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Perrenoud, Philippe (2000) 10 Novas Competências
para Ensinar, Artmed.
1
1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem
Competências mais específicas a trabalhar em
formação contínua
Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a
serem ensinados e sua tradução em objetivos de
aprendizagem.
Trabalhar a partir das representações dos alunos.
Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à
aprendizagem.
Construir e planear dispositivos e seqüências didáticas.
Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos
de conhecimento.
2
2. Administrar a progressão das
aprendizagens
Conceber e administrar situações problema ajustadas
ao nível e às possibilidades dos alunos.
Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do
ensino.
Estabelecer laços com as teorias subjacentes às
atividades de aprendizagem.
Observar e avaliar os alunos em situações de
aprendizagem, de acordo com uma abordagem
formativa.
Fazer balanços periódicos de competências e tomar
decisões de progressão
3
3. Conceber e fazer evoluir os
dispositivos de diferenciação
Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma
turma.
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais
vasto.
Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos
portadores de grandes dificuldades.
Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas
formas simples de ensino mútuo.
4
4. Envolver os alunos em suas
aprendizagens e em seu trabalho
Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação
com o saber, o sentido do trabalho escolar e
desenvolver na criança a capacidade de auto-
avaliação.
Instituir um conselho de alunos e negociar com eles
diversos tipos de regras e de contratos.
Oferecer atividades opcionais de formação, à la carte.
Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
5
5. Trabalhar em equipe
Elaborar um projeto em equipe, representações comuns.
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
Formar e renovar uma equipe pedagógica.
Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas
e problemas profissionais.
Administrar crises ou conflitos interpessoais.
Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud -
(Fernando Cadima 2)
Competências
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
6
6. Participar da administração
da escola
Elaborar, negociar um projeto da instituição.
Administrar os recursos da escola.
Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus
parceiros.
Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a
participação dos alunos.
7
7. Informar e envolver os pais
Dirigir reuniões de informação e de debate.
Fazer entrevistas.
Envolver os pais na construção dos saberes.
8
8. Utilizar novas tecnologias
Utilizar editores de texto.
Explorar as potencialidades didáticas dos programas
em relação aos objetivos do ensino.
Comunicar-se à distância por meio da telemática.
Utilizar as ferramentas multimídia no ensino.
9
9. Enfrentar os deveres e os
dilemas éticos da profissão
Prevenir a violência na escola e fora dela.
Lutar contra os preconceitos e as discriminações
sexuais, étnicas e sociais.
Participar da criação de regras de vida comum
referente à disciplina na escola, às sanções e à
apreciação da conduta.
Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a
comunicação em aula.
Desenvolver o senso de responsabilidade, a
solidariedade e o sentimento de justiça.
10
10. Administrar sua própria
formação contínua
Saber explicitar as próprias práticas.
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu
programa pessoal de formação contínua.
Negociar um projeto de formação comum com os colegas
(equipe, escola, rede).
Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino
ou do sistema educativo.
Acolher a formação dos colegas e participar dela.
Refletir a Educação Competências de Ensino - Perrenoud
Fernando Cadima 3
11
Competências mais específicas
Sugestões/Indicações
1. Organizar e dirigir situações de
aprendizagem
2. Mediar situações de aprendizagem.
12
1.1. Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua
tradução em objetivos de aprendizagem.
Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de
aprendizagem.
Dominar os conteúdos com suficiente fluência para construí-
los em situações abertas ou em tarefas complexas.
Os saberes e os saber-fazer são construídos em situações
múltiplas e complexas, cada uma delas dizendo respeito a vários
objetivos/disciplinas.
Explorar acontecimentos e interesses dos alunos para
favorecer a apropriação ativa e a transferência dos saberes.
O professor deve saber identificar ‘noções-núcleo’ (Meirieu,
1989) ou ‘competências-chave’ (Perrenoud, 1998) para
organizar as aprendizagens, orientar o trabalho em aula e
estabelecer prioridades.
