SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  40
Olha esse miasma nas costas, menino! 
Tito Tortori 
Mestre em Ensino de Ciências pela Fiocruz 
Prof. de ciências ciclo V da EDEM 
Pesquisador assistente da CCEAD/ PUC-Rio
O que sabemos e como sabemos? 
Primeiro Obstáculo epistemológico 
• A Experiência Primeira 
“E o progresso do 
espírito científico se 
faz por rupturas com 
o senso comum”. 
Gaston Bachelard 
Filósofo
Sec. XVIII e XIX: 
Que reflexões existiam para explicar as causas das doenças ? 
1546: Girolamo Fracastoro ("De Contagione“) 
As doenças são transmitidas através do contato direto e 
da manipulação de pertences de pessoas infetadas.
Teoria (hipótese) dos Miasmas 
O cheiro do ar, associado aos 
locais insalubres, seria à causa 
de todas as doenças. 
1832 epidemia de cólera em Paris. 
1848 “comissão do cólera” 
Medidas sanitárias: 
Asseio em geral, limpeza de ruas, drenagem 
de alagamentos, suprimento de água limpa, 
canalização dos dejetos, melhora na 
ventilação de ambientes e cidades, uso de 
tabaco e perfumes (?)etc. 
Efeito benéfico sobre 
algumas doenças.
Teoria (hipótese) dos Miasmas 
Inalação do ar fétido = Doença! 
(malária = “mal” + “ar”)
Relatório da Academia Imperial de Medicina de Paris 
“Envenenamento miasmático” (Séc. XVIII) 
• Evitar a vizinhança com os lugares onde reina a enfermidade; 
• Assentar habitações em lugares secos, elevados e arejados, evitando locais com águas paradas; 
• As casas devem ser abertas de dia, limpas freqüentemente, e caiadas; 
• Evitar a presença de roupa suja, e nem de qualquer outro objeto, que possa exalar mau cheiro; 
• As camas devem ter de quatro a cinco palmos de altura do chão; 
• Evitar locais sem ventilação adequada; 
• Cuidado com a elevação ou variação da temperatura e mudanças atmosféricas; 
• Cuidado com a chegada de ventos (provenientes das localidades infectadas); 
• Evitar aglomerações de pessoas, especialmente em recinto fechado; 
• Evitar regime alimentar pouco conveniente; 
• Quando contaminado um aposento deve ser desinfetado por meio da água de Labarraque [cloro] 
posta em bacias com água por espaço de 24 horas; 
• Não trabalhar à chuva e, se tomar chuva, mudar de roupa e tomar um ponche quente, com água 
fervendo, açúcar, aguardente (uma onça por pessoa), e cascas de limão ou laranja; 
• Tomar também a mesma bebida pela manhã, antes de sair para o trabalho e ao cair da noite.
Relatório da Academia Imperial de Medicina de Paris 
“Envenenamento miasmático” (Séc. XVIII) 
• Evitar a vizinhança com os lugares onde reina a enfermidade; 
• Assentar habitações em lugares secos, elevados e arejados, evitando locais com águas paradas; 
• As casas devem ser abertas de dia, limpas freqüentemente, e caiadas; 
• Evitar a presença de roupa suja, e nem de qualquer outro objeto, que possa exalar mau cheiro; 
• As camas devem ter de quatro a cinco palmos de altura do chão; 
• Evitar locais sem ventilação adequada; 
• Cuidado com a elevação ou variação da temperatura e mudanças atmosféricas; 
• Cuidado com a chegada de ventos (provenientes das localidades infectadas); 
• Evitar aglomerações de pessoas, especialmente em recinto fechado; 
• Evitar regime alimentar pouco conveniente; 
• Quando contaminado um aposento deve ser desinfetado por meio da água de Labarraque [cloro] 
posta em bacias com água por espaço de 24 horas; 
• Não trabalhar à chuva e, se tomar chuva, mudar de roupa e tomar um ponche quente, com água 
fervendo, açúcar, aguardente (uma onça por pessoa), e cascas de limão ou laranja; 
• Tomar a mesma bebida pela manhã, antes de sair para o trabalho e ao cair da noite.
Relatório da Academia Imperial de Medicina de Paris 
“Envenenamento miasmático” (Séc. XVIII) 
• Evitar a vizinhança com os lugares onde reina a enfermidade; 
• Assentar habitações em lugares secos, elevados e arejados, evitando locais com águas paradas; 
• As casas devem ser abertas de dia, limpas freqüentemente, e caiadas; 
• Evitar a presença de roupa suja, e nem de qualquer outro objeto, que possa exalar mau cheiro; 
• As camas devem ter de quatro a cinco palmos de altura do chão (fugir da umidade); 
• Evitar locais sem ventilação adequada; 
• Cuidado com a elevação ou variação da temperatura e mudanças atmosféricas; 
• Cuidado com a chegada de ventos (provenientes das localidades infectadas); 
• Evitar aglomerações de pessoas, especialmente em recinto fechado; 
• Evitar regime alimentar pouco conveniente; 
• Quando contaminado um aposento deve ser desinfetado por meio da água de Labarraque [cloro] 
