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Como Criar
Unidades de Conservação
  Guia Prático para Pernambuco
Marcelo Sobral Leite
                Sabine Geiseler
         Severino Rodrigo Ribeiro Pinto




      Como Criar
Unidades de Conservação
  Guia Prático para Pernambuco




                 Recife, 2011
Ficha Técnica do Projeto
Realização: Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN)
Parceria técnico-financeira: Subprograma Projetos Demonstrativos / Ministério do Meio Ambiente (PDA/
MMA)
Coordenador Geral: Felipe Pimentel Lopes de Melo
Coordenadora Técnica: Maria das Dores de V. C. Melo (AMANE)
Coordenadora Administrativo-Financeira: Cristiane Lucena
Secretária Executiva: Sabine Geiseler
Estagiária: Diana Nobre                                                                                Sumário
Equipe de Sistematização:
Sistematização e Organização do livro: Sabine Geiseler e Severino Rodrigo Ribeiro Pinto
Autores: Marcelo Sobral Leite, Sabine Geiseler e Severino Rodrigo Ribeiro Pinto                        Agradecimentos                                                         7
Fotos da Capa: Haroldo Palo Júnior e Adriano Gambarini (www.gambarini.com.br)
Projeto Gráfico e Capa: Isabela Freire                                                                 Lista de siglas e abreviaturas                                         9
Impressão: JLV Gráfica e Editora
                                                                                                       Apresentação                                                          11
Parceiros
Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane)                                       Prefácio                                                              13
Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil)
Monsanto                                                                                               Introdução                                                            15
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco (SEMAS Pernambuco)
Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH)                                                               1. Fatos sobre a necessidade de conservação da natureza               15
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)                                                              2. Breve histórico atual sobre o surgimento da legislação ambiental   16
                                                                                                       3. Destacando a necessidade de conservação do Centro de Endemismo
                                                                                                       Pernambuco                                                            16
                                                                                                       Dúvidas frequentes sobre UCs                                          19
     L533c      Leite, Marcelo Sobral, 1978-
                   Como criar unidades de conservação : guia prático para Pernambuco /                 1. O que são UCs?                                                     19
                Marcelo Sobral Leite, Sabine Geiseler, Severino Rodrigo Ribeiro
                Pinto. – Recife : Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, 2011.                    2. Para que servem as UCs?                                            19
                   64p.

                   Inclui referências.                                                                 3. Como podem ser criadas as UCs?                                     19
                   Inclui anexos.
                   Inclui apêndice.                                                                    4. Que tipos de áreas naturais podem ser UCs?                         20
                   1. RECURSOS NATURAIS – PERNAMBUCO – CONSERVAÇÃO. 2.                                 5. Como identificar se em uma área pode ser criada uma UC?            20
               ÁREAS DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS – PERNAM-
               BUCO – ADMINISTRAÇÃO. 3. MATA ATLÂNTICA – PERNAMBUCO
                – PROTEÇÃO. 4. ECOSSISTEMAS. 5. BIODIVERSIDADE. 6. MEIO                                6. Quais as vantagens de se criar UCs?                                21
               AMBIENTE – PERNAMBUCO. I. Geiseler, Sabine, 1984-. II. Pinto, Seve-
               rino Rodrigo Ribeiro, 1981-. III. Título.                                               7. Quais são os tipos de UCs que existem?                             23
                                                                      CDU 553.3/.9
                                                                      CDD 333.72                       Passo a passo para a criação de UCs públicas                          27
     PeR – BPE 11-0299

     ISBN: 978-85-64352-01-8                                                                           Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN                    31
                                                                                                       Glossário                                                             34
                                                                                                       Outras fontes de informações                                          38
                                                                                                       Referências bibliográficas                                            41
Apêndices   47
Anexos      56




                          AgrAdecimentoS

                 Somos gratos ao Subprograma Projetos Demonstrativos do Ministé-
                 rio do Meio Ambiente (PDA/MMA) pelo apoio financeiro ao projeto
                 ‘Apoio a Criação de Unidades de Conservação da Mata Atlântica de Per-
                 nambuco’.
                     A toda a equipe do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste
                 (CEPAN) pelo constante apoio às atividades desenvolvidas pelo
                 projeto.
                     À Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), à Secretaria de
                 Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco (SEMAS
                 - PE), ao Complexo Industrial Portuário de Suape e à Rede de Gestores
                 de Unidades de Conservação de Pernambuco, pelas contribuições
                 prestadas para este Guia.
                    À Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste
                 (AMANE), à Conservação Internacional do Brasil (CI - Brasil) e à
                 Monsanto pelo apoio e parceria no desenvolvimento deste projeto.
                     Agradecemos também à Universidade Federal de Pernambuco,
                 aos consultores e aos proprietários de terra das áreas envolvidas pelo
                 projeto.
                     E a todos aqueles que ajudaram de alguma forma na elaboração
                 desse Guia Prático.




                                                                                          7
LiStA de SigLAS e AbreviAturAS


AMANE – Associação para a Proteção da Mata Atlântica do
Nordeste
APA – Área de Proteção Ambiental
APP – Área de Proteção Permanente
CBNE – Corredor de Biodiversidade do Nordeste
CDB – Convenção sobre Diversidade Biológica
CEP – Centro de Endemismo Pernambuco
CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste
CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente
DIRMAN – Diretoria do Meio Ambiente da Prefeitura de Recife
ESEC – Estação Ecológica
FLOE – Floresta Estadual
FNMA – Fundo Nacional do Meio Ambiente
FURB – Reserva de Floresta Urbana
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano
ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
MMA – Ministério do Meio Ambiente

                                                               9
MN – Monumento Natural
     ONG – Organização Não Governamental
     PDA – Subprograma Projeto Demonstrativos
     PE – Parque Estadual
                                                                               ApreSentAção
     PM – Plano de Manejo
     RBMA – Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
                                                                      Diante da crise ambiental em que vivemos, fica clara que a necessi-
     RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável                     dade de conservar os recursos naturais (ex. água, minerais, madeira,
     REBIO – Reserva Biológica                                        combustíveis e organismos vivos) é uma tarefa que precisa da co-
                                                                      laboração de todos os setores da sociedade. A extinção em massa da
     REF – Reserva Estadual de Fauna
                                                                      nossa flora e fauna, as alterações das nascentes e rios pelo desmata-
     RESEX – Reserva Extrativista                                     mento e a perda de produtividade agrícola por falta de animais po-
     RL – Reserva Legal                                               linizadores, entre outros efeitos negativos dessa crise, podem e
                                                                      devem ser amenizados pelo envolvimento daqueles que serão dire-
     RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural
                                                                      tamente afetados: todos nós. A partir de inúmeras discussões e
     RVS – Refúgio de Vida Silvestre                                  fóruns globais, o conceito atual de conservação da biodiversidade
     SEMAS PE – Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do     assumiu abrangência e importância inegáveis, tendo seu reconheci-
     Estado de Pernambuco                                             mento formalizado pela Convenção sobre Diversidade Biológica.
                                                                      Entre as estratégias para proteção e conservação da biodiversidade e
     SEUC PE – Sistema Estadual de Unidades de Conservação da         demais recursos naturais in situ, ficou evidente que a criação de
     Natureza de Pernambuco                                           Unidades de Conservação está entre as medidas mais efetivas e
     SIG – Sistema de informação geográfica                           sustentáveis, garantindo a continuidade de existência destes recursos
                                                                      para a presente e as futuras gerações. Nesse sentido, esse Guia Práti-
     SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente
                                                                      co visa fornecer informações básicas, através de uma linguagem de
     SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza   fácil entendimento, sobre a criação de Unidades de Conservação
     UC – Unidade de Conservação                                      para pessoas físicas, proprietários rurais, associações de moradores,
                                                                      cooperativas extrativistas, ONGs, governos ou empresas preocupadas
                                                                      com a defesa e preservação ambiental em âmbito local e regional. Em
                                                                      seu conteúdo os interessados encontrarão justificativas sobre as ne-
                                                                      cessidades atuais de conservação da natureza, os passos necessários
                                                                      para a criação de Áreas Protegidas, assim como definições, caminhos
                                                                      e fontes de informação pertinentes.

10                                                                                                                                             11
prefácio

O projeto ‘Apoio à Criação de Unidades de Conservação na Floresta
Atlântica de Pernambuco’, elaborado pelo CEPAN e parceiros, foi
aprovado pelo Subprograma Projetos Demonstrativo (PDA), em 2007,
com o objetivo de ampliar a representatividade do bioma Mata Atlân-
tica, identificando também alternativas para a melhoria da qualidade
de vida das populações locais.
    No Estado de Pernambuco, a Mata Atlântica chegou a cobrir 18%
do território, fazendo parte de uma área contínua que se estendia
desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Atualmente, os
remanescentes florestais estão reduzidos a pequenos fragmentos iso-
lados na paisagem, proporcionando uma grande ameaça de extinção
de espécies.
    O esforço de reverter o quadro de destruição da Mata Atlântica,
bem como os seus ecossistemas associados, vem se dando por meio da
estratégia de criar e implementar áreas protegidas, prioritariamente
as Unidades de Conservação. Em 2009, foi publicada a Lei nº 13.787,
que institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da
Natureza – SEUC, no âmbito do Estado de Pernambuco, e com ela
inaugura um novo momento de retomada no processo de gestão das
áreas protegidas. O SEUC PE traz inovações, como a inclusão do tema
de espécies exóticas invasoras, pela primeira vez no Brasil; institui o
Cadastro Estadual de Unidades de Conservação; cria o Programa de
Conservação da Biodiversidade de Pernambuco, instrumentos de
gestão participativa e continuada; e cria a categoria Reserva de Flo-
resta Urbana, no grupo de uso sustentável.

                                                                          13
Pernambuco conta hoje com 72 Unidades de Conservação inseri-
     das no Domínio da Mata Atlântica, sendo 36 na categoria de Proteção
     Integral e 36 na categoria de uso sustentável. Dentre as categorias de
     uso sustentável estão 12 Reservas Particulares do Patrimônio Natural
     - RPPN, que representa significativa proteção, com usos semelhantes
     aos da categoria de proteção integral, e 17 Áreas de Proteção Ambien-                   introdução
     tal - APAs, que incluem no seu perímetro até cidades, estradas e sítios
     industriais. Apesar do número de Unidades ser expressivo, a área efe-
     tivamente protegida é reduzida considerando o tamanho dos fragmen-
                                                                                             1. Fatos sobre a necessidade de conservação da natureza
     tos nela inserido.
           Há muitas áreas importantes de Mata Atlântica que ainda não                       A                          se resume apenas em evitar a
                                                                                                 conservAção dA nAturezA não

     possuem proteção efetiva, como a Mata do Estado, em São Vicente            extinção de plantas e animais de uma região, também está intima-
     Ferrer; Engenho Água Azul, em Timbaúba; e Fazenda Soberana, em             mente associada à manutenção de processos ecológicos e serviços
     São Benedito do Sul.                                                       ambientais essenciais a toda humanidade14,17,23. Dentre estes benefí-
           Sabe-se que, criar UCs não significa, obrigatoriamente, proteger a   cios estão: ar puro, água limpa, solo fértil, melhoramento genético e
     biodiversidade, embora seja o primeiro e importante passo para o re-       polinização de culturas agrícolas e inúmeros organismos vivos (bac-
     conhecimento público da importância da área por meio de um instru-         térias, fungos, algas, plantas e animais) dos quais nós dependemos
     mento legal. A partir de então, se seguem os passos voltados à sua         para alimentação, vestuário, combustível, medicamentos e abri-
     implementação, como a formação do seu conselho gestor, a elaboração        go10,14,17,29,23. Consequentemente, as perdas destes organismos e de
     e a implementação de plano de manejo.                                      suas comunidades naturais causam a diminuição dos produtos ofe-
           Ainda há muito que fazer pela Mata Atlântica do Estado de Per-       recidos e serviços ambientais prestados por eles, afetando direta-
     nambuco e essa publicação vem contribuir com informações objetivas         mente a qualidade de vida e a sobrevivência também das pessoas14.
     que buscam subsidiar àqueles que queiram criar Unidades de Conser-             Atualmente, a maneira mais eficaz de se preservar a biodiver-
     vação.                                                                     sidade como um todo (organismos vivos individualmente, sua va-
                                                                                riabilidade genética e suas populações) é através da conservação das
                                            Maria das Dores de V. C. Melo       comunidades naturais intactas ou pouco alteradas2,29,33. Apesar de
                                            Diretora Executiva da AMANE         todos os avanços da ciência dos dias de hoje, só temos conhecimento
                                                                                para manter em cativeiro uma proporção mínima das espécies do
                                                                                mundo, o que torna a conservação na natureza o único meio de
                                                                                sobrevivência para a maioria delas23,29. As Áreas Protegidas ou Uni-
                                                                                dades de Conservação (UCs) são hoje adotadas pelos países como
                                                                                garantia de acesso, para as atuais e futuras gerações, aos recursos
                                                                                naturais, visto que são ferramentas estratégicas e fundamentais na

14                                                                              Introdução                                                              15
proteção da natureza2,29,31,33. Destaca-se que além dos recursos acima             para a conservação da biodiversidade20. Calcula-se que seus remanes-
     citados, a preservação de áreas naturais também protege sítios de                  centes abriguem 20.000 espécies de plantas vasculares, 280 de anfí-
     riqueza geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica,               bios, 200 de répteis, 620 de aves e 261 de mamíferos, sendo que,
     histórica, cultural e comunidades tradicionais e indígenas29,36.                   deste total, 40% (8.567 spp.) são endêmicas24. Tamanha riqueza
                                                                                        biológica distribui-se em centros de endemismo ou unidades bio-
     2. Breve histórico atual sobre o surgimento da legislação ambiental                geográficas37, nas quais são encontradas espécies exclusivas de cada
                                                                                        uma dessas regiões27,28,37.
     A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) ocorreu durante a                         Dentre estas unidades biogeográficas, destaca-se o Centro de
     Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-                    Endemismo Pernambuco (CEP), setor da Floresta Atlântica loca-
     mento, Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, no período de 5 a 14 de                lizado ao norte do rio São Francisco, compreendendo os estados de
     junho de 199229,33. Assinada por 168 países e ratificada por 188, a CDB            Alagoas ao Rio Grande do Norte15,37. Estas matas cobriam original-
     da Eco-92, foi um marco para a conservação mundial, pois a partir                  mente 56.938 km2 ou 5,6 milhões de hectares, distribuídos em cinco
     dela o tema meio ambiente passou a ser reconhecido formalmente e                   tipos vegetacionais: Áreas de Tensão Ecológica (43,8%), Floresta Es-
     incluído nas agendas de administração pública de todo o mundo2,29.                 tacional Semidecidual (22,9%), Floresta Ombrófila Aberta (20,5%),
     Em virtude dessa nova visão sobre a necessidade urgente de se conser-              Floresta Ombrófila Densa (7,9%), sendo 6,1% constituído por For-
     var a natureza para a sobrevivência e qualidade de vida das pessoas, a             mações Pioneiras15. No entanto, apesar de abrigar rica fitofisionomia,
     maioria das nações adotou planos em prol da causa ambiental29,33. Den-             espécies endêmicas, 2/3 de toda avifauna32 e 8% das plantas lenhosas
     tre as estratégias de conservação da natureza apontadas na Rio-92, se              da Floresta Atlântica, menos de 3% da cobertura original dessa região
     destacam a criação, implantação e gestão de UCs privadas e públicas2,22.           está protegida por UCs38. Somados a estes fatos, as UCs deste setor
          No Brasil, a CDB foi validada pelo Congresso Nacional através da              florestal são poucas, pequenas ou não estão devidamente implanta-
     criação do Decreto Legislativo nº 2, de 3 de fevereiro de 19942,29. Em             das30,38.
     18 de julho de 2000, o Ministério do Meio Ambiente a partir da Lei                      Para se ter idéia do valor e nível de ameaça sofrido por estas flo-
     Federal nº 9.985/00 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Con-               restas, após o mapeamento das 147 Áreas Prioritárias para Conserva-
     servação da Natureza (SNUC), que estabeleceu critérios e normas para               ção na Floresta Atlântica Brasileira, 79 foram consideradas de extrema
     a criação, implantação e gestão de UCs no Brasil22,33. Para Pernambuco,            importância biológica, estando 48% destas últimas localizadas na
     a lei nº 13.787 de 08 de junho de 2009 instituiu o Sistema Estadual de             região Nordeste21. Deste contingente, o CEP abriga 22 sítios priori-
     Unidades de Conservação (SEUC), surgindo como demanda pública                      tários para a conservação biológica e estudos científicos, sendo 16
     urgente em decorrência do avançado panorama de destruição da na-                   categorizados como extremamente importantes3,21.
     tureza em nosso estado9, 36,41.                                                         Com o objetivo de aumentar o número de áreas de preservação
                                                                                        nessa região, foi iniciado um plano integrado de ações conservacio-
     3. Destacando a necessidade de conservação do Centro de Endemismo
                                                                                        nistas chamado Corredor de Biodiversidade do Nordeste (CBNE). O
     Pernambuco
                                                                                        CBNE inclui projetos de proteção da diversidade biológica que vão
     A Floresta Atlântica Brasileira é uma das 34 prioridades mundiais                  desde o apoio a pesquisa científica, até atividades de educação am-

