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TÓPICOS 
· TEORIA DE FOGO 
· COMBUSTÃO 
· CLASSES DE INCÊNDIO 
· MÉTODOS DE EXTINÇÃO 
· EXTINTORES DE INCÊNDIO 
· HIDRANTES 
· EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA 
INCÊNDIO 
· PLANOS DE AÇÃO: 
1. PLANO DE EVACUAÇÃO 
2. BRIGADA DE INCÊNDIO 
· EXPLOSÕES 
1. CONCEITOS 
2. PREVENÇÃO 
· LEGISLAÇÃO REFERENTE A INCÊNDIO 
· SEGURANÇA EM TRANSPORTES 
1. CARGAS PERIGOSAS 
2. SIMBOLOGIA 
3. PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE 
TEORIA DO FOGO 
INTRODUÇÃO: 
Química do Fogo 
O fogo ou combustão resulta de uma oxidação rápida. 
Conhecer as condições que determinam a ocorrência, ou não, 
da oxigenação de uma substância com desenvolvimento de 
calor e luz, é essencial para a compreensão dos princípios em
que se baseiam os métodos de controle e extinção do fogo. 
Convém recordarmos que existem dois tipos de reações 
químicas: Endotérmicas e Exotérmicas. Reações endotérmicas 
são aquelas que dão origem a uma substância com maior 
energia do que existe nos compostos reagentes, processando-se 
sem desprendimento de calor. As reações exotérmicas 
produzem substâncias com menor energia do que existe nos 
compostos reagentes e se processam com desprendimento de 
calor. 
As reações oxidantes que ocorrem nos incêndios são 
exotérmicas. 
Para ocorrer uma reação oxidante devem estar 
presentes: o material combustível e o agente oxidante. 
O oxigênio é o elemento oxidante fundamental. A 
oxidação de um material ocorre continuamente enquanto 
estiver presente um agente oxidante normalmente o ar 
(aproximadamente 1/5 de oxigênio e 4/5 de nitrogênio). 
Porém, à temperatura ambiente, a reação é tão lenta que não 
chega a ser perceptível. O "amarelamento" do papel e a 
ferrugem são exemplos de oxidação lenta. 
Em temperaturas mais altas como as que podem ser 
criadas pela chama de um palito de fósforo, a taxa de oxidação 
torna-se rápida, gerando grande quantidade de calor. 
Caso esse calor gerado seja suficiente para manter a 
reação após a remoção do palito de fósforo aceso, e caso 
apareçam chamas, diz-se que ocorreu a ignição. A combustão
é a queima contínua após a ignição. 
Além do calor e do agente oxidante, mais um elemento 
determinará a ocorrência da ignição e combustão: o material 
combustível. 
Este material poderá ser sólido, líquido ou gasoso, 
sendo que quando nos dois primeiros estados, deverão ser 
decompostos pelo calor em vapores que queimam com chama 
visível. 
O efetivo controle e extinção do incêndio requerem um entendimento da natureza química e física 
do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos 
combustíveis e as condições necessárias para combustão. 
TRIÂNGULO DO FOGO: Para facilidade de compreensão, o FOGO é representado 
simbolicamente por um triângulo, ao qual denominamos "TRIÂNGULO DO FOGO". 
A existência do fogo está condicionada à presença desses três elementos EM 
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS.
Durante a reação, isto é, durante a QUEIMA, há desprendimento do CALOR e LUZ, 
continuamente. 
TETRAEDRO DO FOGO: 
Modernamente, foi acrescentado ao triângulo do fogo mais um elemento: A REAÇÃO EM 
CADEIA, formando assim o tetraedro ou quadrado de fogo. Os combustíveis após iniciar a 
combustão geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustíveis, sendo que os 
átomos livres são os responsáveis pela liberação de toda a energia necessária para a 
reação em cadeia. 
1 . COMBUSTÍVEL: 
É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. 
Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se 
apresentam: 
a) Combustíveis sólidos: 
a maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o 
oxigênio, exemplos: madeira, papel, plástico, ferro, etc. 
b) Combustíveis líquidos: tem algumas propriedades físicas que dificultam a 
extinção do calor, aumentando o perigo. Os líquidos assumem a forma do 
recipiente que os contém, é importante notar também que a maioria dos líquidos 
inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre esta. 
Outra propriedade a ser considerada é a sua volatilidade, que é a facilidade com 
que os líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto 
mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão.
c) Combustíveis gasosos: 
Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o 
recipientes que estão envolvidos. 
2. COMBURENTE: 
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais 
comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera a 21%. 
3. FONTE DE CALOR: 
Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação 
de outra energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como 
uma condição da matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das 
moléculas que compõem a matéria. 
4. REAÇÃO EM CADEIA: 
A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado da chama 
atinge o combustível e este e decomposto em partículas menores, que se 
combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o 
combustível, formando um círculo constante.
PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA 
Sabemos que é necessário unir três elementos para que o FOGO apareça, entretanto, por vezes 
esses três elementos estão presentes e o FOGO não ocorre, porque a quantidade de calor é 
insuficiente para queimar o COMBUSTÍVEL. 
Para exemplificar melhor, imaginemos uma frigideira com óleo combustível sobre a 
chama de um fogão. O óleo começará aquecer e a desprender vapores (gases); se 
deixarmos por algum tempo, observaremos que um dado momento o referido 
combustível se incendiará sem que haja contato com a chama externa. Para que o 
óleo aquecido lentamente comece a queimar, ele passou por três pontos de 
aquecimento que chamaremos de: PONTO DE FULGOR, PONTO DE 
COMBUSTÃO, PONTO DE IGNIÇÃO. 
PONTO DE FULGOR 
É a temperatura na qual o combustível começa a desprender vapores (gases), que 
se tomarem contatos diretos com uma chama queimarão, porém a chama 
produzida não se mantém, em vista da quantidade de vapores desprendidos ser 
muito pequena. 
PONTO DE COMBUSTÃO 
É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que se 
tomarem contato direto com uma chama queimarão, até que acabe o combustível. 
PONTO DE IGNIÇÃO 
É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases) que com o 
simples contato com o oxigênio existente no ar queime até que o combustível 
acabe.
PROPAGAÇÃO DO FOGO 
O calor é um dos principais causadores do alastramento de um fogo, ele pode, caso não seja 
impedido, ser transmitido até mesmo a grandes distâncias, das seguintes formas: IRRADIAÇÃO, 
CONDUÇÃO, CONVECÇÃO. 
IRRADIAÇÃO 
É a transmissão de calor através de raios e ondas que ocorrem em espaços vazios. Um exemplo 
diário deste fenômeno é o calor do sol (fonte) irradiado através do espaço até a terra (corpo); e 
como o caso do sol, existem inúmeras outras formas de irradiação que poderão contribuir para a 
propagação do fogo. 
CONDUÇÃO 
É transmissão do calor que ocorre de uma fonte para um corpo, através de um material que seja 
um bom condutor de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e segurarmos numa das pontas com 
a mão e colocarmos a outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos perceber após 
alguns segundo que todo o ferro está quente, indo aquecer consequentemente a nossa mão, e se 
ao invés de nossa mão, tivesse tendo contato com outro combustível qualquer, este iria queimar. 
CONVECÇÃO 
É a transmissão do calor através do ar e dos líquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os 
líquidos podem ser aquecidos quando em contato com o fogo. O ar quente sempre sobre e leva 
consigo o calor que poderá entrar em contato com o combustível e propagar o fogo. 
Fases do Fogo 
Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja 
descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e 
fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser 
controlada com a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação (vide capítulo 12). 
O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento.
Fase Inicial 
Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido e o fogo está 
produzindo vapor d’água (H20), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros 
gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis, e a 
temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo 
gerado e evoluirá com o aumento do fogo. 
Queima Livre 
Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da 
convecção, isto é, o ar quente "sobe" e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas 
aberturas nos pontos mais baixos do ambiente.
Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o 
ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a permanecer junto ao solo; eventualmente, 
causam a ignição dos combustíveis nos níveis mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma das 
razões pelas quais os bombeiros devem se manter abaixados e usar o equipamento de proteção 
respiratória. Uma inspiração desse ar superaquecido pode queimar os pulmões. Neste momento, a 
temperatura nas regiões superiores (nível do teto) pode exceder 700 ºC. 
"Flashover" 
Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando 
determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima 
instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, 
ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como "Flashover". 
Queima Lenta 
Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o 
comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de 
existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é 
normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e 
os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por 
todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do 
ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, 
assim, vapores combustíveis.
"Backdraft" 
A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio combina-se 
com outros elementos. 
O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na madeira. 
Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono 
(CO2 ), ou monóxido de carbono (CO ). Quando o oxigênio é encontrado em quantidades 
menores, o carbono livre ( C ) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaça. 
Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio 
suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de 
carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão 
prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de 
oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos"Backdraft".
A ventilação adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis superaquecidos sejam 
retirados do ambiente. Ventilação inadequada suprirá abundante e perigosamente o local com o 
elemento que faltava (oxigênio), provocando uma explosão ambiental. 
As condições a seguir podem indicar uma situação de "Backdraft": 
· fumaça sob pressão, num ambiente fechado; 
· fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do 
ambiente em forma de lufadas; 
· calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta); 
· pequenas chamas ou inexistência destas; 
· resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas; 
· pouco ruído; 
· movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita (em alguns 
casos ouve-se o ar assobiando ao passar pelas frestas). 
Formas de Combustão 
As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, 
espontânea e explosão. 
Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o 
calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de 
acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do 
combustível.
Combustão Completa 
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio. 
Combustão Incompleta 
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente 
pobre em oxigênio. 
Combustão Espontânea 
É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ação de 
bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns 
materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição); 
outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 ºC), como o fósforo branco. Ocorre 
também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e 
libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio.
CLASSES DE INCÊNDIO 
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais com eles envolvidos bem como a 
situação como se encontram, essa classificação é feita para determinar o agente extintor 
adequado para o tipo de incêndio específico. 
Para facilitar a maneira de se combater os incêndios, vamos dividi-los em quatro classes: 
CLASSE "A"- Combustíveis sólidos; 
CLASSE "B"- Combustíveis Líquidos; 
CLASSE "C"- Equipamentos Energizados; e 
CLASSE "D"- Materiais Pirofóricos. 
Definições: 
CLASSE "A"- incêndios envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano, 
borracha: 
CLASSE "B"- incêndio envolvendo combustíveis líquidos inflamáveis graxas e gases combustíveis: 
CLASSE "C" – incêndio envolvendo materiais energizados:
CLASSE "D" - incêndio envolvendo materiais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, 
antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). É caracterizado pela 
queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns, principalmente os que 
contém água: 
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO 
· Não fume 30 minutos antes do final do trabalho. 
· Não use cestos de lixo como cinzeiros. 
· Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras, 
etc. 
· Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados. 
· Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados. 
· Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados. 
· Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, 
materiais nas escadas e nos corredores. 
· Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da 
tomada. 
· Não cubra fios elétricos com o tapete. 
· Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidade mínimas, armazenando-os sempre 
na posição vertical e na embalagem original. 
· Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. 
· Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem 
que esteja familiarizado com isso. 
· Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim). 
· Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados. 
· Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos. 
· Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO 
Métodos de Extinção do Fogo 
Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos elementos 
essenciais que provocam o fogo. 
Retirada do Material 
É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível, 
ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão. 
Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível. 
Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, 
retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc. 
Resfriamento 
É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está 
queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água 
é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente 
encontrada na natureza. 
A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de 
modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir.
É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 
20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases 
combustíveis. 
Abafamento 
Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo 
comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais 
que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os 
peróxidos orgânicos e o fósforo branco. 
Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai 
tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde 
não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo álcool em chamas, 
ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências 
práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o 
combustível. 
Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água, 
espumas, pós, gases especiais etc. 
Quebra da Reação em Cadeia 
Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a 
área das chamas, interrompendo assim a "reação em cadeia" (extinção química). Isso ocorre 
porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre 
quando há chamas visíveis.
VENTILAÇÃO 
é aplicada no combate a incêndios é a remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e 
vapores quentes de uns locais confinados, proporcionando a troca dos produtos da combustão por 
ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros no ambiente sinistrado. Neste Manual, 
chamaremos de produto da combustão a fumaça, os gases e os vapores quentes. São tipos de 
ventilação: natural e forçada. 
Ventilação Natural 
É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente, sendo também empregado o 
princípio da convecção com o objetivo de ventilar. Como exemplo, citam-se a abertura de portas, 
janelas, paredes, bem como a abertura de clarabóias e telhados. 
Na ventilação natural, apenas se retiram as obstruções que não permitem o fluxo normal dos 
produtos da combustão. 
Ventilação Forçada 
É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes em que não é possível estabelecer o 
fluxo natural de ar. Neste caso, força-se a renovação do ar através da utilização de equipamentos 
e outros métodos. 
Ainda com relação à edificação e à ação do bombeiro, pode-se dividir a ventilação em horizontal e 
vertical. 
Ventilação Horizontal 
É aquela em que os produtos da combustão 
caminham horizontalmente pelo ambiente. 
Este tipo de ventilação se processa pelo 
deslocamento dos produtos da combustão
através de corredores, janelas, portas e 
aberturas em paredes no mesmo plano. 
Ventilação Vertical 
É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo ambiente, através de 
aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de escadas), ou aberturas feitas pelo 
bombeiro (retirada de telhas). 
Para a ventilação, o bombeiro deve aproveitar as aberturas existentes na edificação, como as 
portas, janelas e alçapões, só efetuando aberturas em paredes e telhados se inexistirem aberturas 
ou se as existentes não puderem ser usadas para a ventilação natural ou forçada. Efetuar entrada 
forçada em paredes e telhados, quando já existem aberturas no ambiente, acarreta prejuízos ao 
proprietário, além de significar perda de tempo. 
Vantagens da Ventilação 
Os grandes objetivos de uma Brigada de Incêndio são: atingir 
o local sinistrado no menor tempo possível; resgatar vítimas presas; localizar focos de incêndio; 
aplicar os agentes extintores adequados, minimizando os danos causados pelo fogo, pela água e 
pelos produtos da combustão. Durante o combate, a ventilação é um auxílio imprescindível na
execução destes objetivos. Quando, para auxiliar no controle de incêndio, é feita ventilação 
adequada, uma série de vantagens são obtidas, tais como: visualização do foco, retirada do calor e 
retirada dos produtos tóxicos da combustão. 
Visualização do Foco 
A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão que impedem a visualização. 
Tendo uma boa visualização o bombeiro: 
· entra no ambiente em segurança; 
· localiza vítimas; 
· extingue o fogo com maior rapidez, sem causar danos pelo excesso de água aplicada no 
local. 
Retirada do Calor 
A ventilação adequada retira os produtos da combustão que são os responsáveis pela propagação 
do calor (através da convecção), eliminando com isto grande quantidade de calor do ambiente. 
Com a retirada do calor, o bombeiro: 
· Tem maior possibilidade de entrar no ambiente. 
· Diminui a propagação do incêndio. 
· Evita o "backdraft" e o "flash over". 
· Evita maior dano à edificação. 
· Evita maiores riscos a possíveis vítimas. 
Retirada dos Produtos Tóxicos 
da Combustão 
A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão que são os responsáveis pela 
maioria das mortes em incêndio. 
Com a retirada dos produtos tóxicos, o bombeiro: 
· Tem maior possibilidade de encontrar vítimas com vida. 
· Elimina os estragos provocados pela fuligem. 
Problemas da Ventilação Inadequada 
· Grande volume de fumaça com elevação da temperatura, proporcionando propagação 
mais rápida do incêndio.
· Dificuldade no controle da situação. 
· Problemas na execução das operações de salvamento e combate a incêndio. 
· Aumento dos riscos de explosão ambiental, em virtude do maior volume de fumaça e alta 
temperatura. 
· Danos produzidos pela ação do calor, da fumaça e do emprego de água. 
Técnica de Ventilação 
A decisão de ventilar e a escolha do tipo de ventilação a ser feita no local do sinistro competem ao 
Comandante da Operação, cabendo ao pessoal a execução correta. Deve-se, sempre que 
possível, utilizar o fluxo natural de ar, ou seja, deve-se observar o princípio da convecção e a 
direção do vento. 
Ventilação Natural Horizontal 
A maneira correta de se fazer ventilação natural horizontal em uma edificação é usar duas 
aberturas em desnível, em paredes opostas, isto é, uma, o mais alto possível, e a outra, o mais 
baixo possível. As aberturas devem estar dispostas conforme a direção do vento. 
A abertura mais baixa será para a entrada de ar fresco e limpo, e a abertura mais alta será para a 
saída dos produtos da combustão. 
Procede-se à ventilação natural horizontal da seguinte maneira: 
· Abre-se o ponto mais alto da parede para saída dos produtos de combustão (janelas, por 
exemplo). 
· Abre-se, lentamente, o ponto mais baixo para entrada do ar fresco. O ar fresco tem 
temperatura menor que os produtos da combustão e deposita-se nas partes mais baixas 
do ambiente, expulsando os produtos da combustão, cuja tendência é permanecer nas 
partes mais altas. 
· Observa-se o ambiente, até a visualização das chamas. 
O bombeiro poderá usar a porta para a entrada do ar. Porém, é importante que esta seja aberta 
lentamente, e que não provoque maior abertura para a entrada do ar que para a saída dos 
produtos da combustão (resolve-se este problema, abrindo a porta parcialmente). 
A ventilação natural horizontal utiliza-se da convecção e direção do vento. 
Ventilação Natural Vertical 
Este tipo de ventilação está baseado no princípio da convecção. Primeiramente, deve ser feita 
abertura no teto, para permitir que os produtos da combustão sigam seu caminho natural, subindo
perpendicularmente ao foco de incêndio. Outra abertura deve ser feita para permitir a entrada do ar 
fresco no ambiente. Uma porta é a abertura ideal, pois pode ser aberta parcialmente, permitindo 
que o ar fresco entre no ambiente, porém, não em quantidade suficiente para provocar uma 
explosão ambiental. A entrada do ar poderá ser controlada conforme a necessidade. 
Abertura em telhado 
· Sempre que possível, o brigadista deve utilizar as aberturas já existentes na edificação, 
como clarabóias, dutos, portinholas, etc. 
· Se for necessário fazer abertura no telhado, o bombeiro deve saber de que material ele é 
feito, para escolher adequadamente as ferramentas de serviço. Normalmente para isso 
basta uma rápida verificação visual. 
· Fazer a abertura em telhados é um serviço extremamente perigoso. Por isso, entre outras 
medidas de segurança, deve-se sempre utilizar um cabo guia, ancorando-o a um ponto 
firme, para evitar uma queda do brigadista no ambiente em chamas. 
· Surpresas desagradáveis podem ocorrer ao se abrir um telhado, tais como labaredas e 
produtos da combustão em direção ao brigadista. Por este motivo, é essencial que o 
brigadista utilize o EPI necessário, seja armada linha de proteção para sua segurança e 
trabalhe sobre escada de gancho. 
· Deve-se procurar efetuar uma abertura larga e retangular ou quadrada, o que simplifica 
futuros reparos. Uma abertura larga é melhor que várias pequenas. O tamanho da abertura 
é determinado pelo Chefe da Brigada. (nunca menor que 1m2). 
Ventilação Forçada
Em alguns locais, o bombeiro não encontra condições de realizar a ventilação natural 
(porque não há fluxo de ar, este é insuficiente para ventilar o ambiente ou existem obstruções 
difíceis de remover, como lajes, etc). Nesses ambientes, há necessidade da execução de 
ventilação forçada, que se realiza através de exaustores ou jatos d’água. 
Exaustores elétricos 
O exaustor é apropriado para locais onde há somente uma abertura. Deve ser usado da seguinte 
maneira: 
· colocar na posição mais alta possível e em uma abertura do lado de fora do incêndio; 
· conectar o plug (quando motor elétrico) longe de atmosferas inflamáveis ou explosivas; 
· cuidar para que pessoas não se machuquem com o equipamento, por exemplo, 
enroscando a roupa do corpo nas pás do exaustor ou tropeçando no fio elétrico; 
· não transportar o exaustor enquanto estiver ligado. 
Partindo-se do princípio de que o objetivo é desenvolver circulação artificial do ar, e "jogar" a 
fumaça para fora do ambiente, o exaustor deve ser colocado de forma a expulsar a fumaça na 
mesma direção do vento natural, o que alivia o esforço do exaustor, uma vez que o vento 
"arrastará" a fumaça para fora. 
Durante a fase inicial de um incêndio, os produtos da combustão sobem até o teto, lá se 
acumulando. Os exaustores, por isso, devem ser colocados em pontos altos a fim de eliminar estes 
produtos da combustão. 
Para evitar que se crie um círculo vicioso da fumaça no exaustor, isto é, a fumaça sai e retorna ao 
ambiente, a abertura ao redor do exaustor pode ser coberta. Deve-se remover todos os obstáculos 
que possam estar no caminho do fluxo do ar, bloqueando a retirada de fumaça do ambiente. 
Cuidados 
As ações de ventilação têm várias vantagens, porém, se não forem executadas com cuidado, 
poderão causar maiores prejuízos. Ao se executar operações de ventilação em um local sinistrado, 
o bombeiro deve tomar os seguintes cuidados: 
· sempre que possível, utilizar a ventilação natural (abertura de portas, janelas, clarabóias, 
telhados, etc.); 
· estar equipado com aparelho de respiração autônoma, capa, capacete e botas; 
· estar amarrado a um cabo guia como segurança e sempre dispor de um meio de fuga do 
ambiente; 
· realizar uma abertura grande em lugar de várias pequenas; 
· executar aberturas em telhados com o vento soprando pelas costas (visando a segurança); 
· verificar se a construção suporta o peso dos equipamentos e dos bombeiros;
· analisar onde serão as aberturas, evitando que o fluxo dos produtos da combustão atinjam 
outras edificações. 