posta em bacias com água por espaço de 24 horas; 
• Não trabalhar à chuva e, se tomar chuva, mudar de roupa e tomar um ponche quente, com água 
fervendo, açúcar, aguardente (uma onça por pessoa), e cascas de limão ou laranja; 
• Tomar a mesma bebida pela manhã, antes de sair para o trabalho e ao cair da noite.
"Elementos de higiene“ 
Médico português Francisco de Mello Franco (1814 ) 
“O ar da noite é em geral mais úmido do que o de dia. Consideramos 
esta umidade da noite de dois modos: 
O primeiro é quando o vapor aquoso, que se acha no ar, pela frescura, 
que ela traz, cai à maneira de orvalho mui sutil, e lhe chamamos sereno. 
Este faz mal aos pouco acautelados que o apanham estando mal 
cobertos, e principalmente parados, expondo-se deste modo a doenças 
catarrosas pelo embaraço da transpiração. 
O segundo é quando este vapor, ou orvalho sutil não vem da atmosfera 
imediatamente, mas que é a evaporação de águas estagnadas, e 
corruptas; a qual chegando a pequena altura, se precipita, e difunde os 
miasmas malignos, que com ela subiram. “
Descoberta dos seres microscópicos (Séc. XVII) 
1683 Antoni van Leeuwenhoek descobre os “animálculos”
Um pouco mais de História (Séc. XVII-XIX) 
1795: Napoleão oferece 12 mil 
francos por um novo método de 
preservação de alimentos. 
1809: Nicholas Appert 
• confeiteiro, cozinheiro e inventor francês; 
• Partiu da hipótese que os miasmas estragavam os 
alimentos; 
• Técnica de conservação em garrafas com rolhas e 
cera e posteriormente, em latas.
Primeiros passos de uma teoria (Sec. XIX) 
1856: Indústria de bebida com problemas = 
má qualidade, gosto ácido e odor fétido. 
1858: Louis Pasteur identifica dois 
diferentes microrganismos envolvidos 
no processo de fermentação 
Leveduras 
arredondadas 
Saccharomyces cerevisiae 
Fermentação 
Alcoólica 
Bom 
vinho 
Lactobacillus e Streptococcus. 
Leveduras 
alongadas 
Fermentação 
Lática 
Vinho 
Ruim
Teoria dos germes (SEC. XIX) 
Germe - 1. Estado primitivo e rudimentar de um novo ser; embrião. 
2. Causa; origem; princípio. 
1846: Ignaz Semmelweis 
Hipóteses das “Partículas cadavéricas”. 
Os médicos carregam a morte! 
Prescrições na maternidade! 
• Isolamento dos casos; 
• Desinfecção das mãos (cloro); 
• Lavagem das mãos com sabão entre as consultas. 
• Ferver instrumental e utensílios 
As ideias de Semmelweis são criticadas, combatidas, 
sendo excuído , proibido de lecionar e considerado 
insano pela Sociedade Médica de Budapeste 
Febre puerperal caiu de 12% para 1,2% em dois meses.
Teoria dos germes 
1858: Louis Pasteur > Técnica de aquecer o alimento > 
“Pasteurização”= Aquecer a 63 ºC por 30 min ou 72ºC por 15 
s. 
1860: Joseph Lister introduziu a anti-sepsia que 
viria transformar a prática cirúrgica pela redução 
da infecção pós-operatória 
Pulverizador de ácido carbólico
Teoria dos germes(Sec.XIX-Sec.XX) 
O “Ar” (miasma) não causa a doença, mas simplesmente e transporta 
microrganismos patogênicos. 
1877 = Robert Koch isolou a bactéria causadora do carbúnculo 
(Antrax - Bacillus anthracis ). 
1882 = Robert Koch identifica o bacilo da tuberculose 
(bacilo de Koch - Mycobacterium tuberculosis ). 
Em 1883, Koch descobre o microrganismo responsável 
pela cólera asiática. 
Em 1909, Carlos Chagas descobre o agente e o 
transmissor da “doença de chagas”
Sec. XX e XIX 
O que a microbiologia e a imunologia 
têm a nos dizer sobre as doenças infecto-contagiosas?
As principais doenças infecciosas em escolas e creches 
Sistema 
atingido Doença Agente causador 
Sistema 
respiratório 
Infecção das vias aéreas superiores 
• Rinofaringite aguda(resfriados e 
rinites) 
• Faringoamigdalite (inflamação da 
garganta) 
• Rinossinusiteaguda (sinusite) 
• Otite Média aguda (OMA) 
80% Vírus (rinovírus, adeno vírus, 
corano vírus, etc.) 
20% bactérias (Streptococcus 
pneumoniae, Haemophillus 
influenzae, Staphylococcus aureus, 
Streptococcus pyogenes etc) 
Fungo (Aspergillus fumigatus) 
Infecção das vias aéreas inferiores 
• Laringite 
• Bronquite 
• Bronquiolite 
• Asma 
• Pneumonia 
Bactérias: Mycoplasma pneumoniae, 
Chlamydophila pneumoniae, 
Bordetella pertussis, B. parapertussis 
e outros 
vírus (rino-, entero-, metapneumo-, 
parainfluenza-, influenza-, entre 
outros). 
Múltiplos 
órgãos 
(Doença 
bacteriana 
invasiva ) 
• Meningite 
• Fasciite necrotizante 
• Encefalite 
• Septicemia e outras 
Haemophillus influenzae 
Neisseria meningitidis 
Streptococcus pneumoniae 
Sistema 
gastrointestinal • Doença diarréica 
