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Ontologia e Metafísica
Vitor Vieira Vasconcelos
Processo seletivo de professor substituto
Departamentode Filosofia
UniversidadeFederal do Mato Grosso – UFMT
18 Novembrode 2015 1
Conteúdo
• O que a Ontologia e a Metafísica investigam?
• Parmênides – Da Natureza
• Contraposição Platão X Aristóteles
• Metafísica de Aristóteles
• Filosofia Medieval
• Realismo X Nominalismo
• Prova Ontológica de Deus
• Kant – Crítica da Razão Pura
• Neopositivismo – Eliminação da Metafísica
• Heidegger – Ontologia e Conhecimento
• Uso da ontologia na Ciência da Informação
2
Metafísica
• Andronicos de Rodes (1 A.C)
- expressão grega “tà metà
tà physiká” para referir-se
às "[obras] depois da física"
[de Aristóteles]
• Consolidação da semântica
“metaphysika” durante a
Idade Média
3
Ontologia
• Separação entre:
• Ontológico: ser em geral, sua razão,seu
logos
• Ôntico: ente, tomado determinadamente,
como manifestação sensíveldo ser.
• Metafísica como
• Categoria geral
• Ontologia
• Cosmologia
• Teologia
VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M., Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring
2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.)
• Do grego óntos ("ser“) + logia (“conhecimento”)
• Jacob Loard, Ogdoas Scholastica, 1606
• “A tarefa da ontologiaé o conhecimento do ser dos entes e
a explicação do próprio ser” (Heidegger, Ser e Tempo, §7)
4
O que se investiga na Metafísica e
Ontologia?
• Há um sentido último para a existência do mundo?
• A organização do mundo é necessariamente essa com
que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos?
• Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecê-lo?
Adaptação de “A Criação de Adão”, de Michelangelo, 1511
5
O que se investiga na Metafísica e
Ontologia?
• O que é uma coisa (ente, objeto)?
• As coisas estão em permanente mudança ou
permanecem idênticas?
• Em que categorias podemos agrupar as coisas
existentes?
• Quais são as formas de ser?
• Como as propriedades de um objeto se relacionam com
esse objeto?
• Quais propriedades são essenciais ou acidentais a um
objeto?
• Quando um objeto deixa de existir?
6
Essência Existência
Substância Acidente
Universais Particulares
Objetos
concretos
Objetos
abstratos
Monismo Dualismo
Idealismo Materialismo
Dicotomias
ontológicas
7
Parmênides
• Três vias da indagação:
• O que é: unidadee imutabilidadedo Ser
• O que não é: não conhecível
• A opiniãodos mortais: empírica, mutável,ilusão
• A sensação não consegue levar à verdade
SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009.
(530 a.c. – 460 a.c.)
8
Contraposição Platão e Aristóteles
• Platão
• Mundodas
Ideias
(essências)
Escola de Atenas. Rafael. 1510.
• Aristóteles
• A essência está
nas próprias
coisas
9
Filosofia Primeira de Aristóteles
• Metafisica, IV, 1, Aristóteles:
“Há uma ciência que estuda o Ser enquanto
ser, e seus atributosessenciais. Ela não se
confunde com nenhumadas outras ciências
chamadas particulares, pois nenhuma delas
considera o Ser em geral, enquanto ser, mas,
recortando uma certa parte do ser [...].”
• Os apectos de investigação da Metafísica
(Filosofia Primeira) não são acessíveis pelos
sentidos (pois senão fariam parte da Física).
10
As 4 causas
• Discutidas na Metafísica e na Física
• Causa formal – mudança na forma de um objeto
• Causa material – o material que está sendo mudado
• A madeira em uma mesa, o bronze emuma estátua.
• Causa eficiente – agente externo alterandoo objeto
• Carpinteirofazendo uma mesa, pais concebendo filhos
• Causa final – finalidadeou função de um objeto
• Para a semente, virar planta;para o marinheiro, velejar.
Metafisica,V, 2, Aristóteles
ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho.
São Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores). I, 3, 983ª 25-32, 11
As 4 causas Metafisica,V, 2, Aristóteles
Causa Formal
Causa Eficiente
Causa Material
Causa
Final
12
A Causa Final
• Cada coisa tende a um fim – concepção teleológica da
Natureza
• O objeto move-se e transforma-se, procurandoa
perfeição
• A perfeição só se realiza na medida em que ele cumpre a
função para o qual foi designado em essência
• Conexão com a Ética: o ser humano tem como finalidade
intrínseca buscar sua própria felicidade.
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.