13
1.2. Trabalhar a partir das
representações dos alunos.
Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos
pensam e sabem.
É errado trabalhar a partir das representações
dos alunos para a seguir, desvalorizá-las
Resta trabalhar a partir das concepções dos
alunos, dialogar com eles, fazer com que sejam
avaliadas para aproximá-las dos conhecimentos
científicos a serem ensinados.
14
1.5. Envolver os alunos em atividades de
pesquisa, em projetos de conhecimento
O mais importante permanece implícito porque uma
seqüência didática só se desenvolve se os alunos a
aceitarem e tiverem realmente vontade de saber.
A dinâmica de uma pesquisa é sempre
simultaneamente intelectual, emocional e relacional.
Daí o delicado equilíbrio entre a estruturação didática e a
dinâmica da turma.
A competência passa pela arte de comunicar, seduzir,
encorajar, mobilizar, envolvendo-se como pessoa.
Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud
– (Fernando Cadima 4)
15
2.1.Conceber e administrar situações-problema
ajustadas ao nível e às possibilidades dos
alunos.
Características de uma situação-problema:
(i) constituir um obstáculo para a turma.
(ii) estudo de uma situação concreta, hipóteses.
(iii) um verdadeiro enigma para ser resolvido.
(iv) necessidade de usar instrumentos com vista à resolução.
(v) oferecer resistência suficiente.
(vi) situar-se na zona de desenvolvimento proximal (Vygotsky).
(vii) antecipação dos resultados precede a busca
(viii) debate científico dentro da classe.
(ix) a validação da solução é feita conjuntamente (não pelo prof).
(x) reexame coletivo do caminho percorrido à consolidação dos
procedimentos para projetos futuros.
16
2.2. Adquirir uma visão longitudinal dos
objetivos do ensino.
A massificação e a urbanização generalizaram as classes de um
único nível com prejuízo da visão longitudinal dos objetivos
programáticos.
Felizmente que nem todas as escolas funcionam assim,
facilitando a construção de estratégias de ensino-
aprendizagem a longo prazo.
Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a
capacidade de ler, escrever, refletir, argumentar, expressar-se
pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos.
Para preencher esta insuficiência é fundamental o trabalho em
equipe entre os colegas que ensinam vários níveis.
O verdadeiro desafio é o domínio da totalidade da formação
de um ciclo de aprendizagem e, se possível, de todo o ensino
básico.
17
3.3. Fornecer apoio integrado, trabalhar com
alunos portadores de grandes dificuldades.
O desempenho dos professores de apoio experientes traduz-se:
(i) saber observar a criança na situação
(ii) dominar o procedimento clínico (observar, agir, corrigir)
(iii) saber construir situações didáticas a partir do aluno
(iv) saber negociar/explicitar um contrato pedagógico
(v) praticar uma abordagem sistêmica (comunicação, conflito,
paradoxo, rejeição, não se sentir ameaçado à menor disfunção)
(vi) estar consciente dos riscos que se corre e faz correr numa
situação de atendimento
(vii) ter domínio dos aspectos afetivos e relacionais
(viii) saber levar em conta a diferença e o ritmo do aluno
(ix) ter boas bases de psicologia social e refletir sobre a ação
18
5.4. Enfrentar e analisar em conjunto situações
complexas, práticas e problemas profissionais
Uma equipe perde o vigor se não conseguir
‘trabalhar sobre o trabalho’.
O verdadeiro trabalho de equipe começa
quando os seus membros se
afastam do ‘muro de lamentações’ para agir,
utilizando toda a sua autonomia
e capacidade de ação.
19
Relações entre pais e professores,
evite:
 (i) negar fatos;
 (ii) insistir no seu caráter excepcional;
 (iii) admitir que há pessoas indesejáveis na turma;
 (iv) distanciar-se dos colegas;
 (v) invocar falta de autoridade do EE;
 (vi) afirmar que o interlocutor não é representativo;
 (vii) referir as dificuldades das condições de trabalho ou de
funcionamento,
 (viii) lembrar o respeito aos territórios, etc.