Vírus:Rotavírus e outros vírus 
Bactérias: Shigella, Salmonella e E. 
coli enteropatogênica 
Protozoários: Ameba, Giárdia 
Fígado 
• Hepatite A Hepatovírus 
• Hepatite B Hepadnavírus 
pele 
• Herpes Herpesvírus 
• Pediculose Inseto: Pediculus humanus 
• Escabiose (sarna) Àcaro: Sarcoptes scabiei 
Forma de 
transmissão 
Gotículas 
Gotículas 
Gotículas 
Contato fecal-oral 
Contato fecal-oral 
Contato direto 
Contato direto 
Contato direto
Como essas infecções são disseminadas e controladas? 
Diarréias = Contato oro-fecal 
Infecções respiratórias = Gotículas e contato direto 
Gripes e 
resfriados
Fatores de risco que facilitam a disseminação de doenças 
Em relação aos hábitos: 
• Levar as mãos e objetos à boca; 
• Contato interpessoal muito próximo; 
• Incontinência fecal na fase pré-controle esfincteriano; 
• Falta da prática e autonomia para lavar as mãos e de 
outros hábitos higiênicos; 
• Necessidade de contato físico direto constante com os 
adultos. 
74% dos óbitos em crianças menores de 5 anos é 
por diarréias e infecções respiratórias.
Como essas infecções são disseminadas e controladas? 
Mitos e verdades sobre gripes e resfriados (6:25) 
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM841886-7823-MITOS+E+VERDADES+SOBRE+GRIPES+E+RESFRIADOS,00.html 
Vídeo do Espirro em câmera superlenta (1:36) 
http://www.youtube.com/watch?v=z4uhZo54ls0 
Animação da contaminação bacteriana (2:58) 
http://www.youtube.com/watch?v=mYvY_lu2JIQ&feature=related
Situações que envolvem contato direto
Possibilidade de contágio por “gotículas”
E como a gente se previne dessas doenças? 
Lavando as mãos, certo? 
https://www.youtube.com/watch?v=3v7mcJ8SQxw
Friccionar as palmas Friccionar o dorso Friccionar entre osdedos 
Manter constantemente: 
 Água corrente com pia adequada 
 Sabão medicado ou não 
 Toalha de papel 
 Lixeira com tampa e pedal e/ou 
 Dispensadores de soluções anti-sépticas 
alcóolicas 
 Hidratantes para as mãos 
http://murchison-hume.com/sustainablestyleguide/wp-content/uploads/2009/05/washing-hands.bmp
Friccionar as pontas 
dos dedos 
Friccionar o polegar Friccionar a ponta dos 
dedos na palma
Então lavar as mãos apenas resolve, certo? 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Agar_Plate.jpg 
http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B693.htm#Hands 
Mãos sujas sem lavar 
Mãos lavadas por 20 s 
apenas com água
Então lavar as mãos apenas resolve, certo? 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Agar_Plate.jpg 
http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B693.htm#Hands 
Mãos lavadas por 20 s 
com água e sabão 
Mãos lavadas por 40 s 
com água e sabão
Então lavar as mãos apenas resolve, certo? 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Agar_Plate.jpg 
http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B693.htm#Hands 
Lavada e esterelizada 
por um produto 
antisséptico 
Mãos lavadas por 40 s 
com água e sabão
E as luvas precisam ser lavadas? 
Lavada com água 
Luva suja 
Lavada com água e 
sabão por 20s Lavada com água e 
sabão por 40s 
Lavada e esterelizada 
por um produto 
antisséptico
E lavando fica tudo limpo? 
http://lh5.ggpht.com/_IXsl71520bI/SbzjFe6zJ2I/AAAAAAAAAD0/vVkluN7u9ZY/Lavagem-maos_thumb%5B3%5D.png?imgmax=800
Quando devemos lavar as mãos? 
• Antes de comer; 
• Antes de visitar uma pessoa doente; 
• Antes de tocar em um corte ou ferida; 
• Antes de tocar em uma criança com menos de 2 anos; 
• Antes de trocar uma fralda; 
• Antes de usar o banheiro; 
• Quando chegar em casa; 
• Quando chegar no trabalho; 
• Quando sair de um local com pessoas doentes;
Quando devemos lavar as mãos? 
• Após tocar uma pessoa se estou com uma doença contagiosa; 
• Após tocar em um corte ou ferida; 
• Após usar o banheiro; 
• Após trocar uma fralda; 
• Após assoar o nariz, tossir, coçar os olhos ou espirrar 
• Após tocar objetos que possam conter agentes microbianos; 
• Após tocar em vasos sanitários, alimentos não cozidos, 
animais ou lixo, 
• Após manusear dinheiro; 
• Após usar um transporte público; 
• Após o ato sexual;
Quando devemos lavar as mãos? 
2002
2003
2004
2005
Bibliografia 
Varrela, Drauzio. Olhe esse vento nas costas, menino! Disponível 
em :< http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/gripe.asp> Acesso 
em 28 de maio de 2009. 
Nesti, M.M.M, Goldbaum, M. As creches e pré–escolas e as doenças 
transmissíveis. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021- 
75572007000500004&script=sci_arttext&tlng=>. Acesso em 20 maio de 2009.

