SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  21
Letramento nos Primórdios do
Brasil
Homens, mulheres e crianças numa
sociedade em formação
Prof.ª Drª Rosemeire França de Assis R.
Pereira.
JESUÍTAS- Primeiros Educadores
• “APAGAR AS DIFERENÇAS É O MESMO QUE
NEGAR A ALTERIDADE, A EXISTÊNCIA DO
OUTRO.”
M.L.S. Hilsdorf
Fundamentação Teórica
• ANCHIETA, José de. Cartas, Informações e Fragmentos
Históricos.
• HILSDORF, Lúcia. História da Educação Brasileira – Leituras.
• LACOUTURE, Jean. Os Jesuítas – A conquista.
• LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil.
• NÓBREGA, Manuel da. Cartas do Brasil, 1549-1560.
• PRIORI, Mary Del. História da Criança no Brasil.
• ________, Ao Sul do Corpo.
• RIBEIRO, Arilda Inês Miranda. Mulheres educadas na colônia.
• RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro.
FASE HERÓICA-DIACRONIA
Bula Papal Sublimis Deus de 1537- Paulo
III
• Discurso Universalista
• Atitude Medieval, senhorial
• Discurso Guerreiro, violento
• Atitude ligada ao lucro,
moderna.
PRÁTICAS CIVILIZATÓRIAS
• Contato e convencimento:
• Visitas às aldeias;
• Moradia nas aldeias.
• Aldeamentos para adultos – ofícios;
• Recolhimentos para crianças – aprendizado oral
da Língua Portuguesa.
CONSOLIDAÇÃO
• Educação dos meninos brancos;
• Redízima;
• Colégios da Bahia, Rio de Janeiro e Olinda;
• Ensino das Humanidades definido pela Ratio
Studiorum de 1599;
• Padrões Humanísticos Tridentinos;
• Retórica, Filosofia, Teologia e Gramática(Latim).
Crianças
Brancos – reinóis
Curumins
Negros
Órfãos – judeus, pedintes
O COMEÇO DE TUDO
• os jesuítas desenvolveram a estratégia de sua
catequese alicerçada na educação dos pequenos
indígenas, e trouxeram crianças órfãs de
Portugal para atuarem como mediadoras nessa
relação;
OS COLÉGIOS
• Os colégios dos jesuítas, nos primeiros dois
séculos, foram os grandes focos de irradiação de
cultura no Brasil colonial.
• Inovado com a Ratio Studiorum, o programa
educacional jesuítico estabeleceu as classes
separadas por idade e a introdução da disciplina.
(KUHLMANN JR.,1998, p. 22).
CRIANÇAS MESTIÇAS
• Os brasilíndios ou mamelucos paulistas foram
vítimas de duas rejeições drásticas: a dos pais,
com quem queriam identificar-se, mas que os
viam como impuros filhos da terra,
aproveitavam seu trabalho enquanto meninos e
rapazes e, depois, os integravam às suas
bandeiras. A segunda rejeição era a do gentio
materno, pois pela concepção tupi, quem nasce é
filho do pai. A mulher é apenas um saco onde o
macho deposita sua semente.
• Darcy Ribeiro – O Povo Brasileiro, pp.108/109.
Heterogeneidade
• Foi uma heterogênea população infantil a que se
reuniu nos colégios dos padres, nos séculos XVI
e XVII: filhos de caboclos arrancados aos pais;
filhos de normandos encontrados nos matos;
filhos de portugueses, mamelucos; meninos
órfãos vindos de Lisboa. Meninos louros,
sardentos, pardos, morenos, cor de canela.
(FREYRE, 2003, p. 501).
Meninos Órfãos
• Todo esse tempo que aqui temos estado nos hão
mandado de Portugal alguns meninos órfãos, os
quais havemos tido e temos conosco sustentado-
os com muito trabalho e dificuldade.
Anchieta - Carta de Piratininga de 1554
MULHERES
• As mulheres (índias) andam nuas e não sabem
se negar a ninguém, mas até elas mesmas
importunam os homens, jogando-se com eles
nas redes, porque tem por honra dormir com os
Cristãos.
• Anchieta – Carta de Piratininga de 1554.
Mulheres índias
• BARTIRA – FILHA DE
TIBIRIÇÁ – CONCUBINA DE
JOÃO RAMALHO, MÃE DE
UMA PENCA DE
MAMELUCOS.
MULHERES BRANCAS
• No século XVI, na própria metrópole não havia
escolas para meninas. Educava-se em casa. As
portuguesas eram, na sua maioria, analfabetas.
Mesmo as mulheres que viviam na Corte possuíam
pouca leitura, destinada apenas ao livro de rezas.
Por que então oferecer educação para mulheres
‘selvagens’, em uma colônia tão distante e que só
existia para o lucro português? (Ribeiro, 2000, p.81).
MULHERES BRANCAS
HOMENS
• “Porque para esse gênero de gente
não há melhor pregação do que a
espada e a vara de ferro”
Carta de Piratininga de 1556
Padre José de Anchieta
HOMENS
• “Se inçou a terra de mamelucos, que nasceram,
viveram e morreram como gentios; dos quais
hoje há muitos descendentes, que são louros,
alvos e sardos, e havidos por tupinambás”.
• Gabriel Soares de Souza
Bastardia
• E quando o baptizado não for havido de legitimo
matrimonio, tambem se declarará no mesmo
assento do livro o nome de seus pais, se for cousa
notoria, e sabida, e não houver escandalo; porém
havendo escandalo em se declarar o nome do pai, só
se declarará o nome da mãi, se também não houver
escandalo, nem perigo de o haver. E havendo algum
engeitado, que se haja de baptizar, a que se não
saiba pai, ou mãi, tambem se fará no assento a dita
declaração, e do lugar, e dia, e por quem foi achado.
CONSTITUIÇÕES PRIMEIRAS DO ARCEBISPADO DA BAHIA, Livro I. Título
XX, § 73.
1492 – A CONQUISTA DO PARAÍSO