13
O Primeiro
Motor Imóvel
Metafísica, XII (Lambda)
Causa
Não-Causada
causa
causacausacausa
14
O Primeiro
Motor Imóvel
• É a primeira causa eficiente: o agente da primeira
mudança
• É a primeira causa final: perfeição a que todos os
objetos tendem em última instância
• Deus?
• Apropriação por Tomás de Aquino (Suma Teológica)
• Prova quíntupla da existênciade deus: o primeiro motor
imóvel, primeira causa eficiente, criador racional,
absolutamenteperfeito, ser absolutamentenecessário.
Metafísica, XII (Lambda)
15
As 10 Categorias de Aristóteles
• Substância: essência (não é matéria)
• Quantitade: número e extensão (discreto/contínuo)
• Qualificação: adjetivos (cor, sabor)
• Relação: entre objetos (mestre, maior, metade)
• Onde: local no espaço
• Quando: tempo
• Posição: deitado,sentado
• Condição: armado, calçado
• Ação: o objeto agindo sobre um outro objeto
• Afetação: o objeto sendo afetado por um outro objeto
ARISTOTLE. "Categories". In Barnes, Jonathan. The Complete Works ofAristotle, 2 vols. Transl. J. L.
Ackrill. Princeton: Princeton University Press. 1995. pp. 3–24. 16
Realismo
Guilherme de Champeaux (1070-1120)
• Algo de regular existe
na natureza e podemos
abstrair com palavras
• Os substantivos se
referem a objetos reais.
• Ex: Sociedade =
conjunto dos homens
Nominalismo
Roscelino (1050-1120)
• Os conceitos universais
são criações do intelecto
e não têm existência fora
da mente
• Os substantivos nem
sempre se referem a
objetos.
• Ex: Geometria: estudo
das formas – não é um
objeto específico no
mundo
CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa,
Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–114. 17
A prova ontológica de Deus
• Anselmo de Cantuária (Proslogion, 1078):
• A maior coisa que a mente humana pode conceber.
Pense na maior
coisa possível
Agora imagine que
essa coisa não existe
Poderia ser maior,
não é?
Então,se você pensar em algo assim
tão grande, ele tem que existir! 18
A prova ontológica de Deus
• Anselmo de Cantuária (Proslogion, 1078):
• A maior coisa que a mente humana pode conceber.
• Descartes (Meditações, V)
• A maior perfeição que a mente humana pode imaginar
• Se ele é perfeito, então tem que existir
• Críticos
• Tomás de Aquino(Suma Teológica):o ser humano não é
capazde entender a natureza de Deus
• Kant (Crítica da Razão Pura): a existência não é
necessária para a perfeição
19
Kant – Crítica da Razão Pura
• Conhecemos os fenômenos sensíveis, e sabemos da
existênciado ”noumenon”, mas deste não temos nenhuma
experiência sensível (intuiçãosensível).
Ser
(noumenon)
Sensação
Sujeito
(mente/nous)
KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2014
• Se não podemos conhecer o Ser (noumenon), não podemos
responder às perguntas da Metafísica,como a existênciade Deus,
alma, infinito,entre outros.
20
Eliminação da Metafísica
Neopositivismo
• Proposições metafísicas não podem ser provadas
por um método de verificação
• portantonão são nem verdadeirasnem falsas, mas sim
destituídasde sentido
• Necessidade de identificar e eliminar toda a
influência da metafísica no conhecimento humano
• Defesa do conhecimento empiricamente verificável
como único válido
CARNAP, R., et al. "A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena". In Cadernos de História
e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986. 21
Não comprovável
Por verificação empírica
Eliminado!
Eliminação da Metafísica
Neopositivismo
22
Heidegger
• O ser humano procura, como objetivo derradeiro, um
contato com o mais profundo do universo com o seu
próprio Ser.
• Diferenciação entre ser e ente
• O ser não podeser determinado,explicado,definido ou
derivado
• A metafísica tradicionaltenta caminhar do ente ao ser, e por isso
falha – o ente só leva a outro ente
• Ontologia dentro de uma perspectiva temporal
• Recolhimento e reflexãosobreas possibilidades deabordar o ser
ao longo da história da Filosofia
HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988 (Vol. I),
1989 (Vol. II)
HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia? Identidade e diferença. 1971. 23
Heidegger
• Abordagens:
• Ciência e técnica: descreve/dominaos entes
esquece o ser
• Poesia (arte): desvela o ser
• Vivência primária: mais próxima ao ser
HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa:
Edições 70, 1990.
• O ser a partir da revelação (aletheia)
• “a verdade é o desvelamentodo ente ao
qual se realiza uma abertura”
Heidegger, 1979c. Sobre a Essência da Verdade.