Contenu connexe

Tendances

Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaAula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaGhiordanno Bruno
 
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetoresSaúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetoresMario Gandra
 
Aula 5 risco biológico
Aula 5 risco biológicoAula 5 risco biológico
Aula 5 risco biológicodanielserpa
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Flávia Salame
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisRicardo Alanís
 
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisSaúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisMario Gandra
 
Epidemiologia das Doenças aula 3
Epidemiologia das Doenças   aula 3Epidemiologia das Doenças   aula 3
Epidemiologia das Doenças aula 3profsempre
 
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Infecções Sexualmente TransmissíveisInfecções Sexualmente Transmissíveis
Infecções Sexualmente Transmissíveiseborges
 

Tendances (20)

Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaAula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
 
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetoresSaúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
 
Dst aids para adolescentes
Dst   aids para adolescentesDst   aids para adolescentes
Dst aids para adolescentes
 
Aula 5 risco biológico
Aula 5 risco biológicoAula 5 risco biológico
Aula 5 risco biológico
 
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde ColetivaAula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
 
Aula Saúde Mental
Aula Saúde MentalAula Saúde Mental
Aula Saúde Mental
 
Edidemiologia: definição e história
Edidemiologia: definição e históriaEdidemiologia: definição e história
Edidemiologia: definição e história
 
DANT DCNT.pptx
DANT DCNT.pptxDANT DCNT.pptx
DANT DCNT.pptx
 
Síndromes.Psicóticas
Síndromes.Psicóticas Síndromes.Psicóticas
Síndromes.Psicóticas
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveis
 
Caso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníaseCaso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníase
 
Apresentação aids
Apresentação aidsApresentação aids
Apresentação aids
 
DST/AIDS NAS MULHERES
DST/AIDS NAS MULHERESDST/AIDS NAS MULHERES
DST/AIDS NAS MULHERES
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisSaúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
 
História da Teoria Microbiana das Doenças
História da Teoria Microbiana das DoençasHistória da Teoria Microbiana das Doenças
História da Teoria Microbiana das Doenças
 
Aula 1 de epidemiologia
Aula 1 de epidemiologiaAula 1 de epidemiologia
Aula 1 de epidemiologia
 
Epidemiologia das Doenças aula 3
Epidemiologia das Doenças   aula 3Epidemiologia das Doenças   aula 3
Epidemiologia das Doenças aula 3
 
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Infecções Sexualmente TransmissíveisInfecções Sexualmente Transmissíveis
Infecções Sexualmente Transmissíveis
 

Similaire à Teoria dos Miasmas e o surgimento da Teoria dos Germes

Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
História e Evolução da Higiene Pessoal
História e Evolução da Higiene PessoalHistória e Evolução da Higiene Pessoal
História e Evolução da Higiene PessoalOs Cientistas
 