· providenciar que a guarnição que faz ventilação esteja bem coordenada com a equipe de 
extinção de incêndio. 
AGENTES EXTINTORES 
Extintores de Incêndio 
Agentes extintores são substâncias que, devido às suas características, quando lançados sobre 
um fogo o extinguem. 
São inúmeros os agentes extintores existentes, porém os mais comuns são: 
ÁGUA 
ESPUMA (Mecânica ou Química) 
GÁS CARBÔNICO (C02) 
PÓ QUÍMICO SECO (PQS) 
HALON 
IMPORTANTE 
A partir de 1999, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, proibiu a fabricação de 
extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse espuma química. Os extintores de 
espuma química existentes poderão ser recarregados e vistoriados normalmente. A recomendação 
é que seja substituído gradativamente por outros extintores, por sua falta de segurança no 
manuseio, sua eficiência duvidosa no combate ao fogo, e seu custo de manutenção alto. Nos 
Estados Unidos o uso desse extintor foi abolido há várias décadas.
Os extintores de incêndio são aparelhos de primeiros socorros, que carregam em seu interior um 
dos tipos de agente extintor acima citados, que deverá ser usado em princípios de incêndio. 
O extintor receberá sempre o nome do agente extintor que transporta e deverá ser construído 
conforme as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Poderá ser: 
Portátil - Quando seu peso total for igual ou inferior a 25kg., e operado por 
uma única pessoa; 
Carreta - Sobre rodas e quando seu peso total passar de 25kg, ou sua operação exigir mais de 
uma pessoa. 
Após instalado, um extintor nunca poderá ser removido, a não ser quando para uso em combate 
ao fogo, recarga, teste ou instrução; estar sempre sinalizado e seu acesso desobstruído. 
EXTINTOR DE ÁGUA
Aparelho que carrega em seu interior o agente extintor água. Para que a água (agente extintor) 
seja expulsa do recipiente (extintor de incêndio) é necessário a presença de uma pressão interna, 
que será conseguida com a ajuda de um gás propelente não combustível (CO2, Nitrogênio, etc.) 
TIPOS: 
Pressurizado 
Pressão Injetada 
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DO TIPO PRESSURIZADO 
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DE PRESSÃO INJETADA 
(COM AMPOLA)
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ÁGUA 
Não tentar reparar defeitos nos extintores, encaminhá-los a uma firma especializada 
Não recolocar o extintor no suporte sem antes recarregá-lo. 
Não utilizar em equipamentos elétricos com energia elétrica.
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA 
Uso Indicado: Incêndio classe "A" e "B" 
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ESPUMA QUÍMICA 
Não inverter o extintor foram do local de uso 
Não usa-lo em instalações elétricas com energia ligada. 
Não dirigir o jato diretamente sobre o líquido em chamas, pois haverá risco de espalhar o fogo 
Se após a inversão para o uso, o aparelho não funcionar,. Abandone-o em local afastado pois o 
aparelho defeituoso ou entupido apresentam risco de explosão. 
Não tente reparar defeitos dos aparelhos, encaminhe-os a uma firma especializada. 
Não recoloque o aparelho no seu local costumeiro, sem antes carrega-lo.
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) 
Uso indicado: Incêndios das Classes "B" e "C" 
Nota: o uso de extintor de halon é semelhante ao de CO2 
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE CO2 
Não tentar reparar aparelhos defeituosos, encaminhe-os à uma firma especializada 
Não recolocar no suporte os aparelhos usados, sem antes recarregá-los 
Não conservar os extintores de Gás Carbônico (CO2) em locais de temperatura elevada (acima de 
40º C). 
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) 
Uso indicado: Incêndios das Classes "B" e "C" 
a. Aparelho de Pressão injetada ou com ampola externa:
b. Aparelho pressurizado: 
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO SECO 
(PQS) 
Não tentar reparar os aparelhos defeituosos; encaminha-los a uma firma especializada. 
Não recolocar o aparelho no seu local costumeiro, sem antes recarregá-lo.
EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA 
Adequado para extinção de princípios de incêndio em Classe "A" e "B" 
OPERAÇÃO 
Para extintores pressurizados: 
1. Levar o extintor ao local do fogo; 
2. Colocar-se a uma distância segura; 
3. Retirar o pino de segurança; 
4. Empunhar a mangueira; 
5. Acionar o gatilho, aplicando o jato na base do fogo. Em caso de líquido inflamável, dirigir o 
jato em anteparo ou indiretamente de forma a evitar a agitação do líquido. 
OPERAÇÃO 
Para extintores com pressão injetada ( com ampola externa) 
1. Levar o extintor ao local do fogo; 
2. Colocar-se a uma distância segura; 
3. Abrir o registro da ampola; 
4. Aplicar o jato na base do fogo. Em caso de fogo em líquido inflamável, dirigir o jato em 
anteparo ou diretamente de forma, a evitar a agitação do líquido; 
5. Manter um filme sobre o líquido inflamável, após a aplicação, evitando desta forma, a 
reignição.
OBSERVAÇÕES 
O extintor de espuma mecânica substitui com vantagem o extintor de espuma química, tanto pela 
sua eficiência na extinção do fogo, como pela duração de sua carga, de cinco anos. Possui um 
maior poder de penetração em materiais sólidos comuns, comparado com a água. 
COMO EMPREGAR OS AGENTES EXTINTORES 
E 
CLASSE DE INCÊNDIO 
AGENTES EXTINTORES 
ÁGUA 
ESPUMA 
QUÍMICA 
OU 
MECÂNICA 
PÓ 
QUÍMICO 
GÁS 
CARBÔNICO 
(CO2) 
HALON 
A 
MADEIRA, PAPEL, TECIDOS, PLÁSTICOS, 
CORTINAS, POLTRONAS, ETC 
SIM 
excelente 
SIM 
excelente 
NÃO 
NÃO 
NÃO
Só para 
pequenos 
incêndios 
Só para 
pequenos 
incêndios 
Só no 
início 
B 
GASOLINA, ÁLCOOL, QUEROZENE, ÓLEO, 
CERA, TINTA, GRAXA, ETC 
NÃO 
O líquido 
incentiva o 
fogo 
SIM 
excelente 
SIM 
excelente 
SIM 
excelente 
SIM 
excelente 
C 
EUIPAMENTOS E INTALAÇÕES ELÉTRICAS 
ENERGIZADAS 
NÃO 
Condutor 
de 
eletricidade 
NÃO 
Condutor 
de 
eletricidade 
SIM 
excelente 
SIM 
excelente 
SIM 
excelente 
Observação: para incêndio classe D (materiais pirofóricos: sódio, potássio, magnésio, 
alumínio em pó, etc., os agentes extintores utilizados são: grafite em pó, areia seca, limalha 
de ferro fundido. 
MANUTENÇÃO E REVISÃO DE EXTINTORES 
EXINTOR DE ESPUMA 
PERÍODO 
VERIFICAR 
Semanal Verificar o acesso ao extintor 
Mensal Verificar se o extintor está com carga e se o bico está desobstruído 
(usar em estilete) 
Anual Descarregar completamente o extintor (usar durante instrução), verificar o estado 
geral do aparelho. Em caso de qualquer avaria mecânica, deve ser submetido ao 
teste hidrostático. Usar carga sempre nova 
Cada 5 anos Por ocasião da recarga, submeter o extintor ao ensaio previsto pelas normas EB-14 
(espuma química-portáteis), EB-52 (espuma química-carretas) e EB-1002 (espuma 
mecânica) da ABNT no próprio fabricante autorizado, esse teste revalida o extintor 
por mais 5 anos.
EXINTOR DE GÁS CARBÔNICO 
PERÍODO 
VERIFICAR 
Semanal Verificar o acesso ao extintor ao lacre e pino de segurança 
Semestral Verificar o peso total do extintor, conferindo com o peso marcado na válvula. 
Havendo uma diferença de 10% para menos, é preciso fazer a inspeção e o 
recarregamento. 
Cada 5 anos Usar o aparelho para instrução e submete-lo ao teste de conformidade com a norma 
EB-150-NBR 11716. 
EXINTOR DE ÁGUA-GÁS 
PERÍODO 
VERIFICAR 
Semanal Verificar o acesso ao extintor 
Mensal Verificar se o extintor está carregado e se o lacre da ampola está em ordem 
Semestral Verificar o peso da ampola lateral e se a diferença for maior que 10% deve ser 
substituída. 
Anual Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao 
teste hidrostático. 
Cada 5 anos Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de conformidade 
com a norma EB-149-NBR 11715. 
EXINTOR DE PÓ QUÍMICO 
PERÍODO 
VERIFICAR
Semanal Verificar o acesso ao extintor e os lacres 
Semestral Verificar o peso do cilindro de gás, se for constatado um peso de 10% para menos, 
é necessário recarregá-lo e conferir o ponteiro do manômetro está na faixa verde. 
Anual Examinar o estado do pó químico e se houver empedramento, o extintor deve ser 
recarregado 
Cada 3 anos Descarregar o extintor, usando-o para instrução 
Cada 5 anos Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de conformidade 
com a norma EB-148-NBR 10721. 
EXINTOR DE HALON 
PERÍODO 
VERIFICAR 
Semanal Verificar o acesso ao extintor 
Semestral Conferir se o ponteiro do manômetro está na faixa verde. 
Anual Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao 
teste hidrostático. 
Cada 5 anos Recarga obrigatória e teste hidrostático, norma EB-1232.
EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO 
INSTALAÇÔES HlDRÁULICAS 
As instalações hidráulicas são recursos que as equipes de combate ao fogo, por ocasião dos 
acidentes dispõe, para possibilitar o controle da situação. 
São dois os tipos principais: As automáticas, que são acionadas por sensores (detetores de 
fumaça), termostatos (temperatura), sprinklers, etc., e as sob comando, que estudaremos mais 
calmamente. 
INSTALAÇÕES SOB COMANDO 
São aquelas em necessitamos de equipes treinadas para, no momento da ocorrência. Colocar-mos 
em operação, montando os dispositivos de combate ao fogo. 
Essas instalações são compostas de: 
RESERVATÓRIOS 
São tanques, caixas (subterrâneas ou aéreas), fossos, etc., que utilizamos para guardar uma 
quantidade de água exclusiva para uso em caso de incêndios. Os elevados mantém a rede 
constantemente pressurizadas; os ao nível do chão ou subterrâneos, necessitam de bombas de 
recalque para fornecer a pressão exigida. 
