SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  6
Télécharger pour lire hors ligne
Caso Specialized - Informações adicionais
     A Caloi é a maior empresa de bicicleta da América Latina e uma das maiores produtoras do mundo.

Em 1898, Luigi Caloi chegou ao Brasil e começou a importar bicicletas da Europa. Anos depois, e empresa
inaugurou a primeira fábrica do produto do país. Atualmente, a Caloi é líder de mercado e responsável pela
comercialização de mais de 700 mil bicicletas e 100 mil unidades de aparelhos para home fitness por ano.

Com uma fábrica em Atibaia (SP) e outra em Manaus (AM), além do centro de distribuição em Atibaia e sede
administrativa em São Paulo, a Caloi gera aproximadamente 700 empregos diretos e mais de 200 empregos
temporários na alta estação.

Caloi no Mercado brasileiro

A Caloi é líder de mercado e possui aproximadamente 35% de market share em valor de vendas. No segmento
de bicicletas acima de R$ 300,00 no varejo, a porcentagem aumenta para 50%.

A liderança se aprofunda no segmento infantil, em que a Caloi detém 30% do market share em unidades
vendidas. Em valor, a Caloi é dona de uma fatia de 50% do mercado de bicicletas infantis. Em 2009, a Caloi
comercializou 330 mil bicicletas infanto juvenis, consolidando a liderança absoluta nesse segmento.
http://www.caloi.com/caloi/empresa

22/07/2011 07h05 - Atualizado em 22/07/2011 07h05
                Para competir com importados, Caloi aposta em bicicleta 'com status'
'Bicicleta no Brasil sempre foi um negócio de pobre', diz executivo.
Perfil de usuário muda e empresa investe em modelos mais sofisticados.
Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

A expansão das ciclovias e ciclofaixas, e o aumento do uso da bicicleta para lazer e como meio de transporte não por
falta de opção, mas por escolha, já tem produzido resultados no faturamento da Caloi: a maior fabricante de
bicicletas do país registrou no 1º semestre um crescimento de 40% nas vendas.
A companhia, que passou a investir em modelos mais confortáveis e sofisticados, prevê comercializar no ano 1
milhão de unidades, o que representará um faturamento em torno de R$ 300 milhões e crescimento anual de 25%
no número de bicicletas vendidas.


Eduardo Musa, presidente da Caloi, que prevê vender 1 milhão de unidades em 2011 (Foto: Darlan
Alvarenga/G1)

“Estamos confirmando um crescimento no faturamento de 40% no 1º semestre. Devemos fechar o ano em 30%
porque não temos capacidade para atender toda a demanda e porque crescer sobre a base do segundo semestre,
que é maior, é muito mais difícil”, afirma o presidente da Caloi, Eduardo Musa.
A Caloi fechou o ano de 2010 com 800 mil biciletas vendidas e faturamento de 212 milhões, com alta de 15% em
relação a 2009. “Somos a maior fabricante de bicicletas fora do leste asiático. Não há ninguém que produza
conjuntamente 1 milhão de unidades fora da Ásia e que esteja crescendo numa taxa de 30%”, afima Musa.
“Quando a pessoa sai da zona rural e vai para a cidade, ela não leva a bicicleta. Passa a usar transporte coletivo e
quando ganha um dinheirinho compra moto, carro. Bicicleta [para essa pessoa] é sinônimo de pobreza"

Ele lembra, porém, que a companhia passou 5 anos no vermelho e só voltou para o azul em 2009. “Na verdade, o
mercado alvo da Caloi é que está crescendo. Quando o mercado virou para o médio e alto valor agregado, éramos a
única empresa no Brasil preparada para atender essa nova demanda, que está sendo atendida também pelo
aumento das importações”, acrescenta.
Segundo o executivo, o que está ocorrendo tanto no Brasil como na China e na índia é uma mudança no perfil de
quem anda de bicicleta e nos produtos que estão sendo vendidos. Ele destaca que, se por um lado aumenta a
presença de ciclistas nas metrópoles, por outro cai nas pequenas cidades e nas áreas rurais o uso da bicicleta como
meio de transporte.

1
“A balança está zero a zero. O mercado não cresce em termos de unidades”, diz Musa. “A Caloi já chegou a produzir
mais de 2 milhões de bicicletas no final dos anos 80 e começo dos 90”, afirma.

Dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e
Similares) mostram que o mercado brasileiro, apesar de ser o 5º maior do mundo, está estagnado há mais de uma
década. A associação prevê uma produção nacional de 5 milhões de unidades em 2011 - queda de cerca de 5% em
relação ao ano passado. Já para as importações, a estimativa é de um crescimento de quase 100%, com um total de
480 mil unidades, contra 255 mil em 2010.
Bicicleta vira sinônimo de 'status'
“O negócio de bicicleta no Brasil sempre foi um negócio de pobre”, afirma Musa, destacando que o maior volume de
biciletas ainda está nas pequenas cidades. “Quando a pessoa sai da zona rural e vai para a cidade, ela não leva a
bicicleta. Passa a usar transporte coletivo e quando ganha um dinheirinho compra moto, carro. Bicicleta [para essa
pessoa] é sinônimo de pobreza”, acrescenta o executido, lembrando que nos últimos anos entraram mais carros nas
cidades do que bicicletas.
“Antes, ter carro era sinônimo de ser rico e de país desenvolvido. Isso está mudando. Hoje, país moderno, de
vanguarda, é país que anda de bicicleta”

A consciência ecológica e as iniciativas de estímulo ao uso da bicicleta, entretanto, têm compensado o movimento de
abandono do uso da bicicleta pelas classes mais baixas e aquecido o mercado de produtos mais sofisticados.
Segundo o executivo, esse 'fenômeno' é mundial e tem feito com que a bicicleta comece a ser associada também à
condição de ‘status social’.