PrecaucoesIsolamento.pdf
PrecaucoesIsolamento.pdfPrecaucoesIsolamento.pdf
PrecaucoesIsolamento.pdfRicaTatiane2
 
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas Lúhh Sousa
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protistaISJ
 
1_introducao.pptx
1_introducao.pptx1_introducao.pptx
1_introducao.pptxGeniViana
 
Febre Puerperal: Peste dos Médicos
Febre Puerperal: Peste dos MédicosFebre Puerperal: Peste dos Médicos
Febre Puerperal: Peste dos Médicosflcardoso
 
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptxAULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptxFranciscaalineBrito
 
Antibióticoterapia
AntibióticoterapiaAntibióticoterapia
Antibióticoterapianatalineller
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistasISJ
 
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010prevencaonline
 

Similaire à Teoria dos Miasmas e o surgimento da Teoria dos Germes (20)

Higiene habitação
Higiene habitaçãoHigiene habitação
Higiene habitação
 
Doenças transmitidas por mosquitos
Doenças transmitidas por mosquitosDoenças transmitidas por mosquitos
Doenças transmitidas por mosquitos
 
Microbios
MicrobiosMicrobios
Microbios
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Trabalho de a.p
Trabalho de a.pTrabalho de a.p
Trabalho de a.p
 
Trabalho de a.p
Trabalho de a.pTrabalho de a.p
Trabalho de a.p
 
História e Evolução da Higiene Pessoal
História e Evolução da Higiene PessoalHistória e Evolução da Higiene Pessoal
História e Evolução da Higiene Pessoal
 
PrecaucoesIsolamento.pdf
PrecaucoesIsolamento.pdfPrecaucoesIsolamento.pdf
PrecaucoesIsolamento.pdf
 
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
Trabalho de Biologia - Doenças Bacterianas
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
1_introducao.pptx
1_introducao.pptx1_introducao.pptx
1_introducao.pptx
 
Febre Puerperal: Peste dos Médicos
Febre Puerperal: Peste dos MédicosFebre Puerperal: Peste dos Médicos
Febre Puerperal: Peste dos Médicos
 
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptxAULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
 
Antibióticoterapia
AntibióticoterapiaAntibióticoterapia
Antibióticoterapia
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
 
Dengue
DengueDengue
Dengue
 
assepsia....
assepsia....assepsia....
assepsia....
 
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
 
Procariontes
ProcariontesProcariontes
Procariontes
 
Ar
ArAr
Ar
 

Plus de Tito Tortori

Plus de Tito Tortori (13)

O universo microscópico
O universo microscópicoO universo microscópico
O universo microscópico
 
Queda livre
Queda livreQueda livre
Queda livre
 
Boas mas razoes_para_crer
Boas mas razoes_para_crerBoas mas razoes_para_crer
Boas mas razoes_para_crer
 
Células e cromossomos
Células e cromossomosCélulas e cromossomos
Células e cromossomos
 
Densidade
DensidadeDensidade
Densidade
 
Oxigenio
OxigenioOxigenio
Oxigenio
 
Experimento da vela
Experimento da velaExperimento da vela
Experimento da vela
 
Queda livre
Queda livreQueda livre
Queda livre
 
Modelos cosmológicos
Modelos cosmológicosModelos cosmológicos
Modelos cosmológicos
 
Voo 19
Voo 19Voo 19
Voo 19
 
Lost battalion
Lost battalionLost battalion
Lost battalion
 
Do Que As SubstâNcias SãO Compostas
Do Que As SubstâNcias  SãO CompostasDo Que As SubstâNcias  SãO Compostas
Do Que As SubstâNcias SãO Compostas
 