BOMBAS DE RECALQUE 
São equipamentos destinados a enviar a água a pontos distantes ou elevados, e fornecer pressão 
necessária nos equipamentos. São acionadas por motores elétricos ou à explosão acoplados à 
elas. 
TUBULAÇÕES
As tubulações são metálicas (aço carbono ou ferro fundido), subterrâneas, e que servem para 
distribuir a água por todo o parque industrial. 
HIDRANTES 
São terminais das tubulações, que permitem a captação da água através de mangueira e 
controlados por válvulas (registros). Os hidrantes podem ser de tipos diferentes, de acordo com as 
necessidades dos locais. 
ABRIGOS 
São caixas de madeira, colocadas sobre pedestais de aço carbono e que servem para guardar 
esguichos e chaves. 
MANGUEIRAS 
São dutos flexíveis dobráveis, fabricados com fibras naturais: rami, algodão, linho etc., ou fibras 
sintéticas (poliéster). As mangueiras são utilizadas para conduzir água até o ponto do incêndio. 
São fabricadas em diversos diâmetros. 
Cuidados especiais devem ser tomados com as mangueiras, evitando-se arrastá-las no piso, 
bater suas conexões, passar sobre as mesmas com bicicletas, carrinhos, veículos, etc., 
contato com agentes agressivos (ácidos ou alcalis), etc. 
CONEXÕES 
São peças confeccionadas em latão, montadas por meio de empatação às extremidades das 
mangueiras e que servem para acoplá-las aos hidrantes, outras mangueiras, viaturas, esguichos, 
etc. As conexões não podem ser jogadas ao chão, sofrer impactos ou quaisquer danos pois, caso 
isto ocorra, toda a mangueira ficará inutilizada. 
ESGUICHOS 
São equipamentos destinados a dar forma e direção ao jato d'água. São de diversos tipos, porém 
são comuns os esguichos: 
Agulheta (jato pleno) 
Regulável simples 
Regulável com bloqueio 
Universal (com aplicador de neblina) 
Formador de espuma 
CHAVES DE MANGUEIRAS
Auxiliam no acoplamento entre mangueiras ou equipamentos com conexões, quando há 
dificuldade para fazê-lo com as mãos. 
DERIVANTE 
São peças em forma de "Y", destinadas a dividir a aplicação da água para dois ou mais pontos. 
Podem ser montadas com ou sem registros.
COMO USAR O HIDRANTE
EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES 
Detecção e alarme: 
Dispositivos destinados a operar reconhecendo e avisando um princípio de incêndio a população 
de uma edificação. 
No mercado encontramos diversos tipos de detetores e alarmes tais como: 
· Alarme sonoro; 
· Alarme visual; 
· Alarme sonoro e visual; 
· Detetor automático pontual de fumaça; 
· Detetor de temperatura pontual; 
· Detetor linear; 
· Detetor automático de chama; 
· Detetores térmicos; 
· Outros. 
Os detetores são instalados de acordo com a exigência legal de cada Estado seguindo orientações 
da NBR-9441/94. 
Comunicação: 
Comunicação é o ato ou o efeito de emitir, transmitir e receber mensagens. 
Comunicação Operacional 
É a correta utilização dos procedimentos e equipamentos de comunicação, permitindo o fluxo de 
mensagens entre os brigadistas ou da edificação ao Corpo de Bombeiro. 
Equipamentos utilizados na Comunicação 
· Rádio; 
· Telefone; 
· Fax; 
· Computador.
PROCEDIEMENTO PARA ABANDONO DE AREA 
Saia imediatamente. Muitas pessoas 
morrem por não acreditar que o incêndio 
pode se alastrar rapidamente. 
Se você ficar preso em meio a fumaça, 
respire pelo nariz, em rápidas inalações e 
procure rastejar para a saída pois junto ao 
chão o ar permanece respirável mais tempo. 
Use escadas, nunca o elevador. Um 
incêndio pode determinar um corte de 
energia e você cairá numa armadilha, Sem 
mais esperanças. Feche todas as portas que 
for deixando para trás. 
o
Se você ficar preso em uma sala cheia de 
fumaça, além de permanecer junto ao piso, 
se possível aproxime-se de janelas, por 
onde possa pedir socorro. Se você não 
puder sair, mantenha clama atrás de uma 
porta fechada. Qualquer porta serve como 
uma couraça. Procure um lugar perto de 
janela e abra as mesmas encima e embaixo. 
Calor e fumaça deve sair por cima. Você 
poderá respirar pela abertura inferior 
Toque a porta com a mão. Se estiver quente 
não abra. Se estiver fria faça este teste: abra 
vagarosamente e fique atrás da porta. Se 
sentir calor ou pressão vindo através da 
abertura, mantenha-a fechada. 
Não combata o incêndio a menos que você 
saiba manusear o equipamento de combate 
ao fogo com eficiência. 
Não salte do prédio. Muitas pessoas 
morrem, sem imaginar que o socorro pode 
chegar em minutos. 
Se houver pânico na saída principal, 
mantenha-se afastado da multidão. Procure 
oura saída, uma vez que você tenha 
conseguido escapar. 
Brigada de Incêndio 
Definição: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar 
na prevenção, abandono e combate a um PRINCÍPIO DE INCÊNDIO e prestar os primeiros 
socorros, dentro de uma área preestabelecidas. 
Objetivo: Proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as conseqüências iniciais do sinistro, e 
dos danos ao patrimônio e ao meio ambiente. 
Exigências Legais: Portaria do Ministério do Trabalho n.º 3214 de 08 de junho de 1978, em sua 
norma regulamentadora n.º 23 e NBR 14276/99.
Responsabilidade da Brigada: 
a. Ações de prevenção: 
o Avaliação dos riscos existentes; 
o Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio; 
o Inspeção geral das rotas de fuga; 
o Elaboração de relatório das irregularidades encontradas; 
o Encaminhamento de relatório aos setores competentes; 
o Orientação a população fixa e flutuante; 
o Prática de exercícios simulados. 
h. Ações de emergência: 
 Identificação da situação; 
 Alarme/abandono de área; 
 Corte de energia; 
 Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; 
 Primeiros socorros; 
 Combate ao princípio de incêndio; 
 Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros; 
LEGISLAÇÃO SOBRE INCÊNDIOS 
NR 23 - Proteção Contra Incêndios (123.000-0) 
23.1 Disposições gerais. 
23.1.1 Todas as empresas deverão possuir: 
a) proteção contra incêndio; 
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de 
incêndio; 
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; 
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. 
Saídas 
23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de 
modo
que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e 
segurança, em 
caso de emergência. (123.001-8 / I3) 
23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte 
centímetros). (123.002-6 / I2) 
23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho. 
(123.003-4 / I1) 
23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, 
em caráter permanente 
e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de 
acesso contínuos e 
seguros, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros). 
(123.004-2 / I2) 
23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em 
caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima 
de 1,20m (um metro e 
vinte centímetros) sempre rigorosamente desobstruídos. (123.005-0 / I2) 
23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente 
assinaladas por meio de 
placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. (123.006-9 / I1) 
23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e 
qualquer local de trabalho não 
se tenha de percorrer distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de 
risco grande e 30,00m 
(trinta metros) nas de risco médio ou pequeno. (123.007-7 / I2) 
23.2.6.1 Estas distâncias poderão ser modificadas, para 
mais ou menos, a critério da autoridade 
competente em segurança do trabalho, se houver 
instalações de chuveiros (sprinklers), 
automáticos, e segundo a natureza do risco. 
23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas 
nem degraus; as
passagens serão bem iluminadas. (123.008-5 / I2) 
23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os 
contornem suavemente e, neste 
caso, deverá ser colocado um aviso no início da rampa, no sentido do da 
descida. (123.009-3 / 
I2) 
23.2.9 Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão 
consideradas partes de 
uma saída. 
23.3 Portas. 
23.3.1 As portas de saída devem ser de batentes ou portas 
corrediças horizontais, a critério da autoridade competente em 
segurança do trabalho. (123.010-7 / I2) 
23.3.2 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão 
permitidas em comunicações internas. (123.011-5 / I3) 
23.3.3 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de 
comunicações internas, devem: 
a) abrir no sentido da saída; (123.012-3 / I2) 
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias 
de passagem. 
(123.013-1 / I2) 
23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas 
de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. 
(123.014-0 / I2) 
23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a 
serem visíveis, ficando 
terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, 
que entrave o seu acesso ou a sua vista. (123.015-8 / I2) 
23.3.6 Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de 
um estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a 
chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho. 
(123.016-6 / I2)
23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com 
dispositivos de segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las 
facilmente do interior do estabelecimento ou do local de 
trabalho. (123.017-4 / I2) 
23.3.7.1 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão 
ser fechadas pelo lado externo, 
mesmo fora do horário de trabalho. (123.018-2 / I3) 
23.4 Escadas. 
23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com 
materiais 
incombustíveis e resistentes ao fogo. (123.019-0 / I2) 
23.5 Ascensores. 
23.5.1 Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de 
2 (dois) pavimentos, 
devem ser inteiramente de material resistente ao fogo. (123.020-4 / I2) 
23.6 Portas corta-fogo. 
23.6.1 As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, 
fechando-se 
automaticamente e podendo ser abertas facilmente pelos 2 (dois) lados. 
(123.021-2 / I3) 
23.7 Combate ao fogo. 
23.7.1 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe: 
a) acionar o sistema de alarme; 
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; 
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do 
desligamento não 
envolver riscos adicionais; 
d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados. 
23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados 
em caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, 
próximo à chave de interrupção. (123.022-0 /I1)
23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade 
em que seja grande o 
risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e 
paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de 
inflamáveis. 
23.8 Exercício de alerta. 
23.8.1 Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos 
periodicamente, objetivando: 
a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; (123.023-9 / I2) 
b) que a evacuação do local se faça em boa ordem; (123.024-7 / I2) 
c) que seja evitado qualquer pânico; (123.025-5 / I2) 
d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos 
empregados; 
(123.026-3 / I2) 
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. 
(123.027-1/ I2) 
23.8.2 Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de 
pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e 
ajudantes em número necessário, segundo as características do 
estabelecimento. (123.028-0 / I1) 
23.8.3 Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se 
fossem para um caso real de incêndio. (123.029-8 / I1) 
23.8.4 Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, 
os exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso 
e se aproximando, o mais possível, das 
condições reais de luta contra o incêndio. (123.030-1 / I1) 
23.8.5 As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de 
bombeiros deverão ter 
alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas e vigias, 
especialmente exercitados 
no correto manejo do material de luta contra o fogo e o seu emprego. 
(123.031-0 / I1) 
23.9 Classes de fogo.
23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes 
disposições, a seguinte 
classificação de fogo: 
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de 
queimarem em 
sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, 
madeira, papel, 
fibra, etc.; 
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem 
somente em sua 
superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, 
gasolina, etc.; 
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como 
motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. 
