O documento discute projetos interdisciplinares sobre o conceito de limite para crianças de 4 a 6 anos. Ele descreve atividades que usam o corpo e movimento para ajudar as crianças a perceber seus próprios limites e respeitar os limites dos outros através de brincadeiras, regras e cooperação em equipe.
4. O limite hoje e a percepção do outro é fundamental pra o desenvolvimento e aprendizagem da criança. O limite hoje é uma questão preocupante, pois as crianças estão cada vez mais agitadas, sem atenção, precisando se organizarem no tempo e no espaço para terem um comportamento adequado para as diferentes situações (limite), terem escuta para ocorrer a aprendizagem, e respeito ao próximo para o convívio social. Através das brincadeiras com o corpo, a criança vai percebendo seu corpo, seu espaço, percebendo e respeitando o corpo e o espaço do outro. Dessa forma mais tarde o educador pode trabalhar as regras, os combinados, que representam exatamente o limite dentro de uma rotina, o convívio social, o respeito ao próximo, os jogos, as regras, entre diversos aspectos em que a criança encontra-se envolvida.
6. As crianças em um espaço delimitado na sala pelo educador ficarão espalhados onde andarão livremente. Ao escutar a palma e o comando pedido pelo responsável alterarão conforme solicitado, preocupando-se sempre com o cuidado de não encostarem-se e esbarrarem-se entre si. Exemplos de comandos: andar de costas, de lado, abaixado, rodando os braços, devagar, rápido, devagar nas pontas dos pés, etc.
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8. As crianças serão divididas em equipes que cada uma escolherá seu representante. O educador entregará duas folhas de jornal para cada um, mostrando o percurso a ser percorrido (ponto de partida e chegada). Explicará para todas as crianças como será desenvolvido a atividade, aplicando as regras através de uma linguagem da “fantasia”. Exemplo: A criança deverá ir a uma ilha buscar doces gostosos para sua equipe que não poderá ir nadando porque o rio está cheio de jacarés e é muito perigoso. Então, terá que criar uma ponte com as folhas de jornais. Como a ilha é muito distante e eles só possuem duas folhas de jornal, deverão montar a ponte folha por folha, ou seja, colocará uma folha no chão e pisará com os dois pés, em seguida a segunda folha com o mesmo procedimento, repetindo até o ponto de chegada.
9. Após a primeira “partida”o educador fará algumas modificações nas regras no percorrer da criança do ponto de partida/chegada, gradativamente dificultando ou não o percurso. Em cada “partida” haverá trocas de representantes, para que cada criança possa vir a participar. O educador deverá ter cuidado ao aplicar a atividade para não tornar uma competição e todos envolvidos respeitem a individualidade e dificuldade de cada um.
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11. O educador entregará para cada aluno uma folha de jornal, explicando como poderia economizar espaço na lixeira ou saco de lixo a folha descartada, demonstrando através de comparação do amassar e dobrar o material apresentado. Para que cada um possa colocar em prática a explicação dada, o educador dará uma atividade onde a criança irá dançar em cima da folha e em cada parada de música, ela deverá dobrar o jornal e permanecer dançando. O espaço vai diminuindo e quem ficar por último é que conseguiu explorar o espaço menor (normalmente a criança fica num pé só e trabalha também o equilíbrio).