O documento resume a situação econômica do Brasil desde 2014, com destaque para os impactos da pandemia de COVID-19. (1) A economia brasileira vive uma conjuntura adversa desde 2014 com lenta recuperação interrompida pela crise de 2020; (2) O mercado de trabalho já estava fragilizado e sofreu forte impacto com perda de 10 milhões de empregos no início da pandemia; (3) Os investimentos em infraestrutura no Brasil são insuficientes e precisariam aumentar substancialmente para equiparar a mé
2. SINICON: Raio-X do setor de infraestrutura brasileiro
(síntese de estudo produzido pela LCA para o SINICON, em fevereiro de 2021)
14 de abril de 2021
3. Brasil vive conjuntura econômica adversa desde 2014, com tímida recuperação desde 2017,
interrompida pela crise sanitária da COVID-19
Retração acumulada de ~6,8% entre
2015 e 2016 foi a maior registrada na
história
– Lenta recuperação: PIB do país ainda não
se recuperou plenamente
– Brasil deve recuperar PIB per capita de
2013 apenas em 2025 (expectativa pré-
COVID era em 2023)
Recuperação lenta e gradual esperada
para 2021
– Primeiro semestre ainda deve apresentar
retração, seguido de recuperação
– Crescimento projetado para 2021 inclui
significativo carregamento estatístico
(“carryover”): crescimento do PIB no
cenário base de 3,2% já foi revisto para
2,8%
– Cronograma de vacinação é crucial para
retomada em 2021
3
4,0%
6,1%
5,1%
-0,1%
7,5%
4,0%
1,9%
3,0%
0,5%
-3,5% -3,3%
1,3% 1,3% 1,1%
-4,3%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
(p)
Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores.
Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores.
Variação real do PIB brasileiro
(2006-2020)
PIB: variação % QoQ
0,7
-0,1
0,9
-0,4
0,9 0,4
-0,1
0,4
-2,1
-9,2
7,7
3,2
-0,6 -0,3
0,5 0,8
1T18
2T18
3T18
4T18
1T19
2T19
3T19
4T19
1T20
2T20
3T20
4T20
1T21
(p)
2T21
(p)
3T21
(p)
4T21
(p)
4. 6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
jan/09
jun/09
nov/09
abr/10
set/10
fev/11
jul/11
dez/11
mai/12
out/12
mar/13
ago/13
jan/14
jun/14
nov/14
abr/15
set/15
fev/16
jul/16
dez/16
mai/17
out/17
mar/18
ago/18
jan/19
jun/19
nov/19
abr/20
set/20
fev/21
jul/21
dez/21
Evolução observada
Evolução projetada
Mercado de trabalho já vinha debilitado e sofreu impacto imediato com a COVID-19
No inicio de 2020, o mercado de
trabalho no Brasil se encontrava em
situação distinta do início da crise de
2015, quando nível de desemprego
estava historicamente baixo
De fevereiro/20 a julho/20 verificou-se
uma redução na população ocupada
de cerca de 10 milhões de pessoas
No final de 2020 atingiu-se taxa de
desocupação de 14,7% da força
trabalho, 8 p.p. acima do mínimo de
6,7% verificado em 2014
4
Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores.
Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores.
80
85
90
95
100
105
110
jan/09
jun/09
nov/09
abr/10
set/10
fev/11
jul/11
dez/11
mai/12
out/12
mar/13
ago/13
jan/14
jun/14
nov/14
abr/15
set/15
fev/16
jul/16
dez/16
mai/17
out/17
mar/18
ago/18
jan/19
jun/19
nov/19
abr/20
set/20
fev/21
jul/21
dez/21
Evolução observada
Evolução projetada
Tendência pré-2015
População Ocupada
(em milhões de pessoas, dessazonalizada)
Taxa de desocupação
(em % da força de trabalho, dessazonalizada)
5. 55 55
31
26
37 39
60 59
36
30
41 43
61 60
37
31
42 44
0
10
20
30
40
50
60
70
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil
Maio Junho Julho
Impacto sobre renda foi amortecido pelo alcance do auxílio emergencial em 2020, efeito não esperado
em 2021
Mais de 65 milhões de beneficiários diretos do auxílio
emergencial em 2020: para cada trabalhador com carteira
assinada houve, em média, 1,73 beneficiários do auxílio
Resultado foi aumento de massa de renda em 2020 cresceu
cerca de 5,7%, apesar da queda da renda com salário e
INSS
Para 2021, mesmo com novo auxílio emergencial e
recuperação do mercado de trabalho, projeta-se uma queda
de massa de renda de 1%
5
Em 2020, auxílio emergencial superou trabalho
com carteira assinada em 25 estados
Fonte: CAGED e Portal da Transparência. Elaboração: Poder 360.