16                                                                         Introdução   Introdução                                                                 17
biental e estratégias de repartição de benefícios para comunidades
     rurais, de forma a mitigar pressões sobre as matas do CEP. O CBNE
     está ligado a um dos principais desafios da biologia da conservação:
     propor formas de evitar a extinção em massa e, consequentemente, o
     empobrecimento das biotas tropicais em larga escala7.
          No caso particular de habitats hiper-fragmentados, estudos re-
                                                                                           dúvidAS frequenteS Sobre ucS
     centes advogam pela criação de redes de paisagens sustentáveis, tendo
     como elementos estruturais centrais as UCs e seu entorno19,34,40. Tais
     paisagens, conectadas por corredores ecológicos, proporcionam a                       1. O que são UCs?
     manutenção de populações e processos ecológicos em diferentes es-
                                                                                        do ponto de vistA jurídico, UCs são áreas do território nacional,
     calas, reduzindo a probabilidade de extinção e revertendo a drástica
     situação de isolamento dos fragmentos florestais11.                       incluindo nossas águas, com características naturais de relevante
                                                                               valor, de domínio público ou privado, legalmente instituídas pelo
          Logo, iniciativas como o CBNE, que visem ampliar a conservação
                                                                               Poder Público para proteção dos microorganismos, flora, fauna,
     pelo aumento no número e conectância de UCs em uma das florestas
                                                                               mananciais, solo, clima, paisagens e processos ecológicos in situ2,22,36.
     tropicais úmidas mais ameaçadas, são imperativas e devem ser perpe-
                                                                               Como zonas especiais que são, as UCs têm limites bem definidos e
     tuadas.
                                                                               estão sob regimes específicos de administração, aos quais se aplicam
                                                                               garantias adequadas de proteção legal2,22,31.

                                                                               2. Para que servem as UCs?

                                                                               Proteger da destruição ambientes naturais como florestas, rios, zonas
                                                                               úmidas e recifes de coral que provêm serviços ambientais, processos
                                                                               ecológicos e valores étnicos e culturais essenciais à qualidade de vida
                                                                               e à sobrevivência das pessoas14,17,22,23. Vale lembrar que, atualmente,
                                                                               sem o respaldo legal de proteção e manejo dispensados às UCs, a
                                                                               maioria das áreas naturais não seria poupada da destruição provo-
                                                                               cada pelo avanço do “desenvolvimento moderno”9,22,24,29.

                                                                               3. Como podem ser criadas as UCs?

                                                                               As UCs são criadas apenas por ato do Poder Público, seja no âmbito
                                                                               dos governos federal, estaduais ou municipais, podendo ser públicas
                                                                               ou privadas. No caso de Pernambuco, os órgãos responsáveis pela

18                                                                Introdução   Dúvidas frequentes sobre UCs                                                 19
criação de UCs são a CPRH e SEMAS – PE e em âmbito federal, o                                                   comunidade local ou por pessoas de fora;
     ICMBio.                                                                                                         •  Utilização para extração de plantas medicinais e matéria
          A reivindicação ou a demanda pela transformação de uma deter-                                              prima para artesanato;
     minada área em UC pode vir de pessoas físicas, proprietários rurais,                                            •  Importância histórica e/ou cultural para a comunidade local
     associações de moradores, cooperativas extrativistas, ONGs e em-                                                ou regional (ex. presença de pinturas rupestres, sítios arqueológi-
     presas. No caso das RPPNs, uma categoria de UC privada, a criação                                               cos ou religiosos);
     é feita por iniciativa do proprietário31,36.                                                                    •  Abundânciab de flora e fauna nativa e/ou espécies raras destes
                                                                                                                     grupos, ou seja, que, atualmente, não são mais vistas com frequên-
     4. Que tipos de áreas naturais podem ser UCs?                                                                   cia na região.

     Áreas naturais em qualquer ecossistema (ex. florestas, rios, ambien-
                                                                                                               6. Quais as vantagens de se criar UCs?
     tes recifais, restingas e manguezais) e em todos os biomas (ex.
     Caatinga e Mata Atlântica) de Pernambuco. A área a ser proposta                                               Como são inúmeras as vantagens trazidas para as pessoas ao
     como UC deve possuir valor para a proteção da natureza, manutenção                                        tornar UCs, áreas naturais conservadas ou pouco alteradas, pontua-
     dos serviços ambientais, aspectos paisagísticos singulares ou caracte-                                    mos as mais facilmente reconhecidas:
     rísticas ambientais que justifiquem a recuperação de localidades de-
     gradadas para fins de conservação22, 36.                                                                        •  As UCs de florestas, como qualquer área com cobertura ve-
                                                                                                                     getal presente, diminuem a poluição do ar, retiram o carbono da
     5. Como identificar se em uma área pode ser criada uma UC?                                                      atmosfera (principal gás responsável pelo aquecimento global) e
                                                                                                                     tornam o clima mais ameno1,6,29;
           •  Qualquer área natural, pública ou privada, com as caracte-                                             •  A beleza cênica das paisagens naturais como florestas, rios,
           rísticas relacionadas abaixoa, tem grande potencial para se tornar                                        lagos, cavernas, cachoeiras, manguezais e ambientes recifais via-
           uma UC:                                                                                                   biliza atividades de ecoturismo e visitação com objetivos educa-
           •  Cobertura vegetal conservada (que há muito tempo ninguém                                               cionais e/ou recreativos, possibilitando renda para as pessoas em
           corta árvores ou tira lenha);                                                                             áreas conservadas1,31;
           •  Presença de mananciais (ex. nascentes, córregos, riachos, rios,                                        •  O sucesso de UCs em ambientes marinhos (ex. ambientes
           cachoeiras, lagos e açudes);                                                                              recifais, arquipélagos e naufrágios) é mostrado pela abundância
                                                                                                                     de peixes e crustáceos que passam a ocorrer nas regiões adjacen-
           •  Uso para passeios em trilhas, banhos de rio e piqueniques pela
     a A prioridade para criação de UCs será dada às áreas apontadas pelo Ministério do Meio Ambiente          b É necessária a realização de inventários rápidos da flora e fauna na área em que se pretende criar
     em estudos, como o de “Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para a conservação, uti-   a UC. Tais levantamentos biológicos podem ser feitos por intermédio de ONGs (como o CEPAN), que
     lização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros”21, disponível   contratam consultores ou especialistas autorizados. Entre os grupos biológicos mais importantes que
     em www.mma.gov.br. Para Pernambuco, informações adicionais sobre as áreas prioritárias no estado          podem ser inventariados, estão: plantas, insetos, peixes, sapos, rãs e pererecas (anfíbios), aves e ma-
     podem ser encontradas no Atlas da Biodiversidade de Pernambuco (2002).                                    míferos13,18,26,29.


20                                                                          Dúvidas frequentes sobre UCs       Dúvidas frequentes sobre UCs                                                                              21
tes ao limite da UC8,29. A fartura destas espécies comerciais nos                •  Prioridade de análise nos projetos encaminhados para o
         trechos próximos das UCs marinhas beneficia diretamente as                       FNMAc, através de organizações da sociedade civil, fundações ou
         comunidades tradicionais de pescadores e a indústria pesqueira                   outros órgãos públicos, para financiar a manutenção da reserva;
         dessas regiões8,29,39;                                                           •  Apoio dos órgãos de meio ambiente, assim como das enti-
         •  As UCs em áreas florestais protegem e mantêm os aquíferos                     dades ambientalistas, no planejamento do uso, manutenção e
         e nascentes que alimentam a massa d’água dos rios utilizados na                  proteção da reserva.
         irrigação de culturas agrícolas, dessedentação de animais de
         criação e abastecimento das cidades1,6;
                                                                                     7. Quais são os tipos de UCs que existem?
         •  As áreas de mata nativa também desempenham papel funda-
                                                                                          As UCs se dividem em dois grupos: as de Proteção Integral e
         mental para a sobrevivência e manutenção das populações de
                                                                                     as de Uso Sustentável que podem ser criadas em áreas públicas ou
         animais polinizadores (ex. besouros, vespas, abelhas, borboletas,
                                                                                     privadas de acordo com a categoria (ver Apêndice A). No caso da
         beija-flores e morcegos) responsáveis pela reprodução de nossas
                                                                                     criação de um Parque Nacional (UC pública) incluir nos seus limites
         culturas agrícolas12,16. Sem o serviço ambiental prestado por estes
                                                                                     territoriais terras privadas, estas serão desapropriadas de acordo com
         animais a nós, a produtividade de importantes culturas como
                                                                                     o que dispõe a lei, sendo pago o valor de mercado pelas terras e ben-
         laranja, maracujá, manga, acerola, pitanga, mangaba, umbu,
                                                                                     feitorias36.
         graviola, seria baixíssima ou mesmo economicamente inviá-
         vel12,17,16;                                                                     O grupo das UCs de Proteção Integral possui como principal fi-
                                                                                     nalidade a preservação da natureza e a manutenção dos ecossistemas
         •  Aumento da renda municipal devido à contemplação no crité-               livres de alterações causadas por pessoas. Dessa forma, o uso dos
         rio do ICMS Socioambiental, conhecido também como ICMS                      recursos naturais pode ser realizado apenas de forma indireta, ou
         Ecológico1,31.                                                              seja, usos que não envolvam consumo, coleta, dano ou destrui-
                                                                                     ção22,33,42. Atividades com fins educativos, científicos e de turismo
          No caso de propriedades rurais privadas, a área de Reserva Legal
                                                                                     ecológico são permitidas, devendo ser, este último, operado apenas
     pode ser transformada em UC sem maiores problemas, bastando
                                                                                     sob regime especial de controle de impactos ambientais5,22,42.
     apenas a iniciativa do proprietário em fazê-lo. Para o proprietário
     interessado em criar uma RPPN, vale lembrar a existência de bene-                   Seguem os tipos de UCs de Proteção Integral instituídos pelo
     fícios e incentivos relacionados ao esforço de proteção dessas áreas            SEUC PE, com breve descrição das características mais relevantes
     representativas dos ecossistemas regionais e nacionais:                         para cada tipo (ver Apêndices B e C):
                                                                                         •  Reserva Biológica – Área em bom estado de conservação, rica
         •  Direito de propriedade reservado;
                                                                                         em diversidade biológica, com ocorrência de espécies endêmicas,
         •  Isenção do imposto ITR referente à área criada como RPPN;                    raras ou ameaçadas de extinção e com potencial para realização
         •  Preferência na análise do pedido de concessão de crédito agrí-
                                                                                     c Os recursos do FNMA podem ser captados por intermédio de ONGs, fundações ou órgãos públi-
         cola, pelas instituições oficiais de crédito;                               cos, com o objetivo de custear projetos que beneficiem a conservação e preservação na RPPN31.


22                                                    Dúvidas frequentes sobre UCs   Dúvidas frequentes sobre UCs                                                                    23
de pesquisas científicas22,25,33,36.                                               •  Área de Relevante Interesse Ecológico – Área de pequena ex-
         •  Parque Estadual - Área em bom estado de conservação ou                          tensão, em bom estado de conservação, com pouca ou nenhuma
         rica em biodiversidade, com beleza cênica e com vários atrativos                   ocupação de pessoas, com características naturais relevantes ou
         naturais para o ecoturismo22,25,33,36.                                             que seja refúgio da flora e fauna regional, sem necessidade de
                                                                                            desapropriação22,25,33,36.
         •  Estação Ecológica - Área em bom estado de conservação, rica
         em diversidade biológica, incluindo espécies endêmicas, raras ou                   •  Floresta Estadual – Área que apresenta um bom estado de
         ameaçadas de extinção e com potencial para realização de pes-                      conservação, com ocorrência de espécies madeireiras de valor
         quisas científicas22,25,33,36.                                                     comercial22,25,33,36 (ex. Ipê, Sucupira, Mogno, Maçaranduba e Pau
                                                                                            d’arco).
         •  Monumento Natural - Área pequena, em bom ou médio es-
         tado de conservação com, no mínimo, um atrativo relevante e                        •  Reserva Estadual de Fauna – Área natural, em bom estado de
         com beleza cênica22,25,33,36 (ex. presenças de lajedos, pedras, trecho             conservação, com ocorrência de populações da fauna nativa, ter-
         extenso de rio e formação recifal singular).                                       restre ou aquática, residentes ou migratórias com potencial para
                                                                                            realização de pesquisas sobre manejo econômico sustentável de
         •  Refúgio da Vida Silvestre - Área em bom estado de conserva-
                                                                                            recursos faunísticos22,25,33,36 (ex. coleta de peixes ornamentais
         ção, rica em diversidade biológica ou com espécies ameaçadas de
                                                                                            para comercialização em aquariofilia).
         extinção que inclua propriedades particulares sem obrigatorie-
         dade de desapropriação22,25,33,36.                                                 •  Reserva de Desenvolvimento Sustentável – Área em bom
                                                                                            estado de conservação, com comunidades tradicionais em seu
         Já nas UCs de Uso Sustentável, o objetivo é compatibilizar a con-
                                                                                            interior e recursos naturais manejados de forma sustentável por
     servação da natureza com o uso sustentável de uma parcela dos re-
                                                                                            estas22,25,33,36.
     cursos naturais, permitindo diferentes tipos e intensidades de inter-
     ferências antrópicas22,33. Neste grupo de UCs, a obtenção de benefícios                •  Reserva de Floresta Urbana – Área remanescente dentro do
     pelas pessoas pode ser feito por consumo direto dos recursos na-                       perímetro urbano com predominância de espécies nativas, for-
     turais, sendo que a coleta e uso comercial destes recursos são per-                    mada por localidades de domínio privado ou público que, apesar
     mitidos se forem obedecidos critérios de extração manejada1,22,33,36.                  das pressões de entorno, ainda possui atributos ambientais im-
                                                                                            portantes22,25,33,36 (ex. área verde dentro da cidade que funciona
         Seguem as categorias de UCs de Uso Sustentável instituídos pelo
                                                                                            como amenizadora da poluição do ar e captadora de carbono).
     SEUC PE, com breve descrição das características mais relevantes
     para cada tipo (ver Apêndices D e E):                                                  •  Reserva Extrativista – Área em bom estado de conservação,
                                                                                            com comunidades tradicionais em seu interior e recursos na-
         •  Área de Proteção Ambiental – Área extensa, em bom estado
                                                                                            turais manejados de forma sustentável por estas22,25,33,36.
         de conservação, com certo grau de ocupação humana, na qual é
         preciso disciplinar o processo de ocupação de pessoas já residen-                  •  Reserva Particular do Patrimônio Natural – Área privada, na
         tes no local22,25,33,36.                                                           qual o proprietário institui o gravame de conservar a biodiver-
                                                                                            sidade e demais recursos naturais nela existentes, com vantagens

