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QUESTÕES DE ANATOMIA - PELVE

  1) Explique a função do diafragma pélvico e cite os músculos que o compõem.
       Separa a cavidade pélvica do períneo na pelve menor. Suas funções básicas são as de sustentar as vísceras pélvicas e resistir
  aos aumentos da pressão endoabdominal. Deste modo, é um auxiliar importante na ação do diafragma tóraco-abdominal. O
  diafragma da pelve é formado pelos músculos isquiococcígeos e pelo levantador do ânus (puborretal, pubococcígeo,
  iliococcígeo)

  2) Cite os ramos da parte anterior da artéria ilíaca interna.
      Os ramos da divisão anterior da artéria ilíaca interna são: Artéria Umbilical, Artéria Obturatória, Artéria Vesical
  Inferior, Artéria Retal Média, Artéria Vaginal, Artéria Uterina, Artéria Pudenda interna, Artéria Glútea Inferior.

  3) Cite os ramos da parte posterior da artéria ilíaca interna.
      Os ramos da divisão posterior da artéria ilíaca interna são:Artéria Glútea Superior;Artéria Iliolombar: Artérias Sacrais
  Laterais

  4) Qual a importância da artéria umbilical na vida adulta e que ligamento ela forma?
       No período pós-natal e, conseqüentemente, na vida adulta, a artéria umbilical segue inferiormente entre a bexiga e a parede
  lateral da pelve, dando origem à artéria (ou artérias) vesical superior, que emite numerosos ramos para o fundo da bexiga. Nos
  homens, a artéria para o ducto deferente geralmente se origina como um ramo da artéria vesical superior. Portanto, a artéria
  umbilical torna-se primariamente importante no ótimo funcionamento de órgão vitais como a bexiga e, indiretamente, na
  fertilidade masculina. Esta artéria forma o ligamento umbilical medial que se transforma na prega umbilical medial, uma das
  pregas do peritônio.

  5) Explique a formação dos plexos autônomos pélvicos.
      O plexo autônomo pélvico é formado por nervos autônomos que entram na cavidade pélvica por 4 vias:
     • Troncos simpáticos vagais: são a continuação inferior dos troncos simpáticos lombares e proporcionam, principalmente,
       inervação simpática para os membros inferiores;
     • Plexos periarteriais das artérias retais superiores, ováricas e ilíacas internas: fibras vasomotoras simpáticas pós-sinápticas
       para a artéria envolvida e os ramos derivados;
     • Plexos hipogástricos: via mais importante pela qual as fibras simpáticas são conduzidas para as vísceras pélvicas. Divide-
       se em plexo hipogástrico superior (prolongamento do plexo intermesentérico) e plexo hipogástrico inferior;
     • Nervos esplâncnicos pélvicos: via para a inervação parassimpática das vísceras pélvicas e para o colo descendente a
       sigmóide. Originam-se na pelve a partir dos ramos anteriores dos nervos espinais S2-S4 do plexo sacral.

      Os plexos hipogástricos e os nervos esplâncnicos pélvicos fundem-se na pelve e formam os componentes principais do
      plexo autônomo pélvico.

  6) Cite os nervos somáticos originados do plexo sacral.
     Nervo Isquiático,Nervo Pudendo,glúteo superior e inferior.

  7) Cite 5 diferenças entre a pelve óssea feminina e masculina.
     Estas diferenças estão relacionadas, geralmente, a constituição mais pesada e aos músculos maiores no homens e à
     adaptação da pelve feminina ao parto. As principais diferenças são as seguintes:

          PELVE ÓSSEA                               MASCULINA                                FEMININA

          Estrutura geral                          Espessa e pesada                          Fina e leve
          Pelve maior                              Profunda                                  Superficial
          Pelve menor                              Estreita e profunda, afunilada            Larga e superficial, cilíndrica
          Abertura superior da pelve               Em forma de coração, estreita             Oval e arredondada, larga
          Abertura inferior da pelve               Comparativamente pequena                  Comparativamente grande
          Arco púbico e ângulo subpúbico           Estreito (<70 graus)                      Largo (>80 graus)
          Acetábulo                                Grande                                    Pequeno

  8) Cite 3 ligamentos da fáscia pélvica.
      Os três principais ligamentos da fáscia pélvica são: Ligamentos Sacroilíacos, Ligamento Sacrotuberal, Ligamento
  Sacroespinal

  9) Explique o conceito de períneo.
      O períneo refere-se tanto a uma área superficial externa quanto a um “compartimento” do corpo. Sendo assim, o
  “compartimento” (espaço profundo) do períneo é a região do tronco situada inferiormente ao diafragma pélvico. Já, a
  “superfície do períneo” (área perineal ou espaço superficial) é a região estreita entre as partes proximais das coxas, sendo

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aumentada quando as mesmas são abduzidas.
10) Descreva o conteúdo do espaço superficial do períneo masculino e feminino.
    Em homens, o espaço superficial do períneo contém:
    • Raiz (bulbo e ramos) do pênis e músculos associados (isquiocavernoso e bulboesponjoso);
    Porção proximal (bulbar) da parte esponjosa da uretra;
    • Músculos transversos superficiais do períneo;
    • Ramos perineais profundos dos vasos pudendos internos e nervos pudendos.

    Em mulheres, o espaço superficial do períneo contém:
    • Clitóris e músculos associados (isquiocavernoso);
    • Bulbos do vestíbulo e músculos adjacentes (bulboesponjoso);
    • Glândulas vestibulares maiores;
    • Músculos transversos superficiais do períneo;
    • Vasos e nervos relacionados.

11) Descreva o conteúdo do espaço profundo do períneo masculino e feminino.
    Em ambos os sexos, o espaço profundo do períneo contém:
    • Parte da uretra, centralmente;
    • A parte inferior do músculo esfíncter externo da uretra, circundando a uretra;
    • Extensões anteriores dos corpos adiposos isquioanais.

    Em homens, o espaço profundo do períneo contém:
    • Parte intermédia da uretra, a parte mais estreita da uretra masculina;
    • Músculos transversos profundos do períneo;
    • Glândulas bulbouretrais;
    • Estruturas neurovasculares dorsais do pênis (artérias e veias dorsais do pênis e nervo dorsal do pênis).

    Em mulheres, o espaço profundo do períneo contém:
    • Parte proximal da uretra;
    • Músculo liso no lugar dos músculos transversos profundos do períneo;
    • Neurovascularização dorsal do clitóris.

