2. O CORTIÇO - ALUÍSIO AZEVEDO
O Cortiço é um livro que foi escrito no ano de 1890,
por Aluísio de Azevedo.O Cortiço conta a história do
caminho que João Romão percorre para ficar rico. Para
conseguir atingir esse objetivo, ele, que é o dono do
cortiço, explora os seus empregados e até comete
furtos. A sua amante, Bertoleza, trabalha
continuamente, sem folgas ou descansos.
Ao lado do cortiço mora Miranda, um comerciante bem
sucedido, que entra em disputa com João Romão por
uma braça de terra que quer comprar para aumentar o
seu quintal. João começa uma amizade com Miranda e
pede a mão de sua filha em casamento, mas tem
Bertoleza atrapalhando os seus planos.
Dessa forma, João a denuncia como escrava fugida, e
em um ato de desespero, ela acaba cometendo o
suicídio. Assim, ele fica livre para se casar e se encerra
O Cortiço.
3. O URAGUAI - BASÍLIO DA GAMA
Em uma aldeia catequisada pelo padre espanhol Balda, moram
Cacambo e sua mulher Lindóia.Cacambo representa força e
coragem enquanto sua mulher representa beleza e delixadeza. O
Padre, desleal ecorrupto, engravidou uma índia que teve um filho
chamado Baldeta, um homem mal visto por todos.Para melhorar a
situação do filho, Padre Balda resolve casa-lo com a mulher de
Cacambo. Oíndio é mandado para missões impossíveis e sempre
retorna vitorioso. Finalmente é capturado pelosportugueses liderados
pelo General Gomes Freire. Descobre em seu cativeiro que o vilão é
na realidade opadre jesuíta e os portugueses premitem sua volta
para aldeia para alertar os perigos dos jesuítas.Ao vê-lo de volta, a
aldeia se alegra. Percebendo as suas intenções de desmascarar os
jesuítas, PadreBalda invenena Cacambo, matando-o. Convencida de
que o padre havia matado seu marido, Lindóia aceita secasar com
Baldeta apenas para se matar por uma picada de cobra no dia do
casamento. A cena conhecidacomo a morte de Lindóia é a mais
reconhecida do livro pois a morte é fantasiosa e descreve uma cena
típicado arcadismo: bucólica e de morte sem dor
4. O TRONCO – BERNARDO ELIS
Resumo: No início do século passado, as disputas de
poder levam ao rompimento entre os grandes
proprietários de terra - os coronéis do sul de
Goiás, que comandam o governo, e os do norte do
estado. Um homem idealista, o coletor de impostos
Vicente Lemes, luta para impedir a guerra,
sonhando com uma sociedade de justiça e
respeito às leis, como funcionário de um governo
de coronéis, vai para o norte do estado de Goiás
controlar os coronéis inimigos do governo, os
Melo, justamente seus parentes. Por achá-los
violentos, tenta impor seus ideais e acaba
acirrando o conflito. Vendo-se derrotado, apela
para a força do governo, que vem para agir de
acordo com os seus interesses e não os de
Vicente. Ele se vê, então, em meio a uma luta
sangrenta, absolutamente selvagem. O
personagem Vicente perde sua fugaz capacidade
dirigente, de personagem principal. Será um mero
coadjuvante em meio à barbárie.
5. CANAÃ - GRAÇA ARANHA
Canaã conta a história de Milkau e Lentz, dois jovens
imigrantes alemães que se estabelecem em Porto do
Cachoeiro, ES. Amigos e antagônicos ao mesmo
tempo, Milkau é a integração e a paz, admirando o
Novo Mundo, Lentz é a conquista e a guerra,
pensando no dia que a Alemanha invadirá e
conquistará aquela terra.
Ainda assim, ambos se unem e trabalham juntos na terra
e prosperam. Mais tarde aparece Maria, filha de
imigrantes pobres, que é abandonada ao léu quando
morre seu protetor e lhe abandona o amante, que
pensava ser seu futuro marido.
