História do Porto - O Caminho Português de Santiago - do Porto a Compostela - Património cultural da Fé - Artur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporânea
Este documento descreve a história da peregrinação a Santiago de Compostela através do Caminho Português desde os séculos IX-XV. Detalha importantes momentos como o início das peregrinações no século IX, o apoio dos mosteiros de Cluny no século X, e o auge da popularidade no século XI. Também discute a importância de Santiago para a formação de Portugal e a devoção contínua dos reis portugueses ao longo dos séculos.
Similaire à História do Porto - O Caminho Português de Santiago - do Porto a Compostela - Património cultural da Fé - Artur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporânea
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História do Porto - O Caminho Português de Santiago - do Porto a Compostela - Património cultural da Fé - Artur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporânea
2. O CAMINHO PORTUGUÊS
DE SANTIAGO
PATRIMÓNIO CULTURAL DA FÉ
Do Porto a Compostela
2
Cadeira de
PATRIMÓNIO CULTURAL PORTUGUÊS
3. Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
artursantos.no.sapo.pt
politicsandflags.wordpress.com
• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e
investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da
Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO
para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1)
da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do
Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster.
Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Artur Filipe dos Santos -
artursantos.no.sapo.pt
3
4. A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática,
internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade
de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da
USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.
Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais
através de livraria online.
4
5. • "Eu, Bispo de Roma e Pastor da Igreja Universal,
daqui, de Santiago, te lanço, velha Europa, um grito
de amor - Volta a encontrar-te! Sê tu mesma,
descobre as tuas origens, aviva a tuas raízes, revive
aqueles valores autênticos que fizeram gloriosa a
tua História e abençoada a tua presença nos outros
Continentes!
Santiago de Compostela, 9 de Novembro de 1982
João Paulo II"
Associação dos Amigos do Caminho Português de Santiago
5
O CAMINHO PORTUGUÊS DE SANTIAGO
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
6. • “Johannes Vasaeus,
historiador e humanista
flamengo, afirma na sua
Rerum Hispaniae
memorabilium annales
(1577) que as
peregrinações ao
túmulo do apóstolo
começaram no ano 849
(Peake 1919:213).
6
www.joaomarinho.com
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
7. • Mas foi a abadia de
Cluny, fundada em 910
pelo duque Guilherme
da Aquitânia, um dos
principais centros
dinamizadores das
peregrinações
jacobeias.
7
cpsc-spa.blogspot.com
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
8. • Os seus monges
estabeleceram-se
preferencialmente ao longo
dos Caminhos de Santiago,
onde fundaram mosteiros,
ergueram igrejas,
estabeleceram refúgios,
hospícios e outras casas ou
instituições de assistência
aos peregrinos. «pode dizer-
se que a ordem de Cluny foi
a primeira agencia de
propaganda na Europa das
peregrinações a Santiago»
(Rocha 1993:103).
8
www.sampabikers.com.br
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Do Porto a Compostela
9. • Diego Gelmírez, um
antigo escriba do conde
D. Raimundo de
Borgonha, senhor da
Galiza, eleito em 1102
arcebispo de Santiago de
Compostela, é o
responsável pela
compilação de um
conjunto de documentos
conhecidos como a
História Compostelana.
9
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
10. • A divulgação deste
documento serviu para
difundir a um vasto
público a ideia de que
Compostela era o pólo
mais importante da
cristandade depois de
Roma, ou talvez mesmo
depois de Jerusalém
(Rocha 1993:101).
10
afifedigital.blogs.sapo.pt
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
11. • Foi a partir do ano 1000
que as peregrinações a
Santiago se
popularizaram,
tornando-se a cidade
um dos principais
centros de peregrinação
cristã (a par de Roma e
Jerusalém).
11
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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12. • A cidade de Santiago é
de facto o último
grande centro de
peregrinação na Idade
Média, e fulcral para o
processo de reconquista
cristã.
12
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13. • Os reis que mais
apoiaram o Caminho,
construindo uma série de
infra-estruturas e locais
de assistência aos
peregrinos, foram Sancho
III, o Grande, de Navarra e
Afonso VI, o Valente (Rei
de Leão entre 1065 e
1109, Rei da Galiza entre
1071 e 1109 e Rei de
Castela entre 1072 e
1109).