23.9.2 Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. 
23.10 Extinção por meio de água. 
23.10.1 Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinqüenta) ou mais 
empregados, deve haver um aprisionamento conveniente de água sob 
pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de 
Classe A. (123.032-8 / I2) 
23.10.2 Os pontos de captação de água deverão ser facilmente 
acessíveis, e situados ou 
protegidos de maneira a não poderem ser danificados. (123.033-6 / I2) 
23.10.3 Os pontos de captação de água e os encanamentos de 
alimentação deverão ser 
experimentados, freqüentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos. 
(123.034-4 / I2) 
23.10.4 A água nunca será empregada: 
a) nos fogos de Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de 
neblina; 
b) nos fogos de Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; e, 
c) nos fogos de Classe D.
23.10.5 Os chuveiros automáticos (splinklers) devem ter seus registros 
sempre abertos e só poderão ser fechados em caso de manutenção ou 
inspeção, com ordem do responsável pela manutenção ou inspeção. 
23.10.5.1 Deve existir um espaço livre de pelo menos 1,00 
m (um metro) abaixo e ao redor dos pontos de saída dos 
chuveiros automáticos (splinklers), a fim de assegurar a 
dispersão eficaz da água. 
23.11 Extintores. 
23.11.1 Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser 
utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou 
regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição 
nos aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação 
credenciados pelo INMETRO. (123.037-9 / I2) 
23.12 Extintores portáteis. 
23.12.1 Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros 
automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de 
combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à 
classe do fogo a extinguir. (123.038-7 / I3) 
23.13 Tipos de extintores portáteis. 
23.13.1 O extintor tipo Espuma será usado nos fogos de Classe A e B. 
(123.039-5 / I2) 
23.13.2 O extintor tipo Dióxido de Carbono será usado, 
preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado 
também nos fogos de Classe A em seu início. (123.040-9/ I2) 
23.13.3 O extintor tipo Químico Seco usar-se-á nos fogos das Classes 
B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas 
sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo Químico 
Seco, porém o pó químico será especial para cada material. (123.041-7 
/2) 
23.13.4 O extintor tipo Água Pressurizada, ou Água-Gás, deve ser 
usado em fogos Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 
(dezoito) litros. (123.042-5 / I2) 
23.13.5 Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a 
prévia autorização da 
autoridade competente em matéria de segurança do trabalho. (123.043-3 / 
I2) 
23.13.6 Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser 
usado como variante nos fogos das Classes B e D. (123.044-1 / I2)
23.13.7 Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido 
poderá ser usado como 
variante nos fogos Classe D. (123.045-0 / I2) 
23.14 Inspeção dos extintores. 
23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver 
modelo no anexo). (123.046-8 / I2) 
23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, 
examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando 
o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio 
não estão entupidos. (123.047-6 / I2) 
23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao 
seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número de 
identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim 
de evitar que esses dados sejam danificados. (123.048-4 / I2) 
23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser 
pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por 
cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga. (123.049- 
2/I2) 
23.14.5 O extintor tipo Espuma deverá ser recarregado anualmente. 
(123.050-6 / I2) 
23.14.6. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de 
acordo com normas 
técnicas oficiais vigentes no País. (123.051-4 / I2) 
23.15 Quantidade de extintores. 
23.15.1 Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores 
será determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma 
unidade extintora conforme o item .16. (123.052-2 / I2) 
23.15.1.1 Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 
2 (dois) extintores para 
cada pavimento. (123.053-0 / I2)
23.16 Unidade extintora. (123.054-9 / I2) 
23.17 Localização e Sinalização dos Extintores. 
23.17.1 Os extintores deverão ser colocados em locais: (123.055-7 / I1) 
a) de fácil visualização; 
b) de fácil acesso; 
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso. 
23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um 
círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. 
(123.056-5 / I1) 
23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo 
do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa 
área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro). 
(123.057-3 / I1) 
23.17.4 Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m 
(um metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão 
ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais 
de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) acima do piso. (123.058-1 / 
I1) 
23.17.5 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das 
escadas. (123.059-0 / I1) 
23.17.6 Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre 
acesso a qualquer ponto de fábrica. (123.060-3 / I1) 
23.17.7 Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. 
(123.061-1 / I1) 
23.18 Sistemas de alarme.
23.18.1 Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver 
um sistema de alarme 
capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. 
(123.062-0 / I3) 
23.18.2 Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um 
número suficiente de 
pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. (123.063-8 / 
I2) 
23.18.3 As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som 
distinto em tonalidade e altura, de todos os outros dispositivos acústicos 
do estabelecimento. (123.064-6 / I1) 
23.18.4 Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas 
áreas comuns dos 
acessos dos pavimentos. (123.065-4 / I1) 
23.18.5 Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e 
no interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente 
quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição Quebrar em caso de 
emergência. (123.066-2 / I1)
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  • 2. que se baseiam os métodos de controle e extinção do fogo. Convém recordarmos que existem dois tipos de reações químicas: Endotérmicas e Exotérmicas. Reações endotérmicas são aquelas que dão origem a uma substância com maior energia do que existe nos compostos reagentes, processando-se sem desprendimento de calor. As reações exotérmicas produzem substâncias com menor energia do que existe nos compostos reagentes e se processam com desprendimento de calor. As reações oxidantes que ocorrem nos incêndios são exotérmicas. Para ocorrer uma reação oxidante devem estar presentes: o material combustível e o agente oxidante. O oxigênio é o elemento oxidante fundamental. A oxidação de um material ocorre continuamente enquanto estiver presente um agente oxidante normalmente o ar (aproximadamente 1/5 de oxigênio e 4/5 de nitrogênio). Porém, à temperatura ambiente, a reação é tão lenta que não chega a ser perceptível. O "amarelamento" do papel e a ferrugem são exemplos de oxidação lenta. Em temperaturas mais altas como as que podem ser criadas pela chama de um palito de fósforo, a taxa de oxidação torna-se rápida, gerando grande quantidade de calor. Caso esse calor gerado seja suficiente para manter a reação após a remoção do palito de fósforo aceso, e caso apareçam chamas, diz-se que ocorreu a ignição. A combustão
  • 3. é a queima contínua após a ignição. Além do calor e do agente oxidante, mais um elemento determinará a ocorrência da ignição e combustão: o material combustível. Este material poderá ser sólido, líquido ou gasoso, sendo que quando nos dois primeiros estados, deverão ser decompostos pelo calor em vapores que queimam com chama visível. O efetivo controle e extinção do incêndio requerem um entendimento da natureza química e física do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos combustíveis e as condições necessárias para combustão. TRIÂNGULO DO FOGO: Para facilidade de compreensão, o FOGO é representado simbolicamente por um triângulo, ao qual denominamos "TRIÂNGULO DO FOGO". A existência do fogo está condicionada à presença desses três elementos EM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS.
  • 4. Durante a reação, isto é, durante a QUEIMA, há desprendimento do CALOR e LUZ, continuamente. TETRAEDRO DO FOGO: Modernamente, foi acrescentado ao triângulo do fogo mais um elemento: A REAÇÃO EM CADEIA, formando assim o tetraedro ou quadrado de fogo. Os combustíveis após iniciar a combustão geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os responsáveis pela liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia. 1 . COMBUSTÍVEL: É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se apresentam: a) Combustíveis sólidos: a maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o oxigênio, exemplos: madeira, papel, plástico, ferro, etc. b) Combustíveis líquidos: tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo. Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém, é importante notar também que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre esta. Outra propriedade a ser considerada é a sua volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão.
  • 5. c) Combustíveis gasosos: Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipientes que estão envolvidos. 2. COMBURENTE: É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera a 21%. 3. FONTE DE CALOR: Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. 4. REAÇÃO EM CADEIA: A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado da chama atinge o combustível e este e decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um círculo constante.
  • 6. PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA Sabemos que é necessário unir três elementos para que o FOGO apareça, entretanto, por vezes esses três elementos estão presentes e o FOGO não ocorre, porque a quantidade de calor é insuficiente para queimar o COMBUSTÍVEL. Para exemplificar melhor, imaginemos uma frigideira com óleo combustível sobre a chama de um fogão. O óleo começará aquecer e a desprender vapores (gases); se deixarmos por algum tempo, observaremos que um dado momento o referido combustível se incendiará sem que haja contato com a chama externa. Para que o óleo aquecido lentamente comece a queimar, ele passou por três pontos de aquecimento que chamaremos de: PONTO DE FULGOR, PONTO DE COMBUSTÃO, PONTO DE IGNIÇÃO. PONTO DE FULGOR É a temperatura na qual o combustível começa a desprender vapores (gases), que se tomarem contatos diretos com uma chama queimarão, porém a chama produzida não se mantém, em vista da quantidade de vapores desprendidos ser muito pequena. PONTO DE COMBUSTÃO É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que se tomarem contato direto com uma chama queimarão, até que acabe o combustível. PONTO DE IGNIÇÃO É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases) que com o simples contato com o oxigênio existente no ar queime até que o combustível acabe.
  • 7. PROPAGAÇÃO DO FOGO O calor é um dos principais causadores do alastramento de um fogo, ele pode, caso não seja impedido, ser transmitido até mesmo a grandes distâncias, das seguintes formas: IRRADIAÇÃO, CONDUÇÃO, CONVECÇÃO. IRRADIAÇÃO É a transmissão de calor através de raios e ondas que ocorrem em espaços vazios. Um exemplo diário deste fenômeno é o calor do sol (fonte) irradiado através do espaço até a terra (corpo); e como o caso do sol, existem inúmeras outras formas de irradiação que poderão contribuir para a propagação do fogo. CONDUÇÃO É transmissão do calor que ocorre de uma fonte para um corpo, através de um material que seja um bom condutor de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e segurarmos numa das pontas com a mão e colocarmos a outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos perceber após alguns segundo que todo o ferro está quente, indo aquecer consequentemente a nossa mão, e se ao invés de nossa mão, tivesse tendo contato com outro combustível qualquer, este iria queimar. CONVECÇÃO É a transmissão do calor através do ar e dos líquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os líquidos podem ser aquecidos quando em contato com o fogo. O ar quente sempre sobre e leva consigo o calor que poderá entrar em contato com o combustível e propagar o fogo. Fases do Fogo Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser controlada com a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação (vide capítulo 12). O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento.
  • 8. Fase Inicial Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido e o fogo está produzindo vapor d’água (H20), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis, e a temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento do fogo. Queima Livre Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente "sobe" e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente.
  • 9. Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos níveis mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma das razões pelas quais os bombeiros devem se manter abaixados e usar o equipamento de proteção respiratória. Uma inspiração desse ar superaquecido pode queimar os pulmões. Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível do teto) pode exceder 700 ºC. "Flashover" Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como "Flashover". Queima Lenta Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis.