6. O EX-MÁGICO - MURILO RUBIÃO
Um mágico desencantado, com poderes
extraordinários, mas incontroláveis, é o
protagonista desta história. Sem que ele queira,
à sua volta vão aparecendo coisas estranhas e
absurdas. Mas seus prodígios servem apenas
para torná-lo ainda mais entediado. Conto mais
famoso de Murilo Rubião, 'O ex-mágico da
taberna Minhota' colocará o leitor em contato
com o mundo fantástico e cheio de
inquietações desse autor, que é um dos
pioneiros do gênero no Brasil
7. ZERO - IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO
Romance de cunho grotesco, no qual Rosa e José, o
casal protagonista, nutrem um pelo outro um
sentimento de desdém, no qual, ao mesmo tempo em
que se enojam, são fisgados por um desejo
descomunal em suas noites de prazer. Em meio a um
cenário social recheado de aberrações (que trabalham
no circo da cidade), entregam-se a uma rotina de
tapas e beijos que só pode entreter a eles.
8. ALMA ENCANTADORA DAS RUAS-JOÃO DO RIO
As crônicas de A Alma Encantadora das Ruas mostram
o significado e a própria essência da rua na
modernidade. O homem não é qualquer um, mas o
que vive no espaço urbano. Numa relação dupla, a
sociedade faz a rua e esta faz o indivíduo:
"Há suor humano na argamassa do seu calçamento."
"Oh! Sim, a rua faz o indivíduo, nós bem o sentimos."
(A rua)
A essência da identidade carioca já está presente nas
linhas críticas e bem-humoradas deste João: a
capacidade de criar soluções de sobrevivência, a
paixão pela música, a riqueza do imaginário social,
a espontaneidade da mistura cultural que constitui
hoje a maior riqueza não apenas do Rio, mas de
todo o Brasil.
9. GABRIELA, CRAVO E CANELA-JORGE AMADO
Desde o seu lançamento, em 1958, Gabriela alcançou
notoriedade, ganhou inúmeras traduções mundo
afora e teve seu enredo adaptado para novelas,
minissérie e filme, que sempre repetiram o sucesso
do romance.
Trata-se de uma história de amor entre Gabriela, a
morena feita de cravo e canela, que conquista o
amor do árabe Nacib e desafia os costumes de sua
época. O romance é ambientado na Ilhéus dos anos
1920, uma cidade do interior baiano que passa por
súbitas transformações graças à riqueza que a
cultura do cacau está trazendo para a região.
10. O CORONEL E O LOBISOMEM-JOSÉ CÂNDIDO DE
CARVALHO
Com a figura de Ponciano de Azeredo
Furtado, coronel por trabalho de valentia e
senhor de pasto por direito de
herança, destemido caçador de onça-
pintada, lobisomem e, sobretudo, de rabo-
de-saia, José Cândido de Carvalho
conseguiu a proeza máxima reservada a
um romancista: a de criar um ser literário
dotado de vida própria e perene. Um
personagem síntese que resume e
corporifica em seus quase dois metros de
inútil valentia o heróico e o patético dos
últimos senhores rurais da região
canavieira do norte
fluminense, destronados pelo incoercível
processo de urbanização da sociedade
brasileira
11. GALVEZ, IMPERADOR DO ACRE-MÁRCIO SOUZA
Esta é uma história de aventuras onde o herói , no fim ,
morre na cama de velhice. E quanto ao estilo o leitor
há de dizer que finalmente o Amazonas chegou em
1922. Não importa, não se faz mais histórias de
aventuras como antigamente . Em 1922 do
gregoriano calendário o Amazonas ainda sublimava
o latifoliado parnasianismo que deu dores de
cabeça a uma palmeira de Euclides da Cunha .
Agora estamos fartos de aventuras exóticas e
mesmo de adjetivos clássicos e é possível dizer que
este foi o último aventureiro exótico da planície .
Um aventureiro que assistiu às notas de mil-réis
acenderem os charutos e confirmou de cabeça o
que a lenda requentou. Depois dele: o turismo
multinacional