24                                                      Dúvidas frequentes sobre UCs   Dúvidas frequentes sobre UCs                                              25
tributárias e de financiamento pela criação da UC22,25,33,36.
         Todas as UCs, exceto as categorias Área de Proteção Ambiental
     e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma
     zona de amortecimento. O órgão gestor responsável estabelecerá
     normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos                           pAsso A pAsso pArA A criAção de ucs
     neste trecho da UC. Os limites, normas de uso e ocupação da zona
                                                                                                 públicAsd
     de amortecimento poderão ser definidos no ato de criação ou poste-
     riormente, durante a elaboração do plano de manejo da UC22,25.
                                                                                          1° pAsso: Reivindicação ou demanda pela Sociedadee civil (ONGs,
                                                                                    associações de moradores, cooperativa de produtores rurais, empre-
                                                                                    sas privadas, etc.) ou poder público para proteger uma área e
                                                                                    torná-la UC.
                                                                                          2° pAsso: Realizaçãof de estudos técnicos (este passo deve ser co-
                                                                                    ordenado pelo órgão gestor responsável). Com base nestes estudos,
                                                                                    a categoria de UC mais adequada para a área será definida. De ma-
                                                                                    neira geral, precisam responder as perguntas das etapas abaixo:
                                                                                          •  Levantamento da flora e fauna [Quais e quantas espécies da
                                                                                          flora e fauna são conhecidas na localidade? Quantas destas espé-
                                                                                          cies são raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção? Qual o tipo
                                                                                          de vegetação predominante? (ex. Floresta Ombrófila, restinga)];
                                                                                          •  Levantamento das características físicas (Qual o clima da
                                                                                          região? Quando e quanto chove na região? Quais são os tipos de

                                                                                    d   Ver Apêndice F.
                                                                                    e A abertura do processo de criação da UC se inicia com a apresentação de um ofício ou carta proto-
                                                                                    colada com indicação da área. Após a formalização da demanda de criação da UC no órgão gestor res-
                                                                                    ponsável (ex. diretorias e secretarias de meio ambiente das prefeituras e estados, respectivamente,
                                                                                    ou órgão do SISNAMA, dependendo da abrangência territorial da UC), é necessário que um técnico ou
                                                                                    equipe do órgão avalie a proposta20.
                                                                                    f Caso a proposta de criação venha acompanhada de estudos técnicos, o órgão gestor deve
                                                                                    analisá-los e solicitar estudos complementares quando couber. Para a realização dos estudos poderá
                                                                                    ser firmada parceria mediante convênio ou acordo de cooperação com outros órgãos públicos, univer-
                                                                                    sidades, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, membros da comunidade científica
                                                                                    e da população local. Os estudos existentes sobre a área onde se planeja criar a unidade de conservação
                                                                                    poderão ser aproveitados integral ou parcialmente.


26                                                   Dúvidas frequentes sobre UCs   Passo a passo para a criação de UCs públicas                                                              27
solo encontrados? Existem mananciais como nascentes e rios                                       órgãos.
          utilizados no abastecimento público? Está sob algum relevo im-                                         4°      Realizar consulta pública: A consulta é convocada pelo
                                                                                                                      pAsso:
          portante? Tem zonas ambientalmente frágeis? Há outras UCs                                        Poder Público e tem os objetivos de informar e consultar a população
          próximas ou conexão com fragmentos?);                                                            local e do entorno para que todos possam saber e opinar sobre a
          •  Levantamento sócio-econômico (Há populações residentes                                        criação da UC. Nesse caso, o Poder Público é obrigado a fornecer as
          dentro da área ou no entorno? E comunidades tradicionais ou in-                                  informações adequadas de maneira simples à população do local e
          dígenas? A área é utilizada para cultivo de lavouras, criação de                                 outras partes interessadas. Após a consulta pública, é elaborada a
          gado, extração de madeira ou plantas medicinais? É utilizada pra                                 proposta final de criação da UC, além de:
          passeio?);                                                                                           •  Emissão de nota técnica pelo órgão ambiental responsável fa-
          •  Situação fundiária (A área é publica ou privada? Existem as-                                      vorável ou não a criação da UC;
          sentamentos em seu interior e/ou entorno? Quais os confron-                                          •  Confecção do mapaj final da proposta e memorial descritivo.
          tantes? Qual o valor do hectare na região?);                                                         5° pAsso: Nesta etapa é o órgão ambiental responsável pela pro-
          •  Elaboração de mapasg e delimitação da área da UC (A área está                                 posta que envia os seguintes documentos ao chefe do Poder Execu-
          localizada em qual(is) município(s)? Existem estradas e rodovias                                 tivo ou seu representante:
          de acesso? Quais as coordenadas geográficas, azimutes, altitudes                                       •  Solicitação dos moradores ou comunidade (no caso das catego-
          e limites? O desenho da área é um polígono com muitos lados ou                                         rias Reservas Extrativistas e Reserva de Desenvolvimento Susten-
          é circular?).                                                                                          tável);
         3° pAsso: Encaminhar a proposta para criação da UC ao órgão de
                                                                                                                 •  Diagnósticos técnicos (realizados no 2° passo);
     meio ambiente: após a conclusão dos estudos técnicos, dos limites e
                                                                                                                 •  Pareceres técnico e jurídico (expedidos pelo órgão ambiental
     a sugestãoh da categoria para a área, o órgão de meio ambiente dará
                                                                                                                 no 3° passo, quando necessário);
     os pareceres técnicos e jurídicos. É interessante enviar cópias dos
     estudos técnicos aos demais órgãos municipais, estaduais ou federais                                        •  Manifestações por escrito de outros órgãos não demonstrando
     (ex. DIRMAN, SEMAS - PE, ICMBio, Secretarias de Agricultura,                                                conflitos de interesses na criação da UC (se houver);
     Planejamento e INCRA), buscando afinidadei de interesses entre os                                           •  Ata da consulta pública (aberta à população em geral).
     g A elaboração do mapa é uma etapa muito importante, pois ele conterá informações sobre a locali-           6°    Criação da Unidade de Conservação por lei ou decreto
                                                                                                                      pAsso:
     zação, o formato (desenho) e o tamanho correto da UC.
                                                                                                           do Poder Executivo.
     h É indicado sugerir a categoria mais apropriada para a área em que se pretende criar a UC de acor-
     do as características naturais (Apêndice A), mostradas pelos estudos técnicos. É importante lembrar
     que a escolha da categoria é apenas uma sugestão, não impedindo que o órgão ambiental responsável
     utilize outros critérios na escolha da categoria de UC.
     i Se algum destes órgãos se posicionar contrário à criação da UC (ex. na área proposta para a UC o
     INCRA pretende implantar um Projeto de Assentamento), os técnicos deverão avaliar se os argumen-      j A elaboração do mapa e do memorial descritivo são etapas imprescindíveis no decreto de criação de
     tos são procedentes e se cabe uma reformulação da proposta (mudança ou criação de mais de uma ca-     uma UC, tendo de ser feitos por profissionais experientes em SIG25. De fato, o memorial descritivo só
     tegoria de UC, alteração do tamanho, etc.). Caso os técnicos verifiquem que não existe nenhum outro   deverá ser elaborado após os técnicos concluírem que o mapa preliminar não precisará de ajustes e que
     projeto proposto para a área, não serão necessárias alterações25.                                     os limites já foram colocados com precisão25.


28                                                         Passo a passo para a criação de UCs públicas    Passo a passo para a criação de UCs públicas                                                            29
pAsso A pAsso pArA A criAção de ucs
            privAdAs: rppnk



      1º pAsso: O proprietário manifesta a vontade de criar uma UC em
sua propriedade.
      2º pAsso: Preencher o requerimentol: É necessário um requeri-
mento assinado pelo proprietário e seu cônjuge ou representante de
ambos, reconhecendo parte (ex. a área de Reserva Legal) ou toda a
propriedade como RPPN. Para pessoa jurídica, o representante legal
da empresa é quem assina o requerimento.
      3º pAsso: Justificar a criação da RPPN: A justificativa pode ser
feita através de um texto simples, escrito pelo proprietário, no qual
ele verbaliza seus motivos para tornar a área em uma reserva de
caráter perpétuo.
      4º pAsso: Reunir a documentação necessária: Nesta etapa é ne-
cessário reunir os seguintes documentos descritos abaixo:
      •  Cédula de identificação (pessoa física) ou cópia de contrato
      social e do ato de designação do representante (pessoa jurídica);
      para todas as pessoas que assinam o requerimento, como des-
      crito no 2º passo;
      •  Comprovante de quitação ITR (em se tratando de propriedade
      urbana, comprovante de pagamento do IPTU);

k   Ver Apêndice G.
l   Ver Anexo A


Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN                        31
•  Comprovantem de que a área não possui débitos (ex. hipotecas);                                  do órgão ambiental);
           •  Planta da área total do imóvel (deve ser georreferenciada, in-                                  •  Publicação no Diário Oficial do Ato de Reconhecimento da área
           dicando a área a ser reconhecida, a localização da propriedade no                                  como RPPN pelo órgão gestor;
           município e o memorial descritivo da área da RPPN - em papel e                                     •  Averbação no Cartório de Registro de Imóveis (o prazo máximo
           em meio digital);                                                                                  para registro é de 60 dias);
           •  Descrição das benfeitorias da propriedade (melhoramento                                         •  Emissão de Título de Reconhecimento da RPPNp (o imóvel
           feito para atender necessidades, dar mais conforto ou rendimento);                                 recebe título de reserva em caráter perpétuo).
           •  Título de domínio (com a certidão atualizada de matrícula e                                     •  O Proprietário deve, por fim, elaborarq o Plano Básico de Uti-
           registro do imóvel em nome do proponente, reconhecidos em                                          lização da RPPN, em consonância com o objetivo da RPPN e as
           cartório);                                                                                         atividades que possam ser realizadas na área.
           •  Averbação da Reserva Legal (obrigatoriedade imposta pelo Có-
           digo Florestal - lei n  4.771, Art. 16, inciso 4º).
           5º pAsso: Encaminhar a documentação ao órgão ambiental: O re-
     querimento preenchido (no 2º passo), a justificativa (3º passo) e o
     restante da documentação (4º passo) devem ser entregues ao órgão
     ambiental responsável.
           6º pAsso: O órgão ambiental analisa a documentação entregue e
     realiza uma vistoria na área proposta como RPPN, emitindo parecer
     favorável, ou não, à criação da reserva. Em caso favorável, será ne-
     cessário apresentar um laudo pericial por parte do particular.
           7º pAsso: Avaliação e emissão do título da RPPN: Cabe ao órgão
     ambiental as seguintes tarefas, em parceria com o proprietário:
           •  Emitir parecer técnico e jurídico conclusivo;
           •  A assinatura do Termo de Compromisson;
           •  Homologação por Portariao (realizada pelo Diretor-Presidente

     m Caso a propriedade possua gravames (hipoteca), apresentar comprovação da liberação de ônus ou
     anuência do órgão hipotecário (Decreto nº 5746/06).                                                p   Ver Anexo C
     n   Ver Anexo B
                                                                                                        q O Plano Básico de Utilização da RPPN ou Plano de manejo de RPPN, é disponibilizado pela
     o   Ver Anexo C                                                                                    SEMAS-PE , CPRH ou ICMBio.


32                                                 Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN   Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN                                          33
gLoSSário                                                                     solos, montanhas, rochas, rios, temperatura e umidade do ar) e bio-
                                                                                   lógico (ex. microorganismos, flora e fauna) que interagem entre si.
                                                                                          endêmicAs: organismos vivos de ocorrência restrita a uma de-
                                                                                   espécies
     benfeitoriAs: toda obra ou despesa executada no bem patrimonial,              terminada região, não ocorrendo em nenhum outro lugar no mundo.
     privado ou público, que intenta sua conservação, melhoria ou valo-
                                                                                   espécie exóticA: são espécies deslocadas e introduzidas, fora de sua área
     rização estética.
                                                                                   natural de distribuição, por meios de atividades humanas, sejam elas
     centro   de   endemismo: região identificada como sendo uma área que          acidentais ou intencionais.36.
     concentra um elevado numero de espécies que só ocorrem naquele
     local.                                                                        espécies exóticAs invAsorAs: são espécies exóticas cuja introdução ou dis-
                                                                                   persão ameaça ecossistemas, habitats ou espécies e causam impactos
     confrontAntes: tipos de propriedades (ex. sítio, chácara e fazenda) que       negativos ambientais, econômicos, sociais e culturais.
     limitam o entorno da UC e suas atividades econômicas (ex. aquicul-
     tura, pecuária bovina ou caprina, monocultura de cana-de-açúcar,              extrAção mAnejAdA: sistema de exploração de recursos naturais através
     agrofloresta, entre outros).                                                  da coleta na natureza, de modo sustentável para que estes recursos
                                                                                   possam continuar existindo para aproveitamento também das futu-
     corredores  ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou semi-
                                                                                   ras gerações36. Exemplos de recursos que podem ser extraídos da
     naturais que ligam UCs e permitem o movimento dos organismos                  natureza são: madeiras nobres, castanha de caju, castanha do Pará,
     vivos e seu fluxo genético. Estes corredores viabilizam a dispersão           palmito, babaçu, peixes, caranguejo, camarão e sururu.
     das espécies e novas colonizações em áreas degradadas, bem como
     mantêm populações de espécies (ex. carnívoros, como raposa e ja-              icms socioAmbientAl: criado pela lei nº. 11.899 de 21 de dezembro de
     guatirica) que precisam de territórios com extensão maior do que              2000 e contempla os municípios que investem em meio ambiente,
     aquela das UCs individuais para sua sobrevivência4,22.                        além de saúde, educação e cultura35.

