O documento discute como o desenho se expandiu para além de suas formas tradicionais com a introdução de novas técnicas no século 20, como colagem e assemblage. Também explora como a era da reprodutibilidade técnica e a arte digital transformaram a própria noção de obra de arte e seu processo de criação.
2. [A experiência como desenho]
Desenhar é olhar, analisar a estrutura das
aparências. Um desenho de uma árvore mostra,
não uma árvore, mas uma árvore-sendo-olhada.
(Berger, 1976, p.150)
Desenhar é um processo de auto conhecimento,
uma forma de confissão autográfica, grafológica
e conceitual (Gimmeler, 2009)
3. [A experiência como desenho]
O desenho adquire status de obra quando se
percebe o pensamento e a personalidade de
determinado autor através do seu traço
particular (Gimmeler, 2009, p. 33)
O desenho apresenta-se como um gesto
grafológico (...) quando coloca para o espectador
a carga de significações (...) na possibilidade de
ser inacabado e livre, apenas indica
possibilidades de interpretação.
(Gimmeler, 2009, p.34)
9. [Expansão dos limites do desenho]
O desenho se torna mais experimental,
como um meio propício às investigações de
novas técnicas e linguagens tornando-o
híbrido, onde as técnicas se fundem e se
tornam múltiplas e plurais.
11. [Expansão dos limites do desenho]
Francis Picabia. O olho cacodilata,1921 - Colagem.
12. [Expansão dos limites do desenho]
René Magritte. Ceci n’est pas une pipe,1929 - Pintura.
13. [Duchamp: Ready-made]
O termo é criado por Marcel Duchamp (1887 -
1968) para designar um tipo de objeto, por ele
inventado, que consiste em um ou mais artigos
de uso cotidiano, produzidos em massa,
selecionados sem critérios estéticos e expostos
como obras de arte em espaços especializados
(museus e galerias).
14. [Duchamp: Ready-made]
A partir de 1913, Marcel Duchamp vai inserir na
arte objetos originalmente não produzidos para
esta finalidade, levantando questões à respeito
da identidade da própria arte, pois não havia
precedentes de tais objetos serem considerados
como arte.
A arte de Duchamp não deve ser legitimada pela
sua essencialidade, mas pelo seu contexto.
O a arte tradicional começa a ser vista como
uma arte somente para ser vista, com um olhar
“inocente” e somente em um nível de
introspecção.
19. [Era da reprodutibilidade técnica]
Walter Benjmim afirma em sua obra que:
Em sua essência, a obra de arte sempre foi
reprodutível. O que os homens faziam sempre
podia ser imitado por outros homens. Essa
imitação era praticada por discípulos, em seus
exercícios, pelos mestres, para a difusão das
obras, e finalmente por terceiros, meramente
interessados no lucro.
20. [Era da reprodutibilidade técnica]
A litografia e a imprensa foram o início da era da
reprodutibilidade técnica.
FOTOGRAFIA:
Pela primeira vez no processo de reprodução da
imagem, a mão foi liberada das
responsabilidades artísticas mais importantes,
que agora cabiam unicamente ao olho.
21. [Era da reprodutibilidade técnica]
MUDANÇAS NO PENSAMENTO
Autenticidade: transformações que se observa
em uma obra de arte com o passar do tempo,
como alterações de sua estrutura física, cor,
forma, ruinas, etc
Destruição da aura: A figura singular,
composta de elementos espaciais e temporais: a
aparição única de uma coisa distante por mais
perto que ela esteja.
A unicidade da obra de arte é idêntica à sua
inserção no contexto da tradição.
22. [Era da reprodutibilidade técnica]
MUDANÇAS NO PENSAMENTO
Valor de culto e valor de exposição
Valor de eternidade
A obra de arte reproduzida é cada vez mais a
reprodução de uma obra de arte criada para ser
reproduzida. A chapa fotográfica, por exemplo,
permite uma grande variedade de cópias; a
questão da autenticidade das cópias não tem
nenhum sentido.
25. [Arte na Era Digital]
As artes visuais vem se transformando e
desenvolvendo novas linguagens e possibilidades
com a dissolução das barreiras pintura-escultura-
desenho-meios de reprodução técnica-objetos do
cotidiano.
A arte contemporânea se insere em um campo
expandido e se potencializa com o uso dos meios
tecnológicos.
A arte tecnológica caracteristicamente pos-
moderna é alegórica e metafórica, fragmentada,
plural, complexa, apropriada, subvertida e
conceitual.
26. [Arte na Era Digital]
Imagens são subvertidas, apropriadas
e transformadas em algo novo.
É imperfeita, incompleta e imprecisa.
(Gimmeler, 2009, p. 47)
41. [Computador como ferramenta]
Intelecto e intuição (Luiciana Silveira,UTFPR)
A arte que utiliza das ferramentas tecnológicas
exigi do artista um processo maior de interação
e intervenção.
O artista deve usas a ferramenta de forma a ir
além do simples usuário, o usuário usa daquilo
que a máquina sugere senda apenas uma
demonstração de suas aplicações, o artista
subverte e reinventa as ferramentas.
42. [Computador como ferramenta]
O artista da era digital trabalha em
cooperação com a máquina.
O pesquisador Couchot denomina o
computador de máquina genérica: uma
máquina com infinitas maneiras de ser
programada, sendo assim o computador pode
ser utilizado como ferramenta e como
linguagem.