“Quem está andando de bicicleta na ciclofaixa, indo trabalhar, não é pobre, muito pelo contrário”, diz Musa. “Antes,
ter carro era sinônimo de ser rico e de país desenvolvido. Isso está mudando. Hoje, país moderno, de vanguarda, é
país que anda de bicicleta”.
Para ele, o fenômeno da ciclofaixa em São Paulo ainda é muito mais de lazer do que de transporte. “Imagine a
ciclofaixa funcionando de segunda a sexta. Aí sim vamos ter um boom no crescimento das vendas de bicicleta”,
avalia.

Foco em modelos mais confortáveis

Lançado em 2009, o segmento mobilidade já responde por 16 dos 46 modelos de bicicletas para adultos do portifólio
da Caloi e tem tudo para desbancar o reinado das mountain bikes.
Com diferenciais como guidão mais alto, banco mais largo e macio, pneu liso e melhor ergonomia, o conceito busca
oferecer modelos mais confortáveis e mais adaptáveis ao cenário urbano. A idéia é cada vez mais transformar as
bicicletas em “desejos de consumo”. Para as festas de fim de ano, por exemplo, a Caloi prepara o lançamento de
uma linha retrô.
                                                            “O foco do desenvolvimento de produtos da empresa
                                                            está hoje neste modelo. O portifólio de mobilidade
                                                            vem dobrando a cada ano e o das outras estão
                                                            estáveis ou até caindo”, diz Musa.
                                                            A empresa não revela o número das vendas deste
                                                            segmento por “razões estratégicas”. E empresa
                                                            também desconversa sobre uma possível oferta
                                                            pública inicial (IPO) de ações. “Não comento sobre
                                                            esses assuntos”, diz Musa.
                                                            A Caloi possui duas fábricas no país. A produção de
                                                            produtos infantis é concentrada em Atibaia e todo o
                                                            restante é feito na fábrica de Manaus. Nas fábricas da
                                                            empresa são produzidos peças como rodas, canote e
                                                            guidão, e trabalhos de solda de quadros. “A gente faz
                                                            o chassi. Tudo que é componente é importado”,
                                                            explica Musa. Os itens importados representam entre
                                                            30% e 90% do custo da bicicleta, dependendo do
                                                            modelo.
2
A Caloi estima ter hoje 50% do market share de bicicletas posicionadas acima de R$ 300. A marca costuma ser a
opção premium nos grandes magazines e praticamente a única alternativa brasileira às importadas nas lojas
especializadas.

Outro fator que tem beneficiado a empresa é a mudança no preço do produto inicial. Nos últimos anos, como a
elevação dos custos das peças e componentes importados, o preço mínimo mais do que dobrou nas pequenas
montadoras, enquanto a Caloi, que sempre teve um preço maior, manteve seus produtos quase que no mesmo
patamar. Fora isso, concorrentes como Monark e Sundown desativaram suas unidades em Manaus e praticamente
desapareceram do mercado.
'Exportação zero' em 2011

Apesar dos bons resultados, a participação da Caloi no mercado internacional ainda é quase insignificante. Em 2010,
a empresa exportou cerca de 10 mil unidades. Neste ano, a empresa diz ainda não ter fechado nenhuma venda para
fora.


                                                               Linha de produção, em Manaus (Foto: Divulgação)




“Eu não exportei nenhuma bicicleta até hoje, nada, é zero. Não tenho nenhum pedido ainda”, afirma Musa. “Você
tem que competir com a China e é muito difícil com o dólar do jeito que está”, explica.
Já as importações de bicicletas dispararam no Brasil neste ano. Segundo a Abraciclo, de janeiro a abril foram trazidas
do exterior 89.176 bicicletas, uma alta de 109% em relação às 42.742 unidades vendidas no mesmo período de 2010.
A associação estima o número chegará a quase 500 mil em 2011, o que corresponderá a cerca de 10% das vendas no
país.
“Em valor pode ser mais do que 20%. Por isso que eu estou bravo”, afirma Musa, que é vice-presidente da Abraciclo.
O setor encaminhou ao governo uma proposta defendendo a elevação das alíquotas de importação de bicicletas de
20% para 35%. A Caloi também está em campanha para transformar Manaus em um polo mundial de fabricação
desse meio de transporte.
A ideia é atrair para a cidade tanto mais montadoras como fabricantes de partes e componentes, hoje importados
principalmente da China, e com isso tentar abocanhar parte do mercado ocupado pelos asiáticos, sobretudo no
segmento de maior valor agregado. A segunda maior fabricante de bicicletas do país, a piauiense Houston, já
anunciou que irá instalar uma unidade em Manaus.
"Para pegarmos um pedaço do mercado internacional, precisamos ter um cluster de produção e aumentar o
tamanho de montagem, para ter escala e atrair os fabricantes de componentes", afirma Musa. “Hoje a gente não
participa do mercado mundial. A gente exporta zero. Já a China exporta 55 milhões de unidades por ano”, explica
Musa.
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2011/07/para-competir-com-importados-caloi-aposta-em-
bicicleta-com-status.html

Bicicletas em alta
Brasileiros seguem a rota dos países estrangeiros e incluem alumínio nos modelos

Outro segmento que o alumínio vem galgando, passo a passo, com presença cada vez maior no Brasil, é o de
bicicletas. O gerente de produto da Caloi, Fábio Teixeira, explica que a marca mais conhecida do país fabrica,
hoje, cerca de 60 modelos diferentes. Destes, 50% são confeccionados em alumínio. "Apesar do grande
número de produtos, os segmentos adulto e infantil, responsáveis por grande parte do mercado, ainda são
dominados pelo quadro de aço, o que diminui sensivelmente a participação do metal no volume total de
bicicletas", admite. Mas ressalta: "Porém, esta participação é crescente e a tendência deve continuar,
seguindo o que acontece nos países mais desenvolvidos, onde o domínio do alumínio no setor é

3
inquestionável".