     conservAção in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e        lAudo         descrição sucinta feita por profissional habilitado (ex.
                                                                                           periciAl:

     a manutenção e a recuperação de populações viáveis de espécies em             biólogo e engenheiro florestal) que informa sobre a flora, fauna, geo-
     seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou culti-             logia, geomorfologia, solos, cobertura vegetal, recursos hídricos,
     vadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas próprias caracte-              histórico do uso do solo, degradação ambiental, uso do espaço geográ-
     rísticas36.                                                                   fico, situação locacional e trechos de APP, ou seja, características
                                                                                   ambientais importantes da área da UC. Em sua finalização, o laudo
     diversidAde biológicA ou biodiversidAde: é a variedade de organismos vivos
                                                                                   conclui sobre a importância de preservação da área de interesse.
     de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas
     terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos           memoriAl          documento técnico que descreve as coordenadas
                                                                                               descritivo:
     ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade              geográficas de cada um dos pontos existentes no mapa e mostra a
     dentro de espécies, entre espécie e de ecossistemas36.                        localização, desenho (formato) e tamanho preciso da UC.
     ecossistemA: conjunto formado pelos elementos do mundo físico (ex.            plAno de mAnejo: documento técnico que se fundamenta nos objetivos


34                                                                     Glossário   Glossário                                                                    35
gerais de cada tipo de UC e estabelece o seu zoneamento e as normas          nascentes, zonas com angulação de mais de 45 graus, assim como
     que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais,           lagos, as lagunas, zonas úmidas de rios, restingas e manguezais, en-
     inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à sua             tre outros.
     gestão25,29.
     plAno   de   utilizAção   dA   rppn: documento simples no qual vão estar
     descritas as atividades já desenvolvidas ou que se pretende desen-
     volver na RPPN, facilitando a obtenção de apoio técnico e financeiro
     para gestão da UC, de acordo com os objetivos de sua criação.
     reservA legAl: Área com vegetação nativa localizada no interior da
     propriedade que deve ser mantida para o uso sustentável e conser-
     vação dos recursos naturais estabelecida pelo Código Florestal (Lei
     n° 4771/1965).
     recursos nAturAis: toda matéria prima que é necessária ao homem e
     que se encontra na natureza, podendo ser não renováveis e renováveis.
     Podemos citar: o solo, a água, o oxigênio, energia oriunda do sol, as
     florestas, dentre outros36.
     serviços AmbientAis: são os benefícios obtidos pelo homem a partir do
     funcionamento dos ecossistemas tais como a formação do solo, a
     regulação climática, a produção de oxigênio, o sequestro de carbono,
     o fornecimento de alimentos, a proteção dos recursos hídricos, entre
     outros. Para que esses serviços permaneçam em equilíbrio é de ex-
     trema importância que haja a redução dos impactos gerados pelo
     homem nos ecossistemas.
     zonA de Amortecimento: é o entorno da UC, onde as atividades das pes-
     soas estão sujeitas as normas e restrições específicas com o propósi-
     to de minimizar os impactos negativos sobre a área protegida25,29.
     zonAs AmbientAlmente frágeis: são áreas naturais que se caracterizam por
     elevada fragilidade, baixíssima resiliência mediante perturbações e/
     ou estreita dependência da cobertura vegetal para manutenção de
     sua integridade29. Os exemplos mais comuns são as áreas de APP
     (Áreas de Proteção Permanente) como encostas e topos de morros,

36                                                                    Glossário   Glossário                                                              37
outrAS fonteS de informAçõeS                                                 DIRMAN – Diretoria de Meio Ambiente da Prefeitura de Recife
                                                                                  Prefeitura da Cidade do Recife - 5º andar, sala 13
                                                                                  Av. Cais do Apolo, 925, CEP: 50030-903 Bairro do Recife, Recife, PE
                                                                                  Tel.: (81) 3425.8452
     Aliança para a Conservação da Mata Atlântica                                 www.recife.pe.gov.br/meioambiente/dirmam.php
     Rua Manoel da Nóbrega, 456 Paraíso, CEP 04001-001, São Paulo,
     SP                                                                           EMANE - Rede de Unidades de Conservação da Mata Atlântica do
     Fax: (11) 3885.1680                                                          Nordeste
     Email para contato: alianca@sosma.org.br                                     www.emane-uc.blogspot.com/
     www.aliancamataatlantica.org.br
                                                                                  IBAMA/PE – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
     AMANE – Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste             Naturais Renováveis
     Rua Aluísio de Azevedo, 200 / 1005 CEP 50100-090, Santo Amaro,               Av. 17 de Agosto, 1.057, CEP 52060-590, Casa Forte, Recife, PE
     Recife, PE                                                                   Tel.: (81) 3441.5033
     Tel. - Fax: (81) 3223.0317                                                   www.ibama.gov.br/pe/
     Email para contato: comunicacao@amane.org.br
     www.amane.org.br/                                                            ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
                                                                                  EQSW 103/104, Bloco “C”, Complexo Administrativo, Setor
     CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste                           Sudoeste
     Av. Caxangá, 5775, sala 05, CEP 50740-000, Várzea, Recife, PE                CEP 70.670-350, Brasília, DF
     Tel. - Fax: (81) 3453.9102                                                   Tel.: (61) 3341.9101
     Email para contato: cepan@cepan.org.br                                       www.icmbio.gov.br
     www.cepan.org.br
                                                                                  INCRA - Instituto de Colonização e Reforma Agrária
     CI- Brasil - Conservação Internacional do Brasil                             SBN Qd. 01 Bloco D, Edifício Palácio do Desenvolvimento,
     Av. Getúlio Vargas, 1300, 7º andar, CEP 30112-021, Savassi, Belo             CEP: 70.057-900, Brasília, DF
     Horizonte, MG                                                                Tel. - Fax: (61) 3411.7474
     Tel.: (31) 3261.3889                                                         Email para contato: publico@incra.gov.br
     www.conservation.org.br                                                      www.incra.gov.br/portal/

     CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente                                     MMA – Ministério do Meio Ambiente
     Rua Santana, 367, CEP 52060-460, Casa Forte, Recife, PE                      Esplanada dos Ministérios, Bloco B, CEP 70068-900, Brasília, DF
     Tel.: (81) 3182.8800                                                         Email para contato: webmaster@mma.gov.br,
     Email para contato: ouvidoriaambiental@cprh.pe.gov.br                        www.mma.gov.br
     www.cprh.pe.gov.br                                                           www.meioambiente.gov.br/


38                                                 Outras fontes de informações   Outras fontes de informações                                          39
MMA/PDA – Subprograma Projetos Demonstrativos                                      referênciAS bibLiográficAS
     Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 7º andar - sala 717, CEP
     70068-900, Brasília, DF
     Tel.: (61) 2028.1871/ Fax: (61) 2028.1864                                          1. ADAMS, C. et al. Valoração econômica do Parque do Morro do
     www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=51                   Diabo (SP). São Paulo: Conservation Strategy Fund/Páginas e Letras
     Rede de Gestores de Unidades de Conservação do Centro de                           Editora e Gráfica, 2003. 28 p.
     Endemismo Pernambuco                                                               2. AMARAL, V. Reserva Particular do Patrimônio Natural:
     (AL, PE, PB e RN)                                                                  iniciativa cidadã para a proteção da natureza. São Paulo:
     www.redegestoresucdocep.ning.com/
                                                                                        Conservation International do Brasil, The Nature Conservancy, World
     RBMA – Reserva da Biosfera da Mata Atlântica                                       Wildlife Found do Brasil, 2008. 20 p.
     Rua do Horto, 931, Horto Florestal, CEP 02377-000, São Paulo, SP                   3. ATLAS DA BIODIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Recife:
     Tel.: (11) 2232.5728                                                               Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico
     Emails para contato: rbma@rbma.org.br e cnrbma@uol.com.br                          e Científico, [2002]. 1 CD-ROM.
     Cadernos disponíveis em www.rbma.org.br
                                                                                        4. AYRES, J. M. et al. Os corredores ecológicos das florestas
     SEMAS – Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade-PE                          tropicais do Brasil. Belém, Pará: Sociedade Civil Mamirauá, 2005.
     Email para contato: semas.pe@gmail.com                                             256 p.
     TNC – The Nature Conservancy                                                       5. BARRETTO FILHO, L. Notas para uma história social das áreas de
     Escritório Regional para a América Latina                                          proteção integral no Brasil. In: RICARDO, F. (org.). Terras indígenas
     Rua Lauro Müller, 116, Sala 3405, Ed. Torre do Rio Sul, CEP                        & unidades de conservação da natureza: o desafio das
     22.290-160                                                                         sobreposições. São Paulo: ISA, 2004. p. 53-63.
     Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
                                                                                        6. BELTRÃO, A. L. & MACÊDO, M. M. L. Projeto piloto da Bacia
     Tel.: (21) 2159.2826
                                                                                        Hidrográfica do Rio Goiana (Macrozoneamento): subsídios ao
     Email para contato: brasil@tnc.org
     http://www.nature.org/ourinitiatives/regions/southamerica/brasil/index.htm
                                                                                        planejamento integrado da bacia do Rio Goiana: complexo
                                                                                        serras do Mascarenhas e Jundiá. Recife: Companhia Pernambucana
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40                                                       Outras fontes de informações   Referências Bibliográficas                                              41
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42                                                      Referências Bibliográficas   Referências Bibliográficas                                                43
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46
                                                                                                                                                 Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 59, p. 51-67, out. 2005.




Referências Bibliográficas
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                             Apêndice A - Esquema Ilustrando os objetivos, usos e os dois grupos de UCs. Fontes: MMA-
                             SNUC (2000); SEUC-PE (2009).




Apêndices
                                       Categorias de Unidades de Conservação segundo SEUC/SNUC


                                         Apenas uso indireto                                                    Uso sustentável
                                                                           Preservar a natureza
                                         de recursos naturais                                                 dos recursos naturais
                                    Em atividades de pesquisa científica     Objetivo de qualquer      Objetiva também a utilização direta como,
                                     e turismo ecológico, por exemplo.     Unidade de Conservação.    por exemplo, extração de produtos florestais.




                               UNIDADE DE PROTEÇÃO INTEGRAL                                          UNIDADE DE USO SUSTENTÁVEL
47
49




                        REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE (RVS)                           MONUMENTO NATURAL (MN)
                                    ou migratórios
                                                                                            beleza cênica
                               de seres vivos do local
                                                                                      singulares ou de grande
                              existência ou reprodução
                                                                                        Sítios naturais raros,
                               Sítios que asseguram a
                                                     (Sujeita às normas do Plano de Manejo)
                                                             Visitação permitida
                                                      (Acordo entre o gestor e o proprietário)
                                                     Posse Pública e Privada
                                                  (Categorias segundo SEUC/SNUC)
                            Objetiva preservação integral da fauna e da flora e de demais recursos naturais
             Unidades de Proteção Integral - Posse Pública e Privada
(2000); SEUC-PE (2009).



                                                                                                                                            Apêndices
de Posse Pública e Privada, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC
Apêndice C - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Proteção Integral
Apêndice B - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Proteção Integral




                                                                                                                                            Apêndices
de Posse Pública, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC (2000);
SEUC-PE (2009).
                                Unidades de Proteção Integral - Posse Pública
                                        Objetiva preservação integral da fauna e da flora e de demais recursos naturais
                                                              (Categorias segundo SEUC/SNUC)
                                                                           Posse Pública
                                   Visitação proibida                                                     Visitação permitida
                              (Exceto com objetivo educacional)                                    (Sujeita às normas do Plano de Manejo)
               Preservação integral,
                                                       Objetiva preservação
            sem interferência humana,                                                                       Área com grande
                                                          da natureza e
              exceto em medidas de                                                                           beleza cênica
                                                       pesquisas científicas
                   recuperação.
          RESERVA BIOLÓGICA (REBIO)             ESTAÇÃO ECOLÓGICA (ESEC)                                PARQUE ESTADUAL (PE)




                                                                                                                                            48
51




                  INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE)                                     URBANA (FURB)                                 AMBIENTAL (APA)
                      ÁREA DE RELEVANTE                                       RESERVA DE FLORESTA                             ÁREA DE PROTEÇÃO
                extraordinária ou espécies raras.                                 amenização do clima).                  assegurar a sustentabilidade
                      humana, de natureza                                 (Por exemplo, proteção de nascentes,             disciplinar a ocupação e
                     ou nenhuma ocupação                                      ambientais à cidade                         proteger a biodiversidade,
                  Áreas pequenas, com pouca                                  Objetiva prestar serviços                      Sítio com propósito de
                                                                                                                                       proprietário)
                                                                          (Sujeita às normas do Plano de Manejo)             particulares estabelecidas pelo
                   (Sujeita às normas do Plano de Manejo)
                                                                                      incentivada                          estabelecida pelo gestor; nas áreas
                         Visitação permitida                                    Visitação permitida e                        (Nas áreas de domínio público,
                                                                                                                              Visitação condicionada
                                                                          (Acordo entre o gestor e o proprietário)
                                                                    Posse Pública e/ou Privada
                                                              (Categorias segundo SEUC/SNUC)
                                      Objetiva compatibilizar a preservação com o uso sustentável dos recursos naturais
                 Unidades de Uso Sustentável - Posse Pública e/ou Privada
(2000); SEUC-PE (2009).