13
maltez.info
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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14. • Já antes do nascimento
da nacionalidade, a
devoção a Santiago tinha
raízes no território agora
português. A localização
geográfica, bem como as
identidades histórica,
cultural e religiosa
portuguesas, geram
proximidade com a
Galiza.
14
www.vialusitana.org
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
15. • O Reino de Portugal é
fundado a partir da família
reinante em Leão, na Galiza
e em Castela, e Santiago e o
seu culto eram de
importância primordial para
esses reinos cristãos: «a
devoção santiaguista
manteve-se intacta quando
o território portucalense foi
doado ao conde D.
Henrique em atenção a sua
mulher D. Teresa» (Baquero
Moreno 2000: 42).
15
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
16. • Existe também uma grande afinidade cultural entre os habitantes
do território que veio a ser a Galiza e os do norte de Portugal, em
virtude, nomeadamente, de todos falarem a mesma língua, que
veio a ser definida como galego-português, e da qual proveio o
português dos nossos dias.
16
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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17. • A primeira referência conhecida do culto de Santiago em
território hoje português, data do ano de 862, altura em
que Portugal fazia parte integrante do reino asturiano,
com a sagração e dedicação ao Apóstolo da igreja de
Castelo de Neiva, concelho de Viana do Castelo, por
iniciativa do bispo Nausto de Coimbra.
17
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
18. • Durante o reinado de
Afonso III de Astúrias
em 889 é doado o
mosteiro de São
Frutuoso de Montelios
à igreja de Santiago e
semelhantes doações
são feitas nos anos
seguintes.
18
www.skyscrapercity.com
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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19. • O Apóstolo aparece
como o “patrono da
reconquista” e à
medida que vão sendo
conquistados territórios
aos mouros, surgem as
primeiras igrejas
dedicadas, ou
rededicadas, a Santiago.
19
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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20. • Numerosas famílias
portuguesas adoptaram
a vieira e outros
símbolos jacobeus no
brasão das suas armas.
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
21. • O primeiro registo de uma
peregrinação a Compostela
aparece no ano de 1064.
Antes do cerco de Coimbra,
reconquistada por Almançor
em 987, Fernando Magno
peregrina a Santiago para
pedir ajuda ao apóstolo:
«Depois da conquista de
Coimbra, Fernando Magno
e Sesnando, governador da
cidade e da região, foram a
Compostela agradecer ao
Apóstolo tão importante
vitória» (Cunha 2006:3).
21
Mendes, Ana Catarina
(2009). Peregrinos a
Santiago de
Compostela: Uma
Etnografia do
Caminho Português.
Lisboa: Tese de
Mestrado,
Universidade de
Lisboa
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
22. • Existe também um
registo da peregrinação
do Conde D. Henrique e
da sua esposa Dona
Teresa no ano de 1097 a
Santiago.
22
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
23. • O processo de reconquista,
e a paz que dele advém,
acompanha a evolução da
peregrinação. Associado ao
culto de Santiago, e às
peregrinações em Portugal
estão também os cultos de
Santo Amaro, São Roque
(peregrinos jacobeus
segundo a tradição) e de
São Cristóvão e São
Gonçalo de Amarante,
padroeiros dos caminhos,
dos caminhantes e das
travessias de rios.
23
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
24. • Depois de formado o
Reino de Portugal, os
nossos monarcas
demonstraram uma
contínua devoção pelo
Apóstolo: D. Afonso II (O
Gordo) peregrina a
Compostela em 1220, o
infante português Afonso
de Bolonha faz o trajecto
em 1243 e em 1244
segue-lhe os passos D.
Sancho II.
24
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
25. • Por esta altura surgem
também os primeiros
registos da prática da
peregrinação "por
substituição" – pagando
a alguém para ir em seu
nome ou deixando em
testamento a atribuição
de uma verba a quem
fosse a “a Santiago da
Galiza” em seu nome.
25
umpardebotas.blogs.sapo.pt
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
26. • Foi o caso de Dona
Maria, filha de D. João I.
• A mais famosa
peregrina que partiu de
Portugal é sem dúvida
Isabel de Aragão.
26
lapetitetaina.blogspot.com
27. • A Rainha Santa Isabel
peregrinou a Compostela duas
vezes, na primeira, em 1325,
seis meses após a morte de D.