As razões para a adoção na produção de bicicletas na Europa e Estados Unidos são citadas com facilidade pelo
gerente da Caloi: "menor peso, quando comparado ao aço, e resistência à corrosão - nas regiões litorâneas,
grandes consumidoras do produto, as bicicletas de alumínio apresentam vida útil muito superior quando
comparada aos modelos similares em aço".

O Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar na produção de bicicletas no mundo. São cerca de 4,5 milhões de
unidades, a maior parte fabricada em território nacional. Em 2007, a Caloi, líder do mercado, vendeu 720 mil
bicicletas. "Para 2008, a expectativa é comercializar mais de 750 mil unidades."

Boas perspectivas

A Sundown detém atualmente 12% do market share em volumes. Dentre a sua extensa linha, destacam-se 20
modelos diferentes de alumínio. O diretor comercial de Bikes Sundown da Brasil & Movimento S.A., Ulisses
Pincelli, afirma que a produção emprega cerca de 500 toneladas do metal por ano - utilizadas para a confecção
de quadros e perfis para os aros das rodas das bicicletas, ambos extrudados. "Ele tem propriedades físico-
químicas muito importantes: uma boa relação peso-resistência mecânica, resistência à corrosão e uma
interessante relação custo-benefício."

Em 2008, a empresa pretende superar a marca das 650 mil bicicletas vendidas no Brasil. Caso atinja esse
patamar, a Sundown terá obtido um crescimento superior a 15% sobre 2007. "A grande fatia comercializada
de Bikes Sundown é fabricada em nossa unidade na Zona Franca de Manaus, mas temos alguns modelos
importados em nosso portfólio de produtos", explica Pincelli, que aproveita a oportunidade para divulgar o
último lançamento: uma nova linha de bicicletas infantis, com destaque para a Aro 12 da Linha Cartoon
Network, que trouxe a inovação do "push bar" - dispositivo exclusivo que permite aos pais pilotarem com seus
filhos em suas primeiras pedaladas.

A International Sports do Brasil também atua no mesmo segmento com as marcas Trek, Gary Fisher e Mirraco,
e atende cerca de 1% do consumo nacional. O gerente comercial da empresa, Fabiano Santa Maria, explica
que boa parte dos modelos comercializados é fabricada em alumínio. "Aqui no Brasil, trabalhamos com mais
de 70 produtos importados dos Estados Unidos, China e Taiwan", ressalta.

Ele concorda que o alumínio tem a melhor relação custo-benefício para se fabricar quadros. "Em bicicletas de
nível superior quase não se emprega mais o aço e nas bicicletas top de linha utilizamos o carbono, mas o
preço deste último material inviabiliza a produção em massa. Portanto, o alumínio se torna imbatível."
Segundo estimativas de Santa Maria, cada bicicleta contém aproximadamente 7 kg de alumínio. Em relação ao
momento atual de mercado, ele comenta que o desempenho estava sendo muito positivo até o início da crise.
"Agora, temos de aguardar os reflexos. No entanto, a esperança é que 2009 seja um bom ano", finaliza.
http://www.revistaaluminio.com.br/recicla-inovacao/17/artigo210667-1.asp

                   Mountain Biking - What's the mountain bike market share?




4
Indústria local retoma produção de bicicletas e comércio amplia vendas
24 Ago 2011 . 02:32 h . Daisy Melo . portal@d24am.com

No primeiro semestre do ano, as vendas acompanharam o incremento das fábricas do PIM.
Manaus - O polo de bicicletas do Distrito Industrial de Manaus registrou crescimento de 38,70% na produção
no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado. Parte dessa produtividade é
direcionada ao abastecimento de lojas locais, que tem registrado uma expansão de até 30% nas vendas do
produto. O aumento da procura é creditado, principalmente, a movimentos de ciclistas como o ‘Pedala
Manaus’.

De janeiro a julho deste ano, foram produzidas 345.219 contra 248.897 unidades em igual intervalo de 2010,
segundo dados dos indicadores industriais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). A
produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) é destinada integralmente ao consumo nacional. Paralelamente
ao aumento na fabricação, o faturamento das empresas chegou a R$ 56 milhões nesses seis primeiros meses
deste                                                                                                 ano.

Com uma fábrica instalada no PIM e outra em Atibaia (SP), a Caloi prevê chegar a marca de 1 milhão de
bicicletas vendidas em 2011, resultando em um aumento de 25% em relação ao ano passado. Em termos de
faturamento, a expectativa da empresa, que é líder do mercado no país, é crescer em torno de 30%, lucrando
aproximadamente R$ 300 milhões.

Esse índice é 41,5% superior ao montante acumulado em 2010, quando a fábrica chegou a R$ 212 milhões,
valor esse 15% maior que o registrado no ano anterior. Em 2010, as vendas da empresa no segmento de
mobilidade urbana mais do que dobraram, segundo informações da assessoria da Caloi, que possui 35% de
market share. Quando considerado o mercado alvo da empresa, constituído por bicicletas posicionadas acima
de R$ 300 no varejo, a participação de mercado estimada é de 50%.

Em contrapartida, a estimativa é que, em 2011, ocorra uma queda de 5% na produção em comparação ao ano
passado, passando de 5,3 milhões para 5 milhões unidades. As informações são da Associação Brasileira de
Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a qual a Caloi é a
única associada do segmento.