  • 10. "Backdraft" A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio combina-se com outros elementos. O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na madeira. Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono (CO2 ), ou monóxido de carbono (CO ). Quando o oxigênio é encontrado em quantidades menores, o carbono livre ( C ) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaça. Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos"Backdraft".
  • 11. A ventilação adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis superaquecidos sejam retirados do ambiente. Ventilação inadequada suprirá abundante e perigosamente o local com o elemento que faltava (oxigênio), provocando uma explosão ambiental. As condições a seguir podem indicar uma situação de "Backdraft": · fumaça sob pressão, num ambiente fechado; · fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do ambiente em forma de lufadas; · calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta); · pequenas chamas ou inexistência destas; · resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas; · pouco ruído; · movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita (em alguns casos ouve-se o ar assobiando ao passar pelas frestas). Formas de Combustão As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão. Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível.
  • 12. Combustão Completa É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio. Combustão Incompleta É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio. Combustão Espontânea É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 ºC), como o fósforo branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio.
  • 13. CLASSES DE INCÊNDIO Os incêndios são classificados de acordo com os materiais com eles envolvidos bem como a situação como se encontram, essa classificação é feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico. Para facilitar a maneira de se combater os incêndios, vamos dividi-los em quatro classes: CLASSE "A"- Combustíveis sólidos; CLASSE "B"- Combustíveis Líquidos; CLASSE "C"- Equipamentos Energizados; e CLASSE "D"- Materiais Pirofóricos. Definições: CLASSE "A"- incêndios envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha: CLASSE "B"- incêndio envolvendo combustíveis líquidos inflamáveis graxas e gases combustíveis: CLASSE "C" – incêndio envolvendo materiais energizados:
  • 14. CLASSE "D" - incêndio envolvendo materiais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns, principalmente os que contém água: PREVENÇÃO DE INCÊNDIO · Não fume 30 minutos antes do final do trabalho. · Não use cestos de lixo como cinzeiros. · Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras, etc. · Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados. · Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados. · Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados. · Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores. · Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada. · Não cubra fios elétricos com o tapete. · Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidade mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original. · Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. · Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso. · Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim). · Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados. · Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos. · Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.
  • 15. MÉTODOS DE EXTINÇÃO Métodos de Extinção do Fogo Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos elementos essenciais que provocam o fogo. Retirada do Material É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão. Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível. Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc. Resfriamento É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir.
  • 16. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis. Abafamento Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco. Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível. Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc. Quebra da Reação em Cadeia Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a "reação em cadeia" (extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.
  • 17. VENTILAÇÃO é aplicada no combate a incêndios é a remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de uns locais confinados, proporcionando a troca dos produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros no ambiente sinistrado. Neste Manual, chamaremos de produto da combustão a fumaça, os gases e os vapores quentes. São tipos de ventilação: natural e forçada. Ventilação Natural É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente, sendo também empregado o princípio da convecção com o objetivo de ventilar. Como exemplo, citam-se a abertura de portas, janelas, paredes, bem como a abertura de clarabóias e telhados. Na ventilação natural, apenas se retiram as obstruções que não permitem o fluxo normal dos produtos da combustão. Ventilação Forçada É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes em que não é possível estabelecer o fluxo natural de ar. Neste caso, força-se a renovação do ar através da utilização de equipamentos e outros métodos. Ainda com relação à edificação e à ação do bombeiro, pode-se dividir a ventilação em horizontal e vertical. Ventilação Horizontal É aquela em que os produtos da combustão caminham horizontalmente pelo ambiente. Este tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos produtos da combustão
  • 18. através de corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no mesmo plano. Ventilação Vertical É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de escadas), ou aberturas feitas pelo bombeiro (retirada de telhas). Para a ventilação, o bombeiro deve aproveitar as aberturas existentes na edificação, como as portas, janelas e alçapões, só efetuando aberturas em paredes e telhados se inexistirem aberturas ou se as existentes não puderem ser usadas para a ventilação natural ou forçada. Efetuar entrada forçada em paredes e telhados, quando já existem aberturas no ambiente, acarreta prejuízos ao proprietário, além de significar perda de tempo. Vantagens da Ventilação Os grandes objetivos de uma Brigada de Incêndio são: atingir o local sinistrado no menor tempo possível; resgatar vítimas presas; localizar focos de incêndio; aplicar os agentes extintores adequados, minimizando os danos causados pelo fogo, pela água e pelos produtos da combustão. Durante o combate, a ventilação é um auxílio imprescindível na
  • 19. execução destes objetivos. Quando, para auxiliar no controle de incêndio, é feita ventilação adequada, uma série de vantagens são obtidas, tais como: visualização do foco, retirada do calor e retirada dos produtos tóxicos da combustão. Visualização do Foco A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão que impedem a visualização. Tendo uma boa visualização o bombeiro: · entra no ambiente em segurança; · localiza vítimas; · extingue o fogo com maior rapidez, sem causar danos pelo excesso de água aplicada no local. Retirada do Calor A ventilação adequada retira os produtos da combustão que são os responsáveis pela propagação do calor (através da convecção), eliminando com isto grande quantidade de calor do ambiente. Com a retirada do calor, o bombeiro: · Tem maior possibilidade de entrar no ambiente. · Diminui a propagação do incêndio. · Evita o "backdraft" e o "flash over". · Evita maior dano à edificação. · Evita maiores riscos a possíveis vítimas. Retirada dos Produtos Tóxicos da Combustão A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão que são os responsáveis pela maioria das mortes em incêndio. Com a retirada dos produtos tóxicos, o bombeiro: · Tem maior possibilidade de encontrar vítimas com vida. · Elimina os estragos provocados pela fuligem. Problemas da Ventilação Inadequada · Grande volume de fumaça com elevação da temperatura, proporcionando propagação mais rápida do incêndio.
  • 20. · Dificuldade no controle da situação. · Problemas na execução das operações de salvamento e combate a incêndio. · Aumento dos riscos de explosão ambiental, em virtude do maior volume de fumaça e alta temperatura. · Danos produzidos pela ação do calor, da fumaça e do emprego de água. Técnica de Ventilação A decisão de ventilar e a escolha do tipo de ventilação a ser feita no local do sinistro competem ao Comandante da Operação, cabendo ao pessoal a execução correta. Deve-se, sempre que possível, utilizar o fluxo natural de ar, ou seja, deve-se observar o princípio da convecção e a direção do vento. Ventilação Natural Horizontal A maneira correta de se fazer ventilação natural horizontal em uma edificação é usar duas aberturas em desnível, em paredes opostas, isto é, uma, o mais alto possível, e a outra, o mais baixo possível. As aberturas devem estar dispostas conforme a direção do vento. A abertura mais baixa será para a entrada de ar fresco e limpo, e a abertura mais alta será para a saída dos produtos da combustão. Procede-se à ventilação natural horizontal da seguinte maneira: · Abre-se o ponto mais alto da parede para saída dos produtos de combustão (janelas, por exemplo). · Abre-se, lentamente, o ponto mais baixo para entrada do ar fresco. O ar fresco tem temperatura menor que os produtos da combustão e deposita-se nas partes mais baixas do ambiente, expulsando os produtos da combustão, cuja tendência é permanecer nas partes mais altas. · Observa-se o ambiente, até a visualização das chamas. O bombeiro poderá usar a porta para a entrada do ar. Porém, é importante que esta seja aberta lentamente, e que não provoque maior abertura para a entrada do ar que para a saída dos produtos da combustão (resolve-se este problema, abrindo a porta parcialmente). A ventilação natural horizontal utiliza-se da convecção e direção do vento. Ventilação Natural Vertical Este tipo de ventilação está baseado no princípio da convecção. Primeiramente, deve ser feita abertura no teto, para permitir que os produtos da combustão sigam seu caminho natural, subindo
  • 21. perpendicularmente ao foco de incêndio. Outra abertura deve ser feita para permitir a entrada do ar fresco no ambiente. Uma porta é a abertura ideal, pois pode ser aberta parcialmente, permitindo que o ar fresco entre no ambiente, porém, não em quantidade suficiente para provocar uma explosão ambiental. A entrada do ar poderá ser controlada conforme a necessidade. Abertura em telhado · Sempre que possível, o brigadista deve utilizar as aberturas já existentes na edificação, como clarabóias, dutos, portinholas, etc. · Se for necessário fazer abertura no telhado, o bombeiro deve saber de que material ele é feito, para escolher adequadamente as ferramentas de serviço. Normalmente para isso basta uma rápida verificação visual. · Fazer a abertura em telhados é um serviço extremamente perigoso. Por isso, entre outras medidas de segurança, deve-se sempre utilizar um cabo guia, ancorando-o a um ponto firme, para evitar uma queda do brigadista no ambiente em chamas. · Surpresas desagradáveis podem ocorrer ao se abrir um telhado, tais como labaredas e produtos da combustão em direção ao brigadista. Por este motivo, é essencial que o brigadista utilize o EPI necessário, seja armada linha de proteção para sua segurança e trabalhe sobre escada de gancho. · Deve-se procurar efetuar uma abertura larga e retangular ou quadrada, o que simplifica futuros reparos. Uma abertura larga é melhor que várias pequenas. O tamanho da abertura é determinado pelo Chefe da Brigada. (nunca menor que 1m2). Ventilação Forçada
  • 22. Em alguns locais, o bombeiro não encontra condições de realizar a ventilação natural (porque não há fluxo de ar, este é insuficiente para ventilar o ambiente ou existem obstruções difíceis de remover, como lajes, etc). Nesses ambientes, há necessidade da execução de ventilação forçada, que se realiza através de exaustores ou jatos d’água. Exaustores elétricos O exaustor é apropriado para locais onde há somente uma abertura. Deve ser usado da seguinte maneira: · colocar na posição mais alta possível e em uma abertura do lado de fora do incêndio; · conectar o plug (quando motor elétrico) longe de atmosferas inflamáveis ou explosivas; · cuidar para que pessoas não se machuquem com o equipamento, por exemplo, enroscando a roupa do corpo nas pás do exaustor ou tropeçando no fio elétrico; · não transportar o exaustor enquanto estiver ligado. Partindo-se do princípio de que o objetivo é desenvolver circulação artificial do ar, e "jogar" a fumaça para fora do ambiente, o exaustor deve ser colocado de forma a expulsar a fumaça na mesma direção do vento natural, o que alivia o esforço do exaustor, uma vez que o vento "arrastará" a fumaça para fora. Durante a fase inicial de um incêndio, os produtos da combustão sobem até o teto, lá se acumulando. Os exaustores, por isso, devem ser colocados em pontos altos a fim de eliminar estes produtos da combustão. Para evitar que se crie um círculo vicioso da fumaça no exaustor, isto é, a fumaça sai e retorna ao ambiente, a abertura ao redor do exaustor pode ser coberta. Deve-se remover todos os obstáculos que possam estar no caminho do fluxo do ar, bloqueando a retirada de fumaça do ambiente. Cuidados As ações de ventilação têm várias vantagens, porém, se não forem executadas com cuidado, poderão causar maiores prejuízos. Ao se executar operações de ventilação em um local sinistrado, o bombeiro deve tomar os seguintes cuidados: · sempre que possível, utilizar a ventilação natural (abertura de portas, janelas, clarabóias, telhados, etc.); · estar equipado com aparelho de respiração autônoma, capa, capacete e botas; · estar amarrado a um cabo guia como segurança e sempre dispor de um meio de fuga do ambiente; · realizar uma abertura grande em lugar de várias pequenas; · executar aberturas em telhados com o vento soprando pelas costas (visando a segurança); · verificar se a construção suporta o peso dos equipamentos e dos bombeiros;
  • 23. · analisar onde serão as aberturas, evitando que o fluxo dos produtos da combustão atinjam outras edificações. · providenciar que a guarnição que faz ventilação esteja bem coordenada com a equipe de extinção de incêndio. AGENTES EXTINTORES Extintores de Incêndio Agentes extintores são substâncias que, devido às suas características, quando lançados sobre um fogo o extinguem. São inúmeros os agentes extintores existentes, porém os mais comuns são: ÁGUA ESPUMA (Mecânica ou Química) GÁS CARBÔNICO (C02) PÓ QUÍMICO SECO (PQS) HALON IMPORTANTE A partir de 1999, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, proibiu a fabricação de extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse espuma química. Os extintores de espuma química existentes poderão ser recarregados e vistoriados normalmente. A recomendação é que seja substituído gradativamente por outros extintores, por sua falta de segurança no manuseio, sua eficiência duvidosa no combate ao fogo, e seu custo de manutenção alto. Nos Estados Unidos o uso desse extintor foi abolido há várias décadas.