Anti Mofo
Anti MofoAnti Mofo
Anti Mofo
 

Teoria dos Miasmas e o surgimento da Teoria dos Germes

  • 1. Olha esse miasma nas costas, menino! Tito Tortori Mestre em Ensino de Ciências pela Fiocruz Prof. de ciências ciclo V da EDEM Pesquisador assistente da CCEAD/ PUC-Rio
  • 2. O que sabemos e como sabemos? Primeiro Obstáculo epistemológico • A Experiência Primeira “E o progresso do espírito científico se faz por rupturas com o senso comum”. Gaston Bachelard Filósofo
  • 3. Sec. XVIII e XIX: Que reflexões existiam para explicar as causas das doenças ? 1546: Girolamo Fracastoro ("De Contagione“) As doenças são transmitidas através do contato direto e da manipulação de pertences de pessoas infetadas.
  • 4. Teoria (hipótese) dos Miasmas O cheiro do ar, associado aos locais insalubres, seria à causa de todas as doenças. 1832 epidemia de cólera em Paris. 1848 “comissão do cólera” Medidas sanitárias: Asseio em geral, limpeza de ruas, drenagem de alagamentos, suprimento de água limpa, canalização dos dejetos, melhora na ventilação de ambientes e cidades, uso de tabaco e perfumes (?)etc. Efeito benéfico sobre algumas doenças.
  • 5. Teoria (hipótese) dos Miasmas Inalação do ar fétido = Doença! (malária = “mal” + “ar”)
  • 6. Relatório da Academia Imperial de Medicina de Paris “Envenenamento miasmático” (Séc. XVIII) • Evitar a vizinhança com os lugares onde reina a enfermidade; • Assentar habitações em lugares secos, elevados e arejados, evitando locais com águas paradas; • As casas devem ser abertas de dia, limpas freqüentemente, e caiadas; • Evitar a presença de roupa suja, e nem de qualquer outro objeto, que possa exalar mau cheiro; • As camas devem ter de quatro a cinco palmos de altura do chão; • Evitar locais sem ventilação adequada; • Cuidado com a elevação ou variação da temperatura e mudanças atmosféricas; • Cuidado com a chegada de ventos (provenientes das localidades infectadas); • Evitar aglomerações de pessoas, especialmente em recinto fechado; • Evitar regime alimentar pouco conveniente; • Quando contaminado um aposento deve ser desinfetado por meio da água de Labarraque [cloro] posta em bacias com água por espaço de 24 horas; • Não trabalhar à chuva e, se tomar chuva, mudar de roupa e tomar um ponche quente, com água fervendo, açúcar, aguardente (uma onça por pessoa), e cascas de limão ou laranja; • Tomar também a mesma bebida pela manhã, antes de sair para o trabalho e ao cair da noite.
  • 7. Relatório da Academia Imperial de Medicina de Paris “Envenenamento miasmático” (Séc. XVIII) • Evitar a vizinhança com os lugares onde reina a enfermidade; • Assentar habitações em lugares secos, elevados e arejados, evitando locais com águas paradas; • As casas devem ser abertas de dia, limpas freqüentemente, e caiadas; • Evitar a presença de roupa suja, e nem de qualquer outro objeto, que possa exalar mau cheiro; • As camas devem ter de quatro a cinco palmos de altura do chão; • Evitar locais sem ventilação adequada; • Cuidado com a elevação ou variação da temperatura e mudanças atmosféricas; • Cuidado com a chegada de ventos (provenientes das localidades infectadas); • Evitar aglomerações de pessoas, especialmente em recinto fechado; • Evitar regime alimentar pouco conveniente; • Quando contaminado um aposento deve ser desinfetado por meio da água de Labarraque [cloro] posta em bacias com água por espaço de 24 horas; • Não trabalhar à chuva e, se tomar chuva, mudar de roupa e tomar um ponche quente, com água fervendo, açúcar, aguardente (uma onça por pessoa), e cascas de limão ou laranja; • Tomar a mesma bebida pela manhã, antes de sair para o trabalho e ao cair da noite.
  • 8. Relatório da Academia Imperial de Medicina de Paris “Envenenamento miasmático” (Séc. XVIII) • Evitar a vizinhança com os lugares onde reina a enfermidade; • Assentar habitações em lugares secos, elevados e arejados, evitando locais com águas paradas; • As casas devem ser abertas de dia, limpas freqüentemente, e caiadas; • Evitar a presença de roupa suja, e nem de qualquer outro objeto, que possa exalar mau cheiro; • As camas devem ter de quatro a cinco palmos de altura do chão (fugir da umidade); • Evitar locais sem ventilação adequada; • Cuidado com a elevação ou variação da temperatura e mudanças atmosféricas; • Cuidado com a chegada de ventos (provenientes das localidades infectadas); • Evitar aglomerações de pessoas, especialmente em recinto fechado; • Evitar regime alimentar pouco conveniente; • Quando contaminado um aposento deve ser desinfetado por meio da água de Labarraque [cloro] posta em bacias com água por espaço de 24 horas; • Não trabalhar à chuva e, se tomar chuva, mudar de roupa e tomar um ponche quente, com água fervendo, açúcar, aguardente (uma onça por pessoa), e cascas de limão ou laranja; • Tomar a mesma bebida pela manhã, antes de sair para o trabalho e ao cair da noite.