Além da Caloi, a Ox Bicicletas da Amazônia e a Prince Bike também compõem o polo de bicicletas em Manaus,
que será ampliado com a chegada da Bike Norte. Segundo a Suframa, a nova empresa é uma ampliação da
Bike Nordeste, com sede no Piauí, que fabrica a marca Houston. A Bike Norte teve os projetos aprovados na
reunião do Conselho Administrativo da Suframa (Codam), em março deste ano.
Novidades para todos os gostos e bolsos
5
No comércio, a procura por bicicletas anima os empresários. Na Ciclo Bike, o incremento foi em torno de 30%
nesses primeiros seis do ano. “As pessoas têm procurado não apenas para passeio, mas também para esporte,
fazer trilha e até como meio de transporte”, disse o proprietário, Guilherme Souza. Conforto, qualidade e
segurança têm sido os principais critérios dos compradores. “Acredito que o aumento das vendas está
relacionado a uma preocupação maior com a saúde e com o meio ambiente”.

Segundo ele, o aumento poderia ser maior, caso houvessem mais ciclovias em Manaus. “Apesar dessa
carência, as pessoas estão indo para as ruas pedalar”, disse. Na loja que vende apenas modelos nacionais
como Caloi, Sundown e Strada, os preços variam de R$ 250 a R$ 800.

A Ciclista, principal rede local do ramo, registrou incremento de 10% nas vendas no primeiro semestre.
“Acredito que esse crescimento se deve a chegada de pessoas de fora que estão começando a implantar em
Manaus essa cultura de andar de bicicleta, que aqui não era comum por causa do clima e até mesmo pela falta
de ciclovias”, destacou o proprietário Yuri Azevedo.

A demanda é tanta que o empresário investiu em uma nova loja, prevista para ser inaugurada em setembro.
Voltado para o público de classe A e mais profissional, o novo empreendimento terá no estoque bicicletas que
variam de R$ 2,5 mil até R$ 43 mil. São bicicletas de marcas ‘tops’, como Cannondale, Specialized e Giant,
trazidas dos Estados Unidos, Alemanha e Taiwan

http://www.w.d24am.com/noticias/economia/industria-local-retoma-producao-de-bicicletas-e-comercio-amplia-vendas/33414


19.08.2011 Houston inicia produção da linha de bicicletas Rebelde

A Houston, maior fábrica de bicicletas das Américas, deu início à fabricação da linha de bicicletas Rebelde,
produtos licenciados junto à Televisa Mexicana e a Record Entretenimento. A marca, que tem sede em
Teresina, no Piauí, deve concluir o primeiro lote de bikes até o fim de agosto devendo chegar às lojas de todo
o Brasil nos primeiros dias de setembro.
“Passamos os últimos meses concluindo os projetos e acertando os ponteiros com fornecedores. A produção
está sendo tranquila e o resultado tem agradado a todos”, afirmou José Luiz Araújo, gerente industrial da
Houston.
Com planos de produzir um milhão de bicicletas até o final do ano - levando em conta que os investimentos da
nova fábrica em Manaus não diminuirão a produção da fábrica de Teresina -, a Houston apostou nesse
licenciamento como forma de aumentar seu market share no público adolescente. “O lançamento da linha
Rebelde posiciona muito bem o nosso produto em relação à concorrência. É inegável o sucesso que a novela
está conseguindo. Aliar nossa marca à da Rebelde é de uma importância estratégica enorme”, comemora João
Claudino Junior, diretor-presidente da Houston.
Desde o ano passado, a Houston investiu R$ 20 milhões em maquinário e R$ 13 milhões em mídia, refletindo
parte da estratégia de se posicionar entre as principais marcas de bicicleta no Brasil. Um exemplo disso é o
crescimento de 22% apenas no primeiro trimestre de 2011.
A linha Rebelde é composta por dois modelos Aro 26, um mais radical que inclui suspensão no quadro e no
garfo e outro mais “light”, para quem está em busca de pedaladas mais tranquilas em parques ou ciclofaixas.
Além da qualidade Houston, o diferencial dos produtos é a possibilidade de personalização da bicicleta, já que
cada unidade vem com uma exclusiva cartela de adesivos que pode ser usada da maneira como o consumidor
desejar.
Alguns modelos de bikes da Houston já possuem 86% de suas peças produzidas no Brasil e, por conta disso, a
fábrica é a mais verticalizada das Américas. “Nenhum outro fabricante possui essa produtividade no Brasil.
Essa eficiência na produção e na qualidade dos produtos faz com que a empresa já tenha em torno de 5 mil
clientes, podendo atingir a marca de 6 mil em breve”, finaliza Claudino.
http://www.houston.com.br/noticias/99


6

Contenu connexe

En vedette

7.2. ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO
7.2.   ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO7.2.   ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO
7.2. ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO
manuel G. GUERRERO
 
01 jornalismo na rede
01 jornalismo na rede01 jornalismo na rede
01 jornalismo na rede
gersomfarias
 
Industria del chocolate
Industria del chocolateIndustria del chocolate
Industria del chocolate
Jessy Flores
 
Cristel valenzuela
Cristel valenzuelaCristel valenzuela
Cristel valenzuela
Alam-12
 
Alfonsina
AlfonsinaAlfonsina
Alfonsina
Alam-12
 
Los medios y materiales de enseñanza
Los medios y materiales de enseñanzaLos medios y materiales de enseñanza
Los medios y materiales de enseñanza
Marcela Aranda
 
Redes sociales
Redes socialesRedes sociales
Redes sociales
yefer01091
 

En vedette (18)

7.2. ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO
7.2.   ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO7.2.   ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO
7.2. ARQUITECTURA DEL CINQUECENTO
 
