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Rudolf Laban Prof. Marcos Ramon 
marcosramon@gmail.com
Rudolf von Laban 
(1879-1958) 
Nasceu na Hungria. 
Rudolf von Laban teve seu nome 
modificado para Rudolf Laban em 1947. 
Foi um importante nome para a dança 
moderna, como teórico, professor e 
coreógrafo.
Rudolf Laban 
Laban viveu em um período de efervescência intelectual e artística, e 
pôde acompanhar as teorias sobre a seleção natural, a relatividade, a 
física quântica e a psicanálise, além de ter sido influenciado por 
movimentos expressionistas e dadaístas, evidentes nas manifestações 
artísticas da época. (BARBOSA, 2011, p.37) 
“Com Kandinsky, a pintura não mais precisava ser a representação da 
natureza, mas poderia, pelo conhecimento de seus elementos 
expressivos constituintes, ser uma composição apenas a partir de sua 
articulação formal. Um dos aspectos mais evidentes da arte moderna 
foi esta dissociação das formas artísticas aos elementos externos a elas 
mesmas, o que constituiu em sua autonomia frente a qualquer tipo de 
enredo, fosse ele religioso, político ou psicológico, fazendo com que a 
arte pudesse ser referência de si mesma.” (BARBOSA, 2011, p. 12)
Laban 
Laban percebeu que existia uma oposição 
entre a cultura de movimentos na era pré-industrial 
e na era industrial, pois a 
indústria exigiu do homem ações 
repetitivas, adequadas ao ritmo das 
máquinas, à produção em série, que 
obrigava cada corpo a ter uma tarefa 
específica. O corpo do trabalhador 
industrial saiu do movimento amplo e 
diversificado do artesão (e o retorno ao 
artesanato já era pregado pelo movimento 
de Artes e Ofícios) para o movimento 
repetitivo das linhas de produção. Esse é 
um importante motivo para a contestação 
manifestada por muitos artistas da dança 
moderna, dentre eles a dançarina norte-americana 
Isadora Duncan, que se opôs 
aos movimentos repetitivos e mecanizados 
que caracterizavam tanto a indústria 
quanto a dança acadêmica .
• Laban acreditava em uma dança de caráter educativo e terapêutico, além do 
caráter artístico, obviamente, pelo desenvolvimento e reconstrução de uma 
sociedade esfacelada. Seu horror diante do “espetáculo [de uma] multidão agitada, 
mecânica, que se esgota no mundo das mercadorias” o fazia pensar em seu 
estudo como uma forma de abraçar o gesto em sua mais ampla diversidade, 
restabelecendo a espontaneidade e a vida nos movimentos corporais. Isso tudo o 
fazia enxergar a estética da dança como produção de existência. (BARBOSA, 
2011, p. 40) 
• A partir de 1910, durante os verões trabalhou e viveu em um centro da 
contracultura chamado Monte Veritá em Ascona, Suíça. Neste local, o foco 
principal era o contato com a natureza e com as artes. Mary Wigman foi sua aluna 
neste local. 
• Em Ascona, Laban ficou em uma pequena vila, chamada Monte Veritá, que 
funcionava como uma comum idade utópica e anárquica. Neste ponto, Laban não 
tinha nenhum interesse sobre políticas de convívio comum ou mesmo sobre 
anarquia, no entanto, seu relacionamento nada convencional com sua esposa 
Maya e sua amante Suzanne Perrottet (professora de dança treinada por 
Dalcroze), indicava sua conexão com as idéias de amor livre encontradas em 
Ascona. Lá, Laban encontrou Mary Wigman, que viria a ser sua aluna e 
colaboradora no desenvolvimento de suas pesquisas. (BARBOSA, 2011. p. 43)
Rudolf Laban 
Como coreógrafo, suas 
obras eram geralmente 
em silêncio, sem 
música.Ele acreditava na 
pontencialidade de 
pesquisa do ritmo interno 
dos dançarinos. Ao 
contrário de Duncan, não 
rejeitou o Balé Clássico. 
Como professor, 
trabalhava com a 
improvisação.
Corêutica: teoria da harmonia do espaço, uso do movimento/ 
tempo no espaço, uso das dinâmicas do movimento. 
Na Corêutica, desenvolveu uma espécie de escala de 
movimentos. Nos exercícios da corêutica, o dançarino pode 
praticar o movimento em 12 direções, assim como músicos 
praticam as notas musicais. 
As doze direções são definidas ao se dividir o espaço ao 
redor do dançarino em três planos: o plano vertical (ou plano 
da porta), o plano horizontal (ou plano da mesa)e o plano 
sagital (ou plano da roda). Quando os doze ângulos desses 3 
planos imaginários são conectados com linhas, outros 20 
pequenos triângulos são formados. Eles formam o 
Icosaedro.
Laban 
• Na Eukinética, Laban 
divide o movimento 
humano em: 
1. Espaço 
2. Tempo 
3. Peso 
4. Fluência
Labonatação
• Em 1936, coreografou a abertura dos Jogos 
Olímpicos de Berlim. 
