. Amor Próprio vs Vaidade
Vaidade é uma característica
pessoal, mas depende de
observadores.
(“eu quero me mostrar, mas preciso de alguém para me observar,
exaltar” – “Tá vendo aquela ali? Tô comendo”)
Não existiria vaidade sem o outro
22. Amor Próprio vs Vaidade
Amar a si próprio é um
sentimento de se bastar por
si só, de plenitude, é
aceitar-se o que se é e
como se é.
23. Busca do amor vs Prazer na solidão
Há uma tendência de nos sentirmos
incompletos quando estamos
sozinhos...
Por que?!
- Querem desesperadamente um
parceiro para amar (porque amar é ter
paz e harmonia), mas escolhem o
parceiro errado, e não conseguem paz e
harmonia.
24. Busca do amor vs Prazer na solidão
O Big Bang e o nascimento
Ambos estão em paz e equilíbrio e passam para o caos, mudanças
aceleradas...mas querem o equilíbrio
Então, o nascimento é um trauma, uma ruptura da
sensação da paz e harmonia. Temos cada vez mais
medo de enfrentar esta ruptura. Preferimos ficar
sozinhos para evitar rupturas afetivas, tudo em
busca da paz e harmonia.
25. Busca do amor vs Prazer na solidão
No final, há o medo de enfrentar o amor, pois o
mesmo requer enfrentar o medo da felicidade, do
sucesso, de superar a inveja dos outros.. (deve-se
ser feliz por inteiro para ser feliz com o outro), isso
nos leva a preferirmos a solidão, evitando enfrentar
uma possível perda.
“Estava tudo bem no
relacionamento, de repente
ele/ela rompeu” – “O que as
pessoas mais querem é o que
elas mais temem”.
26. Drogas
O que nos leva a consumir?
A estrutura familiar precária?
Os amigos?
A mídia?
Preencher um vazio..autopunição, frustração de não sermos como a
maioria é – “normal” - Normal é fazer o que todos fazem
Ou um extremo desejo de ser amado.
27. Drogas
Quem não tem um familiar, amigo, vizinho
ou mesmo conhecido, que usa ou já usou
alguma droga?
28. Drogas
A consequência social
O “drogadito” é taxado
como inapto às funções
cotidianas, perde
credibilidade, perde
confiança, perde o
respeito.
E nos achamos no direito
de excluí-los, ao invés de
A ironia - “não use drogas, tome este tentar compreendê-los e
remédio, ele te fará melhor.” amá-los.
29. Síndrome do Pensamento Acelerdo - SPA
- Diagnóstico: muitos estímulos e pouco controle para
selecionar o que lhe faz bem, suas prioridades
- Causas: consumismo, status, estética e
competitividade profissional
- Efeitos: ansiedade, falta de foco, quer ser igual ao
outro
“O ser humano aprendeu a administrar diversos recursos e
instrumentos, mas não aprendeu a gerir as suas próprias emoções.”
“Ser o 1º, sempre! Uma mania doentia da atualidade.” – E será que não
é importante ser o segundo, terceiro, o décimo?