Contenu connexe

Tendances

Os maias a educação
Os maias   a educaçãoOs maias   a educação
Os maias a educaçãoluciamcp
 
História e cultura afro brasileira e indígena
História e cultura afro brasileira e indígenaHistória e cultura afro brasileira e indígena
História e cultura afro brasileira e indígenaValeria Santos
 
Relações Étnico Raciais
Relações Étnico RaciaisRelações Étnico Raciais
Relações Étnico RaciaisJunior Ozono
 
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.Glauco Ricciele
 
Projeto Pérola negra
Projeto Pérola negraProjeto Pérola negra
Projeto Pérola negranogcaritas
 
Noticia de uma pesquisa em africa
Noticia de uma pesquisa em africaNoticia de uma pesquisa em africa
Noticia de uma pesquisa em africadartfelipe
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanaculturaafro
 
Quilombolas
QuilombolasQuilombolas
Quilombolasediqueli
 
Ritmos Afro Brasileiros
Ritmos Afro BrasileirosRitmos Afro Brasileiros
Ritmos Afro Brasileirosculturaafro
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanaculturaafro
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro BrasileiraCultura Afro Brasileira
Cultura Afro Brasileiraluizschinemann
 
História-semana7-questão africana
História-semana7-questão africanaHistória-semana7-questão africana
História-semana7-questão africanagisele75
 
Histórias da Dona Fiota
 Histórias da Dona Fiota  Histórias da Dona Fiota
Histórias da Dona Fiota guest15c4e2
 
Ciência, tecnologia e relações étnico-raciais
Ciência, tecnologia e relações étnico-raciaisCiência, tecnologia e relações étnico-raciais
Ciência, tecnologia e relações étnico-raciaisVitor Vieira Vasconcelos
 
SEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHO
SEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHOSEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHO
SEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHOMaria Aparecida Ferreira Carli
 