 Saber informar e envolver os pais é ser capaz de utilizar apenas
excepcionalmente este tipo de argumentos. É assumir a incerteza e o
conflito e aceitar a necessidade de instâncias de regulação.
 A parceria é uma construção permanente, onde tudo correrá melhor se os
professores aceitarem tomar a iniciativa, sem monopolizar a discussão,
dando provas de serenidade.
20
8.4. Utilizar as ferramentas
multimídia no ensino
Cada vez mais os CD-ROMs e os sites multimídia
farão uma séria concorrência aos professores, se
estes não quiserem ou não souberem utilizá-los
para enriquecer o seu próprio ensino.
A competência do professor consistirá em utilizar os
instrumentos multimídia já disponíveis e, talvez
em desenvolver nesse domínio curiosidade e
abertura.
21
9.4. Analisar a relação pedagógica, a
autoridade e a comunicação em aula
Sedução, chantagem afetiva, sadismo, amor e ódio, gosto
pelo poder, medos e angústias jamais estarão ausentes da
relação pedagógica. A primeira competência do professor é
aceitar essa complexidade e reconhecer os implícitos do
ofício. Não pode renunciar inteiramente à sedução, à atração e
a uma certa forma de manipulação. Necessita desses
recursos para fazer o seu trabalho. A sua competência é
saber o que faz, o que supõe um trabalho regular de
desenvolvimento pessoal e de análise das práticas. O
professor deve dominar as ‘técnicas de justiça’, o que supõe uma
explicitação dos direitos e dos deveres, de alunos e
professores, e um esclarecimento dos procedimentos de justiça
na turma e na escola. 22
Normas de Conduta
É importante negociar as regras com os alunos. Mas o
professor aberto a negociações não abandona o seu
papel de adulto e de mestre e não instaura a
autogestão, antes, procura constantemente:
Que a turma assuma de maneira responsável a
definição das regras e a sua aplicação; Mas quando a turma
não o faz, assume ele inteiramente essa
responsabilidade em favor do respeito pelas regras. A
competência fundamental do professor é saber viver na
ambigüidade de ser partidário do acordo mas, ao mais
pequeno sinal de alarme, assumir o seu papel de
responsável/autoridade.
23
10.2 Avaliação
Estabelecer o seu próprio balanço de
competências e o seu programa de formação
podemos passar a vida a refletir sobre as questões
da avaliação, sem que com isso se descubra o
principio básico da avaliação formativa. Para
ultrapassar o limite é necessário um salto
qualitativo que passa pela construção de novos
meios de ação pedagógica.
A lucidez profissional consiste em saber quando
se pode progredir através dos meios que a situação
oferece ou a partir de meios externos.
