Por traz do ódio ou qualquer outro tipo de sentimento negativo que, possa sentir em relação ao outro, pode estar algum tipo de insatisfação intima com relação a minha vida.
Só conseguimos reconhecer no outro aquilo que conhecemos, então se reconhecemos valores, atitudes positivas, comportamentos assertivos e outras coisas boas numa pessoa; estas qualidades podem estar relacionadas comigo.
2. Várias lendas e mitos nos ensinam desde a antiguidade
que o que vemos nos outros nos revela informações
sagradas sobre nós mesmos: é como um espelho.
Muitos têm sido os estudos sobre psicologia pessoal
que afirmam que o exterior atua como um espelho em
nossa mente.
Um espelho em que vemos refletidas diferentes
qualidades, características e aspectos pessoais de
nossa própria essência, de nosso ser mais primitivo.
Falamos de situações que frequentemente ocorrem em
nosso dia a dia quando observamos algo que não
gostamos nos outros, o sentimento de um certo
desgosto, um descontentamento.
A LEI DO ESPELHO, estabelece que de algum modo
esse aspecto que nos causa desgosto em determinada
pessoa existe também em nosso interior.
(breve resumo)
3.
4. A lei do espelho se reflete quando afirmamos
conhecer muito bem outras pessoas e, na
verdade, o que fazemos é projetar sobre elas
nossa própria realidade.
Quando ocorre essa situação estamos
colocando nossa visão projetada de nós mesmos
sobre a imagem física da outra pessoa que é
captada por nossos sentidos.
Ser consciente daquilo que projetamos nos
outros nos permite descobrir como somos de
verdade.
Quando adquirimos o conhecimento desse
mecanismo mental é fácil recuperar o controle
sobre o que está acontecendo em nosso interior
para que possamos fazer uso disso e trabalhar
os aspectos que estão presentes em nós, mas
que não desejamos manter, ou que queremos
transformar de algum modo.
5. Diz uma lenda persa que a
VERDADE era um grande espelho,
que foi partido em mil pedaços,
lançados sobre a terra.
Desde então, cada um que
encontra um pedaço, acredita tê-la
achado, toda.
A LENDA DE NARCISO, conta que
ele, ao ver sua bela imagem
refletida num lago, apaixonou-se
por si próprio e afogou-se, ao
tentar se tocar.
Ambas lendas, falam do EGO e do
risco do ser humano se deixar
levar pela vaidade ou ânsia de
poder.
CURIOSIDADE- lenda de Narciso
6. NARCISO= personagem da mitologia grega, que
representa a vaidade.
- Era dotado de tamanha beleza que não lhe faltavam
pretendentes.
Ele, porém, desprezava todos, acreditando que
ninguém era bom o suficiente para ele.
Certo dia, Narciso perseguia caça na montanha e, tendo
se separado de seus companheiros, gritou:- Há alguém
aqui? Quem respondeu foi Eco, uma ninfa amante dos
bosques.
Eco era vítima de uma maldição imposta pela Deusa
Hera e foi condenada a repetir as últimas palavras ditas
pelas pessoas. Ela jamais poderia falar em primeiro
lugar.
Impedida pela maldição, Eco não podia dialogar
verdadeiramente com Narciso e as repetições das
palavras por ela acabaram-no deixando irritado.
Eco, ao lançar-se nos braços de Narciso, foi por ele
repelida.
7.
8. PROJEÇÃO É um termo de Psicanálise, descrita como
um mecanismo que consiste em atribuir a outra pessoa
algo que acontece com si mesmo.
A projeção é uma forma de funcionamento observada em
pessoas que atribuem ao outro o que esta ocorrendo com
elas mesmas, normalmente, de forma inconsciente.
Quando alguém esta projetando não permite o contato
consigo mesmo ou com os outros, como por exemplo:
grande parte das pessoas que utilizam a projeção
consideram que todas as outras pessoas possuem
defeitos, menos elas.
Hermann Hesse (1919), expressava algo parecido com a
teoria da projeção como um mecanismo de defesa e o fez
através da seguinte frase:
“ Quando odiamos alguém, odiamos em sua imagem algo
que esta dentro de nós”.
A projeção é um dos mecanismos de defesa mais
utilizados contra as ameaças materiais externas,
imputando a responsabilidade de nossos próprios traços,
sentimentos e comportamentos a outrem ou ambientes.
9.