Palestra lei 10639 e alfabetização
Palestra lei 10639 e alfabetizaçãoPalestra lei 10639 e alfabetização
Palestra lei 10639 e alfabetizaçãoFabiana Costa
 

Tendances (18)

Os maias a educação
Os maias   a educaçãoOs maias   a educação
Os maias a educação
 
História e cultura afro brasileira e indígena
História e cultura afro brasileira e indígenaHistória e cultura afro brasileira e indígena
História e cultura afro brasileira e indígena
 
Relações Étnico Raciais
Relações Étnico RaciaisRelações Étnico Raciais
Relações Étnico Raciais
 
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
 
áFrica 2012
áFrica 2012áFrica 2012
áFrica 2012
 
Projeto Pérola negra
Projeto Pérola negraProjeto Pérola negra
Projeto Pérola negra
 
Noticia de uma pesquisa em africa
Noticia de uma pesquisa em africaNoticia de uma pesquisa em africa
Noticia de uma pesquisa em africa
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africana
 
Quilombolas
QuilombolasQuilombolas
Quilombolas
 
Ritmos Afro Brasileiros
Ritmos Afro BrasileirosRitmos Afro Brasileiros
Ritmos Afro Brasileiros
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africana
 
Htpc cultura africana
Htpc  cultura africanaHtpc  cultura africana
Htpc cultura africana
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro BrasileiraCultura Afro Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 
História-semana7-questão africana
História-semana7-questão africanaHistória-semana7-questão africana
História-semana7-questão africana
 
Histórias da Dona Fiota
 Histórias da Dona Fiota  Histórias da Dona Fiota
Histórias da Dona Fiota
 
Ciência, tecnologia e relações étnico-raciais
Ciência, tecnologia e relações étnico-raciaisCiência, tecnologia e relações étnico-raciais
Ciência, tecnologia e relações étnico-raciais
 
SEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHO
SEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHOSEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHO
SEM A MÁSCARA E SUA GINGA, MAS COM SUA FORÇA DE TRABALHO
 
Palestra lei 10639 e alfabetização
Palestra lei 10639 e alfabetizaçãoPalestra lei 10639 e alfabetização
Palestra lei 10639 e alfabetização
 

En vedette

Apresentação da diretoria
Apresentação da diretoriaApresentação da diretoria
Apresentação da diretoriaLari Aveiro
 
OT MATEMÁTICA 04/06
OT MATEMÁTICA 04/06OT MATEMÁTICA 04/06
OT MATEMÁTICA 04/06pri_alquimim
 
Apresentação giuseppi pisoni
Apresentação giuseppi pisoniApresentação giuseppi pisoni
Apresentação giuseppi pisoniLari Aveiro
 
Seminário Aquisição de Leitura Fluente
Seminário Aquisição de Leitura FluenteSeminário Aquisição de Leitura Fluente
Seminário Aquisição de Leitura FluenteLari Aveiro
 
Ppt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certoPpt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certoLari Aveiro
 
Realizações 2015
Realizações 2015Realizações 2015
Realizações 2015Lari Aveiro
 
Desconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispector
Desconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispectorDesconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispector
Desconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispectorLari Aveiro
 
Relação professor aluno denyse
Relação professor   aluno denyseRelação professor   aluno denyse
Relação professor aluno denyseLari Aveiro
 
Palestra para professores ciclo ii
Palestra para professores ciclo iiPalestra para professores ciclo ii
Palestra para professores ciclo iiLari Aveiro
 
Realizações 2015
Realizações 2015Realizações 2015
Realizações 2015Lari Aveiro
 
Teoria dos campos conceituais
Teoria dos campos conceituaisTeoria dos campos conceituais
Teoria dos campos conceituaisAdriana Ramos
 
Teoria dos Campos conceituais
Teoria dos Campos conceituaisTeoria dos Campos conceituais
Teoria dos Campos conceituaisreinaldo oliveira
 

En vedette (13)