Fonte: PNAD-COVID. Elaboração: LCA.
Brasil, proporção de domicílios que receberam auxílio emergencial
(%)
2,6
-3,7
7,7
5,7
-1,0
2019 2020 2021
Variação da massa de renda real (%)
Fontes: IBGE, MTE, CEF. Elaboração: LCA
Massa (Ocupação + INSS + BF)
Massa + AE (Com R$ 30 bi em 2021)
Fonte: IBGE, TEM, CEF. Elaboração: LCA Consultores.
Variação da massa de renda real (%)
6. Inflação com tendência de alta reduz ainda mais poder de compra
6
A inflação, após atingir 10,7% ao final de
2015, passou a apresentar tendência de
queda acentuada, chegando a 1,9% em
maio de 2020. Desde então, a inflação
acelerou, encerrando 2020 em 4,5%, acima
do centro da meta de 4,0%.
4,5
0
2
4
6
8
10
12
jan/09
jul/09
jan/10
jul/10
jan/11
jul/11
jan/12
jul/12
jan/13
jul/13
jan/14
jul/14
jan/15
jul/15
jan/16
jul/16
jan/17
jul/17
jan/18
jul/18
jan/19
jul/19
jan/20
jul/20
IPCA
Fonte: IBGE (Retropolação LCA). Elaboração: LCA Consultores.
Inflação (%, acumulado em 12 meses)
7. 6,7%
12,0%12,3%
-2,1%
17,9%
6,8%
0,8%
5,8%
-4,2%
-13,9%
-12,1%
-2,6%
3,9% 2,2%
-1,7%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
(p)
Incerteza em 2020 foi superior às crises anteriores, afetando decisões de investimento
Incerteza em 2020 foi muito superior
aos picos anteriores
– Em abril de 2020 o IIE-Br atingiu 210
pontos, enquanto as máximas anteriores
foram 132 pontos em 2008 e 136 pontos
em 2015
– Fevereiro/21 foi primeiro mês com índice
abaixo da máxima histórica anterior
Incerteza econômica tem impactos
negativos sobre decisões de
investimento
– Taxa de investimento experimentou
queda acumulada de 29,4% entre 2013 e
2017
7
Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV). Elaboração: LCA Consultores.
Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores.
Indicador de Incerteza da Economia (Brasil)
(2006-2021)
Investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo)
(2006-2020)
132,4 136,8
210,5
128,2
0
50
100
150
200
250
jan/06
jul/06
jan/07
jul/07
jan/08
jul/08
jan/09
jul/09
jan/10
jul/10
jan/11
jul/11
jan/12
jul/12
jan/13
jul/13
jan/14
jul/14
jan/15
jul/15
jan/16
jul/16
jan/17
jul/17
jan/18
jul/18
jan/19
jul/19
jan/20
jul/20
jan/21
8. Patamar de investimento pré-2014 ainda não foi recuperado
Fragilidade econômica se reflete na taxa de investimento
8
Taxa de Investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo/PIB)
(2004-2020)
Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores.
A taxa de investimento, que ficou em torno de 20,7% do PIB entre 2010 e 2013, sofreu retração nos
anos seguintes, chegando ao patamar de 14,6% do PIB em 2017
No período posterior nota-se tendência de crescimento lento da taxa de investimento favorecida pelos juros
que se encontram em um patamar historicamente baixo
17,3% 17,1% 17,2%
18,0%
19,4% 19,1%
20,5% 20,6% 20,7% 20,9%
19,9%
17,8%
15,5%
14,6% 15,1% 15,3%
16,4%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
9. 9
Assumindo uma taxa de
depreciação média de 3,9%,
investimento necessário para
a reposição do estoque de
infraestrutura é de 1,42% do
PIB, ou R$102,91 bilhões
▪ Em 2019, o investimento em
infraestrutura foi de R$123,9 bi
(1,71% do PIB)
▪ Investimento efetivo foi
marginalmente superior ao
investimento necessário para
repor a depreciação
Para que em 20 anos o
estoque brasileiro de
infraestrutura equipare-se à
média mundial
(aproximadamente 69% do
PIB) os investimentos têm
que saltar de 1,71% do PIB
em 2019 para 4,8% do PIB
Caso o Brasil mantenha o patamar de investimento de 1,71% do PIB ao ano, em 2040 o
estoque de infraestrutura será reduzido de 36,36% para 32,09%
Investimentos em infraestrutura no Brasil são muito baixos
32,09%
36,36%
69,00%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
55,0%
60,0%
65,0%
70,0%
75,0%
2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040
Investimento anual 1,7% do PIB Investimento anual 4,8% do PIB
Projeção do estoque de infraestrutura até 2040 (% do PIB)
Fonte: Frischtak e Mourão (2017). Elaboração: LCA Consultores.