Dinis, foi acompanhada de um
séquito real, em 1335, tentou
uma abordagem mais modesta
e um certo anonimato, e os
relatos contam que fez todo o
percurso a pé.
27
diariodigital.sapo.pt
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
28. • Muitos monarcas embora
não tenham peregrinado
a Santiago, contribuíram
para a peregrinação com
doações para mosteiros,
hospitais e albergarias
que cuidavam dos
peregrinos no Caminho,
já que a peregrinação era
muito intensa no final da
Idade Média.
28
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
29. • Foram os casos de
Penajóia (Lamego),
Canavezes, Vila Nova de
Cerveira, Ponte de Lima,
Guimarães e Chaves que
tinham como principal
obrigação o cuidado dos
peregrinos.
29
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
30. • Santiago foi protector do exército português
até à crise de 1383-1385, altura em que foi
substituído por São Jorge, por influência
inglesa. Para além da necessidade de chamar
por um Santo diferente, esta adopção de São
Jorge marca a necessidade de separação e
independência de Castela: «por influência do
tratado de Windsor Portugal toca o patrono
militar Santiago por São Jorge numa
verdadeira atitude de anticastelhanismo, nem
por isso os portugueses esmoreceram na
devoção ao Apóstolo, sendo numerosos os
documentos que comprovativos de que as
peregrinações continuaram» (Rocha
1993:104).
30
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
31. • Ainda hoje existem em
território português
paróquias dedicadas a
Santiago e inúmeras
misericórdias,
albergarias, hospitais,
igrejas e ermidas
dedicadas ao Apóstolo
espalhadas pelo nosso
país
31
www.cpisantiago.pt
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
32. • A própria toponímia
portuguesa foi muito
marcada pela sua
influência, Santiago do
Cacém, São Tiago,
Caminho, Albergaria e
Hospital estão ainda
presentes nos nomes de
muitas localidades
portuguesas.
32
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
33. • Refira-se a título de
exemplo: Santiago do
Cacém, Santiago da Guarda
(Ansião) Santiago de
Cassurrâes (Mangualde),
Santiago de Besteiros
(Tondela), São Tiago de
Custóias (Porto), São Tiago
de Lobão (Santa Maria da
Feira), S. Tiago de Silvalde
(Espinho), entre muitas
outras. Algumas destas
localidades estão associadas
à acção da própria Ordem
de Santiago.
33
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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34. • As próprias lendas
Jacobeias estão
intimamente ligadas ao
nosso país. Conta a lenda
que em Guimarães
Santiago colocou uma
imagem da Virgem Maria
num templo pagão onde
foi erigida uma capela
dedicada ao Apóstolo que
foi demolida em finais do
século XIX.
34
pt.wikipedia.org
Praça da Oliveira, no Centro histórico de
Guimarães, com o Padrão do Salado
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
35. • Em Rates (Póvoa de
Varzim) teria ordenado
São Pedro de Rates, o
primeiro bispo de Braga
entre os anos 45 e 60,
que teria sido
decapitado enquanto
celebrava uma missa. • Mosteiro de S. Pedro de
Rates
35
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
36. • As lendas mais famosas
são sem dúvida a do
Cavaleiro Caio (Vila
Nova de Gaia) e a lenda
do Galo de Barcelos
36
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
37. • Os Caminhos de Santiago
são hoje percorridos por
milhares de peregrinos
nas suas sete rotas
históricas: o Caminho
Francês, o Caminho do
Norte, a Via da Prata, a
Rota Marítimo Fluvial, o
Caminho Inglês, o
Caminho Primitivo e o
Caminho Português.
37
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
38. • Além destas rotas,
existe ainda o Caminho
de Finisterra, que faz a
ligação entre as cidades
de Santiago e Finisterra.
38
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
39. • O Caminho Português de
Santiago, Caminhos de
Santiago dos Portugueses,
Via Lusitana ou
simplesmente Caminho
Português são designações
das rotas de peregrinação
com origem em Portugal e
destino ao túmulo do
apóstolo Santiago Maior na
Catedral de Santiago de
Compostela, no centro da
Galiza.
39
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
40. • É um dos vários
Caminhos de Santiago,
o conjunto de rotas de
peregrinação milenar
mais importante da
Europa, classificados
desde 1998 como
Património Mundial
pela UNESCO.