Apresentação da diretoria
Apresentação da diretoriaApresentação da diretoria
Apresentação da diretoria
 
OT MATEMÁTICA 04/06
OT MATEMÁTICA 04/06OT MATEMÁTICA 04/06
OT MATEMÁTICA 04/06
 
Apresentação giuseppi pisoni
Apresentação giuseppi pisoniApresentação giuseppi pisoni
Apresentação giuseppi pisoni
 
Seminário Aquisição de Leitura Fluente
Seminário Aquisição de Leitura FluenteSeminário Aquisição de Leitura Fluente
Seminário Aquisição de Leitura Fluente
 
Ppt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certoPpt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certo
 
Realizações 2015
Realizações 2015Realizações 2015
Realizações 2015
 
Desconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispector
Desconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispectorDesconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispector
Desconstruindo os contos maravilhosos com clarice lispector
 
Relação professor aluno denyse
Relação professor   aluno denyseRelação professor   aluno denyse
Relação professor aluno denyse
 
Palestra para professores ciclo ii
Palestra para professores ciclo iiPalestra para professores ciclo ii
Palestra para professores ciclo ii
 
Realizações 2015
Realizações 2015Realizações 2015
Realizações 2015
 
Teoria dos campos conceituais
Teoria dos campos conceituaisTeoria dos campos conceituais
Teoria dos campos conceituais
 
Teoria dos Campos conceituais
Teoria dos Campos conceituaisTeoria dos Campos conceituais
Teoria dos Campos conceituais
 
Um chamado (2)
Um chamado (2)Um chamado (2)
Um chamado (2)
 

Similaire à Educação e Letramento nos Primórdios do Brasil

Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & SenzalaGilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & SenzalaJorge Miklos
 
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...Renata Cunha
 
Imagens de Infancias
Imagens de InfanciasImagens de Infancias
Imagens de InfanciasPaloma Chaves
 
01 Matriz Tupy - Damilson Santos
01 Matriz Tupy - Damilson Santos01 Matriz Tupy - Damilson Santos
01 Matriz Tupy - Damilson SantosDamilson Santos
 
56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil.pptGalbertoGomesOliveir1
 
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).pptGalbertoGomesOliveir1
 
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).pptGalbertoGomesOliveir1
 
MULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdf
MULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdfMULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdf
MULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdfDeimisonCosta
 
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...
Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...
Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...Sara Leal
 
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...Educação Infantil
 

Similaire à Educação e Letramento nos Primórdios do Brasil (20)

Lit.informativa 2011
Lit.informativa 2011Lit.informativa 2011
Lit.informativa 2011
 
Lit.informativa 2011
Lit.informativa 2011Lit.informativa 2011
Lit.informativa 2011
 
Casa grande __senzala_-_gilberto_freyre
Casa grande __senzala_-_gilberto_freyreCasa grande __senzala_-_gilberto_freyre
Casa grande __senzala_-_gilberto_freyre
 
Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & SenzalaGilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala
 
Lit Informativa
Lit InformativaLit Informativa
Lit Informativa
 
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
 
Imagens de Infancias
Imagens de InfanciasImagens de Infancias
Imagens de Infancias
 
LIBRAS.pptx
LIBRAS.pptxLIBRAS.pptx
LIBRAS.pptx
 
01 Matriz Tupy - Damilson Santos
01 Matriz Tupy - Damilson Santos01 Matriz Tupy - Damilson Santos
01 Matriz Tupy - Damilson Santos
 
A cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesaA cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesa
 
A cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesaA cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesa
 
56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil.ppt
 
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (2).ppt
 
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt
56836Historia_da_educacao_no_Brasil (1).ppt
 
MULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdf
MULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdfMULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdf
MULHERES NA SALA DE AULA, Guacira Lopes Louro.pdf
 
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
 
Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...
Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...
Jovens de baixa renda e acesso ao ensino superior público: Avanços e dilemas ...
 