Taxa de investimento anual de 4,8% do PIB é análoga ao que países como Paraguai
(5,4% do PIB), Marrocos (5,0%), Vietnã (4,8%) e Peru (4,1%) têm desempenhado como
trajetória de investimento de longo prazo¹
Apesar de ser país em desenvolvimento, o Brasil possui uma trajetória de investimento
de longo prazo semelhante a países com economias e infraestruturas já desenvolvidas
como França e Canadá (2,5% do PIB)¹
¹ Conforme Global Infrastructure Outlook (2017), disponível em <https://cdn.gihub.org/outlook/live/report/Global+Infrastructure+Outlook+reports.zip>
Acesso em 01/03/2021
10. Quadro fiscal dificulta investimentos públicos
Impactos da COVID-19 sobre
recolhimento de impostos e a
necessidade de gastos para mitigação
de seus impactos aumentou risco
fiscal
– Déficit primário do setor público chegou a
9,5% do PIB em 2020
– Último superávit fiscal foi em 2013
Crise se reflete diretamente na
trajetória da dívida pública
– Dívida Bruta subiu de 56,3% do PIB em
2014 para 75,8% em 2019
– Expectativa é atingir 96,9% em 2020, em
função dos gastos extraordinários com
medidas de combate à COVID-19
10
Dívida Bruta do Governo Geral (% do PIB) (2006-2030)
56,3
75,8
96,9
101,2
45
55
65
75
85
95
105
115
Fonte: BCB. Elaboração: LCA Consultores.
Fonte: BCB. Elaboração: LCA Consultores.
Resulta Primário – Setor Público Consolidado
(% do PIB)
3,2 3,2 3,3
1,9 2,6 2,9 2,2 1,7
-0,6
-1,9 -2,5
-1,7 -1,5 -0,8
-9,5
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
11. 11
Brasil enfrenta consequências da COVID-19 em contexto de
fragilidade econômica: tímida recuperação após 2015-16 não
retomou patamar de 2014 e foi duramente interrompida
Estima-se que apenas em 2025 o Brasil retome o patamar de PIB
per capita observado em 2013
Impacto no mercado de trabalho foi imediato com redução de 10
milhões de pessoas ocupadas em 3 meses. Recuperação do
emprego será lenta
Massa de Renda das famílias aumentou 5,7% devido à proteção
fornecida um auxílio emergencial amplo que atingiu 65 milhões de
brasileiros.
▪ LCA projeta uma redução de massa de renda de 1,0% em 2021 em
comparação ao ano anterior, mesmo com recuperação do mercado de trabalho
Redução das receitas e gastos extraordinários aumentaram déficit
público e significam limitação da capacidade de investimento no
futuro
Medidas de ajuste fiscal nos
próximos anos devem reduzir os
recursos disponíveis para
investimentos públicos –
apontados pelo FMI como
fundamentais para a recuperação da
atividade econômica – inclusive
aqueles para investimento em
infraestrutura
Disponível em
<https://www.imf.org/pt/News/Articles/2020/10/05/blog-public-
investment-for-the-recovery> Acesso em 24/02/2021
12. Segundo o Relatório de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, o Brasil está em pior colocação
do que outros países em desenvolvimento no ranking de infraestrutura
Quantidade e qualidade da infraestrutura afetam competitividade da
economia
12
Indicadores Métrica Valor Score Rank
PILAR 2: INFRAESTRUTURA 0–100 - 65,5 78
2.01 RODOVIAS: conectividade 0–100 76,1 76,1 69
2.02 RODOVIAS: qualidade 1-7 (melhor) 3,0 33,5 116
2.03 FERROVIAS: densidade km de estrada/ km² 3,6 8,9 78
2.04 FERROVIAS: eficiência 1-7 (melhor) 2,5 24,3 86
2.05 AÉREO: conectividade Score 437,5 89,7 17
2.06 AÉREO: eficiência 1-7 (melhor) 4,4 56,8 85
2.07 MARÍTIMO: conectividade 0-157,1 (melhor) 38,2 38,2 48
2.08 MARÍTIMO: eficiência 1-7 (melhor) 3,2 37,1 104
2.09 ELETRICIDADE: taxa % da população 99,7 99,7 84
2.10 ELETRICIDADE: perdas % da oferta de luz 16,1 87,4 102
2.11 ÁGUA: exposição não segura % da população 9,7 92,1 57
2.12 ÁGUA: confiabilidade da oferta 1-7 (melhor) 4,7 62,1 76
36
42
49 50
68 69 70
72
78
China Chile Turquia Russia Argentina África do Sul Índia Indonesia Brasil
Posição no Ranking de Infraestrutura GCI (2019)
Fonte: Fórum Econômico Mundial - Global Competitiveness Report 2019.