24

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10 Novas Competências de Ensino de Perrenoud

  • 1. Perrenoud, Philippe (2000) 10 Novas Competências para Ensinar, Artmed. 1
  • 2. 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. Trabalhar a partir das representações dos alunos. Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. Construir e planear dispositivos e seqüências didáticas. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento. 2
  • 3. 2. Administrar a progressão das aprendizagens Conceber e administrar situações problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa. Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão 3
  • 4. 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma. Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades. Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo. 4
  • 5. 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto- avaliação. Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos. Oferecer atividades opcionais de formação, à la carte. Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno. 5
  • 6. 5. Trabalhar em equipe Elaborar um projeto em equipe, representações comuns. Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões. Formar e renovar uma equipe pedagógica. Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais. Administrar crises ou conflitos interpessoais. Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud - (Fernando Cadima 2) Competências Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 6
  • 7. 6. Participar da administração da escola Elaborar, negociar um projeto da instituição. Administrar os recursos da escola. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros. Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos. 7
  • 8. 7. Informar e envolver os pais Dirigir reuniões de informação e de debate. Fazer entrevistas. Envolver os pais na construção dos saberes. 8
  • 9. 8. Utilizar novas tecnologias Utilizar editores de texto. Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino. Comunicar-se à distância por meio da telemática. Utilizar as ferramentas multimídia no ensino. 9
  • 10. 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão Prevenir a violência na escola e fora dela. Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais. Participar da criação de regras de vida comum referente à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da conduta. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula. Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça. 10
  • 11. 10. Administrar sua própria formação contínua Saber explicitar as próprias práticas. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua. Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede). Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo. Acolher a formação dos colegas e participar dela. Refletir a Educação Competências de Ensino - Perrenoud Fernando Cadima 3 11
  • 12. Competências mais específicas Sugestões/Indicações 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem 2. Mediar situações de aprendizagem. 12
  • 13. 1.1. Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de aprendizagem. Dominar os conteúdos com suficiente fluência para construí- los em situações abertas ou em tarefas complexas. Os saberes e os saber-fazer são construídos em situações múltiplas e complexas, cada uma delas dizendo respeito a vários objetivos/disciplinas. Explorar acontecimentos e interesses dos alunos para favorecer a apropriação ativa e a transferência dos saberes. O professor deve saber identificar ‘noções-núcleo’ (Meirieu, 1989) ou ‘competências-chave’ (Perrenoud, 1998) para organizar as aprendizagens, orientar o trabalho em aula e estabelecer prioridades. 13
  • 14. 1.2. Trabalhar a partir das representações dos alunos. Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos pensam e sabem. É errado trabalhar a partir das representações dos alunos para a seguir, desvalorizá-las Resta trabalhar a partir das concepções dos alunos, dialogar com eles, fazer com que sejam avaliadas para aproximá-las dos conhecimentos científicos a serem ensinados. 14
  • 15. 1.5. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento O mais importante permanece implícito porque uma seqüência didática só se desenvolve se os alunos a aceitarem e tiverem realmente vontade de saber. A dinâmica de uma pesquisa é sempre simultaneamente intelectual, emocional e relacional. Daí o delicado equilíbrio entre a estruturação didática e a dinâmica da turma. A competência passa pela arte de comunicar, seduzir, encorajar, mobilizar, envolvendo-se como pessoa. Refletir a Educação Competências de Ensino – Perrenoud – (Fernando Cadima 4) 15
  • 16. 2.1.Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. Características de uma situação-problema: (i) constituir um obstáculo para a turma. (ii) estudo de uma situação concreta, hipóteses. (iii) um verdadeiro enigma para ser resolvido. (iv) necessidade de usar instrumentos com vista à resolução. (v) oferecer resistência suficiente. (vi) situar-se na zona de desenvolvimento proximal (Vygotsky). (vii) antecipação dos resultados precede a busca (viii) debate científico dentro da classe. (ix) a validação da solução é feita conjuntamente (não pelo prof). (x) reexame coletivo do caminho percorrido à consolidação dos procedimentos para projetos futuros. 16