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
 
Bilinguismo - LIBRAS
Bilinguismo - LIBRASBilinguismo - LIBRAS
Bilinguismo - LIBRAS
 
A educação no período colonial (1500 1822)
A educação no período colonial (1500 1822)A educação no período colonial (1500 1822)
A educação no período colonial (1500 1822)
 

Plus de Lari Aveiro

AAP para o 1º ano
AAP para o 1º anoAAP para o 1º ano
AAP para o 1º anoLari Aveiro
 
AAP para o 2º ano
AAP para o 2º anoAAP para o 2º ano
AAP para o 2º anoLari Aveiro
 
Aap1 para 7º ano
Aap1 para 7º anoAap1 para 7º ano
Aap1 para 7º anoLari Aveiro
 
Aap 1 para o 8º ano
Aap 1 para o 8º anoAap 1 para o 8º ano
Aap 1 para o 8º anoLari Aveiro
 
Ppt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certoPpt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certoLari Aveiro
 
Apresentação da diretoria
Apresentação da diretoriaApresentação da diretoria
Apresentação da diretoriaLari Aveiro
 
Paletra alfabetização
Paletra alfabetizaçãoPaletra alfabetização
Paletra alfabetizaçãoLari Aveiro
 

Plus de Lari Aveiro (7)

AAP para o 1º ano
AAP para o 1º anoAAP para o 1º ano
AAP para o 1º ano
 
AAP para o 2º ano
AAP para o 2º anoAAP para o 2º ano
AAP para o 2º ano
 
Aap1 para 7º ano
Aap1 para 7º anoAap1 para 7º ano
Aap1 para 7º ano
 
Aap 1 para o 8º ano
Aap 1 para o 8º anoAap 1 para o 8º ano
Aap 1 para o 8º ano
 
Ppt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certoPpt para reunião de polo certo
Ppt para reunião de polo certo
 
Apresentação da diretoria
Apresentação da diretoriaApresentação da diretoria
Apresentação da diretoria
 
Paletra alfabetização
Paletra alfabetizaçãoPaletra alfabetização
Paletra alfabetização
 