Indicadores de Infraestrutura no GCI (2019)
Fonte: Fórum Econômico Mundial - Global Competitiveness Report 2019.
O índice de infraestrutura do GCI é composto por subíndices relacionados à disponibilidade e qualidade dos
diferentes tipos de infraestrutura
– Os subíndices com maior defasagem são Qualidade das Rodovias, no qual o Brasil está na posição 116; Eficiência Marítima,
na qual o Brasil está na posição 104; e Taxa de Perdas na Eletricidade, na qual o Brasil está na posição 102.
13. Desenvolvimento econômico depende de investimentos em infraestrutura
13
36,2
57,0 58,0 58,0 64,0 71,0 73,0 76,0 80,0 82,0 85,0 87,0
179,0
Baixo volume de investimentos em infraestrutura
ocasionaram redução do estoque de 58,3% em
1984 para 36,1% em 2019
Estoque de infraestrutura brasileiro está abaixo
de outros países em desenvolvimento como Índia,
China e África do Sul
Infraestrutura brasileira está concentrada em
Eletricidade, Rodovias, Telecomunicações e
Saneamento
Estoque de Infraestrutura (% do PIB, por país)
2019
Fonte Min. Da Economia (2019) – Pró-Infra Caderno 1: Estratégia de Avanço na Infraestrutura.
Estoque de Infraestrutura por Setor (% do PIB)
2019
Fonte Min. Da Economia (2019) – Pró-Infra Caderno 1: Estratégia de Avanço na Infraestrutura.
14. A crise econômica combinada com retomada apenas incipiente teve forte impacto sobre os investimentos em infraestrutura
– Queda de aproximadamente 31,3% entre 2014 (R$ 180,3 bilhões) e 2019 (R$ 123,9 bilhões)
Menor disponibilidade de recursos públicos, em função do quadro fiscal fragilizado da economia brasileira, afetou a proporção
entre os investimentos públicos e privados
Volume de investimentos em infraestrutura são insuficientes para melhorar
infraestrutura disponível
14
63,6 61,2 68,5 69,2 71,0
50,2 39,9 40,2 38,0 34,1
82,2 96,0
99,3 109,6 109,3
101,1
82,6 79,9 90,0 89,8
145,8
157,2
167,8
178,8 180,3
151,3
122,5 120,1
128,0 123,9
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Público Privado
R$15,22
R$17,07
R$15,60
R$13,05
R$6,36
0,62%
0,72%
0,63%
0,52%
0,21%
0,00%
0,10%
0,20%
0,30%
0,40%
0,50%
0,60%
0,70%
0,80%
R$0,00
R$2,00
R$4,00
R$6,00
R$8,00
R$10,00
R$12,00
R$14,00
R$16,00
R$18,00
2016 2017 2018 2019 2020 (até out)
Bilhões
Orçamento do MInfra (em bilhões) % do Orçamento Público
Evolução dos Investimentos em Infraestrutura
(R$ bilhões)
Fonte: ABDIB - Livro Azul da Infraestrutura: Uma Radiografia dos projetos de infraestrutura no Brasil.
Elaboração: LCA Consultores.
Orçamento do Ministério da Infraestrutura
(R$ bilhões)
Fonte: Ministério da Infraestrutura. Elaboração: LCA Consultores.
