O documento descreve um seminário sobre métodos de avaliação de riscos de máquinas e equipamentos no Brasil e na União Europeia. Ele apresenta vários métodos de análise de riscos incluindo a identificação de perigos, estimativa de riscos, avaliação de riscos e redução de riscos. Além disso, discute categorias de segurança e métodos como a NBR 14153 para definir a categoria de segurança requerida com base na análise de risco.
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
Apresentacao apreciacao riscos brasil
1. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Métodos de Apreciação de Riscos de
Máquinas e Equipamentos Usados no
Brasil
30 de outubro de 2014
Brasília - DF
Eng° João Baptista Beck Pinto
3. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
É
função
da
e
Risco
Relacionado
ao perigo
considerado
Gravidade
do dano
Que será
resultado do
perigo
considerado
Probabilidade de
ocorrência do dano
Exposição de pessoas a
perigos
A ocorrência de eventos
perigosos
Possibilidade de evitar ou
limitar o dano
ELEMENTOS DO RISCO
4. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
A apreciação de
riscos, de maneira
geral, é um processo
composto por uma
série de etapas que
permite, de forma
sistemática, analisar e
avaliar os riscos
associados à máquina.
Não
Não
Sim
Sim
Início
Determinação dos limites da
máquina
Identificação dos perigos
Estimativa de riscos
Avaliação dos riscos
O risco foi
reduzido
adequadamente?
Fim
Processo de redução de riscos
Outros
riscos
gerados?
Apreciação
de risco
Análise de
risco
5. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
NR-12 – Segurança no trabalho em máquinas e
equipamentos
12.39 Os sistemas de segurança devem ser selecionados e
instalados de modo a atender aos seguintes requisitos:
a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de
riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes;
8. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
5.5.2.3.3 Possibilidade de se evitar ou limitar o dano
A possibilidade de se evitar ou limitar um dano influencia na probabilidade de
ocorrência do dano. Fatores a serem levados em conta ao se estimar a
possibilidade de se evitar ou limitar danos são, entre outros, o seguintes:
a) diferentes pessoas que possam estar expostas ao(s) perigo(s), por
exemplo,
• qualificados,
• não qualificados.
b) quão rapidamente a situação perigosa pode levar ao dano, por exemplo,
• subitamente,
• rapidamente,
• lentamente.
c
9. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
c) grau de ciência do risco, por exemplo,
• por meio de informações de caráter geral, em especial, contidas nas
instruções de uso,
• pela observação direta,
• através de sinais de alerta e dispositivos indicadores, em particular,
dispostos na própria na máquina.
d) a capacidade humana de evitar ou limitar o dano (por exemplo, reflexo,
agilidade, possibilidade de fuga);
e) a experiência prática e conhecimento, por exemplo,
• das máquinas,
• de máquinas semelhantes,
• nenhuma experiência
12. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
AVALIAÇÃO DE RISCOS – NBR
14153 – CATEGORIA DE
SEGURANÇA
Gravidade da Lesão
S1: Lesão leve (normalmente reversível)
S2: Ferimento sério (normalmente irreversível) incluindo morte
Frequência e/ou tempo na área de perigo
F1: Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição
F2: Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo
Possibilidade de se evitar o dano
P1: Possível sob condições específicas
P2: Quase nunca possível
GravidadedaLesão
Freq./tempodeexposiçãoaoperigo
Possibilidadedeevitarodano
S1
S2
F1
F2
P1
P2
P1
P2
B 1 2 3 4
13. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
8.2.3 Possibilidade de evitar o perigo P
Quando um perigo aparece, e importante saber se ele pode ser reconhecido
e quando pode ser evitado, antes de levar a um acidente. Por exemplo, uma
importante consideração e se o perigo pode ser diretamente identificado por
suas características físicas ou por meios técnicos, por exemplo, indicadores.
Outro aspecto importante que influencia a seleção do parâmetro P inclui, por
exemplo:
• operação com ou sem supervisão;
• operação por especialistas ou por não profissionais;
• velocidade com que o perigo aparece, por exemplo, rapidamente ou
lentamente;
• possibilidades de se evitar o perigo, por exemplo, por fuga ou por
intervenção de terceiros;
• experiências praticas de segurança relativas ao processo.
14. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Categoria 3: quando o comportamento de sistema permite que:
a) quando ocorrer o defeito isolado, a função de segurança sempre seja
cumprida;
b) alguns, mas não todos, defeitos sejam detectados; e
c) o acúmulo de defeitos não detectados leve à perda da função de
segurança.
Categoria 4: quando as partes dos sistemas de comando relacionadas à
segurança devem ser projetadas de tal forma que:
a) uma falha isolada em qualquer dessas partes relacionadas à segurança
não leve à perda das funções de segurança, e
b) a falha isolada seja detectada antes ou durante a próxima atuação sobre a
função de segurança, como, por exemplo, imediatamente, ao ligar o
comando, ao final do ciclo de operação da máquina. Se essa detecção não
for possível, o acúmulo de defeitos não deve levar à perda das funções de
segurança.