Educação e Letramento nos Primórdios do Brasil

  • 1. Letramento nos Primórdios do Brasil Homens, mulheres e crianças numa sociedade em formação Prof.ª Drª Rosemeire França de Assis R. Pereira.
  • 2. JESUÍTAS- Primeiros Educadores • “APAGAR AS DIFERENÇAS É O MESMO QUE NEGAR A ALTERIDADE, A EXISTÊNCIA DO OUTRO.” M.L.S. Hilsdorf
  • 3. Fundamentação Teórica • ANCHIETA, José de. Cartas, Informações e Fragmentos Históricos. • HILSDORF, Lúcia. História da Educação Brasileira – Leituras. • LACOUTURE, Jean. Os Jesuítas – A conquista. • LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. • NÓBREGA, Manuel da. Cartas do Brasil, 1549-1560. • PRIORI, Mary Del. História da Criança no Brasil. • ________, Ao Sul do Corpo. • RIBEIRO, Arilda Inês Miranda. Mulheres educadas na colônia. • RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro.
  • 4. FASE HERÓICA-DIACRONIA Bula Papal Sublimis Deus de 1537- Paulo III • Discurso Universalista • Atitude Medieval, senhorial • Discurso Guerreiro, violento • Atitude ligada ao lucro, moderna.
  • 5. PRÁTICAS CIVILIZATÓRIAS • Contato e convencimento: • Visitas às aldeias; • Moradia nas aldeias. • Aldeamentos para adultos – ofícios; • Recolhimentos para crianças – aprendizado oral da Língua Portuguesa.
  • 6. CONSOLIDAÇÃO • Educação dos meninos brancos; • Redízima; • Colégios da Bahia, Rio de Janeiro e Olinda; • Ensino das Humanidades definido pela Ratio Studiorum de 1599; • Padrões Humanísticos Tridentinos; • Retórica, Filosofia, Teologia e Gramática(Latim).
  • 8. O COMEÇO DE TUDO • os jesuítas desenvolveram a estratégia de sua catequese alicerçada na educação dos pequenos indígenas, e trouxeram crianças órfãs de Portugal para atuarem como mediadoras nessa relação;
  • 9. OS COLÉGIOS • Os colégios dos jesuítas, nos primeiros dois séculos, foram os grandes focos de irradiação de cultura no Brasil colonial. • Inovado com a Ratio Studiorum, o programa educacional jesuítico estabeleceu as classes separadas por idade e a introdução da disciplina. (KUHLMANN JR.,1998, p. 22).
  • 10. CRIANÇAS MESTIÇAS • Os brasilíndios ou mamelucos paulistas foram vítimas de duas rejeições drásticas: a dos pais, com quem queriam identificar-se, mas que os viam como impuros filhos da terra, aproveitavam seu trabalho enquanto meninos e rapazes e, depois, os integravam às suas bandeiras. A segunda rejeição era a do gentio materno, pois pela concepção tupi, quem nasce é filho do pai. A mulher é apenas um saco onde o macho deposita sua semente. • Darcy Ribeiro – O Povo Brasileiro, pp.108/109.
  • 11. Heterogeneidade • Foi uma heterogênea população infantil a que se reuniu nos colégios dos padres, nos séculos XVI e XVII: filhos de caboclos arrancados aos pais; filhos de normandos encontrados nos matos; filhos de portugueses, mamelucos; meninos órfãos vindos de Lisboa. Meninos louros, sardentos, pardos, morenos, cor de canela. (FREYRE, 2003, p. 501).
  • 12. Meninos Órfãos • Todo esse tempo que aqui temos estado nos hão mandado de Portugal alguns meninos órfãos, os quais havemos tido e temos conosco sustentado- os com muito trabalho e dificuldade. Anchieta - Carta de Piratininga de 1554
  • 13. MULHERES • As mulheres (índias) andam nuas e não sabem se negar a ninguém, mas até elas mesmas importunam os homens, jogando-se com eles nas redes, porque tem por honra dormir com os Cristãos. • Anchieta – Carta de Piratininga de 1554.
  • 14. Mulheres índias • BARTIRA – FILHA DE TIBIRIÇÁ – CONCUBINA DE JOÃO RAMALHO, MÃE DE UMA PENCA DE MAMELUCOS.
  • 15. MULHERES BRANCAS • No século XVI, na própria metrópole não havia escolas para meninas. Educava-se em casa. As portuguesas eram, na sua maioria, analfabetas. Mesmo as mulheres que viviam na Corte possuíam pouca leitura, destinada apenas ao livro de rezas. Por que então oferecer educação para mulheres ‘selvagens’, em uma colônia tão distante e que só existia para o lucro português? (Ribeiro, 2000, p.81).
  • 17.
  • 18. HOMENS • “Porque para esse gênero de gente não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro” Carta de Piratininga de 1556 Padre José de Anchieta
  • 19. HOMENS • “Se inçou a terra de mamelucos, que nasceram, viveram e morreram como gentios; dos quais hoje há muitos descendentes, que são louros, alvos e sardos, e havidos por tupinambás”. • Gabriel Soares de Souza
  • 20. Bastardia • E quando o baptizado não for havido de legitimo matrimonio, tambem se declarará no mesmo assento do livro o nome de seus pais, se for cousa notoria, e sabida, e não houver escandalo; porém havendo escandalo em se declarar o nome do pai, só se declarará o nome da mãi, se também não houver escandalo, nem perigo de o haver. E havendo algum engeitado, que se haja de baptizar, a que se não saiba pai, ou mãi, tambem se fará no assento a dita declaração, e do lugar, e dia, e por quem foi achado. CONSTITUIÇÕES PRIMEIRAS DO ARCEBISPADO DA BAHIA, Livro I. Título XX, § 73.
  • 21. 1492 – A CONQUISTA DO PARAÍSO