15. É fundamental promover um ambiente de negócios favorável aos investimentos em infraestrutura
Criação de mecanismos adequados permitiu que em 2019 volume de investimentos através de debêntures incentivadas
superasse os desembolsos do BNDES
Setor privado tem o potencial de aumentar capacidade de financiamento,
trazendo maiores oportunidades de investimento
15
69
55
26 27
30
24 19
4,8 5,3 4,3
9,1
21,6
33,8
13,6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
R$
Bilhões
Desembolsos BNDES Infraestrutura Volume Debêntures de Infraestrutura
25,0
51,4
33,1
14,4
123,9
Transportes /
Logística
Energia Elétrica Telecomunicações Saneamento Total
Investimento em infraestrutura
(R$ bilhões, por setor)
Fonte: ABDIB - Livro Azul da Infraestrutura: Uma Radiografia dos projetos de infraestrutura no Brasil.
Elaboração: LCA Consultores.
Comparativo dos desembolsos do BNDES e de
emissão de debêntures incentivadas (R$ bilhões)
Fonte: Boletim de Debêntures – outubro de 2020, Ministério da Economia.
16. 16
O Brasil tem
URGÊNCIA
em retomar
CRESCIMENTO
econômico
Investimentos em Infraestrutura
favorecem crescimento, com geração
de emprego; aumento de arrecadação
e ganhos de produtividade
O efeito multiplicador dos investimentos em
infraestrutura é de R$1,44 a mais para cada um
real investido
17. Emprego no setor de Construção Pesada (1/2)
17
Estoque de empregos formais no setor de
Construção Pesada (infraestrutura e montagem)
Fonte: RAIS/CAGED - MTE. Elaboração LCA Consultores.
Nível de formalidade na Construção Pesada, Civil e no
Brasil
Fonte: RAIS/CAGED - MTE. PNAD Contínua. Elaboração LCA Consultores
50,8% 49,6% 48,4% 46,8% 46,0% 45,9%
80,2% 78,2% 80,4% 79,1% 79,2% 79,0%
30,5% 24,9% 22,8%
19,9% 19,2% 18,5%
4T/14 4T/15 4T/16 4T/17 4T/18 4T/19
Empregos Formais Brasil Empregos Formais Construção Pesada
Empregos Formais Construção Civil
Emprego na construção pesada retraiu junto com volume de investimentos.
– Em 2019, volume de empregos no setor cresceu 12%, criando 78 mil postos de trabalho formal
Setor de Construção Pesada apresenta elevado nível de formalização de empregos quando comparado com a média brasileira e
com o segmento de Construção Civil
Perfil do trabalhador da Construção Pesada é considerado de maior vulnerabilidade social
– Aproximadamente 91% são homens
– 64,2% são pardos ou pretos
– A maior parte dos trabalhadores com carteira assinada tem entre 30 a 39 anos (33,9%)
– Dos trabalhadores com carteira assinada, 84,1% possuem até o ensino médio completo
18. Emprego no setor de Construção Pesada (2/2)
18
Proporções de Massa Salarial pela Receita Bruta,
por Atividade, em 2018
Fonte: RAIS/CAGED - MTE. Elaboração LCA Consultores.
Seleção dos 10 setores mais semelhantes com
Construção Pesada (2018)
Quando comparado com outros setores que empregam
trabalhadores com perfil semelhante ao da Construção
Pesada, nota-se que este é o setor que melhor
remunera os seus funcionários, registrando salário
15,6% acima da média em 2018.
CNAE
(RAIS)
CNAE
(PNAD)
Descrição (PNAD) Salário Médio
Nº de
Vínculos
1 01121 1104 Cultivo de algodão R$ 2.526,31 11.711
2 01130 1105 Cultivo de cana-de-açúcar R$ 2.181,88 125.574
3 107 10092 Fabricação e refino do açúcar R$ 2.513,31 257.032
4 07294 7002
Extração de minerais metálicos não
especificados anteriormente R$ 4.445,69 12.349
5 01521 1202
Criação de outros animais de grande
porte não especificados anteriormente R$ 1.746,64 7.976
6 08991 8009
Extração de minerais não metálicos
não especificados anteriormente R$ 2.678,48 10.277
7 193 19030 Produção de biocombustíveis R$ 2.680,96 109.473
8 81125 81012 Condomínios prediais R$ 2.032,53 573.094
9 241 24001 Fabricação de produtos siderúrgicos R$ 3.181,00 3.181
10 151 15011
Curtimento e outras preparações de
couro R$ 2.060,87 257.032
42 42000 Construção de obras de infraestrutura* 2.573,82 575.217
Salário Médio dos trabalhadores
dos 10 setores 2.225,70
Fontes: PNAD, RAIS. Elaboração: LCA Consultores. * Construção Pesada.