CATEGORIA DE SEGURANÇA
15. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Categoria 2: Quando o comportamento de sistema de categoria 2
permite que:
• a ocorrência de um defeito leve à perda da função de segurança
entre as verificações;
• a perda da função de segurança é detectada pela verificação.
As partes de sistemas de comando relacionadas à segurança
devem ser projetadas de tal forma que sejam verificadas em
intervalos adequados pelo sistema de comando da máquina. A
verificação das funções de segurança deve ser efetuada:
• na partida da máquina e antes do início de qualquer situação de
perigo, e
• periodicamente durante a operação, se a avaliação do risco e o
tipo de operação mostrarem que isso é necessário.
CATEGORIA DE SEGURANÇA
16. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
HRN – HAZARD RATING NUMBER
HRN = LO x FE x DPH x NP,
onde a estimativa de risco é feita, considerando-se:
• Probabilidade de Ocorrência do Dano ( LO)
• Frequência de Exposição ao Risco (FE),
• Gravidade da Possível Lesão (DPH); e
• Número de Pessoas Expostas (NP).
HRN Risco Descrição
0 -1 Raro Apresenta um nível de risco muito pequeno Nenhuma ação requerida
1+ - 5 Baixo Apresenta um nível de risco a ser avaliado Nenhuma ação requerida
5+ - 50 Atenção Apresenta riscos em potencial Melhoria recomendada
50+ - 500 Alto
Oferece possíveis riscos, necessitam que sejam utilizadas
medidas de controle de segurança urgentemente.
Necessária ação de
melhoria
500+ Inaceitável
É inaceitável manter a operação do equipamento na situação que
se encobtra
Necessária ação de
melhoria
Classificação HRN:
17. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Probabilidade de Ocorrência do Dano ( LO)
Pontuação 15: Certo (sem dúvida);
Esperado 10: Muito provável (esperado);
Pontuação 8: Provável (sem surpresas);
Pontuação 5: Alguma chance (pode acontecer);
Pontuação 2: Possível (mas não usual);
Pontuação 1,5: Improvável (embora concebível);
Pontuação 1: Altamente improvável (mas pode ocorrer);
Pontuação 0,03: Quase Impossível (pode ocorrer em
circunstâncias extremas).
HRN – HAZARD RATING
NUMBER
18. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Frequência de Exposição (FE):
Pontuação 5: Constantemente;
Pontuação 4: Em termos de hora;
Pontuação 2,5: Diariamente;
Pontuação 1,5: Semanalmente;
Pontuação 1: Mensalmente;
Pontuação 0,5: Anualmente.
HRN – HAZARD RATING
NUMBER
19. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Gravidade da Possível Lesão (DPH)
Pontuação 15: Morte;
Pontuação 12: Enfermidade permanente ou crítica
Pontuação 8: Perda de 2 membros / olhos ou doença grave (irreversível);
Pontuação 4: Perda de 1 membro / olho ou doença grave (temporária);
Pontuação 2: Fratura - ossos importantes ou doença leve (permanente);
Pontuação 1: Fratura - ossos menores ou doença leve (temporária);
Pontuação 0,5: Laceração / Corte / Efeito leve na saúde;
Pontuação 0,1: Arranhão / Contusão / Escoriação.
Número de Pessoas Expostas (NP):
Pontuação 12: Mais de 50 pessoas;
Pontuação 8: 16 - 50 pessoas;
Pontuação 4: 8 - 15 pessoas;
Pontuação 2: 3 - 7 pessoas;
Pontuação 1: 1 - 2 pessoas.
HRN – HAZARD RATING
NUMBER
20. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Item Descrição Perigo LO FE DPH NP HRN
1
Perigo Elétrico - Máquina aterrada, não foi apresentado relatório de medição da
resistência de aterramento; Armários elétricos mantidos fechados. O armário
elétrico geral da célula não possui sinalização de perigo de choque elétrico e
restrição de acesso a pessoas não autorizadas. O armário elétrico da prensa
possui sinalização de choque elétrico e restrição de aceso a pessoas não
autorizadas em italiano. Outros armários elétricos junto as máquinas e não
apresentam a sinalização apropriada. As interfaces de operação operam em
tensão de 24 volts.
2 1 15 1 30
2
Perigos Mecânicos: Contato com superfícies aquecidas. Superfícies externas do
forno dosador, calha de condução do alumínio fundido do forno até a injetora. As
superfícies estão sinalizadas
8 4 0,5 1 16
HRN – HAZARD RATING
NUMBER
21. SEMINÁRIO
COOPERAÇÃO BRASIL-UNIÃO EUROPÉIA
INTERCÂMBIO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
CONCLUSÃO
- A legislação brasileira requer que os sistemas de segurança de máquinas e
equipamentos atendam a categoria de segurança requerida defina através
de análise de risco;
- A análise de risco deve seguir a previsão de normas técnicas oficiais
vigentes;
- A norma técnica oficial vigente que apresenta metodologia de apreciação
de risco que define a categoria de segurança requerida é a NBR 14153;
- A metodologia é apresentada na NBR 14153 como guia informativo.