• Em 1937, partiu para a Inglaterra, onde permaneceu 
até sua morte em 1958. Em Londres, sua escola 
acabou por se transformar na Laban Centre London.

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  • 1. Rudolf Laban Prof. Marcos Ramon marcosramon@gmail.com
  • 2. Rudolf von Laban (1879-1958) Nasceu na Hungria. Rudolf von Laban teve seu nome modificado para Rudolf Laban em 1947. Foi um importante nome para a dança moderna, como teórico, professor e coreógrafo.
  • 3. Rudolf Laban Laban viveu em um período de efervescência intelectual e artística, e pôde acompanhar as teorias sobre a seleção natural, a relatividade, a física quântica e a psicanálise, além de ter sido influenciado por movimentos expressionistas e dadaístas, evidentes nas manifestações artísticas da época. (BARBOSA, 2011, p.37) “Com Kandinsky, a pintura não mais precisava ser a representação da natureza, mas poderia, pelo conhecimento de seus elementos expressivos constituintes, ser uma composição apenas a partir de sua articulação formal. Um dos aspectos mais evidentes da arte moderna foi esta dissociação das formas artísticas aos elementos externos a elas mesmas, o que constituiu em sua autonomia frente a qualquer tipo de enredo, fosse ele religioso, político ou psicológico, fazendo com que a arte pudesse ser referência de si mesma.” (BARBOSA, 2011, p. 12)
  • 4. Laban Laban percebeu que existia uma oposição entre a cultura de movimentos na era pré-industrial e na era industrial, pois a indústria exigiu do homem ações repetitivas, adequadas ao ritmo das máquinas, à produção em série, que obrigava cada corpo a ter uma tarefa específica. O corpo do trabalhador industrial saiu do movimento amplo e diversificado do artesão (e o retorno ao artesanato já era pregado pelo movimento de Artes e Ofícios) para o movimento repetitivo das linhas de produção. Esse é um importante motivo para a contestação manifestada por muitos artistas da dança moderna, dentre eles a dançarina norte-americana Isadora Duncan, que se opôs aos movimentos repetitivos e mecanizados que caracterizavam tanto a indústria quanto a dança acadêmica .
  • 5. • Laban acreditava em uma dança de caráter educativo e terapêutico, além do caráter artístico, obviamente, pelo desenvolvimento e reconstrução de uma sociedade esfacelada. Seu horror diante do “espetáculo [de uma] multidão agitada, mecânica, que se esgota no mundo das mercadorias” o fazia pensar em seu estudo como uma forma de abraçar o gesto em sua mais ampla diversidade, restabelecendo a espontaneidade e a vida nos movimentos corporais. Isso tudo o fazia enxergar a estética da dança como produção de existência. (BARBOSA, 2011, p. 40) • A partir de 1910, durante os verões trabalhou e viveu em um centro da contracultura chamado Monte Veritá em Ascona, Suíça. Neste local, o foco principal era o contato com a natureza e com as artes. Mary Wigman foi sua aluna neste local. • Em Ascona, Laban ficou em uma pequena vila, chamada Monte Veritá, que funcionava como uma comum idade utópica e anárquica. Neste ponto, Laban não tinha nenhum interesse sobre políticas de convívio comum ou mesmo sobre anarquia, no entanto, seu relacionamento nada convencional com sua esposa Maya e sua amante Suzanne Perrottet (professora de dança treinada por Dalcroze), indicava sua conexão com as idéias de amor livre encontradas em Ascona. Lá, Laban encontrou Mary Wigman, que viria a ser sua aluna e colaboradora no desenvolvimento de suas pesquisas. (BARBOSA, 2011. p. 43)
  • 6. Rudolf Laban Como coreógrafo, suas obras eram geralmente em silêncio, sem música.Ele acreditava na pontencialidade de pesquisa do ritmo interno dos dançarinos. Ao contrário de Duncan, não rejeitou o Balé Clássico. Como professor, trabalhava com a improvisação.
  • 7. Corêutica: teoria da harmonia do espaço, uso do movimento/ tempo no espaço, uso das dinâmicas do movimento. Na Corêutica, desenvolveu uma espécie de escala de movimentos. Nos exercícios da corêutica, o dançarino pode praticar o movimento em 12 direções, assim como músicos praticam as notas musicais. As doze direções são definidas ao se dividir o espaço ao redor do dançarino em três planos: o plano vertical (ou plano da porta), o plano horizontal (ou plano da mesa)e o plano sagital (ou plano da roda). Quando os doze ângulos desses 3 planos imaginários são conectados com linhas, outros 20 pequenos triângulos são formados. Eles formam o Icosaedro.
  • 8. Laban • Na Eukinética, Laban divide o movimento humano em: 1. Espaço 2. Tempo 3. Peso 4. Fluência
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  • 13. • Em 1936, coreografou a abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim. • Em 1937, partiu para a Inglaterra, onde permaneceu até sua morte em 1958. Em Londres, sua escola acabou por se transformar na Laban Centre London.