Conferências e escritos filosóficos.São Paulo:
Abril Cultural.p.127-45.”
24
Heideger – A questão da Técnica
• Retoma as 4 causas
aristotélicas
• O artesão ou criador utilizaas 4
causas para revelar a verdade do
objeto que está sendo criado.
HEIDEGGER, M. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic
Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977.
• Poiésis: trazer algo de
alguma coisa.
• Ligação entre a arte e a
técnica.
25
Sistematização das abordagens
ontológicas
• Ontologia do Uno
• Parmênides, Plotino, Escoto Eurígena, Espinoza
• Ontologia do Ser
• Aristóteles, São Tomás de Aquino
• Ontologia do Devir (ou do tempo)
• Hegel, Marx, Nietzsche e Heidegger
26
Ontologia na Ciência da Informação
• Corpo de conhecimento declarativo sobre um
dado domínio, assunto ou área de conhecimento
• Na prática, são
• hierarquiasde conceitos (classes)
• com suas relações, restrições,axiomas e terminologia
associada
• Servem para estruturar e compartilhar
informações disponíveis sobre um dado domínio
27
Exemplos
• Biologia: Taxonomia de espécies
28
Geografia
• Mapeamentode cobertura vegetal
29
Geografia
• Mapeamentode cobertura vegetal
30
Agronomia
• Sistemas de aptidão agrícola
31
Questões para a reflexão
• As ontologias da Ciência da Informação
seriam mais ônticas do que ontológicas?
• Observação de Thomas Khun
• Os diagramase padronizaçõesmoldam os paradigmas
científicosde áreas de saber
• Pode a Filosofia auxiliar a aprimorar a reflexão
ontológica na prática das Ciência da Informação?
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
32
Dúvidas?
Perguntas?
Comentários?
33
Bibliografia:
ARISTOTLE. Categories. In Barnes, Jonathan. The Complete Works ofAristotle, 2 vols. Transl. J.
L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press.1995 pp. 3–24.
ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São
Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores).
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.
CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa,
Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–114.
CARNAP, R., et al. "A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena". In Cadernos de
História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986.
HEIDEGGER, M.. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988
(Vol. I), 1989 (Vol. II)
HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990.
HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia?: Identidade e diferença. 1971.
HEIDEGGER, Martin. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic
Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977.
KUHN, T., A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2014
SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009.
VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M. Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of
Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.) 34
Obrigado!
35
PLANO DE AULA
Candidato: Vitor Vieira Vasconcelos
Seleção para Professor Substituto de Filosofia
Universidade Estadual do Mato Grosso – UFMT
Ano: 2015
I. Dados de Identificação:
Universidade: UFMT
Disciplina: Filosofia
Ministrante: Vitor Vieira Vasconcelos
Data: 18 de Novembro de 2015
Duração: 40 minutos
II. Tema: Ontologia e Metafísica
- Justificativa: Na Filosofia, “já que procuramos os primeiros princípios e as causas mais
elevadas, é evidente que existe, necessariamente, alguma realidade à qual tais princípios e
causas pertencem, em virtude de sua própria natureza. [...] Eis por que devemos estudar as
causas primeiras do Ser enquanto ser.” (Aristóteles, Metafísica, I)
- Conceito: “A tarefa da ontologia é o conhecimento do ser dos entes e a explicação do próprio
ser” (Heidegger, Ser e Tempo, §7)
IV. Objetivos:
Objetivo geral: Compreender os fundamentos de algumas das principais teorias filosóficas
sobre ontologia e metafísica.
Objetivos específicos:
- Avaliar as propostas de abordagem entre verificação empírica e conhecimento
extrassensível na história da filosofia;
- Compreender como dicotomias ontológicas (essência/existência, ideia/matéria,
universal/particular, etc.) foram discutidas ao longo da história da filosofia;
- Entender algumas das implicações das teorias metafísico-ontológicas sobre os demais
conhecimentos humanos;
- Avaliar a sistematização das teorias apresentadas com relação ao Uno, ao Ser e ao Devir.
V. Conteúdo:
- O que a Ontologia e a Metafísica investigam?
- Parmênides – Da Natureza
- Contraposição Platão X Aristóteles
- Metafísica de Aristóteles
- Filosofia Medieval
- Realismo X Nominalismo
- Prova Ontológica de Deus
- Kant – Crítica da Razão Pura
- Neopositivismo – Eliminação da Metafísica
- Heidegger – Ontologia e Conhecimento
- Uso da ontologia na Ciência da Informação
VI. Preparação:
Como preparação para a aula, propõe-se que os alunos leiam, em casa, pequenos trechos
(selecionados previamente pelo professor) das obras dos filósofos abordados. Essa leitura
tem como objetivo estimular a curiosidade dos alunos e propiciar o contato direto com os
textos clássicos.