12) Descreva as partes do pênis e seus componentes.
    O pênis é o órgão de cópula masculino e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmem. O pênis é
 composto anatomicamente por uma raiz, um corpo e uma glande.
    • Raiz do Pênis: é a parte fixada, formada pelos ramos do pênis (tecido erétil cavernoso), bulbo do pênis (tecido erétil
       esponjoso) e pelos músculos isquiocavernoso (recobre os ramos) e bulboesponjoso (recobre o bulbo). A raiz está
       localizada no espaço superficial do períneo;
    • Corpo do Pênis: é a parte pendular livre suspensa da sínfise púbica. Não possui músculos. Distalmente o corpo
       esponjoso se expande para formar a glande do pênis, cuja suas margens projetam-se para formar a coroa do pênis. O
       colo da glande separa a glande do corpo do pênis. Neste colo, a pele e a fáscia do pênis constituem o prepúcio, que
       cobre a glande. Este prepúcio possui uma prega mediana, o frênulo (freio) do prepúcio que se estande até a face uretral
       da glande.

13) Descreva a irrigação e inervação do pênis.
    O suprimento arterial é dado principalmente por ramos das artérias pudendas internas.
    • Artérias dorsais do pênis: suprem o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso e a parte
       esponjosa da uretra, e a pele do pênis;
    • Artérias profundas do pênis: suprem o tecido erétil cavernoso nos ramos do pênis;
    • Artérias do bulbo do pênis: suprem o bulbo do corpo esponjoso e a uretra no seu interior, além da glândula
       bulbouretral
    • Ramos superficiais das artérias pudendas externas: suprem a pele do pênis

   A inervação sensitiva e simpática do pênis é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do
nervo pudendo. Este nervo supre a pele e a glande do pênis.
   Ramos do nervo ilioinguinal também realizam inervação da pele na raiz do pênis.
   Já os nervos cavernosos conduzem fibras parassimpáticas, que inervam as artérias helicinas do tecido erétil.

14) Cite os elementos encontrados no trígono urogenital do períneo.

    Masculino: Parte distal da uretra masculina, Escroto, Pênis e Músculos do períneo.

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Feminino: Monte do púbis, os lábios maiores do pudendo, os lábios menores do pudendo, o clitóris, os bulbos do
    vestíbulo, as glândulas vestibulares maiores e menores, músculos do períneo e o canal anal.

15) Descreva a configuração externa da bexiga urinária.
    A configuração externa da bexiga consiste em:
    • Ápice da bexiga, que aponta em direção à margem superior da sínfise púbica;
    • Fundo da bexiga, que é oposto ao ápice, formado pela parede posterior;
    • Corpo da bexiga, que é a principal parte da bexiga entre o ápice e o fundo;
    • Colo da bexiga, que é representado pelo encontro do fundo e das superfícies ínfero-laterias, inferiormente;
    • Leito da bexiga, que é formado pelas estruturas que têm contato direto com este órgão ( osso púbis, m. obturador
       interno, etc.).

16) Descreva a configuração interna da bexiga urinária.
     A configuração interna da bexiga urinária é dada, principalmente, pela constituição de suas paredes. Sendo assim, as
paredes da bexiga são formadas principalmente pelo músculo detrusor. Em direção ao colo da bexiga masculina, as fibras
internas formam o esfíncter interno da uretra involuntário. Esse esfíncter se contrai durante a ejaculação para evitar
ejaculação retrógrada do sêmen para a bexiga. Algumas fibras musculares também seguem radialmente e ajudam na abertura do
óstio interno da uretra. Os óstios uretéricos e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. O músculo
detrusor também circunda os óstios uretéricos e ajuda a evitar o refluxo de urina para o ureter. A úvula da bexiga é uma
pequena elevação do trígono, sendo geralmente mais proeminente em homens idosos devido ao aumento do lobo posterior da
próstata.

17) Cite as relações posteriores da bexiga masculina.
    A bexiga urinária masculina relaciona-se posteriormente com: o lobo posterior da próstata, cavidade peritoneal, escavação
retovesical, ureteres, ampola do reto e septo retovesical.

18) Descreva as partes da uretra prostática.
    Parte Pré-prostática: varia de tamanho de acordo com o grau de enchimento no qual a bexiga se encontra. Estende-se
    quase verticalmente através do colo da bexiga e continua-se como a parte prostática;
    Parte Prostática: desce através da parte anterior da próstata e é limitada anteriormente pelo esfíncter externo da uretra. É a
    parte mais larga e mais dilatável;
    Parte Membranácea: atravessa o espaço profundo do períneo e penetra da membrana do períneo. É a parte mais estreita e
    menos distensível;
    Parte Esponjosa da Uretra: atravessa o corpo esponjoso e possui dois alargamentos, sendo um inicial (no bulbo do pênis)
    e outro distal na glande do pênis (fossa navicular).

19) Descreva os lobos da próstata.
    Istmo da próstata (lobo anterior): é anterior à uretra. É fibromuscular, e contém pouco ou nenhum tecido glandular;
    Lobo posterior: situa-se posteriormente à uretra e inferiormente aos ductos ejaculatórios; é facilmente palpável por exame
    retal digital;
    Lobos direito e esquerdo (laterais): situam-se de cada lado da uretra e formam a principal parte da próstata;
    Lobo médio: situa-se entre a uretra e os ductos ejaculatórios e possui relação íntima com o colo da bexiga.

20) Cite os elementos encontrados na uretra prostática.
     A parte prostática da uretra possui alguns elementos que lhe determinam a característica de parte mais larga e dilatável da
uretra masculina. O elemento mais proeminente é a crista uretral, uma crista mediana que localiza-se entre os seios
prostáticos. Nestes seios desembocam os ductos prostáticos. Outro elemento encontrado é o colículo seminal, que caracteriza-
se por ser uma eminência (dilatação) localizada no meio da crista uretral. Este colículo possui um orifício semelhante a uma
fenda, o utrículo prostático. Em cada lado do utrículo prostático abrem-se os ductos ejaculatórios; portanto, o trato urinário e
reprodutivo se fundem neste ponto.

21) Descreva a importância da entrada oblíqua do ureter na bexiga urinária.
     A passagem oblíqua dos ureteres através da parede muscular da bexiga forma uma espécie de “válvula” unidirecional, com
a pressão interna da bexiga que se enche causando um colapso (fechamento) dessa válvula. Portanto, esse arranjo anatômico
impede o refluxo de urina para os ureteres quando a bexiga está cheia.

22) Explique o motivo anatômico para as mulheres desenvolverem mais infecção urinária que os homens.
    As diferenças anatômicas entre as uretras masculina e feminina são também clinicamente significativas em relação à
predisponência a infecções urinárias entre os dois sexos. As mulheres estão mais susceptíveis a esse tipo de problema,
principalmente, pelo fato de possuírem uma uretra bem mais curta e mais distensível do que os homens. Outro fato anatômico
que contribui para isso, é que, por possuírem uma uretra mais curta, a mesma encontra-se muito próximo à região perianal,
onde a concentração de microorganismos patogênicos é bem alta.