40
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
41. • É frequente que a
designação de Caminho
Português se refira
apenas às rotas em
território galego, embora
num contexto mais
alargado, essa designação
se possa aplicar também
às rotas que percorrem
todo o território
português, do Algarve até
a Trás-os-Montes e
Minho.
41
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
43. O Traçado
• Os caminhos percorridos
pelos peregrinos
portugueses eram muitos
e variados. Em geral,
eram escolhidos os
caminhos mais comuns e
mais frequentados, para
evitar encontros
indesejados com
bandidos e salteadores.
43
http://caminhoportuguesdesantiago.com/PT/e
tapa_1_1.php
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
44. • Em rigor, não podemos, pois,
apontar apenas um Caminho
Português. Antes da marcação
efectiva do Caminho no terreno,
não havia nem início, nem um
percurso definido.
Historicamente, a partir de
Lisboa, podemos falar de dois
grandes caminhos que
atravessam o país de Sul a Norte,
um na costa e um no interior.
44
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
45. • O caminho da costa, o
mais conhecido, que
começa na Sé de Lisboa,
segue para Santarém,
passando pela Golegã,
Tomar, Coimbra, Porto,
Barcelos, Ponte de Lima
e atravessa a fronteira
em Valença.
45
http://caminhoportuguesdesantiago.com/
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
46. • Em Espanha, passa por
Tui, Porriño, Redondela,
Pontevedra, Caldas de
Reis, Padrón e chega
finalmente a Santiago.
46
47. • O caminho foi sinalizado
para Santiago (de sul
para norte) com setas
amarelas e placas de
identificação.
47
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
48. • Mas embora o percurso
esteja definido desde 2006,
muitos europeus resolvem
seguir os seus antepassados
à letra e sair da porta de
casa, como os peregrinos do
passado que peregrinavam
guiando-se pelas estrelas
até Santiago, seguem
caminhos alternativos,
historicamente
documentados como vias
de peregrinação medievais.
48
www.snpcultura.org
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
49. • Há registo histórico das
seguintes ligações: de
Lisboa a Coimbra por
Leiria; de Braga à
Portela do Homem,
Ourense, Santiago; de
Ponte de Lima a Ponte
da Barca e Vilarinho das
Furnas; de Coimbra a
Viseu, Chaves e Verin.
49
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
50. • A alternativa de
Barcelos a Viana do
Castelo, Caminha, Vila
Nova de Cerveira,
Valença está a ser
sinalizada pelo
responsável pelo
Albergue de São Pedro
de Rates.
50
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
51. • A Via da Prata passa
também por Portugal.
Entra no nosso país em
Alcanices e passa por
Bragança, Segirei,
Soutochão, atravessa a
fronteira em Feces de
abaixo para Verin,
Ourense e Santiago.
51
www.mulherviajante.com.br
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
52. • Encontrámos ainda
relatos de vários
peregrinos que viajaram
para Santiago do sul do
nosso país e, embora
saibamos que existiam
rotas de peregrinação,
ainda não foi feito o
levantamento de
nenhum percurso a Sul
de Lisboa.
52
ceg.fcsh.unl.pt
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
53. • Todos estes Caminhos
são considerados pelas
estatísticas oficiais
como fazendo parte do
Caminho Português. No
ano de 2008, 12 5141
peregrinos solicitaram o
comprovativo de
conclusão do caminho,
a Compostela, à
chegada a Santiago.