01 jornalismo na rede
01 jornalismo na rede01 jornalismo na rede
01 jornalismo na rede
 
Presentación web 2.0
Presentación web 2.0Presentación web 2.0
Presentación web 2.0
 
Nicole
NicoleNicole
Nicole
 
Industria del chocolate
Industria del chocolateIndustria del chocolate
Industria del chocolate
 
Rosandi
RosandiRosandi
Rosandi
 
Cristel valenzuela
Cristel valenzuelaCristel valenzuela
Cristel valenzuela
 
Brazil IT Pros Survey: Network Complexity
Brazil IT Pros Survey: Network ComplexityBrazil IT Pros Survey: Network Complexity
Brazil IT Pros Survey: Network Complexity
 
25
2525
25
 
Alfonsina
AlfonsinaAlfonsina
Alfonsina
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1
 
cometa
cometacometa
cometa
 
Los medios y materiales de enseñanza
Los medios y materiales de enseñanzaLos medios y materiales de enseñanza
Los medios y materiales de enseñanza
 
Redes sociales
Redes socialesRedes sociales
Redes sociales
 
AIESEC Projeto Impacto - Santa Cruz do Sul
AIESEC Projeto Impacto - Santa Cruz do SulAIESEC Projeto Impacto - Santa Cruz do Sul
AIESEC Projeto Impacto - Santa Cruz do Sul
 
Conformacion CDA Aguatendida
Conformacion CDA AguatendidaConformacion CDA Aguatendida
Conformacion CDA Aguatendida
 
Trabajo de tecnologia
Trabajo de tecnologiaTrabajo de tecnologia
Trabajo de tecnologia
 
Ensayo de metacognicion
Ensayo de metacognicion Ensayo de metacognicion
Ensayo de metacognicion
 

Dernier

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 

Dernier (20)