23) O que é uma anastomose porto-sistêmica.
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As anastomoses porto-sistêmicas são espécies de conexões entre as veias tributárias da veia porta (sistema venoso portal) e
as tributárias da veia cava inferior (sistema venoso sistêmico). No esôfago essa conexão ocorre entre tributárias da veia porta e
tributárias da veia ázigo (que drena para a veia cava superior).

24) Explique a drenagem venosa do reto e porque ele é um dos locais de anastomose porto-sistêmica.
     O sangue do reto drena através das veias retais superior, média e inferior. Na parede do canal anal há anastomoses porto-
     sistêmicas. Essas anastomoses formam-se pelo fato de que a veia retal superior drena para o sistema venoso porta e as
     veias retais média e inferior drenam para o sistema venoso sistêmico.
    O plexo venoso retal submucoso circunda o reto e comunica-se com o plexo vesical em homens e com o plexo venoso
uterovaginal em mulheres. Este plexo venoso retal possui duas partes: o plexo venoso retal interno e o plexo venoso retal
externo.

25) Explique uma situação clínica decorrente de uma sobrecarga de fluxo sanguíneo em uma anastomose porto-
     sistêmica por hipertensão portal secundária a cirrose hepática.
     Quando a cicatrização e a fibrose causadas por cirrose obstruem a veia porta no fígado, a pressão aumenta na veia porta e
em suas tributárias, causando hipertensão porta. O grande volume de sangue que flui do sistema porta para o sistema sistêmico
nos locais de anastomoses porto-sistêmicas fica “retido” (parado), produzindo assim, veias varicosas, principalmente no terço
distal (parte inferior) do esôfago. As veias podem tornar-se tão dilatadas que suas paredes se rompem, resultando em
hemorragia grave e muitas vezes fatal.

26) Que características anatômicas estruturais diferenciam o término do colo sigmóide e o início do reto.
    O colo sigmóide, caracterizado por sua alça em forma de “S”, estende-se da fossa ilíaca até o segmento S3, onde se une ao
reto. O fim das tênias do colo, a aproximadamente 15 cm do ânus, indica a junção retossigmóide. Neste ponto, as tênias do
colo sigmóide afastam-se para formar uma lâmina externa contínua de músculo liso, e os apêndices omentais adiposos
desaparecem.
    Portando, os principais caracterizadores anatômicos do limite entre colo sigmóide e reto são:
    • Afastamento das tênias do colo sigmóide;
    • Formação de uma lâmina de músculo liso no reto;
    • Desaparecimento dos apêndices omentais.

27) Qual a função da ampola retal?
    A ampola retal é a parte terminal dilatada do reto, situada diretamente superior (e sustentada) ao diafragma da pelve. Esta
região recebe e retém uma massa fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação. Sua capacidade de
relaxamento é essencial no acomodamento inicial e subseqüente de fezes, tornando essa parte do reto elemento essencial da
manutenção da continência fecal.

28) Qual a base anatômica do toque retal masculino para o exame da próstata?
    O toque retal masculino é um exame indispensável e muito eficaz no diagnóstico de problemas na próstata, principalmente
    o câncer. Porém, esse tipo de exame só é possibilitado pela íntima relação anatômica entre o reto e a próstata. Isso se dá
    pelo fato de que o reto possui a próstata como uma de suas relações anatômicas anteriores principais. Com isso, o
    proctologista tem um acesso privilegiado que possibilita um diagnóstico mais acurado de problemas prostáticos.

29) Descreva as estruturas do canal anal, definindo o limite anatômico entre o reto e o canal anal.
     O canal anal é a parte terminal do intestino grosso e de todo o canal alimentar. Estende-se da face superior do diafragma da
pelve até o ânus. O canal anal é circundado pelos músculos esfíncter interno e externo do ânus. Estes dois esfíncteres se
relaxam antes que possa haver defecação.
    • O músculo esfíncter interno do ânus é um músculo involuntário que circunda os dois terços superiores do canal anal.
      Sua contração (tônus) e relaxamento são proporcionados pela ação de terminações nervosas simpáticas e parassimpáticas,
      respectivamente. Este esfíncter encontra-se tonicamente contraído na maior parte do tempo para evitar perda de líquido
      ou flatos;
    • O músculo esfíncter externo do ânus é um grande esfíncter involuntário situado de cada lado dos dois terços inferiores
      do canal anal. Este músculo age afim de manter a continência fecal quando o esfíncter interno está relaxado.

    O limite anatômico entre o reto e o canal anal se dá no ponto em que a ampola retal se estreita, no nível da alça em formato
      de “U”, formada pelo músculo puborretal.

 30) Descreva o trajeto dos espermatozóides após sua passagem no epidídimo até sua eliminação no meio externo.
      Resumidamente, os espermatozóides seguem o seguinte trajeto:
TÚBULOS SEMINÍFEROS (TESTÍCULOS)  EPIDÍDIMO  DUCTO DEFERENTE  DUCTO EJACULATÓRIO 
PARTE PROSTÁTICA DA URETRA  PARTE MEMBRANÁCEA DA URETRA  PARTE ESPONJOSA DA URETRA
      Durante o processo da ejaculação, os espermatozóides armazenados no epidídimo entram no ducto deferente (continuação
 do ducto do epidídimo). Este ducto cruza superiormente ao ureter, seguindo entre o ureter e o peritônio para chegar ao fundo da
 bexiga. Posteriormente à bexiga, o ducto deferente desce medialmente entre o ureter e a glândula seminal. Aqui este ducto se
 dilata para formar a ampola do ducto deferente antes de seu fim. Logo após, os espermatozóides seguem pelos ductos
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ejaculatórios. Estes ductos se originam a partir da união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Esta
    origem ocorre perto do colo da bexiga, e os ductos seguem atravessando a parte posterior da próstata. Os ductos ejaculatórios
    convergem para se abrir no colículo seminal. Após o fim dos ductos ejaculatórios, os espermatozóides seguem pela parte
    prostática da uretra (onde recebem as secreções prostáticas); logo após entram na uretra membranácea para, finalmente,
    seguirem pela uretra peniana (esponjosa) até o meio externo, através do óstio externo da uretra.

    31) Descreva as glândulas bulbouretrais (localização, função, desembocadura).
        As duas glândulas bulbouretrais com formato de ervilha (glândulas de Cowper) situam-se póstero-laterais à parte
    membranácea da uretra, amplamente incrustadas no esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais
    atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região
    proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual.
    (MOORE, 2001).