                                                                                                                                                                                    Apêndices
Posse Pública e/ou Privada, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC
Apêndice E - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável de
Apêndice D - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável




                                                                                                                                                                                    Apêndices
de Posse Pública ou Privada, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC
(2000); SEUC-PE (2009).
                   Unidades de Uso Sustentável - Posse Pública ou Privada
                                     Objetiva compatibilizar a preservação com o uso sustentável dos recursos naturais
                                                             (Categorias segundo SEUC/SNUC)
                                                                                Posse Pública                                                         Posse Privada
                                        Visitação permitida                                                   Visitação permitida e                   Visitação permitida
                                                                                                                   incentivada                      (Apenas para fins turísticos,
                                 (Sujeita às normas do Plano de Manejo)
                                                                                                        (Sujeita às normas do Plano de Manejo)      recreativos e educacionais)
                                                                                                               Área com populações
            Sítio utilizado                                               Área com populações de
                                           Floresta com                                                    tradicionais que utilizam os
       tradicionalmente para                                                 espécies nativas de
                                          predominância                                                    recursos naturais de forma
        extrativismo. Busca                                               animais apropriadas para                                               Área destinada a preservar
                                       de espécies nativas,                                                  sustentável e contribuem
          assegurar o uso                                                  estudos sobre o manejo                                                a biodiversidade, de modo
                                      destinada à produção                                                    para a manutenção das
     sustentável dos recursos.                                             adequado dos recursos                                                          perpétuo.
                                     econômica e sustentável.                                                 condições ecológicas.
      Garante também o meio                                                      faunísticos.
                                        (Madeira e outros                                                    (Respeitando o plano de
      de vida e a cultura das                                             (Respeitando o plano de
                                        produtos vegetais)                                                        manejo da UC)
            populações.                                                        manejo da UC)
                                                                             RESERVA ESTADUAL           RESERVA DE DESENVOLVIMENTO                RESERVA PARTICULAR DO
    RESERVA EXTRATIVISTA (RESEX) FLORESTA ESTADUAL (FLOE)
                                                                               DE FAUNA (REF)                SUSTENTÁVEL (RDS)                   PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN)