  • 24. Os extintores de incêndio são aparelhos de primeiros socorros, que carregam em seu interior um dos tipos de agente extintor acima citados, que deverá ser usado em princípios de incêndio. O extintor receberá sempre o nome do agente extintor que transporta e deverá ser construído conforme as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Poderá ser: Portátil - Quando seu peso total for igual ou inferior a 25kg., e operado por uma única pessoa; Carreta - Sobre rodas e quando seu peso total passar de 25kg, ou sua operação exigir mais de uma pessoa. Após instalado, um extintor nunca poderá ser removido, a não ser quando para uso em combate ao fogo, recarga, teste ou instrução; estar sempre sinalizado e seu acesso desobstruído. EXTINTOR DE ÁGUA
  • 25. Aparelho que carrega em seu interior o agente extintor água. Para que a água (agente extintor) seja expulsa do recipiente (extintor de incêndio) é necessário a presença de uma pressão interna, que será conseguida com a ajuda de um gás propelente não combustível (CO2, Nitrogênio, etc.) TIPOS: Pressurizado Pressão Injetada COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DO TIPO PRESSURIZADO COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DE PRESSÃO INJETADA (COM AMPOLA)
  • 26. CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ÁGUA Não tentar reparar defeitos nos extintores, encaminhá-los a uma firma especializada Não recolocar o extintor no suporte sem antes recarregá-lo. Não utilizar em equipamentos elétricos com energia elétrica.
  • 27. COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Uso Indicado: Incêndio classe "A" e "B" CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ESPUMA QUÍMICA Não inverter o extintor foram do local de uso Não usa-lo em instalações elétricas com energia ligada. Não dirigir o jato diretamente sobre o líquido em chamas, pois haverá risco de espalhar o fogo Se após a inversão para o uso, o aparelho não funcionar,. Abandone-o em local afastado pois o aparelho defeituoso ou entupido apresentam risco de explosão. Não tente reparar defeitos dos aparelhos, encaminhe-os a uma firma especializada. Não recoloque o aparelho no seu local costumeiro, sem antes carrega-lo.
  • 28. COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) Uso indicado: Incêndios das Classes "B" e "C" Nota: o uso de extintor de halon é semelhante ao de CO2 CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE CO2 Não tentar reparar aparelhos defeituosos, encaminhe-os à uma firma especializada Não recolocar no suporte os aparelhos usados, sem antes recarregá-los Não conservar os extintores de Gás Carbônico (CO2) em locais de temperatura elevada (acima de 40º C). COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) Uso indicado: Incêndios das Classes "B" e "C" a. Aparelho de Pressão injetada ou com ampola externa:
  • 29. b. Aparelho pressurizado: CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) Não tentar reparar os aparelhos defeituosos; encaminha-los a uma firma especializada. Não recolocar o aparelho no seu local costumeiro, sem antes recarregá-lo.
  • 30. EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA Adequado para extinção de princípios de incêndio em Classe "A" e "B" OPERAÇÃO Para extintores pressurizados: 1. Levar o extintor ao local do fogo; 2. Colocar-se a uma distância segura; 3. Retirar o pino de segurança; 4. Empunhar a mangueira; 5. Acionar o gatilho, aplicando o jato na base do fogo. Em caso de líquido inflamável, dirigir o jato em anteparo ou indiretamente de forma a evitar a agitação do líquido. OPERAÇÃO Para extintores com pressão injetada ( com ampola externa) 1. Levar o extintor ao local do fogo; 2. Colocar-se a uma distância segura; 3. Abrir o registro da ampola; 4. Aplicar o jato na base do fogo. Em caso de fogo em líquido inflamável, dirigir o jato em anteparo ou diretamente de forma, a evitar a agitação do líquido; 5. Manter um filme sobre o líquido inflamável, após a aplicação, evitando desta forma, a reignição.
  • 31. OBSERVAÇÕES O extintor de espuma mecânica substitui com vantagem o extintor de espuma química, tanto pela sua eficiência na extinção do fogo, como pela duração de sua carga, de cinco anos. Possui um maior poder de penetração em materiais sólidos comuns, comparado com a água. COMO EMPREGAR OS AGENTES EXTINTORES E CLASSE DE INCÊNDIO AGENTES EXTINTORES ÁGUA ESPUMA QUÍMICA OU MECÂNICA PÓ QUÍMICO GÁS CARBÔNICO (CO2) HALON A MADEIRA, PAPEL, TECIDOS, PLÁSTICOS, CORTINAS, POLTRONAS, ETC SIM excelente SIM excelente NÃO NÃO NÃO
  • 32. Só para pequenos incêndios Só para pequenos incêndios Só no início B GASOLINA, ÁLCOOL, QUEROZENE, ÓLEO, CERA, TINTA, GRAXA, ETC NÃO O líquido incentiva o fogo SIM excelente SIM excelente SIM excelente SIM excelente C EUIPAMENTOS E INTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS NÃO Condutor de eletricidade NÃO Condutor de eletricidade SIM excelente SIM excelente SIM excelente Observação: para incêndio classe D (materiais pirofóricos: sódio, potássio, magnésio, alumínio em pó, etc., os agentes extintores utilizados são: grafite em pó, areia seca, limalha de ferro fundido. MANUTENÇÃO E REVISÃO DE EXTINTORES EXINTOR DE ESPUMA PERÍODO VERIFICAR Semanal Verificar o acesso ao extintor Mensal Verificar se o extintor está com carga e se o bico está desobstruído (usar em estilete) Anual Descarregar completamente o extintor (usar durante instrução), verificar o estado geral do aparelho. Em caso de qualquer avaria mecânica, deve ser submetido ao teste hidrostático. Usar carga sempre nova Cada 5 anos Por ocasião da recarga, submeter o extintor ao ensaio previsto pelas normas EB-14 (espuma química-portáteis), EB-52 (espuma química-carretas) e EB-1002 (espuma mecânica) da ABNT no próprio fabricante autorizado, esse teste revalida o extintor por mais 5 anos.
  • 33. EXINTOR DE GÁS CARBÔNICO PERÍODO VERIFICAR Semanal Verificar o acesso ao extintor ao lacre e pino de segurança Semestral Verificar o peso total do extintor, conferindo com o peso marcado na válvula. Havendo uma diferença de 10% para menos, é preciso fazer a inspeção e o recarregamento. Cada 5 anos Usar o aparelho para instrução e submete-lo ao teste de conformidade com a norma EB-150-NBR 11716. EXINTOR DE ÁGUA-GÁS PERÍODO VERIFICAR Semanal Verificar o acesso ao extintor Mensal Verificar se o extintor está carregado e se o lacre da ampola está em ordem Semestral Verificar o peso da ampola lateral e se a diferença for maior que 10% deve ser substituída. Anual Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao teste hidrostático. Cada 5 anos Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de conformidade com a norma EB-149-NBR 11715. EXINTOR DE PÓ QUÍMICO PERÍODO VERIFICAR
  • 34. Semanal Verificar o acesso ao extintor e os lacres Semestral Verificar o peso do cilindro de gás, se for constatado um peso de 10% para menos, é necessário recarregá-lo e conferir o ponteiro do manômetro está na faixa verde. Anual Examinar o estado do pó químico e se houver empedramento, o extintor deve ser recarregado Cada 3 anos Descarregar o extintor, usando-o para instrução Cada 5 anos Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de conformidade com a norma EB-148-NBR 10721. EXINTOR DE HALON PERÍODO VERIFICAR Semanal Verificar o acesso ao extintor Semestral Conferir se o ponteiro do manômetro está na faixa verde. Anual Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao teste hidrostático. Cada 5 anos Recarga obrigatória e teste hidrostático, norma EB-1232.