     32) Quais as escavações formadas pela reflexão do peritônio na pelve feminina e masculina.
         REFLEXÕES PERITONEAIS NA PELVE:
MASCULINA                                                        FEMININA
1. O peritôneo desce a parede anterior do abdome                 1. O peritôneo desce a parede anterior do abdome
2. Reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa 2. Reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa
supravesical                                                     supravesical
3. Cobre a face superior da bexiga e desce pelas laterais para 3. Cobre a face superior da bexiga e desce pelas laterais para
ascender na parede lateral da pelve, criando fossas paravesicais ascender na parede lateral da pelve, criando fossas paravesicais
de cada lado                                                     de cada lado
4. Desce na face posterior da bexiga por até 2 cm                4. Reflete-se do teto da bexiga sobre o corpo do útero, formando
                                                                 a ESCAVAÇÃO VESICOUTERINA
5. Lateralmente forma pregas sobre os ureteres, ducto deferente 5. Cobre o corpo e o fundo do útero e parte superior do fórnice
e glândulas                                                      da vagina; estende-se lateralmente do útero como dupla prega
                                                                 ou mesentério
6. Reflete-se da bexiga e glândulas seminais sobre o reto, 6. Reflete-se da vagina sobre o reto, formando a ESCAVAÇÃO
formando a ESCAVAÇÃO RETOVESICAL                                 RETOUTERINA
7. A escavação retovesical estende-se para formar fossas 7. A escavação retouterina estende-se lateral e posteriormente
pararretais de cada lado do reto.                                para formar fossas pararretais de cada lado do reto
8. Ascende no reto                                               8. Ascende no reto
9. Envolve o colo sigmóide começando na junção 9. Envolve o colo sigmóide começando na junção retossigmóide
retossigmóide

     OBS.: As escavações formadas por reflexões peritoneais na pelve masculina e feminina encontram-se em negrito e
MAIÚSCULO!!!

    33) Quais as relações posteriores da vagina?
        A vagina relaciona-se posteriormente com: o canal anal, o reto e a escavação retouterina.

    34) O que é ligamento largo do útero? Quais suas partes?
         O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio (mesentério) que se estende das laterais do útero até as paredes
    laterais e o assoalho da pelve. Lateralmente, o peritônio do ligamento largo é prolongado superiormente sobre os vasos como o
    ligamento suspensor do ovário. A tuba uterina situa-se na margem livre ântero-superior do ligamento largo, dentro da
    mesossalpinge. Da mesma forma, o ovário situa-se dentro do mesovário, na face posterior do ligamento largo. A maior parte do
    ligamento largo serve como mesentério para o próprio útero e denomina-se mesométrio.

    35) Quais os ligamentos de sustentação do útero (embrionários, fasciais e de peritônio)?
         OBS.: Devido à questão anterior ter explanado adequadamente sobre os ligamentos de sustentação uterina de origem
    peritoneal, aqui serão explicados os embrionários e fasciais.
        Ligamentos vestigiais embrionários: esses dois ligamentos são vestígios do gubernáculo ovárico, relacionado à
            descida da gônada de sua posição no desenvolvimento sobre a parede posterior do abdome. São eles:
           • Ligamento útero-ovárico: fixa-se ao útero póstero-inferior à junção uterotubária. Em outras palavras, esse ligamento
              prende o ovário ao útero em uma posição posterior e inferior à junção uterotubária;
           • Ligamento redondo do útero: origina-se ântero-inferiormente à junção uterotubária e fixa-se aos lábios maiores.

        Ligamentos fasciais endopélvicos: O colo do útero é a parte menos móvel do deste órgão devido à sua sustentação ser
         proporcionada por esses tipos de ligamentos fasciais. São eles:

           • Ligamentos transversos do colo (cardinais): estendem-se do colo e do fórnice da vagina até as paredes laterais da
             pelve;
           • Ligamentos retouterinos (uterossacrais): seguem superiormente, das laterais do colo até o meio do sacro.

                                                                                                                                    5
Juntos, todos esses ligamentos (além de outros já citados anteriormente) possuem uma função unânime, que é a de manter
    o útero centralizado na cavidade pélvica e resistem à tendência de que o útero “caia” ou seja empurrado através da vagina
    (Prolapso uterino).



    36) Descreva a tuba uterina (configuração externa e suprimento arterial).
         As tubas uterinas conduzem o ovócito, liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil da mulher, da cavidade
    peritoneal periovariana para a cavidade uterina. Também são o local habitual de fertilização.
         De acordo com sua configuração externa, cada tuba uterina divide-se em 4 partes:
           • Infundíbulo: é a extremidade distal afunilada que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal da tuba
              uterina. Seus processos digitiformes (fimbrias) abrem-se na sobre a face medial do ovário;
           • Ampola: é a parte mais “dilatada” e longa da tuba uterina. É o local onde comumente ocorre a fertilização;
           • Istmo: é a parte da tuba que entra no corno uterino;
           • Parte uterina: é o segmento que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino da tuba uterina, no
              corno do útero.

         O suprimento arterial é dado pelas artérias ováricas (ramos da parte abdominal da aorta) e pelos ramos ascendentes das
     artérias uterinas (ramos da artéria ilíaca interna). Estas artérias se bifurcam em ramos ováricos e ramos tubários; e irrigam
     ovários e tubas das extremidades opostas.

     37) Descreva a configuração externa do útero e sua posição anatômica.
       Situado entre a bexiga urinária e o reto, com tamanho e formato de uma pêra invertida. Em mulheres que nunca ficaram
grávidas, possui: 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura; é maior nas mulheres que ficaram grávidas
recentemente e menor (atrofiado) na menopausa (diminuição dos hormônios). Subdivisões anatômicas do útero: o Fundo –
porção acima dos óstios uterinos das tubas; o Corpo – abaixo do fundo e acima do istmo, possui duas faces: anterior (relacionado
com a bexiga) e posterior (relacionado com o reto); o Istmo – abaixo do corpo, segmento estreito com cerca de 1 cm de
comprimento; o Colo – parte final do útero com cerca de 2,5 cm de comprimento, possui duas porções: supravaginal (acima da
vagina) e vaginal (que se salienta para a vagina). A porção vaginal do colo do útero circunda o óstio do útero e, por sua vez, é
circundada pelo fórnice da vagina. O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina e o interior do colo, de canal do colo
uterino. O canal do colo do útero se abre na cavidade uterina, no óstio interno, e na vagina, no óstio externo. Normalmente o útero
fica deitado sobre a bexiga (antevertido e antefletido). O canal do colo forma rugosidades: pregas palmadas. A porção vaginal do
colo que situa-se anteriormente ao óstio é chamado de lábio anterior do colo, e a porção posterior, de lábio posterior do colo. A
parede do fundo e corpo do útero é formada por três camadas: o Perimétrio: revestimento seroso externo; o Miométrio: camada
muscular lisa espessa; o Endométrio: camada mucosa interna, relacionado com a menstruação e a nidação (implantação do
embrião). O colo não possui endométrio e o miométrio é delgado. O endométrio é dividido em duas camadas: Camada funcional:
parte que descama durante a mesntruação; Camada basal: parte que origina a camada funcional após a menstruação. As células
secretoras da túnica mucosa do colo produzem o muco cervical que forma um tampão no colo. Ligamentos do útero: o Lig. largo:
pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados da cavidade pélvica; o Ligg. uterossacrais: extensões peritoneais
que ligam o útero ao sacro; o Ligg. cardinais: estendem-se para baixo até a base do lig. largo, da parede lateral da cavidade pélvica
ao colo do útero (conduz os vasos uterinos); o Ligg. redondos: estendem-se do útero até os lábios maiores; o Ligg. útero-ováricos. A
inclinação do útero para trás é chamada de retroflexão. Por dentro dos dois folhetos do lig. largo passam: lig. redondo do útero,
vasos uterinos e o ureter.