                                                                                                                                                                                    50
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  • 1. Como Criar Unidades de Conservação Guia Prático para Pernambuco
  • 2. Marcelo Sobral Leite Sabine Geiseler Severino Rodrigo Ribeiro Pinto Como Criar Unidades de Conservação Guia Prático para Pernambuco Recife, 2011
  • 3. Ficha Técnica do Projeto Realização: Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN) Parceria técnico-financeira: Subprograma Projetos Demonstrativos / Ministério do Meio Ambiente (PDA/ MMA) Coordenador Geral: Felipe Pimentel Lopes de Melo Coordenadora Técnica: Maria das Dores de V. C. Melo (AMANE) Coordenadora Administrativo-Financeira: Cristiane Lucena Secretária Executiva: Sabine Geiseler Estagiária: Diana Nobre Sumário Equipe de Sistematização: Sistematização e Organização do livro: Sabine Geiseler e Severino Rodrigo Ribeiro Pinto Autores: Marcelo Sobral Leite, Sabine Geiseler e Severino Rodrigo Ribeiro Pinto Agradecimentos 7 Fotos da Capa: Haroldo Palo Júnior e Adriano Gambarini (www.gambarini.com.br) Projeto Gráfico e Capa: Isabela Freire Lista de siglas e abreviaturas 9 Impressão: JLV Gráfica e Editora Apresentação 11 Parceiros Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane) Prefácio 13 Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil) Monsanto Introdução 15 Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco (SEMAS Pernambuco) Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) 1. Fatos sobre a necessidade de conservação da natureza 15 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 2. Breve histórico atual sobre o surgimento da legislação ambiental 16 3. Destacando a necessidade de conservação do Centro de Endemismo Pernambuco 16 Dúvidas frequentes sobre UCs 19 L533c Leite, Marcelo Sobral, 1978- Como criar unidades de conservação : guia prático para Pernambuco / 1. O que são UCs? 19 Marcelo Sobral Leite, Sabine Geiseler, Severino Rodrigo Ribeiro Pinto. – Recife : Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, 2011. 2. Para que servem as UCs? 19 64p. Inclui referências. 3. Como podem ser criadas as UCs? 19 Inclui anexos. Inclui apêndice. 4. Que tipos de áreas naturais podem ser UCs? 20 1. RECURSOS NATURAIS – PERNAMBUCO – CONSERVAÇÃO. 2. 5. Como identificar se em uma área pode ser criada uma UC? 20 ÁREAS DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS – PERNAM- BUCO – ADMINISTRAÇÃO. 3. MATA ATLÂNTICA – PERNAMBUCO – PROTEÇÃO. 4. ECOSSISTEMAS. 5. BIODIVERSIDADE. 6. MEIO 6. Quais as vantagens de se criar UCs? 21 AMBIENTE – PERNAMBUCO. I. Geiseler, Sabine, 1984-. II. Pinto, Seve- rino Rodrigo Ribeiro, 1981-. III. Título. 7. Quais são os tipos de UCs que existem? 23 CDU 553.3/.9 CDD 333.72 Passo a passo para a criação de UCs públicas 27 PeR – BPE 11-0299 ISBN: 978-85-64352-01-8 Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN 31 Glossário 34 Outras fontes de informações 38 Referências bibliográficas 41
  • 4. Apêndices 47 Anexos 56 AgrAdecimentoS Somos gratos ao Subprograma Projetos Demonstrativos do Ministé- rio do Meio Ambiente (PDA/MMA) pelo apoio financeiro ao projeto ‘Apoio a Criação de Unidades de Conservação da Mata Atlântica de Per- nambuco’. A toda a equipe do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN) pelo constante apoio às atividades desenvolvidas pelo projeto. À Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco (SEMAS - PE), ao Complexo Industrial Portuário de Suape e à Rede de Gestores de Unidades de Conservação de Pernambuco, pelas contribuições prestadas para este Guia. À Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (AMANE), à Conservação Internacional do Brasil (CI - Brasil) e à Monsanto pelo apoio e parceria no desenvolvimento deste projeto. Agradecemos também à Universidade Federal de Pernambuco, aos consultores e aos proprietários de terra das áreas envolvidas pelo projeto. E a todos aqueles que ajudaram de alguma forma na elaboração desse Guia Prático. 7
  • 5. LiStA de SigLAS e AbreviAturAS AMANE – Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste APA – Área de Proteção Ambiental APP – Área de Proteção Permanente CBNE – Corredor de Biodiversidade do Nordeste CDB – Convenção sobre Diversidade Biológica CEP – Centro de Endemismo Pernambuco CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente DIRMAN – Diretoria do Meio Ambiente da Prefeitura de Recife ESEC – Estação Ecológica FLOE – Floresta Estadual FNMA – Fundo Nacional do Meio Ambiente FURB – Reserva de Floresta Urbana IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial Rural MMA – Ministério do Meio Ambiente 9
  • 6. MN – Monumento Natural ONG – Organização Não Governamental PDA – Subprograma Projeto Demonstrativos PE – Parque Estadual ApreSentAção PM – Plano de Manejo RBMA – Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Diante da crise ambiental em que vivemos, fica clara que a necessi- RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável dade de conservar os recursos naturais (ex. água, minerais, madeira, REBIO – Reserva Biológica combustíveis e organismos vivos) é uma tarefa que precisa da co- laboração de todos os setores da sociedade. A extinção em massa da REF – Reserva Estadual de Fauna nossa flora e fauna, as alterações das nascentes e rios pelo desmata- RESEX – Reserva Extrativista mento e a perda de produtividade agrícola por falta de animais po- RL – Reserva Legal linizadores, entre outros efeitos negativos dessa crise, podem e devem ser amenizados pelo envolvimento daqueles que serão dire- RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural tamente afetados: todos nós. A partir de inúmeras discussões e RVS – Refúgio de Vida Silvestre fóruns globais, o conceito atual de conservação da biodiversidade SEMAS PE – Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do assumiu abrangência e importância inegáveis, tendo seu reconheci- Estado de Pernambuco mento formalizado pela Convenção sobre Diversidade Biológica. Entre as estratégias para proteção e conservação da biodiversidade e SEUC PE – Sistema Estadual de Unidades de Conservação da demais recursos naturais in situ, ficou evidente que a criação de Natureza de Pernambuco Unidades de Conservação está entre as medidas mais efetivas e SIG – Sistema de informação geográfica sustentáveis, garantindo a continuidade de existência destes recursos para a presente e as futuras gerações. Nesse sentido, esse Guia Práti- SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente co visa fornecer informações básicas, através de uma linguagem de SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza fácil entendimento, sobre a criação de Unidades de Conservação UC – Unidade de Conservação para pessoas físicas, proprietários rurais, associações de moradores, cooperativas extrativistas, ONGs, governos ou empresas preocupadas com a defesa e preservação ambiental em âmbito local e regional. Em seu conteúdo os interessados encontrarão justificativas sobre as ne- cessidades atuais de conservação da natureza, os passos necessários para a criação de Áreas Protegidas, assim como definições, caminhos e fontes de informação pertinentes. 10 11
  • 7. prefácio O projeto ‘Apoio à Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco’, elaborado pelo CEPAN e parceiros, foi aprovado pelo Subprograma Projetos Demonstrativo (PDA), em 2007, com o objetivo de ampliar a representatividade do bioma Mata Atlân- tica, identificando também alternativas para a melhoria da qualidade de vida das populações locais. No Estado de Pernambuco, a Mata Atlântica chegou a cobrir 18% do território, fazendo parte de uma área contínua que se estendia desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Atualmente, os remanescentes florestais estão reduzidos a pequenos fragmentos iso- lados na paisagem, proporcionando uma grande ameaça de extinção de espécies. O esforço de reverter o quadro de destruição da Mata Atlântica, bem como os seus ecossistemas associados, vem se dando por meio da estratégia de criar e implementar áreas protegidas, prioritariamente as Unidades de Conservação. Em 2009, foi publicada a Lei nº 13.787, que institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza – SEUC, no âmbito do Estado de Pernambuco, e com ela inaugura um novo momento de retomada no processo de gestão das áreas protegidas. O SEUC PE traz inovações, como a inclusão do tema de espécies exóticas invasoras, pela primeira vez no Brasil; institui o Cadastro Estadual de Unidades de Conservação; cria o Programa de Conservação da Biodiversidade de Pernambuco, instrumentos de gestão participativa e continuada; e cria a categoria Reserva de Flo- resta Urbana, no grupo de uso sustentável. 13
  • 8. Pernambuco conta hoje com 72 Unidades de Conservação inseri- das no Domínio da Mata Atlântica, sendo 36 na categoria de Proteção Integral e 36 na categoria de uso sustentável. Dentre as categorias de uso sustentável estão 12 Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPN, que representa significativa proteção, com usos semelhantes aos da categoria de proteção integral, e 17 Áreas de Proteção Ambien- introdução tal - APAs, que incluem no seu perímetro até cidades, estradas e sítios industriais. Apesar do número de Unidades ser expressivo, a área efe- tivamente protegida é reduzida considerando o tamanho dos fragmen- 1. Fatos sobre a necessidade de conservação da natureza tos nela inserido. Há muitas áreas importantes de Mata Atlântica que ainda não A se resume apenas em evitar a conservAção dA nAturezA não possuem proteção efetiva, como a Mata do Estado, em São Vicente extinção de plantas e animais de uma região, também está intima- Ferrer; Engenho Água Azul, em Timbaúba; e Fazenda Soberana, em mente associada à manutenção de processos ecológicos e serviços São Benedito do Sul. ambientais essenciais a toda humanidade14,17,23. Dentre estes benefí- Sabe-se que, criar UCs não significa, obrigatoriamente, proteger a cios estão: ar puro, água limpa, solo fértil, melhoramento genético e biodiversidade, embora seja o primeiro e importante passo para o re- polinização de culturas agrícolas e inúmeros organismos vivos (bac- conhecimento público da importância da área por meio de um instru- térias, fungos, algas, plantas e animais) dos quais nós dependemos mento legal. A partir de então, se seguem os passos voltados à sua para alimentação, vestuário, combustível, medicamentos e abri- implementação, como a formação do seu conselho gestor, a elaboração go10,14,17,29,23. Consequentemente, as perdas destes organismos e de e a implementação de plano de manejo. suas comunidades naturais causam a diminuição dos produtos ofe- Ainda há muito que fazer pela Mata Atlântica do Estado de Per- recidos e serviços ambientais prestados por eles, afetando direta- nambuco e essa publicação vem contribuir com informações objetivas mente a qualidade de vida e a sobrevivência também das pessoas14. que buscam subsidiar àqueles que queiram criar Unidades de Conser- Atualmente, a maneira mais eficaz de se preservar a biodiver- vação. sidade como um todo (organismos vivos individualmente, sua va- riabilidade genética e suas populações) é através da conservação das Maria das Dores de V. C. Melo comunidades naturais intactas ou pouco alteradas2,29,33. Apesar de Diretora Executiva da AMANE todos os avanços da ciência dos dias de hoje, só temos conhecimento para manter em cativeiro uma proporção mínima das espécies do mundo, o que torna a conservação na natureza o único meio de sobrevivência para a maioria delas23,29. As Áreas Protegidas ou Uni- dades de Conservação (UCs) são hoje adotadas pelos países como garantia de acesso, para as atuais e futuras gerações, aos recursos naturais, visto que são ferramentas estratégicas e fundamentais na 14 Introdução 15
  • 9. proteção da natureza2,29,31,33. Destaca-se que além dos recursos acima para a conservação da biodiversidade20. Calcula-se que seus remanes- citados, a preservação de áreas naturais também protege sítios de centes abriguem 20.000 espécies de plantas vasculares, 280 de anfí- riqueza geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica, bios, 200 de répteis, 620 de aves e 261 de mamíferos, sendo que, histórica, cultural e comunidades tradicionais e indígenas29,36. deste total, 40% (8.567 spp.) são endêmicas24. Tamanha riqueza biológica distribui-se em centros de endemismo ou unidades bio- 2. Breve histórico atual sobre o surgimento da legislação ambiental geográficas37, nas quais são encontradas espécies exclusivas de cada uma dessas regiões27,28,37. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) ocorreu durante a Dentre estas unidades biogeográficas, destaca-se o Centro de Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi- Endemismo Pernambuco (CEP), setor da Floresta Atlântica loca- mento, Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, no período de 5 a 14 de lizado ao norte do rio São Francisco, compreendendo os estados de junho de 199229,33. Assinada por 168 países e ratificada por 188, a CDB Alagoas ao Rio Grande do Norte15,37. Estas matas cobriam original- da Eco-92, foi um marco para a conservação mundial, pois a partir mente 56.938 km2 ou 5,6 milhões de hectares, distribuídos em cinco dela o tema meio ambiente passou a ser reconhecido formalmente e tipos vegetacionais: Áreas de Tensão Ecológica (43,8%), Floresta Es- incluído nas agendas de administração pública de todo o mundo2,29. tacional Semidecidual (22,9%), Floresta Ombrófila Aberta (20,5%), Em virtude dessa nova visão sobre a necessidade urgente de se conser- Floresta Ombrófila Densa (7,9%), sendo 6,1% constituído por For- var a natureza para a sobrevivência e qualidade de vida das pessoas, a mações Pioneiras15. No entanto, apesar de abrigar rica fitofisionomia, maioria das nações adotou planos em prol da causa ambiental29,33. Den- espécies endêmicas, 2/3 de toda avifauna32 e 8% das plantas lenhosas tre as estratégias de conservação da natureza apontadas na Rio-92, se da Floresta Atlântica, menos de 3% da cobertura original dessa região destacam a criação, implantação e gestão de UCs privadas e públicas2,22. está protegida por UCs38. Somados a estes fatos, as UCs deste setor No Brasil, a CDB foi validada pelo Congresso Nacional através da florestal são poucas, pequenas ou não estão devidamente implanta- criação do Decreto Legislativo nº 2, de 3 de fevereiro de 19942,29. Em das30,38. 18 de julho de 2000, o Ministério do Meio Ambiente a partir da Lei Para se ter idéia do valor e nível de ameaça sofrido por estas flo- Federal nº 9.985/00 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Con- restas, após o mapeamento das 147 Áreas Prioritárias para Conserva- servação da Natureza (SNUC), que estabeleceu critérios e normas para ção na Floresta Atlântica Brasileira, 79 foram consideradas de extrema a criação, implantação e gestão de UCs no Brasil22,33. Para Pernambuco, importância biológica, estando 48% destas últimas localizadas na a lei nº 13.787 de 08 de junho de 2009 instituiu o Sistema Estadual de região Nordeste21. Deste contingente, o CEP abriga 22 sítios priori- Unidades de Conservação (SEUC), surgindo como demanda pública tários para a conservação biológica e estudos científicos, sendo 16 urgente em decorrência do avançado panorama de destruição da na- categorizados como extremamente importantes3,21. tureza em nosso estado9, 36,41. Com o objetivo de aumentar o número de áreas de preservação nessa região, foi iniciado um plano integrado de ações conservacio- 3. Destacando a necessidade de conservação do Centro de Endemismo nistas chamado Corredor de Biodiversidade do Nordeste (CBNE). O Pernambuco CBNE inclui projetos de proteção da diversidade biológica que vão A Floresta Atlântica Brasileira é uma das 34 prioridades mundiais desde o apoio a pesquisa científica, até atividades de educação am- 16 Introdução Introdução 17
  • 10. biental e estratégias de repartição de benefícios para comunidades rurais, de forma a mitigar pressões sobre as matas do CEP. O CBNE está ligado a um dos principais desafios da biologia da conservação: propor formas de evitar a extinção em massa e, consequentemente, o empobrecimento das biotas tropicais em larga escala7. No caso particular de habitats hiper-fragmentados, estudos re- dúvidAS frequenteS Sobre ucS centes advogam pela criação de redes de paisagens sustentáveis, tendo como elementos estruturais centrais as UCs e seu entorno19,34,40. Tais paisagens, conectadas por corredores ecológicos, proporcionam a 1. O que são UCs? manutenção de populações e processos ecológicos em diferentes es- do ponto de vistA jurídico, UCs são áreas do território nacional, calas, reduzindo a probabilidade de extinção e revertendo a drástica situação de isolamento dos fragmentos florestais11. incluindo nossas águas, com características naturais de relevante valor, de domínio público ou privado, legalmente instituídas pelo Logo, iniciativas como o CBNE, que visem ampliar a conservação Poder Público para proteção dos microorganismos, flora, fauna, pelo aumento no número e conectância de UCs em uma das florestas mananciais, solo, clima, paisagens e processos ecológicos in situ2,22,36. tropicais úmidas mais ameaçadas, são imperativas e devem ser perpe- Como zonas especiais que são, as UCs têm limites bem definidos e tuadas. estão sob regimes específicos de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção legal2,22,31. 2. Para que servem as UCs? Proteger da destruição ambientes naturais como florestas, rios, zonas úmidas e recifes de coral que provêm serviços ambientais, processos ecológicos e valores étnicos e culturais essenciais à qualidade de vida e à sobrevivência das pessoas14,17,22,23. Vale lembrar que, atualmente, sem o respaldo legal de proteção e manejo dispensados às UCs, a maioria das áreas naturais não seria poupada da destruição provo- cada pelo avanço do “desenvolvimento moderno”9,22,24,29. 3. Como podem ser criadas as UCs? As UCs são criadas apenas por ato do Poder Público, seja no âmbito dos governos federal, estaduais ou municipais, podendo ser públicas ou privadas. No caso de Pernambuco, os órgãos responsáveis pela 18 Introdução Dúvidas frequentes sobre UCs 19
  • 11. criação de UCs são a CPRH e SEMAS – PE e em âmbito federal, o comunidade local ou por pessoas de fora; ICMBio. •  Utilização para extração de plantas medicinais e matéria A reivindicação ou a demanda pela transformação de uma deter- prima para artesanato; minada área em UC pode vir de pessoas físicas, proprietários rurais, •  Importância histórica e/ou cultural para a comunidade local associações de moradores, cooperativas extrativistas, ONGs e em- ou regional (ex. presença de pinturas rupestres, sítios arqueológi- presas. No caso das RPPNs, uma categoria de UC privada, a criação cos ou religiosos); é feita por iniciativa do proprietário31,36. •  Abundânciab de flora e fauna nativa e/ou espécies raras destes grupos, ou seja, que, atualmente, não são mais vistas com frequên- 4. Que tipos de áreas naturais podem ser UCs? cia na região. Áreas naturais em qualquer ecossistema (ex. florestas, rios, ambien- 6. Quais as vantagens de se criar UCs? tes recifais, restingas e manguezais) e em todos os biomas (ex. Caatinga e Mata Atlântica) de Pernambuco. A área a ser proposta Como são inúmeras as vantagens trazidas para as pessoas ao como UC deve possuir valor para a proteção da natureza, manutenção tornar UCs, áreas naturais conservadas ou pouco alteradas, pontua- dos serviços ambientais, aspectos paisagísticos singulares ou caracte- mos as mais facilmente reconhecidas: rísticas ambientais que justifiquem a recuperação de localidades de- gradadas para fins de conservação22, 36. •  As UCs de florestas, como qualquer área com cobertura ve- getal presente, diminuem a poluição do ar, retiram o carbono da 5. Como identificar se em uma área pode ser criada uma UC? atmosfera (principal gás responsável pelo aquecimento global) e tornam o clima mais ameno1,6,29; •  Qualquer área natural, pública ou privada, com as caracte- •  A beleza cênica das paisagens naturais como florestas, rios, rísticas relacionadas abaixoa, tem grande potencial para se tornar lagos, cavernas, cachoeiras, manguezais e ambientes recifais via- uma UC: biliza atividades de ecoturismo e visitação com objetivos educa- •  Cobertura vegetal conservada (que há muito tempo ninguém cionais e/ou recreativos, possibilitando renda para as pessoas em corta árvores ou tira lenha); áreas conservadas1,31; •  Presença de mananciais (ex. nascentes, córregos, riachos, rios, •  O sucesso de UCs em ambientes marinhos (ex. ambientes cachoeiras, lagos e açudes); recifais, arquipélagos e naufrágios) é mostrado pela abundância de peixes e crustáceos que passam a ocorrer nas regiões adjacen- •  Uso para passeios em trilhas, banhos de rio e piqueniques pela a A prioridade para criação de UCs será dada às áreas apontadas pelo Ministério do Meio Ambiente b É necessária a realização de inventários rápidos da flora e fauna na área em que se pretende criar em estudos, como o de “Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para a conservação, uti- a UC. Tais levantamentos biológicos podem ser feitos por intermédio de ONGs (como o CEPAN), que lização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros”21, disponível contratam consultores ou especialistas autorizados. Entre os grupos biológicos mais importantes que em www.mma.gov.br. Para Pernambuco, informações adicionais sobre as áreas prioritárias no estado podem ser inventariados, estão: plantas, insetos, peixes, sapos, rãs e pererecas (anfíbios), aves e ma- podem ser encontradas no Atlas da Biodiversidade de Pernambuco (2002). míferos13,18,26,29. 20 Dúvidas frequentes sobre UCs Dúvidas frequentes sobre UCs 21