53
www.vialusitana.org
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
54. • Destes, 9770
percorreram o Caminho
Português. Com cerca
de 8% do total de
peregrinos, este traçado
é o segundo mais
percorrido (depois do
Caminho Francês),
tendência que se
mantém pelo menos
desde 2006
54
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
55. • Etapas do Caminho
• Porto > Vilarinho
• Vilarinho > Barcelos
• Barcelos > Ponte de Lima
• Ponte de Lima > Valença
• Valença > Redondela
• Redondela > Pontevedra
• Pontevedra > Caldas de Reis
• Caldas de Reis> Padrón
• Padrón > Santiago de
Compostela
55
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
56. • Caminho Português
Etapa 1
• Do Porto a Vilarinho, Vila do Conde
• Trecho 1 Saída do Porto
• Trecho 2 Passagem por Leça
• Trecho 3 Maia 2
• Trecho 4 Cruzando Mosteiró
• Trecho 5 Chagada a Vilarinho
56
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Do Porto a Compostela
57. Etapa 2
• De Vilarinho (Vila do Conde) a Barcelos
• Trecho 1 Saída de Vilarinho
• Trecho 2 Arcos
• Trecho 3 Pelo Alto da Mulher
Morta
• Trecho 4 Pedra Furada
• Trecho 5 Chegada a Barcelos
57
www.portugal-reiseinfo.de
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58. A Rota do Caminho Português de Santiago desde o Porto
Etapa 3
• De Barcelos a Ponte de Lima
• Trecho 1 Saída de Barcelos
• Trecho 2 S. Pedro Fins de Tamel
• Trecho 3 Cruzando o Rio Neiva
• Trecho 4 Vitorino de Piães
• Trecho 5 Facha
• Trecho 6 Chegada a Ponte de
Lima
58
www.almadeviajante.com
Peregrinos no Caminho
Português de Santiago
59. Etapa 4
• De Ponte de Lima a Valença / Tui
• Trecho 1 Saída de Ponte de
Lima
• Trecho 2 Calheiros
• Trecho 3 Romarigães
• Trecho 4 Cruzando o Rio
Coura
• Trecho 5 Fontoura
• Trecho 6 Valença ou Tui
59
ajflouro.blogspot.com
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
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60. Etapa 5
• De Valença / Tui a Redondela
• Trecho 1 A Caminho de Redondela
• Trecho 2 Ribadelouro
• Trecho 3 Junto ao Rio
• Trecho 4 O Porriño
• Trecho 5 Vilar de Infest
• Trecho 6 Chegada a Redondela
60
Wikipedia
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
61. A Rota do Caminho Português de Santiago desde o Porto
Etapa 6
• De Redondela a Pontevedra
• Trecho 1 Saída de
Redondela
• Trecho 2 Pontesampaio
• Trecho 3 Bértola
• Trecho 4 Chegada a
Pontevedra
61
“Por el Camino Portugués se entra en
Pontevedra a través de las calles de A Virxe do
Camiño”
hitosdelcamino.blogspot.com
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Do Porto a Compostela
62. Etapa 7
• De Pontevedra a Caldas de Reis
• Trecho 1 Saída de
Pontevedra
• Trecho 2 Portela
• Trecho 3 Briallos
• Trecho 4 Chegada a
Caldas de Reis
62
www.elsecretodelola.es
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Do Porto a Compostela
63. Etapa 8
• De Caldas de Reis a Padrón
• Trecho 1 Saída de Caldas de
Reis
• Trecho 2 Carracedo
• Trecho 3 Chegada a Padrón
63
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Do Porto a Compostela
64. A Rota do Caminho Português de Santiago desde o Porto
Etapa 9
• De Padrón a Santiago de Compostela
• Trecho 1 Saída de Padrón
• Trecho 2 Cruces
• Trecho 3 A Casalonga
• Trecho 4 Agrela e Agro dos
Monteiros
• Trecho 5 Chegada a Santiago
de Compostela
64
65. • Porto Vilarinho (Vila do Conde) 25 kms,
Saída do Porto
• Se programar a Peregrinação a partir do
Porto, o local a escolher para o seu início
deverá ser, naturalmente, a Sé Catedral.
Aponta a saída pelas oito horas da manhã,
pois embora a jornada não seja longa,
farás muitos quilómetros em área urbana,
atravessando as cidades do Porto e da
Maia, com tráfego intenso e, em alguns
locais, até com algum perigo.
65
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Sénior ContemporâneaO Caminho Português de Santiago
Do Porto a Compostela
66. • Do largo da Sé, desces uma
escadaria até à Rua Escura e à Rua
da Banharia, dois estreitos
arruamentos do burgo medieval,
atravessas a movimentada Rua
Mouzinho da Silveira e a das
Flores e pela Rua dos Caldeireiros
alcanças o Campo dos Mártires da
Pátria, a antiga Cordoaria, extra-
muros da cidade.
66
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67. • À direita, a pouca distância, a Torre
dos Clérigos, o ex-libris da cidade
invicta. Atravessamos o Campo,
paramos junto à Igreja do Carmo e
entra-se na Rua de Cedofeita, uma das
principais artérias comerciais do Porto
e que percorrerás na sua totalidade até
à Capela da Ramada Alta.