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Anatomia da pelve e períneo

  • 1. QUESTÕES DE ANATOMIA - PELVE 1) Explique a função do diafragma pélvico e cite os músculos que o compõem. Separa a cavidade pélvica do períneo na pelve menor. Suas funções básicas são as de sustentar as vísceras pélvicas e resistir aos aumentos da pressão endoabdominal. Deste modo, é um auxiliar importante na ação do diafragma tóraco-abdominal. O diafragma da pelve é formado pelos músculos isquiococcígeos e pelo levantador do ânus (puborretal, pubococcígeo, iliococcígeo) 2) Cite os ramos da parte anterior da artéria ilíaca interna. Os ramos da divisão anterior da artéria ilíaca interna são: Artéria Umbilical, Artéria Obturatória, Artéria Vesical Inferior, Artéria Retal Média, Artéria Vaginal, Artéria Uterina, Artéria Pudenda interna, Artéria Glútea Inferior. 3) Cite os ramos da parte posterior da artéria ilíaca interna. Os ramos da divisão posterior da artéria ilíaca interna são:Artéria Glútea Superior;Artéria Iliolombar: Artérias Sacrais Laterais 4) Qual a importância da artéria umbilical na vida adulta e que ligamento ela forma? No período pós-natal e, conseqüentemente, na vida adulta, a artéria umbilical segue inferiormente entre a bexiga e a parede lateral da pelve, dando origem à artéria (ou artérias) vesical superior, que emite numerosos ramos para o fundo da bexiga. Nos homens, a artéria para o ducto deferente geralmente se origina como um ramo da artéria vesical superior. Portanto, a artéria umbilical torna-se primariamente importante no ótimo funcionamento de órgão vitais como a bexiga e, indiretamente, na fertilidade masculina. Esta artéria forma o ligamento umbilical medial que se transforma na prega umbilical medial, uma das pregas do peritônio. 5) Explique a formação dos plexos autônomos pélvicos. O plexo autônomo pélvico é formado por nervos autônomos que entram na cavidade pélvica por 4 vias: • Troncos simpáticos vagais: são a continuação inferior dos troncos simpáticos lombares e proporcionam, principalmente, inervação simpática para os membros inferiores; • Plexos periarteriais das artérias retais superiores, ováricas e ilíacas internas: fibras vasomotoras simpáticas pós-sinápticas para a artéria envolvida e os ramos derivados; • Plexos hipogástricos: via mais importante pela qual as fibras simpáticas são conduzidas para as vísceras pélvicas. Divide- se em plexo hipogástrico superior (prolongamento do plexo intermesentérico) e plexo hipogástrico inferior; • Nervos esplâncnicos pélvicos: via para a inervação parassimpática das vísceras pélvicas e para o colo descendente a sigmóide. Originam-se na pelve a partir dos ramos anteriores dos nervos espinais S2-S4 do plexo sacral. Os plexos hipogástricos e os nervos esplâncnicos pélvicos fundem-se na pelve e formam os componentes principais do plexo autônomo pélvico. 6) Cite os nervos somáticos originados do plexo sacral. Nervo Isquiático,Nervo Pudendo,glúteo superior e inferior. 7) Cite 5 diferenças entre a pelve óssea feminina e masculina. Estas diferenças estão relacionadas, geralmente, a constituição mais pesada e aos músculos maiores no homens e à adaptação da pelve feminina ao parto. As principais diferenças são as seguintes: PELVE ÓSSEA  MASCULINA  FEMININA Estrutura geral Espessa e pesada Fina e leve Pelve maior Profunda Superficial Pelve menor Estreita e profunda, afunilada Larga e superficial, cilíndrica Abertura superior da pelve Em forma de coração, estreita Oval e arredondada, larga Abertura inferior da pelve Comparativamente pequena Comparativamente grande Arco púbico e ângulo subpúbico Estreito (<70 graus) Largo (>80 graus) Acetábulo Grande Pequeno 8) Cite 3 ligamentos da fáscia pélvica. Os três principais ligamentos da fáscia pélvica são: Ligamentos Sacroilíacos, Ligamento Sacrotuberal, Ligamento Sacroespinal 9) Explique o conceito de períneo. O períneo refere-se tanto a uma área superficial externa quanto a um “compartimento” do corpo. Sendo assim, o “compartimento” (espaço profundo) do períneo é a região do tronco situada inferiormente ao diafragma pélvico. Já, a “superfície do períneo” (área perineal ou espaço superficial) é a região estreita entre as partes proximais das coxas, sendo 1
  • 2. aumentada quando as mesmas são abduzidas. 10) Descreva o conteúdo do espaço superficial do períneo masculino e feminino. Em homens, o espaço superficial do períneo contém: • Raiz (bulbo e ramos) do pênis e músculos associados (isquiocavernoso e bulboesponjoso); Porção proximal (bulbar) da parte esponjosa da uretra; • Músculos transversos superficiais do períneo; • Ramos perineais profundos dos vasos pudendos internos e nervos pudendos. Em mulheres, o espaço superficial do períneo contém: • Clitóris e músculos associados (isquiocavernoso); • Bulbos do vestíbulo e músculos adjacentes (bulboesponjoso); • Glândulas vestibulares maiores; • Músculos transversos superficiais do períneo; • Vasos e nervos relacionados. 11) Descreva o conteúdo do espaço profundo do períneo masculino e feminino. Em ambos os sexos, o espaço profundo do períneo contém: • Parte da uretra, centralmente; • A parte inferior do músculo esfíncter externo da uretra, circundando a uretra; • Extensões anteriores dos corpos adiposos isquioanais. Em homens, o espaço profundo do períneo contém: • Parte intermédia da uretra, a parte mais estreita da uretra masculina; • Músculos transversos profundos do períneo; • Glândulas bulbouretrais; • Estruturas neurovasculares dorsais do pênis (artérias e veias dorsais do pênis e nervo dorsal do pênis). Em mulheres, o espaço profundo do períneo contém: • Parte proximal da uretra; • Músculo liso no lugar dos músculos transversos profundos do períneo; • Neurovascularização dorsal do clitóris. 12) Descreva as partes do pênis e seus componentes. O pênis é o órgão de cópula masculino e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmem. O pênis é composto anatomicamente por uma raiz, um corpo e uma glande. • Raiz do Pênis: é a parte fixada, formada pelos ramos do pênis (tecido erétil cavernoso), bulbo do pênis (tecido erétil esponjoso) e pelos músculos isquiocavernoso (recobre os ramos) e bulboesponjoso (recobre o bulbo). A raiz está localizada no espaço superficial do períneo; • Corpo do Pênis: é a parte pendular livre suspensa da sínfise púbica. Não possui músculos. Distalmente o corpo esponjoso se expande para formar a glande do pênis, cuja suas margens projetam-se para formar a coroa do pênis. O colo da glande separa a glande do corpo do pênis. Neste colo, a pele e a fáscia do pênis constituem o prepúcio, que cobre a glande. Este prepúcio possui uma prega mediana, o frênulo (freio) do prepúcio que se estande até a face uretral da glande. 