  • 12. tes ao limite da UC8,29. A fartura destas espécies comerciais nos •  Prioridade de análise nos projetos encaminhados para o trechos próximos das UCs marinhas beneficia diretamente as FNMAc, através de organizações da sociedade civil, fundações ou comunidades tradicionais de pescadores e a indústria pesqueira outros órgãos públicos, para financiar a manutenção da reserva; dessas regiões8,29,39; •  Apoio dos órgãos de meio ambiente, assim como das enti- •  As UCs em áreas florestais protegem e mantêm os aquíferos dades ambientalistas, no planejamento do uso, manutenção e e nascentes que alimentam a massa d’água dos rios utilizados na proteção da reserva. irrigação de culturas agrícolas, dessedentação de animais de criação e abastecimento das cidades1,6; 7. Quais são os tipos de UCs que existem? •  As áreas de mata nativa também desempenham papel funda- As UCs se dividem em dois grupos: as de Proteção Integral e mental para a sobrevivência e manutenção das populações de as de Uso Sustentável que podem ser criadas em áreas públicas ou animais polinizadores (ex. besouros, vespas, abelhas, borboletas, privadas de acordo com a categoria (ver Apêndice A). No caso da beija-flores e morcegos) responsáveis pela reprodução de nossas criação de um Parque Nacional (UC pública) incluir nos seus limites culturas agrícolas12,16. Sem o serviço ambiental prestado por estes territoriais terras privadas, estas serão desapropriadas de acordo com animais a nós, a produtividade de importantes culturas como o que dispõe a lei, sendo pago o valor de mercado pelas terras e ben- laranja, maracujá, manga, acerola, pitanga, mangaba, umbu, feitorias36. graviola, seria baixíssima ou mesmo economicamente inviá- vel12,17,16; O grupo das UCs de Proteção Integral possui como principal fi- nalidade a preservação da natureza e a manutenção dos ecossistemas •  Aumento da renda municipal devido à contemplação no crité- livres de alterações causadas por pessoas. Dessa forma, o uso dos rio do ICMS Socioambiental, conhecido também como ICMS recursos naturais pode ser realizado apenas de forma indireta, ou Ecológico1,31. seja, usos que não envolvam consumo, coleta, dano ou destrui- ção22,33,42. Atividades com fins educativos, científicos e de turismo No caso de propriedades rurais privadas, a área de Reserva Legal ecológico são permitidas, devendo ser, este último, operado apenas pode ser transformada em UC sem maiores problemas, bastando sob regime especial de controle de impactos ambientais5,22,42. apenas a iniciativa do proprietário em fazê-lo. Para o proprietário interessado em criar uma RPPN, vale lembrar a existência de bene- Seguem os tipos de UCs de Proteção Integral instituídos pelo fícios e incentivos relacionados ao esforço de proteção dessas áreas SEUC PE, com breve descrição das características mais relevantes representativas dos ecossistemas regionais e nacionais: para cada tipo (ver Apêndices B e C): •  Reserva Biológica – Área em bom estado de conservação, rica •  Direito de propriedade reservado; em diversidade biológica, com ocorrência de espécies endêmicas, •  Isenção do imposto ITR referente à área criada como RPPN; raras ou ameaçadas de extinção e com potencial para realização •  Preferência na análise do pedido de concessão de crédito agrí- c Os recursos do FNMA podem ser captados por intermédio de ONGs, fundações ou órgãos públi- cola, pelas instituições oficiais de crédito; cos, com o objetivo de custear projetos que beneficiem a conservação e preservação na RPPN31. 22 Dúvidas frequentes sobre UCs Dúvidas frequentes sobre UCs 23
  • 13. de pesquisas científicas22,25,33,36. •  Área de Relevante Interesse Ecológico – Área de pequena ex- •  Parque Estadual - Área em bom estado de conservação ou tensão, em bom estado de conservação, com pouca ou nenhuma rica em biodiversidade, com beleza cênica e com vários atrativos ocupação de pessoas, com características naturais relevantes ou naturais para o ecoturismo22,25,33,36. que seja refúgio da flora e fauna regional, sem necessidade de desapropriação22,25,33,36. •  Estação Ecológica - Área em bom estado de conservação, rica em diversidade biológica, incluindo espécies endêmicas, raras ou •  Floresta Estadual – Área que apresenta um bom estado de ameaçadas de extinção e com potencial para realização de pes- conservação, com ocorrência de espécies madeireiras de valor quisas científicas22,25,33,36. comercial22,25,33,36 (ex. Ipê, Sucupira, Mogno, Maçaranduba e Pau d’arco). •  Monumento Natural - Área pequena, em bom ou médio es- tado de conservação com, no mínimo, um atrativo relevante e •  Reserva Estadual de Fauna – Área natural, em bom estado de com beleza cênica22,25,33,36 (ex. presenças de lajedos, pedras, trecho conservação, com ocorrência de populações da fauna nativa, ter- extenso de rio e formação recifal singular). restre ou aquática, residentes ou migratórias com potencial para realização de pesquisas sobre manejo econômico sustentável de •  Refúgio da Vida Silvestre - Área em bom estado de conserva- recursos faunísticos22,25,33,36 (ex. coleta de peixes ornamentais ção, rica em diversidade biológica ou com espécies ameaçadas de para comercialização em aquariofilia). extinção que inclua propriedades particulares sem obrigatorie- dade de desapropriação22,25,33,36. •  Reserva de Desenvolvimento Sustentável – Área em bom estado de conservação, com comunidades tradicionais em seu Já nas UCs de Uso Sustentável, o objetivo é compatibilizar a con- interior e recursos naturais manejados de forma sustentável por servação da natureza com o uso sustentável de uma parcela dos re- estas22,25,33,36. cursos naturais, permitindo diferentes tipos e intensidades de inter- ferências antrópicas22,33. Neste grupo de UCs, a obtenção de benefícios •  Reserva de Floresta Urbana – Área remanescente dentro do pelas pessoas pode ser feito por consumo direto dos recursos na- perímetro urbano com predominância de espécies nativas, for- turais, sendo que a coleta e uso comercial destes recursos são per- mada por localidades de domínio privado ou público que, apesar mitidos se forem obedecidos critérios de extração manejada1,22,33,36. das pressões de entorno, ainda possui atributos ambientais im- portantes22,25,33,36 (ex. área verde dentro da cidade que funciona Seguem as categorias de UCs de Uso Sustentável instituídos pelo como amenizadora da poluição do ar e captadora de carbono). SEUC PE, com breve descrição das características mais relevantes para cada tipo (ver Apêndices D e E): •  Reserva Extrativista – Área em bom estado de conservação, com comunidades tradicionais em seu interior e recursos na- •  Área de Proteção Ambiental – Área extensa, em bom estado turais manejados de forma sustentável por estas22,25,33,36. de conservação, com certo grau de ocupação humana, na qual é preciso disciplinar o processo de ocupação de pessoas já residen- •  Reserva Particular do Patrimônio Natural – Área privada, na tes no local22,25,33,36. qual o proprietário institui o gravame de conservar a biodiver- sidade e demais recursos naturais nela existentes, com vantagens 24 Dúvidas frequentes sobre UCs Dúvidas frequentes sobre UCs 25
  • 14. tributárias e de financiamento pela criação da UC22,25,33,36. Todas as UCs, exceto as categorias Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento. O órgão gestor responsável estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos pAsso A pAsso pArA A criAção de ucs neste trecho da UC. Os limites, normas de uso e ocupação da zona públicAsd de amortecimento poderão ser definidos no ato de criação ou poste- riormente, durante a elaboração do plano de manejo da UC22,25. 1° pAsso: Reivindicação ou demanda pela Sociedadee civil (ONGs, associações de moradores, cooperativa de produtores rurais, empre- sas privadas, etc.) ou poder público para proteger uma área e torná-la UC. 2° pAsso: Realizaçãof de estudos técnicos (este passo deve ser co- ordenado pelo órgão gestor responsável). Com base nestes estudos, a categoria de UC mais adequada para a área será definida. De ma- neira geral, precisam responder as perguntas das etapas abaixo: •  Levantamento da flora e fauna [Quais e quantas espécies da flora e fauna são conhecidas na localidade? Quantas destas espé- cies são raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção? Qual o tipo de vegetação predominante? (ex. Floresta Ombrófila, restinga)]; •  Levantamento das características físicas (Qual o clima da região? Quando e quanto chove na região? Quais são os tipos de d Ver Apêndice F. e A abertura do processo de criação da UC se inicia com a apresentação de um ofício ou carta proto- colada com indicação da área. Após a formalização da demanda de criação da UC no órgão gestor res- ponsável (ex. diretorias e secretarias de meio ambiente das prefeituras e estados, respectivamente, ou órgão do SISNAMA, dependendo da abrangência territorial da UC), é necessário que um técnico ou equipe do órgão avalie a proposta20. f Caso a proposta de criação venha acompanhada de estudos técnicos, o órgão gestor deve analisá-los e solicitar estudos complementares quando couber. Para a realização dos estudos poderá ser firmada parceria mediante convênio ou acordo de cooperação com outros órgãos públicos, univer- sidades, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, membros da comunidade científica e da população local. Os estudos existentes sobre a área onde se planeja criar a unidade de conservação poderão ser aproveitados integral ou parcialmente. 26 Dúvidas frequentes sobre UCs Passo a passo para a criação de UCs públicas 27
  • 15. solo encontrados? Existem mananciais como nascentes e rios órgãos. utilizados no abastecimento público? Está sob algum relevo im- 4° Realizar consulta pública: A consulta é convocada pelo pAsso: portante? Tem zonas ambientalmente frágeis? Há outras UCs Poder Público e tem os objetivos de informar e consultar a população próximas ou conexão com fragmentos?); local e do entorno para que todos possam saber e opinar sobre a •  Levantamento sócio-econômico (Há populações residentes criação da UC. Nesse caso, o Poder Público é obrigado a fornecer as dentro da área ou no entorno? E comunidades tradicionais ou in- informações adequadas de maneira simples à população do local e dígenas? A área é utilizada para cultivo de lavouras, criação de outras partes interessadas. Após a consulta pública, é elaborada a gado, extração de madeira ou plantas medicinais? É utilizada pra proposta final de criação da UC, além de: passeio?); •  Emissão de nota técnica pelo órgão ambiental responsável fa- •  Situação fundiária (A área é publica ou privada? Existem as- vorável ou não a criação da UC; sentamentos em seu interior e/ou entorno? Quais os confron- •  Confecção do mapaj final da proposta e memorial descritivo. tantes? Qual o valor do hectare na região?); 5° pAsso: Nesta etapa é o órgão ambiental responsável pela pro- •  Elaboração de mapasg e delimitação da área da UC (A área está posta que envia os seguintes documentos ao chefe do Poder Execu- localizada em qual(is) município(s)? Existem estradas e rodovias tivo ou seu representante: de acesso? Quais as coordenadas geográficas, azimutes, altitudes •  Solicitação dos moradores ou comunidade (no caso das catego- e limites? O desenho da área é um polígono com muitos lados ou rias Reservas Extrativistas e Reserva de Desenvolvimento Susten- é circular?). tável); 3° pAsso: Encaminhar a proposta para criação da UC ao órgão de •  Diagnósticos técnicos (realizados no 2° passo); meio ambiente: após a conclusão dos estudos técnicos, dos limites e •  Pareceres técnico e jurídico (expedidos pelo órgão ambiental a sugestãoh da categoria para a área, o órgão de meio ambiente dará no 3° passo, quando necessário); os pareceres técnicos e jurídicos. É interessante enviar cópias dos estudos técnicos aos demais órgãos municipais, estaduais ou federais •  Manifestações por escrito de outros órgãos não demonstrando (ex. DIRMAN, SEMAS - PE, ICMBio, Secretarias de Agricultura, conflitos de interesses na criação da UC (se houver); Planejamento e INCRA), buscando afinidadei de interesses entre os •  Ata da consulta pública (aberta à população em geral). g A elaboração do mapa é uma etapa muito importante, pois ele conterá informações sobre a locali- 6° Criação da Unidade de Conservação por lei ou decreto pAsso: zação, o formato (desenho) e o tamanho correto da UC. do Poder Executivo. h É indicado sugerir a categoria mais apropriada para a área em que se pretende criar a UC de acor- do as características naturais (Apêndice A), mostradas pelos estudos técnicos. É importante lembrar que a escolha da categoria é apenas uma sugestão, não impedindo que o órgão ambiental responsável utilize outros critérios na escolha da categoria de UC. i Se algum destes órgãos se posicionar contrário à criação da UC (ex. na área proposta para a UC o INCRA pretende implantar um Projeto de Assentamento), os técnicos deverão avaliar se os argumen- j A elaboração do mapa e do memorial descritivo são etapas imprescindíveis no decreto de criação de tos são procedentes e se cabe uma reformulação da proposta (mudança ou criação de mais de uma ca- uma UC, tendo de ser feitos por profissionais experientes em SIG25. De fato, o memorial descritivo só tegoria de UC, alteração do tamanho, etc.). Caso os técnicos verifiquem que não existe nenhum outro deverá ser elaborado após os técnicos concluírem que o mapa preliminar não precisará de ajustes e que projeto proposto para a área, não serão necessárias alterações25. os limites já foram colocados com precisão25. 28 Passo a passo para a criação de UCs públicas Passo a passo para a criação de UCs públicas 29
  • 16. pAsso A pAsso pArA A criAção de ucs privAdAs: rppnk 1º pAsso: O proprietário manifesta a vontade de criar uma UC em sua propriedade. 2º pAsso: Preencher o requerimentol: É necessário um requeri- mento assinado pelo proprietário e seu cônjuge ou representante de ambos, reconhecendo parte (ex. a área de Reserva Legal) ou toda a propriedade como RPPN. Para pessoa jurídica, o representante legal da empresa é quem assina o requerimento. 3º pAsso: Justificar a criação da RPPN: A justificativa pode ser feita através de um texto simples, escrito pelo proprietário, no qual ele verbaliza seus motivos para tornar a área em uma reserva de caráter perpétuo. 4º pAsso: Reunir a documentação necessária: Nesta etapa é ne- cessário reunir os seguintes documentos descritos abaixo: •  Cédula de identificação (pessoa física) ou cópia de contrato social e do ato de designação do representante (pessoa jurídica); para todas as pessoas que assinam o requerimento, como des- crito no 2º passo; •  Comprovante de quitação ITR (em se tratando de propriedade urbana, comprovante de pagamento do IPTU); k Ver Apêndice G. l Ver Anexo A Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN 31
  • 17. •  Comprovantem de que a área não possui débitos (ex. hipotecas); do órgão ambiental); •  Planta da área total do imóvel (deve ser georreferenciada, in- •  Publicação no Diário Oficial do Ato de Reconhecimento da área dicando a área a ser reconhecida, a localização da propriedade no como RPPN pelo órgão gestor; município e o memorial descritivo da área da RPPN - em papel e •  Averbação no Cartório de Registro de Imóveis (o prazo máximo em meio digital); para registro é de 60 dias); •  Descrição das benfeitorias da propriedade (melhoramento •  Emissão de Título de Reconhecimento da RPPNp (o imóvel feito para atender necessidades, dar mais conforto ou rendimento); recebe título de reserva em caráter perpétuo). •  Título de domínio (com a certidão atualizada de matrícula e •  O Proprietário deve, por fim, elaborarq o Plano Básico de Uti- registro do imóvel em nome do proponente, reconhecidos em lização da RPPN, em consonância com o objetivo da RPPN e as cartório); atividades que possam ser realizadas na área. •  Averbação da Reserva Legal (obrigatoriedade imposta pelo Có- digo Florestal - lei n  4.771, Art. 16, inciso 4º). 5º pAsso: Encaminhar a documentação ao órgão ambiental: O re- querimento preenchido (no 2º passo), a justificativa (3º passo) e o restante da documentação (4º passo) devem ser entregues ao órgão ambiental responsável. 6º pAsso: O órgão ambiental analisa a documentação entregue e realiza uma vistoria na área proposta como RPPN, emitindo parecer favorável, ou não, à criação da reserva. Em caso favorável, será ne- cessário apresentar um laudo pericial por parte do particular. 7º pAsso: Avaliação e emissão do título da RPPN: Cabe ao órgão ambiental as seguintes tarefas, em parceria com o proprietário: •  Emitir parecer técnico e jurídico conclusivo; •  A assinatura do Termo de Compromisson; •  Homologação por Portariao (realizada pelo Diretor-Presidente m Caso a propriedade possua gravames (hipoteca), apresentar comprovação da liberação de ônus ou anuência do órgão hipotecário (Decreto nº 5746/06). p Ver Anexo C n Ver Anexo B q O Plano Básico de Utilização da RPPN ou Plano de manejo de RPPN, é disponibilizado pela o Ver Anexo C SEMAS-PE , CPRH ou ICMBio. 32 Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN Passo a passo para a criação de UCs privadas: RPPN 33