10. Segundo Laplanche e Pontalis (1996):
A projeção é uma operação na qual o sujeito quer expulsar
de si e localizar no outro, qualidades, sentimentos, desejos,
etc. que ele recusa em si.
Whitmont (2008) Explica a condição de que, se para o ego
tenho que ser correto e bom, então o outro (seja ele quem
for) se tornará o portador de todo o mal que não consigo
reconhecer em mim mesmo.
Joana de Angelis (Refletindo a Alma)
Comenta que há uma tendência natural e mórbida no ser
humano de ignorar certas deficiências pessoais e com isso
projetá-las nos outros. Exemplifica:
A projeção alcança reações surpreendentes.
(...) Toda vez que alguém combate com exagerada
veemência determinados traços de caráter de alguém,
projeta-se nele, transferindo do eu, que o ego não deseja
reconhecer como deficiente, a qualidade negativa que lhe é
peculiar. Torna a sua vítima no espelho no qual se
reflete inconscientemente. (ANGELIS,2000, )p.107
11. Um exemplo da dinâmica do
comportamento de projeção é culpar
alguma pessoa por um fracasso
próprio. Assim, evita-se o desconforto
de admitir conscientemente a falta
cometida, guardando o sentimento no
inconsciente.
12. O defeito que percebemos está no exterior ou em nós mesmos?
A lei do espelho estabelece que nosso inconsciente ajudado
pela projeção psicológica , nos faz pensar que o defeito ou
desagrado que percebemos nos outros existe somente “lá
fora”, não em nós mesmos.
A projeção psicológica é um mecanismo de defesa por meio
do qual atribuímos a outras pessoas nossos sentimentos,
pensamentos, crenças ou até mesmo ações próprias que são
inaceitáveis para nós.
A projeção psicológica começa a atuar durante experiências
que nos trazem algum tipo de conflito emocional, ou nos
momentos em que nos sentimentos ameaçados, tanto
interiormente quando exteriormente.
Quando nossa mente entende que existe uma ameaça para
nossa integridade tanto física quanto emocional, esta emite
um sinal de rejeição para o exterior, projetando essas
características e atribuindo as mesmas a um objeto ou
sujeito externo que não nós mesmos.
Assim, aparentemente colocamos a ameaça fora de nós.
13. De maneira inconsciente, o combate a este alguém que
fantasiamos portar aquilo que nos pertence gera uma espécie
de alívio. Afinal, intimamente estamos apresentando nossa
repulsa àquele conteúdo.
Mas este alívio é momentâneo, que tão breve seja o contato e
já estaremos a procurar outra situação ou outro alguém no qual
caibam as minhas projeções.
A mentora relaciona a projeção aos complexos – conteúdos a
serem projetados – como se fossem “um espelho no qual a
imagem própria apresenta-se inversa, refletindo as suas
lamentáveis feridas espirituais”. p.55 Atitudes Renovadas.
A transformação moral não é o combate às imperfeições em nós,
e muito menos nos outros.
Por isso a mentora orienta para que frente à tentação da crítica
áspera, da censura ou da queixa contumaz, consigamos refletir
que o problema não é do outro, mas projeção de nossa imagem,
refletida nele, manifestando o complexo que se exterioriza.
14.
15. A projeção como mecanismo de defesa nos faz
“CUSPIR” ou expelir sobre o mundo as vivencias,
emoções ou traços de personalidade que desejamos
desalojar de nós mesmos, pelo fato de serem
inaceitáveis.
Tudo o que é relativamente gratificante é aceito pelo
nosso EU – como algo que pertence a ele – mas tudo o
que se mostra doloroso e pouco gratificante é
considerado como algo alheio a nós.
Em psicologia, utiliza-se a projeção para detectar
determinados traços de caráter, como as motivações,
os problemas e as frustrações.
A FRUSTRAÇÃO que caracteriza uma pessoa que cria
projeções de si mesma nos outros desaparece quando
começa a acreditar que seus defeitos, deficiências e
fracassos são compartilhados pelos outros, ou que são
os outros que provocam estes fracassos, deficiências
ou qualquer coisa que não desejam ter.
16. EXEMPLOS DE PROJEÇÕES:
- Roubar, acreditando
que as pessoas
também roubariam.
-
- Pensar ser INFIEL e
ter medo de que seu
namorado o seja.
- Repreender os filhos
por comportamentos
que a própria pessoa
tem.