13) Descreva a irrigação e inervação do pênis. O suprimento arterial é dado principalmente por ramos das artérias pudendas internas. • Artérias dorsais do pênis: suprem o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso e a parte esponjosa da uretra, e a pele do pênis; • Artérias profundas do pênis: suprem o tecido erétil cavernoso nos ramos do pênis; • Artérias do bulbo do pênis: suprem o bulbo do corpo esponjoso e a uretra no seu interior, além da glândula bulbouretral • Ramos superficiais das artérias pudendas externas: suprem a pele do pênis A inervação sensitiva e simpática do pênis é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do nervo pudendo. Este nervo supre a pele e a glande do pênis. Ramos do nervo ilioinguinal também realizam inervação da pele na raiz do pênis. Já os nervos cavernosos conduzem fibras parassimpáticas, que inervam as artérias helicinas do tecido erétil. 14) Cite os elementos encontrados no trígono urogenital do períneo. Masculino: Parte distal da uretra masculina, Escroto, Pênis e Músculos do períneo. 2
  • 3. Feminino: Monte do púbis, os lábios maiores do pudendo, os lábios menores do pudendo, o clitóris, os bulbos do vestíbulo, as glândulas vestibulares maiores e menores, músculos do períneo e o canal anal. 15) Descreva a configuração externa da bexiga urinária. A configuração externa da bexiga consiste em: • Ápice da bexiga, que aponta em direção à margem superior da sínfise púbica; • Fundo da bexiga, que é oposto ao ápice, formado pela parede posterior; • Corpo da bexiga, que é a principal parte da bexiga entre o ápice e o fundo; • Colo da bexiga, que é representado pelo encontro do fundo e das superfícies ínfero-laterias, inferiormente; • Leito da bexiga, que é formado pelas estruturas que têm contato direto com este órgão ( osso púbis, m. obturador interno, etc.). 16) Descreva a configuração interna da bexiga urinária. A configuração interna da bexiga urinária é dada, principalmente, pela constituição de suas paredes. Sendo assim, as paredes da bexiga são formadas principalmente pelo músculo detrusor. Em direção ao colo da bexiga masculina, as fibras internas formam o esfíncter interno da uretra involuntário. Esse esfíncter se contrai durante a ejaculação para evitar ejaculação retrógrada do sêmen para a bexiga. Algumas fibras musculares também seguem radialmente e ajudam na abertura do óstio interno da uretra. Os óstios uretéricos e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. O músculo detrusor também circunda os óstios uretéricos e ajuda a evitar o refluxo de urina para o ureter. A úvula da bexiga é uma pequena elevação do trígono, sendo geralmente mais proeminente em homens idosos devido ao aumento do lobo posterior da próstata. 17) Cite as relações posteriores da bexiga masculina. A bexiga urinária masculina relaciona-se posteriormente com: o lobo posterior da próstata, cavidade peritoneal, escavação retovesical, ureteres, ampola do reto e septo retovesical. 18) Descreva as partes da uretra prostática. Parte Pré-prostática: varia de tamanho de acordo com o grau de enchimento no qual a bexiga se encontra. Estende-se quase verticalmente através do colo da bexiga e continua-se como a parte prostática; Parte Prostática: desce através da parte anterior da próstata e é limitada anteriormente pelo esfíncter externo da uretra. É a parte mais larga e mais dilatável; Parte Membranácea: atravessa o espaço profundo do períneo e penetra da membrana do períneo. É a parte mais estreita e menos distensível; Parte Esponjosa da Uretra: atravessa o corpo esponjoso e possui dois alargamentos, sendo um inicial (no bulbo do pênis) e outro distal na glande do pênis (fossa navicular). 19) Descreva os lobos da próstata. Istmo da próstata (lobo anterior): é anterior à uretra. É fibromuscular, e contém pouco ou nenhum tecido glandular; Lobo posterior: situa-se posteriormente à uretra e inferiormente aos ductos ejaculatórios; é facilmente palpável por exame retal digital; Lobos direito e esquerdo (laterais): situam-se de cada lado da uretra e formam a principal parte da próstata; Lobo médio: situa-se entre a uretra e os ductos ejaculatórios e possui relação íntima com o colo da bexiga. 20) Cite os elementos encontrados na uretra prostática. A parte prostática da uretra possui alguns elementos que lhe determinam a característica de parte mais larga e dilatável da uretra masculina. O elemento mais proeminente é a crista uretral, uma crista mediana que localiza-se entre os seios prostáticos. Nestes seios desembocam os ductos prostáticos. Outro elemento encontrado é o colículo seminal, que caracteriza- se por ser uma eminência (dilatação) localizada no meio da crista uretral. Este colículo possui um orifício semelhante a uma fenda, o utrículo prostático. Em cada lado do utrículo prostático abrem-se os ductos ejaculatórios; portanto, o trato urinário e reprodutivo se fundem neste ponto. 21) Descreva a importância da entrada oblíqua do ureter na bexiga urinária. A passagem oblíqua dos ureteres através da parede muscular da bexiga forma uma espécie de “válvula” unidirecional, com a pressão interna da bexiga que se enche causando um colapso (fechamento) dessa válvula. Portanto, esse arranjo anatômico impede o refluxo de urina para os ureteres quando a bexiga está cheia. 22) Explique o motivo anatômico para as mulheres desenvolverem mais infecção urinária que os homens. As diferenças anatômicas entre as uretras masculina e feminina são também clinicamente significativas em relação à predisponência a infecções urinárias entre os dois sexos. As mulheres estão mais susceptíveis a esse tipo de problema, principalmente, pelo fato de possuírem uma uretra bem mais curta e mais distensível do que os homens. Outro fato anatômico que contribui para isso, é que, por possuírem uma uretra mais curta, a mesma encontra-se muito próximo à região perianal, onde a concentração de microorganismos patogênicos é bem alta. 23) O que é uma anastomose porto-sistêmica. 3