1,93%
2,25%
2,90%
3,54%
3,68%
3,73%
4,19%
4,98%
5,20%
5,47%
6,24%
6,73%
8,93%
9,40%
10,08%
10,09%
10,39%
11,62%
12,34%
12,70%
13,92%
14,69%
14,74%
15,90%
19,31%
19,49%
20,21%
20,66%
21,41%
22,69%
23,90%
Construção Pesada está entre os setores com maior
proporção entre recursos empenhados para remunerar
os trabalhadores e o faturamento.
– Em 2018, a remuneração de trabalhadores (massa salarial)
atingiu 20,21% do faturamento bruto da Construção Pesada,
colocando o setor na 5ª colocação entre 31 setores analisados
19. ABDIB identificou R$ 28 bilhões de investimentos públicos em infraestrutura em 2021 e 2022.
O efeito multiplicador dos investimentos é de R$1,44 a mais para cada um real investido
Investimentos em infraestrutura criam diversas externalidades positivas para a
economia: Curto Prazo
Efeitos diretos: aumento da
renda, emprego e
arrecadação gerados no
próprio setor
Efeitos indiretos:
disseminados em outros
setores da economia, devido
a necessidade de aquisição
de insumos e
comercialização de produtos
Efeitos renda: causado pelo
aumento dos rendimentos
das famílias, transforma-se
em consumo de bens e
serviços nos mais diversos
setores da economia.
Efeitos de curto prazo de R$ 28 bilhões investidos em infraestrutura
Fonte: IBGE – Sistema de Contas Nacionais. Elaboração: LCA Consultores.
19
20. Investimento em infraestrutura tem impactos sobre a produtividade e sobre o PIB.
– Diminui custos de produção
– Altera relação entre fatores de produção
LCA estimou modelo econométrico estatístico de efeitos fixos:
– Dados em painel do GCI
– Estimou-se as relações de cada um dos índices do Relatório em relação ao PIB
– Resultado: variação de 1% no índice de infraestrutura leva a uma variação de 0,16% no
PIB.
Para avaliar a variação do PIB associada a uma melhora da posição no ranking do
índice de infraestrutura do GCI, usou-se os valores observados de escore do índice
de infraestrutura.
– Em 2019, o Brasil estava na posição 78, escore de 65,45 (entre 141 economias)
– Uma melhora até as top 5 posições (escore de 93,63), estaria associada a um aumento
de 7,1% do PIB.
• Isto é, se o Brasil desenvolvesse sua infraestrutura de modo que seu índice alcance
essa média, a variação no índice seria de 43%, em média, e a variação do PIB
resultante seria de até 7,1%
• Suficiente para acrescentar mais do que o PIB do estado do Rio Grande do Sul, 4ª maior
economia estadual do Brasil em 2018
Investimentos em infraestrutura criam diversas externalidades positivas para a
economia: Longo Prazo
Brasil: 78ª posição
(Escore de 65,45)
TOP 5
(Escore de 93,63)
20
+7,1% do PIB
21. 21
Governo Federal possui uma ampla agenda de investimentos em
infraestrutura elencada no Programa de Parceria de Investimentos
(PPI)
Investimentos identificados pela ABDIB para os próximos 2 anos,
federais e estaduais, somam mais de R$28 bilhões
▪ Esse investimentos possuem efeitos multiplicadores já no curto prazo: R$ 40,4
bilhões a mais no PIB, R$ 6,4 bilhões a mais em impostos e R$ 14,4 bilhões a
mais de massa salarial
Modelo estatístico estimado pela LCA identificou que melhoras no
índice de infraestrutura do GCR refletem no crescimento econômico
▪ Ao investir na infraestrutura, de modo que o índice aumente em 1%, leva um
incremento de 0,16% no PIB
▪ Alçar a qualidade da infraestrutura brasileira para as 5 melhores posições do
ranking significaria aumentar o PIB em 7,1%: equivalente ao PIB do Rio Grande
do Sul
Garantir uma melhora do ambiente de negócios que propicie
a atração de investimentos é essencial para a consolidação
de uma trajetória de crescimento sustentável com ganhos de
produtividade e competitividade
Brasil é um país em
construção
Investimentos em infraestrutura
possuem papel estratégico para
o desenvolvimento
socioeconômico
Investimentos em infraestrutura
melhoram as condições de
competitividade da economia
brasileira