VII. Desenvolvimento:
O conteúdo é ministrado predominantemente de maneira expositiva. Todavia, estimula-se a
interação e diálogo por meio de perguntas e comentários.
VIII. Recursos didáticos: Datashow; plano de aula e slides impressos.
IX. Avaliação:
Como possível avaliação dos conteúdos ministrados, os alunos podem escolher a teoria que
mais se interessaram e realizar um trabalho dirigido. O conteúdo também poderá ser avaliado
por meio de prova somativa junto aos demais conteúdos do curso.
X. Bibliografia:
ARISTOTLE "Categories". In Barnes, Jonathan. The Complete Works of Aristotle, 2 vols.
Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press.1995 pp. 3–24.
ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São
Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores).
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.
CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox
Significativa, Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–
114.
CARNAP, R., et al. A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena. In Cadernos de
História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986.
HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988
(Vol. I), 1989 (Vol. II)
HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990.
HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia? Identidade e diferença. 1971.
HEIDEGGER, Martin. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic
Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977.
KUHN, T., A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 2014
SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009.
VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M. Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of
Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.)

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Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula

  • 1. Ontologia e Metafísica Vitor Vieira Vasconcelos Processo seletivo de professor substituto Departamentode Filosofia UniversidadeFederal do Mato Grosso – UFMT 18 Novembrode 2015 1
  • 2. Conteúdo • O que a Ontologia e a Metafísica investigam? • Parmênides – Da Natureza • Contraposição Platão X Aristóteles • Metafísica de Aristóteles • Filosofia Medieval • Realismo X Nominalismo • Prova Ontológica de Deus • Kant – Crítica da Razão Pura • Neopositivismo – Eliminação da Metafísica • Heidegger – Ontologia e Conhecimento • Uso da ontologia na Ciência da Informação 2
  • 3. Metafísica • Andronicos de Rodes (1 A.C) - expressão grega “tà metà tà physiká” para referir-se às "[obras] depois da física" [de Aristóteles] • Consolidação da semântica “metaphysika” durante a Idade Média 3
  • 4. Ontologia • Separação entre: • Ontológico: ser em geral, sua razão,seu logos • Ôntico: ente, tomado determinadamente, como manifestação sensíveldo ser. • Metafísica como • Categoria geral • Ontologia • Cosmologia • Teologia VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M., Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.) • Do grego óntos ("ser“) + logia (“conhecimento”) • Jacob Loard, Ogdoas Scholastica, 1606 • “A tarefa da ontologiaé o conhecimento do ser dos entes e a explicação do próprio ser” (Heidegger, Ser e Tempo, §7) 4
  • 5. O que se investiga na Metafísica e Ontologia? • Há um sentido último para a existência do mundo? • A organização do mundo é necessariamente essa com que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos? • Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecê-lo? Adaptação de “A Criação de Adão”, de Michelangelo, 1511 5
  • 6. O que se investiga na Metafísica e Ontologia? • O que é uma coisa (ente, objeto)? • As coisas estão em permanente mudança ou permanecem idênticas? • Em que categorias podemos agrupar as coisas existentes? • Quais são as formas de ser? • Como as propriedades de um objeto se relacionam com esse objeto? • Quais propriedades são essenciais ou acidentais a um objeto? • Quando um objeto deixa de existir? 6
  • 7. Essência Existência Substância Acidente Universais Particulares Objetos concretos Objetos abstratos Monismo Dualismo Idealismo Materialismo Dicotomias ontológicas 7
  • 8. Parmênides • Três vias da indagação: • O que é: unidadee imutabilidadedo Ser • O que não é: não conhecível • A opiniãodos mortais: empírica, mutável,ilusão • A sensação não consegue levar à verdade SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009. (530 a.c. – 460 a.c.) 8
  • 9. Contraposição Platão e Aristóteles • Platão • Mundodas Ideias (essências) Escola de Atenas. Rafael. 1510. • Aristóteles • A essência está nas próprias coisas 9