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68. • Daí, pelo Carvalhido e
com a Quinta da
Prelada à mão
esquerda (Parque de
Campismo, que te pode
ser útil), passas por
baixo da Via de Cintura
Interna e vai-se até ao
Monte dos Burgos,
onde atravessamos a
Via da Circunvalação.
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69. • Mantemos sempre esta
direcção até ao Padrão da
Légua e a Aráujo, já
subúrbios da cidade do
Porto e aqui deveremos
optar por uma das duas
alternativas que o
Caminho tem para
atravessar o rio Leça -
pela ponte romana de
Barreiros ou pela ponte
romana de Moreira.
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70. • A primeira é mais
antiga, apresentando,
contudo, o óbice do
atravessamento da N13,
uma via rápida de
intenso tráfego, e em
local perigoso.
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Google Maps, Via Norte, N14
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71. • É um percurso
interessante até as
proximidades da cidade
da Maia, perdendo
depois com a passagem
pela Zona Industrial até
Vilar do Pinheiro.
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72. • A segunda é já
posterior ao séc. XV
mas segue um percurso
mais fácil, pelo
Convento de Moreira
da Maia, também até
Vilar do Pinheiro, onde
reencontra aquela.
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73. • A partir daqui o traçado
volta a ser um só,
ganhando com a
progressiva transição do
meio urbano para o
rural. Vais encontrar
Mosteiró, um lugar
onde poderás descansar
e improvisar um
almoço.
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Igreja Mosteiró
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74. • Depois vem Gião e a
seguir Vairão, onde a
envolvência é
caracterizada por uma
intensa actividade
agrícola que marca
profundamente a
paisagem. E saímos do
Distrito do Porto
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75. 75
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76. • Percurso comum do
Caminho Central e opção
por Braga:
• Começando na Sé do
Porto, de costas para
esta, descer as escadas
pela Calçada de D. Pedro
– Rua Pitões, Dta pela Rua
Pena Ventosa junto à
Igreja dos Grilos;
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77. • Direitata pela Rua de
Santana, cruzar a Rua
da Bainharia, cruzar a
Rua de Mouzinho da
Silveira, subir para o
largo de S. Domingos,
Dta para a Rua das
Flores.
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78. • Na Rua das Flores os
Caminhos divergem. A
primeira sinalização à
esquerda (Rua do
Ferraz) é para o
Caminho Central, tendo
uma seta a indicar
“Barcelos” e o Caminho
por Braga está
sinalizado mais à frente.
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79. • Opção por Braga:
• Na Rua das Flores, virar à
esquerda na Rua dos
Caldeireiros, Dta no Largo
dos Lóios, seguir em frente
e virar à Esq, atravessar a
Rua dos Clérigos, subir a
Rua do Almada, atravessar a
Praça de D. Filipa de
Lencastre (continuar na Rua
do Almada), atravessar a
Praça da República;
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80. • Rua da Regeneração, Esq
Largo da Lapa, Rua Antero
de Quental, (cruzar a Rua
Damião de Góis e seguir
em frente), Dta Rua do
Campo Lindo, Largo do
Campo Lindo, Rua da
Igreja de Paranhos, Rua
de Dionísio dos Santos
Silva, Rua António
Bernardino de Almeida,
Esq. Circunvalação,
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81. Bibliografia
– Mendes, Ana Catarina (2009). Peregrinos a Santiago de
Compostela: Uma Etnografia do Caminho Português. Lisboa:
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– http://www.caminhoportosantiago.com/PT/santiago.html
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– http://atc.pt/files/72/7201.pdf
– http://www.santiago.org.br/caminho-de-santiago-historia.asp
– http://www.santiago.org.br/caminho-de-santiago-o-que-e.asp
– http://www.confrariaapostolosantiago.com.br/depoimentos/his
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– http://whc.unesco.org/en/list/669
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Calixtinus
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– http://camino.xacobeo.es/pt-pt/caminhos/caminho-portugues
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Património Cultural – O Caminho de Santiago
83. Bibliografia
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– http://www.caminhoportuguesdesantiago.com/PT/caminh
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– http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/299/1/20587_uls
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Património Cultural – O Caminho de Santiago