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 

Administração em Marketing - Aula 3 - Caso Specialized - Apoio

  • 1. Caso Specialized - Informações adicionais A Caloi é a maior empresa de bicicleta da América Latina e uma das maiores produtoras do mundo. Em 1898, Luigi Caloi chegou ao Brasil e começou a importar bicicletas da Europa. Anos depois, e empresa inaugurou a primeira fábrica do produto do país. Atualmente, a Caloi é líder de mercado e responsável pela comercialização de mais de 700 mil bicicletas e 100 mil unidades de aparelhos para home fitness por ano. Com uma fábrica em Atibaia (SP) e outra em Manaus (AM), além do centro de distribuição em Atibaia e sede administrativa em São Paulo, a Caloi gera aproximadamente 700 empregos diretos e mais de 200 empregos temporários na alta estação. Caloi no Mercado brasileiro A Caloi é líder de mercado e possui aproximadamente 35% de market share em valor de vendas. No segmento de bicicletas acima de R$ 300,00 no varejo, a porcentagem aumenta para 50%. A liderança se aprofunda no segmento infantil, em que a Caloi detém 30% do market share em unidades vendidas. Em valor, a Caloi é dona de uma fatia de 50% do mercado de bicicletas infantis. Em 2009, a Caloi comercializou 330 mil bicicletas infanto juvenis, consolidando a liderança absoluta nesse segmento. http://www.caloi.com/caloi/empresa 22/07/2011 07h05 - Atualizado em 22/07/2011 07h05 Para competir com importados, Caloi aposta em bicicleta 'com status' 'Bicicleta no Brasil sempre foi um negócio de pobre', diz executivo. Perfil de usuário muda e empresa investe em modelos mais sofisticados. Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo A expansão das ciclovias e ciclofaixas, e o aumento do uso da bicicleta para lazer e como meio de transporte não por falta de opção, mas por escolha, já tem produzido resultados no faturamento da Caloi: a maior fabricante de bicicletas do país registrou no 1º semestre um crescimento de 40% nas vendas. A companhia, que passou a investir em modelos mais confortáveis e sofisticados, prevê comercializar no ano 1 milhão de unidades, o que representará um faturamento em torno de R$ 300 milhões e crescimento anual de 25% no número de bicicletas vendidas. Eduardo Musa, presidente da Caloi, que prevê vender 1 milhão de unidades em 2011 (Foto: Darlan Alvarenga/G1) “Estamos confirmando um crescimento no faturamento de 40% no 1º semestre. Devemos fechar o ano em 30% porque não temos capacidade para atender toda a demanda e porque crescer sobre a base do segundo semestre, que é maior, é muito mais difícil”, afirma o presidente da Caloi, Eduardo Musa. A Caloi fechou o ano de 2010 com 800 mil biciletas vendidas e faturamento de 212 milhões, com alta de 15% em relação a 2009. “Somos a maior fabricante de bicicletas fora do leste asiático. Não há ninguém que produza conjuntamente 1 milhão de unidades fora da Ásia e que esteja crescendo numa taxa de 30%”, afima Musa. “Quando a pessoa sai da zona rural e vai para a cidade, ela não leva a bicicleta. Passa a usar transporte coletivo e quando ganha um dinheirinho compra moto, carro. Bicicleta [para essa pessoa] é sinônimo de pobreza" Ele lembra, porém, que a companhia passou 5 anos no vermelho e só voltou para o azul em 2009. “Na verdade, o mercado alvo da Caloi é que está crescendo. Quando o mercado virou para o médio e alto valor agregado, éramos a única empresa no Brasil preparada para atender essa nova demanda, que está sendo atendida também pelo aumento das importações”, acrescenta. Segundo o executivo, o que está ocorrendo tanto no Brasil como na China e na índia é uma mudança no perfil de quem anda de bicicleta e nos produtos que estão sendo vendidos. Ele destaca que, se por um lado aumenta a presença de ciclistas nas metrópoles, por outro cai nas pequenas cidades e nas áreas rurais o uso da bicicleta como meio de transporte. 1
  • 2. “A balança está zero a zero. O mercado não cresce em termos de unidades”, diz Musa. “A Caloi já chegou a produzir mais de 2 milhões de bicicletas no final dos anos 80 e começo dos 90”, afirma. Dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) mostram que o mercado brasileiro, apesar de ser o 5º maior do mundo, está estagnado há mais de uma década. A associação prevê uma produção nacional de 5 milhões de unidades em 2011 - queda de cerca de 5% em relação ao ano passado. Já para as importações, a estimativa é de um crescimento de quase 100%, com um total de 480 mil unidades, contra 255 mil em 2010. Bicicleta vira sinônimo de 'status' “O negócio de bicicleta no Brasil sempre foi um negócio de pobre”, afirma Musa, destacando que o maior volume de biciletas ainda está nas pequenas cidades. “Quando a pessoa sai da zona rural e vai para a cidade, ela não leva a bicicleta. Passa a usar transporte coletivo e quando ganha um dinheirinho compra moto, carro. Bicicleta [para essa pessoa] é sinônimo de pobreza”, acrescenta o executido, lembrando que nos últimos anos entraram mais carros nas cidades do que bicicletas. “Antes, ter carro era sinônimo de ser rico e de país desenvolvido. Isso está mudando. Hoje, país moderno, de vanguarda, é país que anda de bicicleta” A consciência ecológica e as iniciativas de estímulo ao uso da bicicleta, entretanto, têm compensado o movimento de abandono do uso da bicicleta pelas classes mais baixas e aquecido o mercado de produtos mais sofisticados. Segundo o executivo, esse 'fenômeno' é mundial e tem feito com que a bicicleta comece a ser associada também à condição de ‘status social’. “Quem está andando de bicicleta na ciclofaixa, indo trabalhar, não é pobre, muito pelo contrário”, diz Musa. “Antes, ter carro era sinônimo de ser rico e de país desenvolvido. Isso está mudando. Hoje, país moderno, de vanguarda, é país que anda de bicicleta”. Para ele, o fenômeno da ciclofaixa em São Paulo ainda é muito mais de lazer do que de transporte. “Imagine a ciclofaixa funcionando de segunda a sexta. Aí sim vamos ter um boom no crescimento das vendas de bicicleta”, avalia. Foco em modelos mais confortáveis Lançado em 2009, o segmento mobilidade já responde por 16 dos 46 modelos de bicicletas para adultos do portifólio da Caloi e tem tudo para desbancar o reinado das mountain bikes. Com diferenciais como guidão mais alto, banco mais largo e macio, pneu liso e melhor ergonomia, o conceito busca oferecer modelos mais confortáveis e mais adaptáveis ao cenário urbano. A idéia é cada vez mais transformar as bicicletas em “desejos de consumo”. Para as festas de fim de ano, por exemplo, a Caloi prepara o lançamento de uma linha retrô. “O foco do desenvolvimento de produtos da empresa está hoje neste modelo. O portifólio de mobilidade vem dobrando a cada ano e o das outras estão estáveis ou até caindo”, diz Musa. A empresa não revela o número das vendas deste segmento por “razões estratégicas”. E empresa também desconversa sobre uma possível oferta pública inicial (IPO) de ações. “Não comento sobre esses assuntos”, diz Musa. A Caloi possui duas fábricas no país. A produção de produtos infantis é concentrada em Atibaia e todo o restante é feito na fábrica de Manaus. Nas fábricas da empresa são produzidos peças como rodas, canote e guidão, e trabalhos de solda de quadros. “A gente faz o chassi. Tudo que é componente é importado”, explica Musa. Os itens importados representam entre 30% e 90% do custo da bicicleta, dependendo do modelo. 2