  • 9. "Elementos de higiene“ Médico português Francisco de Mello Franco (1814 ) “O ar da noite é em geral mais úmido do que o de dia. Consideramos esta umidade da noite de dois modos: O primeiro é quando o vapor aquoso, que se acha no ar, pela frescura, que ela traz, cai à maneira de orvalho mui sutil, e lhe chamamos sereno. Este faz mal aos pouco acautelados que o apanham estando mal cobertos, e principalmente parados, expondo-se deste modo a doenças catarrosas pelo embaraço da transpiração. O segundo é quando este vapor, ou orvalho sutil não vem da atmosfera imediatamente, mas que é a evaporação de águas estagnadas, e corruptas; a qual chegando a pequena altura, se precipita, e difunde os miasmas malignos, que com ela subiram. “
  • 10. Descoberta dos seres microscópicos (Séc. XVII) 1683 Antoni van Leeuwenhoek descobre os “animálculos”
  • 11. Um pouco mais de História (Séc. XVII-XIX) 1795: Napoleão oferece 12 mil francos por um novo método de preservação de alimentos. 1809: Nicholas Appert • confeiteiro, cozinheiro e inventor francês; • Partiu da hipótese que os miasmas estragavam os alimentos; • Técnica de conservação em garrafas com rolhas e cera e posteriormente, em latas.
  • 12. Primeiros passos de uma teoria (Sec. XIX) 1856: Indústria de bebida com problemas = má qualidade, gosto ácido e odor fétido. 1858: Louis Pasteur identifica dois diferentes microrganismos envolvidos no processo de fermentação Leveduras arredondadas Saccharomyces cerevisiae Fermentação Alcoólica Bom vinho Lactobacillus e Streptococcus. Leveduras alongadas Fermentação Lática Vinho Ruim
  • 13. Teoria dos germes (SEC. XIX) Germe - 1. Estado primitivo e rudimentar de um novo ser; embrião. 2. Causa; origem; princípio. 1846: Ignaz Semmelweis Hipóteses das “Partículas cadavéricas”. Os médicos carregam a morte! Prescrições na maternidade! • Isolamento dos casos; • Desinfecção das mãos (cloro); • Lavagem das mãos com sabão entre as consultas. • Ferver instrumental e utensílios As ideias de Semmelweis são criticadas, combatidas, sendo excuído , proibido de lecionar e considerado insano pela Sociedade Médica de Budapeste Febre puerperal caiu de 12% para 1,2% em dois meses.
  • 14. Teoria dos germes 1858: Louis Pasteur > Técnica de aquecer o alimento > “Pasteurização”= Aquecer a 63 ºC por 30 min ou 72ºC por 15 s. 1860: Joseph Lister introduziu a anti-sepsia que viria transformar a prática cirúrgica pela redução da infecção pós-operatória Pulverizador de ácido carbólico
  • 15. Teoria dos germes(Sec.XIX-Sec.XX) O “Ar” (miasma) não causa a doença, mas simplesmente e transporta microrganismos patogênicos. 1877 = Robert Koch isolou a bactéria causadora do carbúnculo (Antrax - Bacillus anthracis ). 1882 = Robert Koch identifica o bacilo da tuberculose (bacilo de Koch - Mycobacterium tuberculosis ). Em 1883, Koch descobre o microrganismo responsável pela cólera asiática. Em 1909, Carlos Chagas descobre o agente e o transmissor da “doença de chagas”
  • 16. Sec. XX e XIX O que a microbiologia e a imunologia têm a nos dizer sobre as doenças infecto-contagiosas?
  • 17. As principais doenças infecciosas em escolas e creches Sistema atingido Doença Agente causador Sistema respiratório Infecção das vias aéreas superiores • Rinofaringite aguda(resfriados e rinites) • Faringoamigdalite (inflamação da garganta) • Rinossinusiteaguda (sinusite) • Otite Média aguda (OMA) 80% Vírus (rinovírus, adeno vírus, corano vírus, etc.) 20% bactérias (Streptococcus pneumoniae, Haemophillus influenzae, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes etc) Fungo (Aspergillus fumigatus) Infecção das vias aéreas inferiores • Laringite • Bronquite • Bronquiolite • Asma • Pneumonia Bactérias: Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae, Bordetella pertussis, B. parapertussis e outros vírus (rino-, entero-, metapneumo-, parainfluenza-, influenza-, entre outros). Múltiplos órgãos (Doença bacteriana invasiva ) • Meningite • Fasciite necrotizante • Encefalite • Septicemia e outras Haemophillus influenzae Neisseria meningitidis Streptococcus pneumoniae Sistema gastrointestinal • Doença diarréica Vírus:Rotavírus e outros vírus Bactérias: Shigella, Salmonella e E. coli enteropatogênica Protozoários: Ameba, Giárdia Fígado • Hepatite A Hepatovírus • Hepatite B Hepadnavírus pele • Herpes Herpesvírus • Pediculose Inseto: Pediculus humanus • Escabiose (sarna) Àcaro: Sarcoptes scabiei Forma de transmissão Gotículas Gotículas Gotículas Contato fecal-oral Contato fecal-oral Contato direto Contato direto Contato direto