  • 18. gLoSSário solos, montanhas, rochas, rios, temperatura e umidade do ar) e bio- lógico (ex. microorganismos, flora e fauna) que interagem entre si. endêmicAs: organismos vivos de ocorrência restrita a uma de- espécies benfeitoriAs: toda obra ou despesa executada no bem patrimonial, terminada região, não ocorrendo em nenhum outro lugar no mundo. privado ou público, que intenta sua conservação, melhoria ou valo- espécie exóticA: são espécies deslocadas e introduzidas, fora de sua área rização estética. natural de distribuição, por meios de atividades humanas, sejam elas centro de endemismo: região identificada como sendo uma área que acidentais ou intencionais.36. concentra um elevado numero de espécies que só ocorrem naquele local. espécies exóticAs invAsorAs: são espécies exóticas cuja introdução ou dis- persão ameaça ecossistemas, habitats ou espécies e causam impactos confrontAntes: tipos de propriedades (ex. sítio, chácara e fazenda) que negativos ambientais, econômicos, sociais e culturais. limitam o entorno da UC e suas atividades econômicas (ex. aquicul- tura, pecuária bovina ou caprina, monocultura de cana-de-açúcar, extrAção mAnejAdA: sistema de exploração de recursos naturais através agrofloresta, entre outros). da coleta na natureza, de modo sustentável para que estes recursos possam continuar existindo para aproveitamento também das futu- corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou semi- ras gerações36. Exemplos de recursos que podem ser extraídos da naturais que ligam UCs e permitem o movimento dos organismos natureza são: madeiras nobres, castanha de caju, castanha do Pará, vivos e seu fluxo genético. Estes corredores viabilizam a dispersão palmito, babaçu, peixes, caranguejo, camarão e sururu. das espécies e novas colonizações em áreas degradadas, bem como mantêm populações de espécies (ex. carnívoros, como raposa e ja- icms socioAmbientAl: criado pela lei nº. 11.899 de 21 de dezembro de guatirica) que precisam de territórios com extensão maior do que 2000 e contempla os municípios que investem em meio ambiente, aquela das UCs individuais para sua sobrevivência4,22. além de saúde, educação e cultura35. conservAção in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e lAudo descrição sucinta feita por profissional habilitado (ex. periciAl: a manutenção e a recuperação de populações viáveis de espécies em biólogo e engenheiro florestal) que informa sobre a flora, fauna, geo- seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou culti- logia, geomorfologia, solos, cobertura vegetal, recursos hídricos, vadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas próprias caracte- histórico do uso do solo, degradação ambiental, uso do espaço geográ- rísticas36. fico, situação locacional e trechos de APP, ou seja, características ambientais importantes da área da UC. Em sua finalização, o laudo diversidAde biológicA ou biodiversidAde: é a variedade de organismos vivos conclui sobre a importância de preservação da área de interesse. de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos memoriAl documento técnico que descreve as coordenadas descritivo: ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade geográficas de cada um dos pontos existentes no mapa e mostra a dentro de espécies, entre espécie e de ecossistemas36. localização, desenho (formato) e tamanho preciso da UC. ecossistemA: conjunto formado pelos elementos do mundo físico (ex. plAno de mAnejo: documento técnico que se fundamenta nos objetivos 34 Glossário Glossário 35
  • 19. gerais de cada tipo de UC e estabelece o seu zoneamento e as normas nascentes, zonas com angulação de mais de 45 graus, assim como que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, lagos, as lagunas, zonas úmidas de rios, restingas e manguezais, en- inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à sua tre outros. gestão25,29. plAno de utilizAção dA rppn: documento simples no qual vão estar descritas as atividades já desenvolvidas ou que se pretende desen- volver na RPPN, facilitando a obtenção de apoio técnico e financeiro para gestão da UC, de acordo com os objetivos de sua criação. reservA legAl: Área com vegetação nativa localizada no interior da propriedade que deve ser mantida para o uso sustentável e conser- vação dos recursos naturais estabelecida pelo Código Florestal (Lei n° 4771/1965). recursos nAturAis: toda matéria prima que é necessária ao homem e que se encontra na natureza, podendo ser não renováveis e renováveis. Podemos citar: o solo, a água, o oxigênio, energia oriunda do sol, as florestas, dentre outros36. serviços AmbientAis: são os benefícios obtidos pelo homem a partir do funcionamento dos ecossistemas tais como a formação do solo, a regulação climática, a produção de oxigênio, o sequestro de carbono, o fornecimento de alimentos, a proteção dos recursos hídricos, entre outros. Para que esses serviços permaneçam em equilíbrio é de ex- trema importância que haja a redução dos impactos gerados pelo homem nos ecossistemas. zonA de Amortecimento: é o entorno da UC, onde as atividades das pes- soas estão sujeitas as normas e restrições específicas com o propósi- to de minimizar os impactos negativos sobre a área protegida25,29. zonAs AmbientAlmente frágeis: são áreas naturais que se caracterizam por elevada fragilidade, baixíssima resiliência mediante perturbações e/ ou estreita dependência da cobertura vegetal para manutenção de sua integridade29. Os exemplos mais comuns são as áreas de APP (Áreas de Proteção Permanente) como encostas e topos de morros, 36 Glossário Glossário 37
  • 20. outrAS fonteS de informAçõeS DIRMAN – Diretoria de Meio Ambiente da Prefeitura de Recife Prefeitura da Cidade do Recife - 5º andar, sala 13 Av. Cais do Apolo, 925, CEP: 50030-903 Bairro do Recife, Recife, PE Tel.: (81) 3425.8452 Aliança para a Conservação da Mata Atlântica www.recife.pe.gov.br/meioambiente/dirmam.php Rua Manoel da Nóbrega, 456 Paraíso, CEP 04001-001, São Paulo, SP EMANE - Rede de Unidades de Conservação da Mata Atlântica do Fax: (11) 3885.1680 Nordeste Email para contato: alianca@sosma.org.br www.emane-uc.blogspot.com/ www.aliancamataatlantica.org.br IBAMA/PE – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos AMANE – Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste Naturais Renováveis Rua Aluísio de Azevedo, 200 / 1005 CEP 50100-090, Santo Amaro, Av. 17 de Agosto, 1.057, CEP 52060-590, Casa Forte, Recife, PE Recife, PE Tel.: (81) 3441.5033 Tel. - Fax: (81) 3223.0317 www.ibama.gov.br/pe/ Email para contato: comunicacao@amane.org.br www.amane.org.br/ ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade EQSW 103/104, Bloco “C”, Complexo Administrativo, Setor CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste Sudoeste Av. Caxangá, 5775, sala 05, CEP 50740-000, Várzea, Recife, PE CEP 70.670-350, Brasília, DF Tel. - Fax: (81) 3453.9102 Tel.: (61) 3341.9101 Email para contato: cepan@cepan.org.br www.icmbio.gov.br www.cepan.org.br INCRA - Instituto de Colonização e Reforma Agrária CI- Brasil - Conservação Internacional do Brasil SBN Qd. 01 Bloco D, Edifício Palácio do Desenvolvimento, Av. Getúlio Vargas, 1300, 7º andar, CEP 30112-021, Savassi, Belo CEP: 70.057-900, Brasília, DF Horizonte, MG Tel. - Fax: (61) 3411.7474 Tel.: (31) 3261.3889 Email para contato: publico@incra.gov.br www.conservation.org.br www.incra.gov.br/portal/ CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente MMA – Ministério do Meio Ambiente Rua Santana, 367, CEP 52060-460, Casa Forte, Recife, PE Esplanada dos Ministérios, Bloco B, CEP 70068-900, Brasília, DF Tel.: (81) 3182.8800 Email para contato: webmaster@mma.gov.br, Email para contato: ouvidoriaambiental@cprh.pe.gov.br www.mma.gov.br www.cprh.pe.gov.br www.meioambiente.gov.br/ 38 Outras fontes de informações Outras fontes de informações 39
  • 21. MMA/PDA – Subprograma Projetos Demonstrativos referênciAS bibLiográficAS Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 7º andar - sala 717, CEP 70068-900, Brasília, DF Tel.: (61) 2028.1871/ Fax: (61) 2028.1864 1. ADAMS, C. et al. Valoração econômica do Parque do Morro do www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=51 Diabo (SP). São Paulo: Conservation Strategy Fund/Páginas e Letras Rede de Gestores de Unidades de Conservação do Centro de Editora e Gráfica, 2003. 28 p. Endemismo Pernambuco 2. AMARAL, V. Reserva Particular do Patrimônio Natural: (AL, PE, PB e RN) iniciativa cidadã para a proteção da natureza. São Paulo: www.redegestoresucdocep.ning.com/ Conservation International do Brasil, The Nature Conservancy, World RBMA – Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Wildlife Found do Brasil, 2008. 20 p. Rua do Horto, 931, Horto Florestal, CEP 02377-000, São Paulo, SP 3. ATLAS DA BIODIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Recife: Tel.: (11) 2232.5728 Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico Emails para contato: rbma@rbma.org.br e cnrbma@uol.com.br e Científico, [2002]. 1 CD-ROM. Cadernos disponíveis em www.rbma.org.br 4. AYRES, J. M. et al. Os corredores ecológicos das florestas SEMAS – Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade-PE tropicais do Brasil. Belém, Pará: Sociedade Civil Mamirauá, 2005. Email para contato: semas.pe@gmail.com 256 p. TNC – The Nature Conservancy 5. BARRETTO FILHO, L. Notas para uma história social das áreas de Escritório Regional para a América Latina proteção integral no Brasil. In: RICARDO, F. (org.). Terras indígenas Rua Lauro Müller, 116, Sala 3405, Ed. Torre do Rio Sul, CEP & unidades de conservação da natureza: o desafio das 22.290-160 sobreposições. São Paulo: ISA, 2004. p. 53-63. Botafogo, Rio de Janeiro, RJ 6. BELTRÃO, A. L. & MACÊDO, M. M. L. Projeto piloto da Bacia Tel.: (21) 2159.2826 Hidrográfica do Rio Goiana (Macrozoneamento): subsídios ao Email para contato: brasil@tnc.org http://www.nature.org/ourinitiatives/regions/southamerica/brasil/index.htm planejamento integrado da bacia do Rio Goiana: complexo serras do Mascarenhas e Jundiá. Recife: Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos, 2004. 35 p. 7. BIERREGAARD, JR., R. O. et al. Lessons from Amazonia: The ecology and conservation of a fragmented forest. New Haven: Yale University Press, 2001. 8. CARVALHO, D. A. Especificidades da gestão de Unidades de Conservação Marinhas: zoneamento tridimensional. 40 Outras fontes de informações Referências Bibliográficas 41
  • 22. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) - Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1985. Universidade de Brasília, Brasília, 2007. 16. IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. & NUNES-SILVA, P. As abelhas, 9. CAVALCANTI, C. Opulência vegetal, cobiça insaciável e a os serviços ecossistêmicos e o Código Florestal Brasileiro. Biota entronização da entropia: uma visão da história sócio-ambiental da Neotropica, Campinas, v. 10, n. 4, 2010. Disponível em: <http:// Mata Atlântica. In: SIQUEIRA-FILHO, J. A. & LEME, E. M. C. (eds.). www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt/abstract?article+ Fragmentos de Mata Atlântica do Nordeste - Biodiversidade, bn00910042010>. Acesso em: 02 feb. 2011. conservação e suas bromélias. Rio de Janeiro: Andréa Jakobsson 17. KERR, W. E. et al. Aspectos pouco mencionados da biodiversidade Estúdio, 2006. p. 12-45. da Amazônia. In: Biodiversidade, Pesquisa e Desenvolvimento na 10. FACETTI, J. F. O aqüífero Guarani: um serviço ambiental regional. Amazônia. Parcerias estratégicas. Brasília: Ministério da Ciência In: GALINDO-LEAL, C. & CÂMARA, I. G. (eds.). Mata Atlântica: e Tecnologia 12, 2001. p. 20-41. biodiversidade, ameaças e perspectivas. Belo Horizonte: 18. LUCENA, M. F. A. Flora da Mata do CIMNC, Pernambuco, Conservação Internacional, 2005. p. 323-325. Brasil. Relatório Técnico. Recife: Centro de Pesquisas Ambientais do 11. FONSECA, G. A. B. et al. Corredores de biodiversidade: o Corredor Nordeste, 2009. 34 p. Central da Mata Atlântica. In: ARRUDA, M. B. & SÁ, L. F. S. N. (eds.). 19. MARGULES, C. R. & PRESSEY, R. L. Systematic conservation Corredores ecológicos: uma abordagem integradora de planning. Nature, Londres, v. 405, p. 243-253, mai. 2000. ecossistemas no Brasil. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 2004. p. 47-65. 20. MITTERMEIER, R. A. et al. Hotspots Revisited. Cidade do México: Cemex, 2004. 316 p. 12. FREITAS, A. V. L. Impactos potenciais das mudanças propostas 21. MMA. Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias no Código Florestal Brasileiro sobre as borboletas. Biota Neotropica, para a conservação, utilização sustentável e repartição dos Campinas, vol. 10, n. 4, oct. 2010. Disponível em: <http://www. benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. Brasília: biotaneotropica.org.br/v10n4/pt/abstract?article+bn00810042010>. Ministério do Meio Ambiente/Secretaria de Biodiversidade e Acesso em: 02 feb. 2011. Florestas, 2002. 404 p. 13. GASCON, C. et al. Amphibian Conservation Action Plan. 22. MMA-SNUC. Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Switzerland and Cambridge: IUCN/SSC Amphibian Specialist Group. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2000. Gland, 2007. 57 p. 14. GALINDO-LEAL, C. et al. Estado dos hotspots: a dinâmica da 23. MMA. Parentes Silvestres das espécies de plantas cultivadas. perda de biodiversidade. In: GALINDO-LEAL, C. & CÂMARA, I. G. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Centro de Informação e (eds.). Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. Documentação Luis Eduardo Magalhães, 2006, 42 p. Belo Horizonte: Conservação Internacional, 2005. p. 12-23. 24. MYERS, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. 15. IBGE. Atlas nacional do Brasil: região Nordeste. Rio de Nature, Londres, v. 403, p. 853-858, fev. 2000. 42 Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas 43
  • 23. 25. OLIVEIRA, J. C. C. Roteiro para criação de unidades de 34. SANDERSON, J. et al. Biodiversity conservation corridors: conservação municipais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, planning, implementing, and monitoring suitainable 2010. 68 p. landscapes. Washington: Conservation International, 2003. 26. PEREIRA, G. A. Aves da Mata do CIMNC, Pernambuco, Brasil. 35. SECTMA. Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Relatório Técnico. Recife: Centro de Pesquisas Ambientais do Ambiente. Lei Nº 11.899 - ICMS Sócio Ambiental. Disponível em: Nordeste, 2009. 32 p. www.sectma.gov.br. Acesso em: 02 abr. 2011. 27. PRANCE, G. T. Forest refuges: evidences from woody angiosperms. 36. SEUC-PE. Sistema Estadual de Unidades de Conservação da In: PRANCE, G. T. (ed.). Biological diversifcation in the tropics. Natureza no âmbito de Pernambuco. Recife: Secretaria de Ciência, New York: Columbia University Press, 1982. p. 137-158. Tecnologia e Meio Ambiente, 2009. 32 p. 28. PRANCE, G. T. Biogeography of neotropical plants. In: 37. SILVA, J. M. C. & CASTELETI, C. H. M. Status of the biodiversity WHITMORE, T. C. & PRANCE, G. T. (eds.). Biogeography and of the Atlantic forest of Brazil. In: GALINDO-LEAL, C. & CÂMARA, Quaternary History in Tropical America. Oxford: Clarendon I. G. (eds.). The Atlantic Forest of South America: biodiversity Press, 1987. p. 46-65. status, trends, and outlook. Washington: Center for Applied 29. PRIMACK, R. B. & RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Biodiversity Science and Island Press, 2003. p. 43-59. Paraná, Londrina: Editora Vida, 2001. 328 p. 38. SILVA, J. M. C. & TABARELLI, M. Tree species impoverishment 30. RANTA, P. et al. The fragmented Atlantic rain forest of Brazil: and the future for a of the Atlantic forest of northeast Brazil. Nature, size, shape and distribution of forest fragments. Biodiversity and Londres, v. 404, n. 2 p. 72-74, mar. 2000. Conservation, Londres, v. 7, n. 3, p. 385-403, mar. 1998. 39. SOARES, M. O. et al. Gestão ambiental de ecossistemas insulares: 31. REPAMS. Guia para criar e implementar Reservas O caso da reserva biológica do atol das Rocas, Atlântico Sul Equatorial. Particulares do Patrimônio Natural. Associação de Revista da Gestão Costeira Integrada, Lisboa, v. 10, n. 3, p. 347- Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural 360, dez. 2010. do Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul, Campo Grande: Editora 40. SOULÉ, M. E. & TERBORGH, J. Editores. Continental Gibim, 2006. 80 p. conservation: scientific foundations of regional reserve 32. RODA, S. A. Aves do Centro de Endemismo Pernambuco: networks. Washington: Island Press, 1999. composição, biogeografia e conservação. Tese (Doutorado) - 41. TABARELLI, M. et al. 2006. Fragmentação e perda de habitats na Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém, Mata Atlântica ao norte do rio São Francisco. In: SIQUEIRA-FILHO, 2003. J. A. & LEME, E. M. C. (eds.). Fragmentos de Mata Atlântica do 33. RYLANDS, A. B. & BRANDON, K. Unidades de conservação Nordeste - Biodiversidade, conservação e suas bromélias. Rio brasileiras. Megadiversidade, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 27-35, de Janeiro: Andréa Jakobsson Estúdio, 2006. p. 81-99. jul. 2005. 42. TEIXEIRA, C. O. Desenvolvimento sustentável em Unidades de 44 Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas 45
  • 24. 46 Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 59, p. 51-67, out. 2005. Referências Bibliográficas Conservação: a “naturalização” do social. Revista Brasileira de Apêndice A - Esquema Ilustrando os objetivos, usos e os dois grupos de UCs. Fontes: MMA- SNUC (2000); SEUC-PE (2009). Apêndices Categorias de Unidades de Conservação segundo SEUC/SNUC Apenas uso indireto Uso sustentável Preservar a natureza de recursos naturais dos recursos naturais Em atividades de pesquisa científica Objetivo de qualquer Objetiva também a utilização direta como, e turismo ecológico, por exemplo. Unidade de Conservação. por exemplo, extração de produtos florestais. UNIDADE DE PROTEÇÃO INTEGRAL UNIDADE DE USO SUSTENTÁVEL 47
  • 25. 49 REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE (RVS) MONUMENTO NATURAL (MN) ou migratórios beleza cênica de seres vivos do local singulares ou de grande existência ou reprodução Sítios naturais raros, Sítios que asseguram a (Sujeita às normas do Plano de Manejo) Visitação permitida (Acordo entre o gestor e o proprietário) Posse Pública e Privada (Categorias segundo SEUC/SNUC) Objetiva preservação integral da fauna e da flora e de demais recursos naturais Unidades de Proteção Integral - Posse Pública e Privada (2000); SEUC-PE (2009). Apêndices de Posse Pública e Privada, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC Apêndice C - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Proteção Integral Apêndice B - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Proteção Integral Apêndices de Posse Pública, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC (2000); SEUC-PE (2009). Unidades de Proteção Integral - Posse Pública Objetiva preservação integral da fauna e da flora e de demais recursos naturais (Categorias segundo SEUC/SNUC) Posse Pública Visitação proibida Visitação permitida (Exceto com objetivo educacional) (Sujeita às normas do Plano de Manejo) Preservação integral, Objetiva preservação sem interferência humana, Área com grande da natureza e exceto em medidas de beleza cênica pesquisas científicas recuperação. RESERVA BIOLÓGICA (REBIO) ESTAÇÃO ECOLÓGICA (ESEC) PARQUE ESTADUAL (PE) 48
  • 26. 51 INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE) URBANA (FURB) AMBIENTAL (APA) ÁREA DE RELEVANTE RESERVA DE FLORESTA ÁREA DE PROTEÇÃO extraordinária ou espécies raras. amenização do clima). assegurar a sustentabilidade humana, de natureza (Por exemplo, proteção de nascentes, disciplinar a ocupação e ou nenhuma ocupação ambientais à cidade proteger a biodiversidade, Áreas pequenas, com pouca Objetiva prestar serviços Sítio com propósito de proprietário) (Sujeita às normas do Plano de Manejo) particulares estabelecidas pelo (Sujeita às normas do Plano de Manejo) incentivada estabelecida pelo gestor; nas áreas Visitação permitida Visitação permitida e (Nas áreas de domínio público, Visitação condicionada (Acordo entre o gestor e o proprietário) Posse Pública e/ou Privada (Categorias segundo SEUC/SNUC) Objetiva compatibilizar a preservação com o uso sustentável dos recursos naturais Unidades de Uso Sustentável - Posse Pública e/ou Privada (2000); SEUC-PE (2009). Apêndices Posse Pública e/ou Privada, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC Apêndice E - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável de Apêndice D - Esquema ilustrando os tipos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável Apêndices de Posse Pública ou Privada, seus objetivos principais e normas de uso. Fontes: MMA-SNUC (2000); SEUC-PE (2009). Unidades de Uso Sustentável - Posse Pública ou Privada Objetiva compatibilizar a preservação com o uso sustentável dos recursos naturais (Categorias segundo SEUC/SNUC) Posse Pública Posse Privada Visitação permitida Visitação permitida e Visitação permitida incentivada (Apenas para fins turísticos, (Sujeita às normas do Plano de Manejo) (Sujeita às normas do Plano de Manejo) recreativos e educacionais) Área com populações Sítio utilizado Área com populações de Floresta com tradicionais que utilizam os tradicionalmente para espécies nativas de predominância recursos naturais de forma extrativismo. Busca animais apropriadas para Área destinada a preservar de espécies nativas, sustentável e contribuem assegurar o uso estudos sobre o manejo a biodiversidade, de modo destinada à produção para a manutenção das sustentável dos recursos. adequado dos recursos perpétuo. econômica e sustentável. condições ecológicas. Garante também o meio faunísticos. (Madeira e outros (Respeitando o plano de de vida e a cultura das (Respeitando o plano de produtos vegetais) manejo da UC) populações. manejo da UC) RESERVA ESTADUAL RESERVA DE DESENVOLVIMENTO RESERVA PARTICULAR DO RESERVA EXTRATIVISTA (RESEX) FLORESTA ESTADUAL (FLOE) DE FAUNA (REF) SUSTENTÁVEL (RDS) PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) 50