  • 3. A Caloi estima ter hoje 50% do market share de bicicletas posicionadas acima de R$ 300. A marca costuma ser a opção premium nos grandes magazines e praticamente a única alternativa brasileira às importadas nas lojas especializadas. Outro fator que tem beneficiado a empresa é a mudança no preço do produto inicial. Nos últimos anos, como a elevação dos custos das peças e componentes importados, o preço mínimo mais do que dobrou nas pequenas montadoras, enquanto a Caloi, que sempre teve um preço maior, manteve seus produtos quase que no mesmo patamar. Fora isso, concorrentes como Monark e Sundown desativaram suas unidades em Manaus e praticamente desapareceram do mercado. 'Exportação zero' em 2011 Apesar dos bons resultados, a participação da Caloi no mercado internacional ainda é quase insignificante. Em 2010, a empresa exportou cerca de 10 mil unidades. Neste ano, a empresa diz ainda não ter fechado nenhuma venda para fora. Linha de produção, em Manaus (Foto: Divulgação) “Eu não exportei nenhuma bicicleta até hoje, nada, é zero. Não tenho nenhum pedido ainda”, afirma Musa. “Você tem que competir com a China e é muito difícil com o dólar do jeito que está”, explica. Já as importações de bicicletas dispararam no Brasil neste ano. Segundo a Abraciclo, de janeiro a abril foram trazidas do exterior 89.176 bicicletas, uma alta de 109% em relação às 42.742 unidades vendidas no mesmo período de 2010. A associação estima o número chegará a quase 500 mil em 2011, o que corresponderá a cerca de 10% das vendas no país. “Em valor pode ser mais do que 20%. Por isso que eu estou bravo”, afirma Musa, que é vice-presidente da Abraciclo. O setor encaminhou ao governo uma proposta defendendo a elevação das alíquotas de importação de bicicletas de 20% para 35%. A Caloi também está em campanha para transformar Manaus em um polo mundial de fabricação desse meio de transporte. A ideia é atrair para a cidade tanto mais montadoras como fabricantes de partes e componentes, hoje importados principalmente da China, e com isso tentar abocanhar parte do mercado ocupado pelos asiáticos, sobretudo no segmento de maior valor agregado. A segunda maior fabricante de bicicletas do país, a piauiense Houston, já anunciou que irá instalar uma unidade em Manaus. "Para pegarmos um pedaço do mercado internacional, precisamos ter um cluster de produção e aumentar o tamanho de montagem, para ter escala e atrair os fabricantes de componentes", afirma Musa. “Hoje a gente não participa do mercado mundial. A gente exporta zero. Já a China exporta 55 milhões de unidades por ano”, explica Musa. http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2011/07/para-competir-com-importados-caloi-aposta-em- bicicleta-com-status.html Bicicletas em alta Brasileiros seguem a rota dos países estrangeiros e incluem alumínio nos modelos Outro segmento que o alumínio vem galgando, passo a passo, com presença cada vez maior no Brasil, é o de bicicletas. O gerente de produto da Caloi, Fábio Teixeira, explica que a marca mais conhecida do país fabrica, hoje, cerca de 60 modelos diferentes. Destes, 50% são confeccionados em alumínio. "Apesar do grande número de produtos, os segmentos adulto e infantil, responsáveis por grande parte do mercado, ainda são dominados pelo quadro de aço, o que diminui sensivelmente a participação do metal no volume total de bicicletas", admite. Mas ressalta: "Porém, esta participação é crescente e a tendência deve continuar, seguindo o que acontece nos países mais desenvolvidos, onde o domínio do alumínio no setor é 3
  • 4. inquestionável". As razões para a adoção na produção de bicicletas na Europa e Estados Unidos são citadas com facilidade pelo gerente da Caloi: "menor peso, quando comparado ao aço, e resistência à corrosão - nas regiões litorâneas, grandes consumidoras do produto, as bicicletas de alumínio apresentam vida útil muito superior quando comparada aos modelos similares em aço". O Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar na produção de bicicletas no mundo. São cerca de 4,5 milhões de unidades, a maior parte fabricada em território nacional. Em 2007, a Caloi, líder do mercado, vendeu 720 mil bicicletas. "Para 2008, a expectativa é comercializar mais de 750 mil unidades." Boas perspectivas A Sundown detém atualmente 12% do market share em volumes. Dentre a sua extensa linha, destacam-se 20 modelos diferentes de alumínio. O diretor comercial de Bikes Sundown da Brasil & Movimento S.A., Ulisses Pincelli, afirma que a produção emprega cerca de 500 toneladas do metal por ano - utilizadas para a confecção de quadros e perfis para os aros das rodas das bicicletas, ambos extrudados. "Ele tem propriedades físico- químicas muito importantes: uma boa relação peso-resistência mecânica, resistência à corrosão e uma interessante relação custo-benefício." Em 2008, a empresa pretende superar a marca das 650 mil bicicletas vendidas no Brasil. Caso atinja esse patamar, a Sundown terá obtido um crescimento superior a 15% sobre 2007. "A grande fatia comercializada de Bikes Sundown é fabricada em nossa unidade na Zona Franca de Manaus, mas temos alguns modelos importados em nosso portfólio de produtos", explica Pincelli, que aproveita a oportunidade para divulgar o último lançamento: uma nova linha de bicicletas infantis, com destaque para a Aro 12 da Linha Cartoon Network, que trouxe a inovação do "push bar" - dispositivo exclusivo que permite aos pais pilotarem com seus filhos em suas primeiras pedaladas. A International Sports do Brasil também atua no mesmo segmento com as marcas Trek, Gary Fisher e Mirraco, e atende cerca de 1% do consumo nacional. O gerente comercial da empresa, Fabiano Santa Maria, explica que boa parte dos modelos comercializados é fabricada em alumínio. "Aqui no Brasil, trabalhamos com mais de 70 produtos importados dos Estados Unidos, China e Taiwan", ressalta. Ele concorda que o alumínio tem a melhor relação custo-benefício para se fabricar quadros. "Em bicicletas de nível superior quase não se emprega mais o aço e nas bicicletas top de linha utilizamos o carbono, mas o preço deste último material inviabiliza a produção em massa. Portanto, o alumínio se torna imbatível." Segundo estimativas de Santa Maria, cada bicicleta contém aproximadamente 7 kg de alumínio. Em relação ao momento atual de mercado, ele comenta que o desempenho estava sendo muito positivo até o início da crise. "Agora, temos de aguardar os reflexos. No entanto, a esperança é que 2009 seja um bom ano", finaliza. http://www.revistaaluminio.com.br/recicla-inovacao/17/artigo210667-1.asp Mountain Biking - What's the mountain bike market share? 4