  • 18. Como essas infecções são disseminadas e controladas? Diarréias = Contato oro-fecal Infecções respiratórias = Gotículas e contato direto Gripes e resfriados
  • 19. Fatores de risco que facilitam a disseminação de doenças Em relação aos hábitos: • Levar as mãos e objetos à boca; • Contato interpessoal muito próximo; • Incontinência fecal na fase pré-controle esfincteriano; • Falta da prática e autonomia para lavar as mãos e de outros hábitos higiênicos; • Necessidade de contato físico direto constante com os adultos. 74% dos óbitos em crianças menores de 5 anos é por diarréias e infecções respiratórias.
  • 20. Como essas infecções são disseminadas e controladas? Mitos e verdades sobre gripes e resfriados (6:25) http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM841886-7823-MITOS+E+VERDADES+SOBRE+GRIPES+E+RESFRIADOS,00.html Vídeo do Espirro em câmera superlenta (1:36) http://www.youtube.com/watch?v=z4uhZo54ls0 Animação da contaminação bacteriana (2:58) http://www.youtube.com/watch?v=mYvY_lu2JIQ&feature=related
  • 21. Situações que envolvem contato direto
  • 22. Possibilidade de contágio por “gotículas”
  • 23. E como a gente se previne dessas doenças? Lavando as mãos, certo? https://www.youtube.com/watch?v=3v7mcJ8SQxw
  • 24. Friccionar as palmas Friccionar o dorso Friccionar entre osdedos Manter constantemente:  Água corrente com pia adequada  Sabão medicado ou não  Toalha de papel  Lixeira com tampa e pedal e/ou  Dispensadores de soluções anti-sépticas alcóolicas  Hidratantes para as mãos http://murchison-hume.com/sustainablestyleguide/wp-content/uploads/2009/05/washing-hands.bmp
  • 25. Friccionar as pontas dos dedos Friccionar o polegar Friccionar a ponta dos dedos na palma
  • 26. Então lavar as mãos apenas resolve, certo? http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Agar_Plate.jpg http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B693.htm#Hands Mãos sujas sem lavar Mãos lavadas por 20 s apenas com água
  • 27. Então lavar as mãos apenas resolve, certo? http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Agar_Plate.jpg http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B693.htm#Hands Mãos lavadas por 20 s com água e sabão Mãos lavadas por 40 s com água e sabão
  • 28. Então lavar as mãos apenas resolve, certo? http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Agar_Plate.jpg http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B693.htm#Hands Lavada e esterelizada por um produto antisséptico Mãos lavadas por 40 s com água e sabão
  • 29. E as luvas precisam ser lavadas? Lavada com água Luva suja Lavada com água e sabão por 20s Lavada com água e sabão por 40s Lavada e esterelizada por um produto antisséptico
  • 30. E lavando fica tudo limpo? http://lh5.ggpht.com/_IXsl71520bI/SbzjFe6zJ2I/AAAAAAAAAD0/vVkluN7u9ZY/Lavagem-maos_thumb%5B3%5D.png?imgmax=800
  • 31. Quando devemos lavar as mãos? • Antes de comer; • Antes de visitar uma pessoa doente; • Antes de tocar em um corte ou ferida; • Antes de tocar em uma criança com menos de 2 anos; • Antes de trocar uma fralda; • Antes de usar o banheiro; • Quando chegar em casa; • Quando chegar no trabalho; • Quando sair de um local com pessoas doentes;
  • 32. Quando devemos lavar as mãos? • Após tocar uma pessoa se estou com uma doença contagiosa; • Após tocar em um corte ou ferida; • Após usar o banheiro; • Após trocar uma fralda; • Após assoar o nariz, tossir, coçar os olhos ou espirrar • Após tocar objetos que possam conter agentes microbianos; • Após tocar em vasos sanitários, alimentos não cozidos, animais ou lixo, • Após manusear dinheiro; • Após usar um transporte público; • Após o ato sexual;
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36. Quando devemos lavar as mãos? 2002
  • 37. 2003
  • 38. 2004
  • 39. 2005
  • 40. Bibliografia Varrela, Drauzio. Olhe esse vento nas costas, menino! Disponível em :< http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/gripe.asp> Acesso em 28 de maio de 2009. Nesti, M.M.M, Goldbaum, M. As creches e pré–escolas e as doenças transmissíveis. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021- 75572007000500004&script=sci_arttext&tlng=>. Acesso em 20 maio de 2009.