  • 35. EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO INSTALAÇÔES HlDRÁULICAS As instalações hidráulicas são recursos que as equipes de combate ao fogo, por ocasião dos acidentes dispõe, para possibilitar o controle da situação. São dois os tipos principais: As automáticas, que são acionadas por sensores (detetores de fumaça), termostatos (temperatura), sprinklers, etc., e as sob comando, que estudaremos mais calmamente. INSTALAÇÕES SOB COMANDO São aquelas em necessitamos de equipes treinadas para, no momento da ocorrência. Colocar-mos em operação, montando os dispositivos de combate ao fogo. Essas instalações são compostas de: RESERVATÓRIOS São tanques, caixas (subterrâneas ou aéreas), fossos, etc., que utilizamos para guardar uma quantidade de água exclusiva para uso em caso de incêndios. Os elevados mantém a rede constantemente pressurizadas; os ao nível do chão ou subterrâneos, necessitam de bombas de recalque para fornecer a pressão exigida. BOMBAS DE RECALQUE São equipamentos destinados a enviar a água a pontos distantes ou elevados, e fornecer pressão necessária nos equipamentos. São acionadas por motores elétricos ou à explosão acoplados à elas. TUBULAÇÕES
  • 36. As tubulações são metálicas (aço carbono ou ferro fundido), subterrâneas, e que servem para distribuir a água por todo o parque industrial. HIDRANTES São terminais das tubulações, que permitem a captação da água através de mangueira e controlados por válvulas (registros). Os hidrantes podem ser de tipos diferentes, de acordo com as necessidades dos locais. ABRIGOS São caixas de madeira, colocadas sobre pedestais de aço carbono e que servem para guardar esguichos e chaves. MANGUEIRAS São dutos flexíveis dobráveis, fabricados com fibras naturais: rami, algodão, linho etc., ou fibras sintéticas (poliéster). As mangueiras são utilizadas para conduzir água até o ponto do incêndio. São fabricadas em diversos diâmetros. Cuidados especiais devem ser tomados com as mangueiras, evitando-se arrastá-las no piso, bater suas conexões, passar sobre as mesmas com bicicletas, carrinhos, veículos, etc., contato com agentes agressivos (ácidos ou alcalis), etc. CONEXÕES São peças confeccionadas em latão, montadas por meio de empatação às extremidades das mangueiras e que servem para acoplá-las aos hidrantes, outras mangueiras, viaturas, esguichos, etc. As conexões não podem ser jogadas ao chão, sofrer impactos ou quaisquer danos pois, caso isto ocorra, toda a mangueira ficará inutilizada. ESGUICHOS São equipamentos destinados a dar forma e direção ao jato d'água. São de diversos tipos, porém são comuns os esguichos: Agulheta (jato pleno) Regulável simples Regulável com bloqueio Universal (com aplicador de neblina) Formador de espuma CHAVES DE MANGUEIRAS
  • 37. Auxiliam no acoplamento entre mangueiras ou equipamentos com conexões, quando há dificuldade para fazê-lo com as mãos. DERIVANTE São peças em forma de "Y", destinadas a dividir a aplicação da água para dois ou mais pontos. Podem ser montadas com ou sem registros.
  • 38. COMO USAR O HIDRANTE
  • 39. EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES Detecção e alarme: Dispositivos destinados a operar reconhecendo e avisando um princípio de incêndio a população de uma edificação. No mercado encontramos diversos tipos de detetores e alarmes tais como: · Alarme sonoro; · Alarme visual; · Alarme sonoro e visual; · Detetor automático pontual de fumaça; · Detetor de temperatura pontual; · Detetor linear; · Detetor automático de chama; · Detetores térmicos; · Outros. Os detetores são instalados de acordo com a exigência legal de cada Estado seguindo orientações da NBR-9441/94. Comunicação: Comunicação é o ato ou o efeito de emitir, transmitir e receber mensagens. Comunicação Operacional É a correta utilização dos procedimentos e equipamentos de comunicação, permitindo o fluxo de mensagens entre os brigadistas ou da edificação ao Corpo de Bombeiro. Equipamentos utilizados na Comunicação · Rádio; · Telefone; · Fax; · Computador.
  • 40. PROCEDIEMENTO PARA ABANDONO DE AREA Saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditar que o incêndio pode se alastrar rapidamente. Se você ficar preso em meio a fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações e procure rastejar para a saída pois junto ao chão o ar permanece respirável mais tempo. Use escadas, nunca o elevador. Um incêndio pode determinar um corte de energia e você cairá numa armadilha, Sem mais esperanças. Feche todas as portas que for deixando para trás. o
  • 41. Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, além de permanecer junto ao piso, se possível aproxime-se de janelas, por onde possa pedir socorro. Se você não puder sair, mantenha clama atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como uma couraça. Procure um lugar perto de janela e abra as mesmas encima e embaixo. Calor e fumaça deve sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior Toque a porta com a mão. Se estiver quente não abra. Se estiver fria faça este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada. Não combata o incêndio a menos que você saiba manusear o equipamento de combate ao fogo com eficiência. Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem, sem imaginar que o socorro pode chegar em minutos. Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure oura saída, uma vez que você tenha conseguido escapar. Brigada de Incêndio Definição: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono e combate a um PRINCÍPIO DE INCÊNDIO e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecidas. Objetivo: Proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as conseqüências iniciais do sinistro, e dos danos ao patrimônio e ao meio ambiente. Exigências Legais: Portaria do Ministério do Trabalho n.º 3214 de 08 de junho de 1978, em sua norma regulamentadora n.º 23 e NBR 14276/99.
  • 42. Responsabilidade da Brigada: a. Ações de prevenção: o Avaliação dos riscos existentes; o Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio; o Inspeção geral das rotas de fuga; o Elaboração de relatório das irregularidades encontradas; o Encaminhamento de relatório aos setores competentes; o Orientação a população fixa e flutuante; o Prática de exercícios simulados. h. Ações de emergência: Identificação da situação; Alarme/abandono de área; Corte de energia; Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; Primeiros socorros; Combate ao princípio de incêndio; Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros; LEGISLAÇÃO SOBRE INCÊNDIOS NR 23 - Proteção Contra Incêndios (123.000-0) 23.1 Disposições gerais. 23.1.1 Todas as empresas deverão possuir: a) proteção contra incêndio; b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio; c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. Saídas 23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo
  • 43. que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. (123.001-8 / I3) 23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte centímetros). (123.002-6 / I2) 23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho. (123.003-4 / I1) 23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter permanente e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros). (123.004-2 / I2) 23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente desobstruídos. (123.005-0 / I2) 23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. (123.006-9 / I1) 23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de trabalho não se tenha de percorrer distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno. (123.007-7 / I2) 23.2.6.1 Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros (sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco. 23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as
  • 44. passagens serão bem iluminadas. (123.008-5 / I2) 23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso, deverá ser colocado um aviso no início da rampa, no sentido do da descida. (123.009-3 / I2) 23.2.9 Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas partes de uma saída. 23.3 Portas. 23.3.1 As portas de saída devem ser de batentes ou portas corrediças horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho. (123.010-7 / I2) 23.3.2 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em comunicações internas. (123.011-5 / I3) 23.3.3 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas, devem: a) abrir no sentido da saída; (123.012-3 / I2) b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem. (123.013-1 / I2) 23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. (123.014-0 / I2) 23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista. (123.015-8 / I2) 23.3.6 Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho. (123.016-6 / I2)
  • 45. 23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho. (123.017-4 / I2) 23.3.7.1 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho. (123.018-2 / I3) 23.4 Escadas. 23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais incombustíveis e resistentes ao fogo. (123.019-0 / I2) 23.5 Ascensores. 23.5.1 Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de 2 (dois) pavimentos, devem ser inteiramente de material resistente ao fogo. (123.020-4 / I2) 23.6 Portas corta-fogo. 23.6.1 As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, fechando-se automaticamente e podendo ser abertas facilmente pelos 2 (dois) lados. (123.021-2 / I3) 23.7 Combate ao fogo. 23.7.1 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe: a) acionar o sistema de alarme; b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais; d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados. 23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à chave de interrupção. (123.022-0 /I1)
  • 46. 23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis. 23.8 Exercício de alerta. 23.8.1 Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, objetivando: a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; (123.023-9 / I2) b) que a evacuação do local se faça em boa ordem; (123.024-7 / I2) c) que seja evitado qualquer pânico; (123.025-5 / I2) d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; (123.026-3 / I2) e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. (123.027-1/ I2) 23.8.2 Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em número necessário, segundo as características do estabelecimento. (123.028-0 / I1) 23.8.3 Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de incêndio. (123.029-8 / I1) 23.8.4 Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio. (123.030-1 / I1) 23.8.5 As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o fogo e o seu emprego. (123.031-0 / I1) 23.9 Classes de fogo.
  • 47. 23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo: Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.; Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.; Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. 23.9.2 Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. 23.10 Extinção por meio de água. 23.10.1 Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinqüenta) ou mais empregados, deve haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A. (123.032-8 / I2) 23.10.2 Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e situados ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados. (123.033-6 / I2) 23.10.3 Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação deverão ser experimentados, freqüentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos. (123.034-4 / I2) 23.10.4 A água nunca será empregada: a) nos fogos de Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina; b) nos fogos de Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; e, c) nos fogos de Classe D.
  • 48. 23.10.5 Os chuveiros automáticos (splinklers) devem ter seus registros sempre abertos e só poderão ser fechados em caso de manutenção ou inspeção, com ordem do responsável pela manutenção ou inspeção. 23.10.5.1 Deve existir um espaço livre de pelo menos 1,00 m (um metro) abaixo e ao redor dos pontos de saída dos chuveiros automáticos (splinklers), a fim de assegurar a dispersão eficaz da água. 23.11 Extintores. 23.11.1 Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO. (123.037-9 / I2) 23.12 Extintores portáteis. 23.12.1 Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir. (123.038-7 / I3) 23.13 Tipos de extintores portáteis. 23.13.1 O extintor tipo Espuma será usado nos fogos de Classe A e B. (123.039-5 / I2) 23.13.2 O extintor tipo Dióxido de Carbono será usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início. (123.040-9/ I2) 23.13.3 O extintor tipo Químico Seco usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo Químico Seco, porém o pó químico será especial para cada material. (123.041-7 /2) 23.13.4 O extintor tipo Água Pressurizada, ou Água-Gás, deve ser usado em fogos Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros. (123.042-5 / I2) 23.13.5 Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho. (123.043-3 / I2) 23.13.6 Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como variante nos fogos das Classes B e D. (123.044-1 / I2)
  • 49. 23.13.7 Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como variante nos fogos Classe D. (123.045-0 / I2) 23.14 Inspeção dos extintores. 23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver modelo no anexo). (123.046-8 / I2) 23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. (123.047-6 / I2) 23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados. (123.048-4 / I2) 23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga. (123.049- 2/I2) 23.14.5 O extintor tipo Espuma deverá ser recarregado anualmente. (123.050-6 / I2) 23.14.6. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no País. (123.051-4 / I2) 23.15 Quantidade de extintores. 23.15.1 Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora conforme o item .16. (123.052-2 / I2) 23.15.1.1 Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois) extintores para cada pavimento. (123.053-0 / I2)
  • 50. 23.16 Unidade extintora. (123.054-9 / I2) 23.17 Localização e Sinalização dos Extintores. 23.17.1 Os extintores deverão ser colocados em locais: (123.055-7 / I1) a) de fácil visualização; b) de fácil acesso; c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso. 23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. (123.056-5 / I1) 23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro). (123.057-3 / I1) 23.17.4 Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) acima do piso. (123.058-1 / I1) 23.17.5 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas. (123.059-0 / I1) 23.17.6 Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica. (123.060-3 / I1) 23.17.7 Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. (123.061-1 / I1) 23.18 Sistemas de alarme.
  • 51. 23.18.1 Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. (123.062-0 / I3) 23.18.2 Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. (123.063-8 / I2) 23.18.3 As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura, de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento. (123.064-6 / I1) 23.18.4 Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns dos acessos dos pavimentos. (123.065-4 / I1) 23.18.5 Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição Quebrar em caso de emergência. (123.066-2 / I1)