  • 4. As anastomoses porto-sistêmicas são espécies de conexões entre as veias tributárias da veia porta (sistema venoso portal) e as tributárias da veia cava inferior (sistema venoso sistêmico). No esôfago essa conexão ocorre entre tributárias da veia porta e tributárias da veia ázigo (que drena para a veia cava superior). 24) Explique a drenagem venosa do reto e porque ele é um dos locais de anastomose porto-sistêmica. O sangue do reto drena através das veias retais superior, média e inferior. Na parede do canal anal há anastomoses porto- sistêmicas. Essas anastomoses formam-se pelo fato de que a veia retal superior drena para o sistema venoso porta e as veias retais média e inferior drenam para o sistema venoso sistêmico. O plexo venoso retal submucoso circunda o reto e comunica-se com o plexo vesical em homens e com o plexo venoso uterovaginal em mulheres. Este plexo venoso retal possui duas partes: o plexo venoso retal interno e o plexo venoso retal externo. 25) Explique uma situação clínica decorrente de uma sobrecarga de fluxo sanguíneo em uma anastomose porto- sistêmica por hipertensão portal secundária a cirrose hepática. Quando a cicatrização e a fibrose causadas por cirrose obstruem a veia porta no fígado, a pressão aumenta na veia porta e em suas tributárias, causando hipertensão porta. O grande volume de sangue que flui do sistema porta para o sistema sistêmico nos locais de anastomoses porto-sistêmicas fica “retido” (parado), produzindo assim, veias varicosas, principalmente no terço distal (parte inferior) do esôfago. As veias podem tornar-se tão dilatadas que suas paredes se rompem, resultando em hemorragia grave e muitas vezes fatal. 26) Que características anatômicas estruturais diferenciam o término do colo sigmóide e o início do reto. O colo sigmóide, caracterizado por sua alça em forma de “S”, estende-se da fossa ilíaca até o segmento S3, onde se une ao reto. O fim das tênias do colo, a aproximadamente 15 cm do ânus, indica a junção retossigmóide. Neste ponto, as tênias do colo sigmóide afastam-se para formar uma lâmina externa contínua de músculo liso, e os apêndices omentais adiposos desaparecem. Portando, os principais caracterizadores anatômicos do limite entre colo sigmóide e reto são: • Afastamento das tênias do colo sigmóide; • Formação de uma lâmina de músculo liso no reto; • Desaparecimento dos apêndices omentais. 27) Qual a função da ampola retal? A ampola retal é a parte terminal dilatada do reto, situada diretamente superior (e sustentada) ao diafragma da pelve. Esta região recebe e retém uma massa fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação. Sua capacidade de relaxamento é essencial no acomodamento inicial e subseqüente de fezes, tornando essa parte do reto elemento essencial da manutenção da continência fecal. 28) Qual a base anatômica do toque retal masculino para o exame da próstata? O toque retal masculino é um exame indispensável e muito eficaz no diagnóstico de problemas na próstata, principalmente o câncer. Porém, esse tipo de exame só é possibilitado pela íntima relação anatômica entre o reto e a próstata. Isso se dá pelo fato de que o reto possui a próstata como uma de suas relações anatômicas anteriores principais. Com isso, o proctologista tem um acesso privilegiado que possibilita um diagnóstico mais acurado de problemas prostáticos. 29) Descreva as estruturas do canal anal, definindo o limite anatômico entre o reto e o canal anal. O canal anal é a parte terminal do intestino grosso e de todo o canal alimentar. Estende-se da face superior do diafragma da pelve até o ânus. O canal anal é circundado pelos músculos esfíncter interno e externo do ânus. Estes dois esfíncteres se relaxam antes que possa haver defecação. • O músculo esfíncter interno do ânus é um músculo involuntário que circunda os dois terços superiores do canal anal. Sua contração (tônus) e relaxamento são proporcionados pela ação de terminações nervosas simpáticas e parassimpáticas, respectivamente. Este esfíncter encontra-se tonicamente contraído na maior parte do tempo para evitar perda de líquido ou flatos; • O músculo esfíncter externo do ânus é um grande esfíncter involuntário situado de cada lado dos dois terços inferiores do canal anal. Este músculo age afim de manter a continência fecal quando o esfíncter interno está relaxado. O limite anatômico entre o reto e o canal anal se dá no ponto em que a ampola retal se estreita, no nível da alça em formato de “U”, formada pelo músculo puborretal. 30) Descreva o trajeto dos espermatozóides após sua passagem no epidídimo até sua eliminação no meio externo. Resumidamente, os espermatozóides seguem o seguinte trajeto: TÚBULOS SEMINÍFEROS (TESTÍCULOS)  EPIDÍDIMO  DUCTO DEFERENTE  DUCTO EJACULATÓRIO  PARTE PROSTÁTICA DA URETRA  PARTE MEMBRANÁCEA DA URETRA  PARTE ESPONJOSA DA URETRA Durante o processo da ejaculação, os espermatozóides armazenados no epidídimo entram no ducto deferente (continuação do ducto do epidídimo). Este ducto cruza superiormente ao ureter, seguindo entre o ureter e o peritônio para chegar ao fundo da bexiga. Posteriormente à bexiga, o ducto deferente desce medialmente entre o ureter e a glândula seminal. Aqui este ducto se dilata para formar a ampola do ducto deferente antes de seu fim. Logo após, os espermatozóides seguem pelos ductos 4
  • 5. ejaculatórios. Estes ductos se originam a partir da união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Esta origem ocorre perto do colo da bexiga, e os ductos seguem atravessando a parte posterior da próstata. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal. Após o fim dos ductos ejaculatórios, os espermatozóides seguem pela parte prostática da uretra (onde recebem as secreções prostáticas); logo após entram na uretra membranácea para, finalmente, seguirem pela uretra peniana (esponjosa) até o meio externo, através do óstio externo da uretra. 31) Descreva as glândulas bulbouretrais (localização, função, desembocadura). As duas glândulas bulbouretrais com formato de ervilha (glândulas de Cowper) situam-se póstero-laterais à parte membranácea da uretra, amplamente incrustadas no esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual. (MOORE, 2001). 32) Quais as escavações formadas pela reflexão do peritônio na pelve feminina e masculina. REFLEXÕES PERITONEAIS NA PELVE: MASCULINA FEMININA 1. O peritôneo desce a parede anterior do abdome 1. O peritôneo desce a parede anterior do abdome 2. Reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa 2. Reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa supravesical supravesical 3. Cobre a face superior da bexiga e desce pelas laterais para 3. Cobre a face superior da bexiga e desce pelas laterais para ascender na parede lateral da pelve, criando fossas paravesicais ascender na parede lateral da pelve, criando fossas paravesicais de cada lado de cada lado 4. Desce na face posterior da bexiga por até 2 cm 4. Reflete-se do teto da bexiga sobre o corpo do útero, formando a ESCAVAÇÃO VESICOUTERINA 5. Lateralmente forma pregas sobre os ureteres, ducto deferente 5. Cobre o corpo e o fundo do útero e parte superior do fórnice e glândulas da vagina; estende-se lateralmente do útero como dupla prega ou mesentério 6. Reflete-se da bexiga e glândulas seminais sobre o reto, 6. Reflete-se da vagina sobre o reto, formando a ESCAVAÇÃO formando a ESCAVAÇÃO RETOVESICAL RETOUTERINA 7. A escavação retovesical estende-se para formar fossas 7. A escavação retouterina estende-se lateral e posteriormente pararretais de cada lado do reto. para formar fossas pararretais de cada lado do reto 8. Ascende no reto 8. Ascende no reto 9. Envolve o colo sigmóide começando na junção 9. Envolve o colo sigmóide começando na junção retossigmóide retossigmóide OBS.: As escavações formadas por reflexões peritoneais na pelve masculina e feminina encontram-se em negrito e MAIÚSCULO!!! 