  • 17. 2.2. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. A massificação e a urbanização generalizaram as classes de um único nível com prejuízo da visão longitudinal dos objetivos programáticos. Felizmente que nem todas as escolas funcionam assim, facilitando a construção de estratégias de ensino- aprendizagem a longo prazo. Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a capacidade de ler, escrever, refletir, argumentar, expressar-se pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos. Para preencher esta insuficiência é fundamental o trabalho em equipe entre os colegas que ensinam vários níveis. O verdadeiro desafio é o domínio da totalidade da formação de um ciclo de aprendizagem e, se possível, de todo o ensino básico. 17
  • 18. 3.3. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades. O desempenho dos professores de apoio experientes traduz-se: (i) saber observar a criança na situação (ii) dominar o procedimento clínico (observar, agir, corrigir) (iii) saber construir situações didáticas a partir do aluno (iv) saber negociar/explicitar um contrato pedagógico (v) praticar uma abordagem sistêmica (comunicação, conflito, paradoxo, rejeição, não se sentir ameaçado à menor disfunção) (vi) estar consciente dos riscos que se corre e faz correr numa situação de atendimento (vii) ter domínio dos aspectos afetivos e relacionais (viii) saber levar em conta a diferença e o ritmo do aluno (ix) ter boas bases de psicologia social e refletir sobre a ação 18
  • 19. 5.4. Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais Uma equipe perde o vigor se não conseguir ‘trabalhar sobre o trabalho’. O verdadeiro trabalho de equipe começa quando os seus membros se afastam do ‘muro de lamentações’ para agir, utilizando toda a sua autonomia e capacidade de ação. 19
  • 20. Relações entre pais e professores, evite:  (i) negar fatos;  (ii) insistir no seu caráter excepcional;  (iii) admitir que há pessoas indesejáveis na turma;  (iv) distanciar-se dos colegas;  (v) invocar falta de autoridade do EE;  (vi) afirmar que o interlocutor não é representativo;  (vii) referir as dificuldades das condições de trabalho ou de funcionamento,  (viii) lembrar o respeito aos territórios, etc.  Saber informar e envolver os pais é ser capaz de utilizar apenas excepcionalmente este tipo de argumentos. É assumir a incerteza e o conflito e aceitar a necessidade de instâncias de regulação.  A parceria é uma construção permanente, onde tudo correrá melhor se os professores aceitarem tomar a iniciativa, sem monopolizar a discussão, dando provas de serenidade. 20
  • 21. 8.4. Utilizar as ferramentas multimídia no ensino Cada vez mais os CD-ROMs e os sites multimídia farão uma séria concorrência aos professores, se estes não quiserem ou não souberem utilizá-los para enriquecer o seu próprio ensino. A competência do professor consistirá em utilizar os instrumentos multimídia já disponíveis e, talvez em desenvolver nesse domínio curiosidade e abertura. 21
  • 22. 9.4. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula Sedução, chantagem afetiva, sadismo, amor e ódio, gosto pelo poder, medos e angústias jamais estarão ausentes da relação pedagógica. A primeira competência do professor é aceitar essa complexidade e reconhecer os implícitos do ofício. Não pode renunciar inteiramente à sedução, à atração e a uma certa forma de manipulação. Necessita desses recursos para fazer o seu trabalho. A sua competência é saber o que faz, o que supõe um trabalho regular de desenvolvimento pessoal e de análise das práticas. O professor deve dominar as ‘técnicas de justiça’, o que supõe uma explicitação dos direitos e dos deveres, de alunos e professores, e um esclarecimento dos procedimentos de justiça na turma e na escola. 22
  • 23. Normas de Conduta É importante negociar as regras com os alunos. Mas o professor aberto a negociações não abandona o seu papel de adulto e de mestre e não instaura a autogestão, antes, procura constantemente: Que a turma assuma de maneira responsável a definição das regras e a sua aplicação; Mas quando a turma não o faz, assume ele inteiramente essa responsabilidade em favor do respeito pelas regras. A competência fundamental do professor é saber viver na ambigüidade de ser partidário do acordo mas, ao mais pequeno sinal de alarme, assumir o seu papel de responsável/autoridade. 23
  • 24. 10.2 Avaliação Estabelecer o seu próprio balanço de competências e o seu programa de formação podemos passar a vida a refletir sobre as questões da avaliação, sem que com isso se descubra o principio básico da avaliação formativa. Para ultrapassar o limite é necessário um salto qualitativo que passa pela construção de novos meios de ação pedagógica. A lucidez profissional consiste em saber quando se pode progredir através dos meios que a situação oferece ou a partir de meios externos. 24