2. Introdução
A infecção humana por schistosoma mansoni
costuma ser, na maioria das vezes,
assintomática mas pode produzir alterações
anomapatológicas.
Em considerável número de individuos
acarreta déficit orgânico, comprometendo o
desenvolvimento dos jovens e a
produtividade dos adultos.
3. A infecção
Os schistosoma são parasitos que requerem dois
hospedeiros para completar sua evolução: um
molusco aquático e um vertebrado.
Qualquer região da pele, da conjuntiva ou da
mucosa orofaringiana é adequada como porta de
entrada.
As localizações habituais do S.mansoni são as
vênulas da parede do reto,do sigmóide e do
intestino grosso do homem.
4. Depois de permanecer na pele por tempo
variável, entre alguns minutos e um dia
inteiro, o esquistossômulo empreende a
migração através do corpo do seu
hospedeiro. Para abrir passagem nos estratos
mais profundos da pele, utiliza a secreção
lítica das glândulas cefálicas posteriores.
Penetra nos vasos cutâneos e, através da
circulação sanguínea, chega ao coração
direito e aos pulmões.
5. Do pulmão, os esquistossômulos vão para o
coração esquerdo e são enviados pela
circulação geral a todas as partes do
organismo.
6. Processos inespecíficos de
defesa
A pele,constitui a porta de entrada do
schistosoma mansoni.
A imunidade natural pode manifestar-se pela
capacidade que tem o hospedeiro não-imune
para destruir grande parte das cercárias que
penetram em sua pele.
em resposta à presença das cercárias,
aparece na pele, uma a três horas depois,
uma reação inflamatória local.
7. Imunidade adquirida
IMUNIDADE EXPERIMENTAL
Todos os hospedeiros vertebrados, mesmo os
mais suscetíveis, destroem uma certa
proporção dos parasitos que lhes invadem a
pele, seja a esse nível, seja no pulmão ou no
fígado.
8. patologia
O quadro inicial e a evolução do processo
patológico provocado pelo S.mansoni, no
organismo do hospedeiro, variam
consideravelmente com uma série de
circunstâncias, entre as quais devem ser
consideradas:
9. a) A linhagem do parasito, a carga infectante,
as condições fisiológicas do material
infectante e a frequência com que ocorrem
as reinfecções;
b) As características do hospedeiro e seu meio,
ocorrência ou não de outras infecções
anteriores, grau de imunidade desenvolvida;
c) Carga parasitária acumulada ao longo dos
anos e duração da infecção.
10. Fase aguda (Inicial)
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS
A penetração das cercárias pode
acompanhar-se de prurido e outras
manifestações alérgicas locais
11. Alterações gerais
O mesmo processo discreto pode ter lugar no
pulmão, durante a migração dos
esquistossômulos, ou ao chegarem estes ao
fígado. A morte de alguns vermes produz
obstrução embólica do vaso e reação
inflamatória. A desintegração do parasito
costuma provocar necrose de tecido em
torno, mais tarde substituída por tecido
cicatricial.
12. Mas, dependendo do número de parasitos e
da sensibilidade do paciente, pode
desenvolver-se um quadro descrito como
forma toxêmica da esquistossomíase.
o início é súbito, por volta do 15° ao 25° dia da
exposição infectante.Há febre, eosinofilia,
linfadonepatia, esplenomegalia e urticária.
O fígado mostra um processo de hepatite que
se agravará mais tarde, quando começarem a
aparecer aí os ovos de schistosoma. Seu
volume está aumentado.
13. As alterações intestinais, também, começam
antes da oviposição, chegando a
compreender numerosas úlcerações
necróticas hemorrágicas da mucosa, com as
pequenas úlceras disseminadas por todo o
intestino.
Quando a doença dura mais tempo,encontra-
se grande quantidade de ovos,amplamente
disseminados em diversos órgãos e
envolvidos por reações granulomatosas.
14.
15. Fase crônica
FORMAÇÃO DE GRANULOMAS
Apenas metade dos ovos produzidos pelos
parasitos alcança a luz intestinal e sai para o
meio exterior com as fezes do paciente.
Dentro dessa fase estão as seguintes
doenças:
17. Esquistossomíase aguda
Tudo pode começar duas a seis semanas mais
tarde, de forma súbita, com febre, mal-estar,
dores abdominais e diarréia.
A febre pode ser o único sintoma inicial.Ela é
irregular, podendo chegar a 40C, com calafrios e
suores.Acompanha-se geralmente de
cefaléia,prostração,dores pelo
corpo,anorexia,náuseas e algumas vezes tosse.
As evacuações, por vezes precedidas de cólicas,
são de fezes líquidas ou pastosas e podem conter
muco e manchas de sangue.
18. Em outros casos, os sintomas são vagos,
predominantemente abdominais, com pouca
febre ou sem ela. O exame físico vai
encontrar um abdome distendido e doloroso.
Fígado e baço podem estar aumentados e
dolorosos ao exame.
Os ovos de schistosoma mansoni aparecem
nas fezes por volta da sexta semana, após a
infecção.
19. Esquistossomíase crônica
Depois da fase aguda, os sintomas regridem,
permanecendo a maioria dos pacientes
assintomáticos.
FORMA INTESTINAL
Os sintomas são geralmente vagos: perda de
apetite com desconforto abdominal,surtos
diarréicos,prisão de ventre,dor abdominal.
FORMA HEPATOINTESTINAL
O fígado já revela lesões hepáticas discretas na
forma intestinal permanecendo o paciente com
os mesmos sintomas mas de forma mais
acentuada.
20. FORMA HEPATOSPLÊNICA
O fígado e o baço são vistos como órgãos
mais atingidos pela doença.
FORMA CARDIOPULMONAR
Apresenta tosse quase sempre seca ou com
secreção por vezes, laivos de
sangue.Podendo haver também febre e sinais
de bronquite ou broncopneumonia,crises
asmáticas.
21. diagnóstico
A palpação de um fígado aumentado e duro e
de um baço palpável devem alertar para a
possibilidade desta doença.
Dispõe-se para diagnóstico:
Exame de fezes;
Eclosão de miracídios;
Biópsia retal.