33) Quais as relações posteriores da vagina? A vagina relaciona-se posteriormente com: o canal anal, o reto e a escavação retouterina. 34) O que é ligamento largo do útero? Quais suas partes? O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio (mesentério) que se estende das laterais do útero até as paredes laterais e o assoalho da pelve. Lateralmente, o peritônio do ligamento largo é prolongado superiormente sobre os vasos como o ligamento suspensor do ovário. A tuba uterina situa-se na margem livre ântero-superior do ligamento largo, dentro da mesossalpinge. Da mesma forma, o ovário situa-se dentro do mesovário, na face posterior do ligamento largo. A maior parte do ligamento largo serve como mesentério para o próprio útero e denomina-se mesométrio. 35) Quais os ligamentos de sustentação do útero (embrionários, fasciais e de peritônio)? OBS.: Devido à questão anterior ter explanado adequadamente sobre os ligamentos de sustentação uterina de origem peritoneal, aqui serão explicados os embrionários e fasciais.  Ligamentos vestigiais embrionários: esses dois ligamentos são vestígios do gubernáculo ovárico, relacionado à descida da gônada de sua posição no desenvolvimento sobre a parede posterior do abdome. São eles: • Ligamento útero-ovárico: fixa-se ao útero póstero-inferior à junção uterotubária. Em outras palavras, esse ligamento prende o ovário ao útero em uma posição posterior e inferior à junção uterotubária; • Ligamento redondo do útero: origina-se ântero-inferiormente à junção uterotubária e fixa-se aos lábios maiores.  Ligamentos fasciais endopélvicos: O colo do útero é a parte menos móvel do deste órgão devido à sua sustentação ser proporcionada por esses tipos de ligamentos fasciais. São eles: • Ligamentos transversos do colo (cardinais): estendem-se do colo e do fórnice da vagina até as paredes laterais da pelve; • Ligamentos retouterinos (uterossacrais): seguem superiormente, das laterais do colo até o meio do sacro. 5
  • 6. Juntos, todos esses ligamentos (além de outros já citados anteriormente) possuem uma função unânime, que é a de manter o útero centralizado na cavidade pélvica e resistem à tendência de que o útero “caia” ou seja empurrado através da vagina (Prolapso uterino). 36) Descreva a tuba uterina (configuração externa e suprimento arterial). As tubas uterinas conduzem o ovócito, liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil da mulher, da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. Também são o local habitual de fertilização. De acordo com sua configuração externa, cada tuba uterina divide-se em 4 partes: • Infundíbulo: é a extremidade distal afunilada que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal da tuba uterina. Seus processos digitiformes (fimbrias) abrem-se na sobre a face medial do ovário; • Ampola: é a parte mais “dilatada” e longa da tuba uterina. É o local onde comumente ocorre a fertilização; • Istmo: é a parte da tuba que entra no corno uterino; • Parte uterina: é o segmento que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino da tuba uterina, no corno do útero. O suprimento arterial é dado pelas artérias ováricas (ramos da parte abdominal da aorta) e pelos ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos da artéria ilíaca interna). Estas artérias se bifurcam em ramos ováricos e ramos tubários; e irrigam ovários e tubas das extremidades opostas. 37) Descreva a configuração externa do útero e sua posição anatômica. Situado entre a bexiga urinária e o reto, com tamanho e formato de uma pêra invertida. Em mulheres que nunca ficaram grávidas, possui: 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura; é maior nas mulheres que ficaram grávidas recentemente e menor (atrofiado) na menopausa (diminuição dos hormônios). Subdivisões anatômicas do útero: o Fundo – porção acima dos óstios uterinos das tubas; o Corpo – abaixo do fundo e acima do istmo, possui duas faces: anterior (relacionado com a bexiga) e posterior (relacionado com o reto); o Istmo – abaixo do corpo, segmento estreito com cerca de 1 cm de comprimento; o Colo – parte final do útero com cerca de 2,5 cm de comprimento, possui duas porções: supravaginal (acima da vagina) e vaginal (que se salienta para a vagina). A porção vaginal do colo do útero circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada pelo fórnice da vagina. O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina e o interior do colo, de canal do colo uterino. O canal do colo do útero se abre na cavidade uterina, no óstio interno, e na vagina, no óstio externo. Normalmente o útero fica deitado sobre a bexiga (antevertido e antefletido). O canal do colo forma rugosidades: pregas palmadas. A porção vaginal do colo que situa-se anteriormente ao óstio é chamado de lábio anterior do colo, e a porção posterior, de lábio posterior do colo. A parede do fundo e corpo do útero é formada por três camadas: o Perimétrio: revestimento seroso externo; o Miométrio: camada muscular lisa espessa; o Endométrio: camada mucosa interna, relacionado com a menstruação e a nidação (implantação do embrião). O colo não possui endométrio e o miométrio é delgado. O endométrio é dividido em duas camadas: Camada funcional: parte que descama durante a mesntruação; Camada basal: parte que origina a camada funcional após a menstruação. As células secretoras da túnica mucosa do colo produzem o muco cervical que forma um tampão no colo. Ligamentos do útero: o Lig. largo: pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados da cavidade pélvica; o Ligg. uterossacrais: extensões peritoneais que ligam o útero ao sacro; o Ligg. cardinais: estendem-se para baixo até a base do lig. largo, da parede lateral da cavidade pélvica ao colo do útero (conduz os vasos uterinos); o Ligg. redondos: estendem-se do útero até os lábios maiores; o Ligg. útero-ováricos. A inclinação do útero para trás é chamada de retroflexão. Por dentro dos dois folhetos do lig. largo passam: lig. redondo do útero, vasos uterinos e o ureter. 6