  • 5. Indústria local retoma produção de bicicletas e comércio amplia vendas 24 Ago 2011 . 02:32 h . Daisy Melo . portal@d24am.com No primeiro semestre do ano, as vendas acompanharam o incremento das fábricas do PIM. Manaus - O polo de bicicletas do Distrito Industrial de Manaus registrou crescimento de 38,70% na produção no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado. Parte dessa produtividade é direcionada ao abastecimento de lojas locais, que tem registrado uma expansão de até 30% nas vendas do produto. O aumento da procura é creditado, principalmente, a movimentos de ciclistas como o ‘Pedala Manaus’. De janeiro a julho deste ano, foram produzidas 345.219 contra 248.897 unidades em igual intervalo de 2010, segundo dados dos indicadores industriais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). A produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) é destinada integralmente ao consumo nacional. Paralelamente ao aumento na fabricação, o faturamento das empresas chegou a R$ 56 milhões nesses seis primeiros meses deste ano. Com uma fábrica instalada no PIM e outra em Atibaia (SP), a Caloi prevê chegar a marca de 1 milhão de bicicletas vendidas em 2011, resultando em um aumento de 25% em relação ao ano passado. Em termos de faturamento, a expectativa da empresa, que é líder do mercado no país, é crescer em torno de 30%, lucrando aproximadamente R$ 300 milhões. Esse índice é 41,5% superior ao montante acumulado em 2010, quando a fábrica chegou a R$ 212 milhões, valor esse 15% maior que o registrado no ano anterior. Em 2010, as vendas da empresa no segmento de mobilidade urbana mais do que dobraram, segundo informações da assessoria da Caloi, que possui 35% de market share. Quando considerado o mercado alvo da empresa, constituído por bicicletas posicionadas acima de R$ 300 no varejo, a participação de mercado estimada é de 50%. Em contrapartida, a estimativa é que, em 2011, ocorra uma queda de 5% na produção em comparação ao ano passado, passando de 5,3 milhões para 5 milhões unidades. As informações são da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a qual a Caloi é a única associada do segmento. Além da Caloi, a Ox Bicicletas da Amazônia e a Prince Bike também compõem o polo de bicicletas em Manaus, que será ampliado com a chegada da Bike Norte. Segundo a Suframa, a nova empresa é uma ampliação da Bike Nordeste, com sede no Piauí, que fabrica a marca Houston. A Bike Norte teve os projetos aprovados na reunião do Conselho Administrativo da Suframa (Codam), em março deste ano. Novidades para todos os gostos e bolsos 5
  • 6. No comércio, a procura por bicicletas anima os empresários. Na Ciclo Bike, o incremento foi em torno de 30% nesses primeiros seis do ano. “As pessoas têm procurado não apenas para passeio, mas também para esporte, fazer trilha e até como meio de transporte”, disse o proprietário, Guilherme Souza. Conforto, qualidade e segurança têm sido os principais critérios dos compradores. “Acredito que o aumento das vendas está relacionado a uma preocupação maior com a saúde e com o meio ambiente”. Segundo ele, o aumento poderia ser maior, caso houvessem mais ciclovias em Manaus. “Apesar dessa carência, as pessoas estão indo para as ruas pedalar”, disse. Na loja que vende apenas modelos nacionais como Caloi, Sundown e Strada, os preços variam de R$ 250 a R$ 800. A Ciclista, principal rede local do ramo, registrou incremento de 10% nas vendas no primeiro semestre. “Acredito que esse crescimento se deve a chegada de pessoas de fora que estão começando a implantar em Manaus essa cultura de andar de bicicleta, que aqui não era comum por causa do clima e até mesmo pela falta de ciclovias”, destacou o proprietário Yuri Azevedo. A demanda é tanta que o empresário investiu em uma nova loja, prevista para ser inaugurada em setembro. Voltado para o público de classe A e mais profissional, o novo empreendimento terá no estoque bicicletas que variam de R$ 2,5 mil até R$ 43 mil. São bicicletas de marcas ‘tops’, como Cannondale, Specialized e Giant, trazidas dos Estados Unidos, Alemanha e Taiwan http://www.w.d24am.com/noticias/economia/industria-local-retoma-producao-de-bicicletas-e-comercio-amplia-vendas/33414 19.08.2011 Houston inicia produção da linha de bicicletas Rebelde A Houston, maior fábrica de bicicletas das Américas, deu início à fabricação da linha de bicicletas Rebelde, produtos licenciados junto à Televisa Mexicana e a Record Entretenimento. A marca, que tem sede em Teresina, no Piauí, deve concluir o primeiro lote de bikes até o fim de agosto devendo chegar às lojas de todo o Brasil nos primeiros dias de setembro. “Passamos os últimos meses concluindo os projetos e acertando os ponteiros com fornecedores. A produção está sendo tranquila e o resultado tem agradado a todos”, afirmou José Luiz Araújo, gerente industrial da Houston. Com planos de produzir um milhão de bicicletas até o final do ano - levando em conta que os investimentos da nova fábrica em Manaus não diminuirão a produção da fábrica de Teresina -, a Houston apostou nesse licenciamento como forma de aumentar seu market share no público adolescente. “O lançamento da linha Rebelde posiciona muito bem o nosso produto em relação à concorrência. É inegável o sucesso que a novela está conseguindo. Aliar nossa marca à da Rebelde é de uma importância estratégica enorme”, comemora João Claudino Junior, diretor-presidente da Houston. Desde o ano passado, a Houston investiu R$ 20 milhões em maquinário e R$ 13 milhões em mídia, refletindo parte da estratégia de se posicionar entre as principais marcas de bicicleta no Brasil. Um exemplo disso é o crescimento de 22% apenas no primeiro trimestre de 2011. A linha Rebelde é composta por dois modelos Aro 26, um mais radical que inclui suspensão no quadro e no garfo e outro mais “light”, para quem está em busca de pedaladas mais tranquilas em parques ou ciclofaixas. Além da qualidade Houston, o diferencial dos produtos é a possibilidade de personalização da bicicleta, já que cada unidade vem com uma exclusiva cartela de adesivos que pode ser usada da maneira como o consumidor desejar. Alguns modelos de bikes da Houston já possuem 86% de suas peças produzidas no Brasil e, por conta disso, a fábrica é a mais verticalizada das Américas. “Nenhum outro fabricante possui essa produtividade no Brasil. Essa eficiência na produção e na qualidade dos produtos faz com que a empresa já tenha em torno de 5 mil clientes, podendo atingir a marca de 6 mil em breve”, finaliza Claudino. http://www.houston.com.br/noticias/99 6