  • 10. Filosofia Primeira de Aristóteles • Metafisica, IV, 1, Aristóteles: “Há uma ciência que estuda o Ser enquanto ser, e seus atributosessenciais. Ela não se confunde com nenhumadas outras ciências chamadas particulares, pois nenhuma delas considera o Ser em geral, enquanto ser, mas, recortando uma certa parte do ser [...].” • Os apectos de investigação da Metafísica (Filosofia Primeira) não são acessíveis pelos sentidos (pois senão fariam parte da Física). 10
  • 11. As 4 causas • Discutidas na Metafísica e na Física • Causa formal – mudança na forma de um objeto • Causa material – o material que está sendo mudado • A madeira em uma mesa, o bronze emuma estátua. • Causa eficiente – agente externo alterandoo objeto • Carpinteirofazendo uma mesa, pais concebendo filhos • Causa final – finalidadeou função de um objeto • Para a semente, virar planta;para o marinheiro, velejar. Metafisica,V, 2, Aristóteles ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores). I, 3, 983ª 25-32, 11
  • 12. As 4 causas Metafisica,V, 2, Aristóteles Causa Formal Causa Eficiente Causa Material Causa Final 12
  • 13. A Causa Final • Cada coisa tende a um fim – concepção teleológica da Natureza • O objeto move-se e transforma-se, procurandoa perfeição • A perfeição só se realiza na medida em que ele cumpre a função para o qual foi designado em essência • Conexão com a Ética: o ser humano tem como finalidade intrínseca buscar sua própria felicidade. BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997. 13
  • 14. O Primeiro Motor Imóvel Metafísica, XII (Lambda) Causa Não-Causada causa causacausacausa 14
  • 15. O Primeiro Motor Imóvel • É a primeira causa eficiente: o agente da primeira mudança • É a primeira causa final: perfeição a que todos os objetos tendem em última instância • Deus? • Apropriação por Tomás de Aquino (Suma Teológica) • Prova quíntupla da existênciade deus: o primeiro motor imóvel, primeira causa eficiente, criador racional, absolutamenteperfeito, ser absolutamentenecessário. Metafísica, XII (Lambda) 15
  • 16. As 10 Categorias de Aristóteles • Substância: essência (não é matéria) • Quantitade: número e extensão (discreto/contínuo) • Qualificação: adjetivos (cor, sabor) • Relação: entre objetos (mestre, maior, metade) • Onde: local no espaço • Quando: tempo • Posição: deitado,sentado • Condição: armado, calçado • Ação: o objeto agindo sobre um outro objeto • Afetação: o objeto sendo afetado por um outro objeto ARISTOTLE. "Categories". In Barnes, Jonathan. The Complete Works ofAristotle, 2 vols. Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press. 1995. pp. 3–24. 16
  • 17. Realismo Guilherme de Champeaux (1070-1120) • Algo de regular existe na natureza e podemos abstrair com palavras • Os substantivos se referem a objetos reais. • Ex: Sociedade = conjunto dos homens Nominalismo Roscelino (1050-1120) • Os conceitos universais são criações do intelecto e não têm existência fora da mente • Os substantivos nem sempre se referem a objetos. • Ex: Geometria: estudo das formas – não é um objeto específico no mundo CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa, Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–114. 17
  • 18. A prova ontológica de Deus • Anselmo de Cantuária (Proslogion, 1078): • A maior coisa que a mente humana pode conceber. Pense na maior coisa possível Agora imagine que essa coisa não existe Poderia ser maior, não é? Então,se você pensar em algo assim tão grande, ele tem que existir! 18
  • 19. A prova ontológica de Deus • Anselmo de Cantuária (Proslogion, 1078): • A maior coisa que a mente humana pode conceber. • Descartes (Meditações, V) • A maior perfeição que a mente humana pode imaginar • Se ele é perfeito, então tem que existir • Críticos • Tomás de Aquino(Suma Teológica):o ser humano não é capazde entender a natureza de Deus • Kant (Crítica da Razão Pura): a existência não é necessária para a perfeição 19
  • 20. Kant – Crítica da Razão Pura • Conhecemos os fenômenos sensíveis, e sabemos da existênciado ”noumenon”, mas deste não temos nenhuma experiência sensível (intuiçãosensível). Ser (noumenon) Sensação Sujeito (mente/nous) KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014 • Se não podemos conhecer o Ser (noumenon), não podemos responder às perguntas da Metafísica,como a existênciade Deus, alma, infinito,entre outros. 20
  • 21. Eliminação da Metafísica Neopositivismo • Proposições metafísicas não podem ser provadas por um método de verificação • portantonão são nem verdadeirasnem falsas, mas sim destituídasde sentido • Necessidade de identificar e eliminar toda a influência da metafísica no conhecimento humano • Defesa do conhecimento empiricamente verificável como único válido CARNAP, R., et al. "A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena". In Cadernos de História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986. 21
  • 22. Não comprovável Por verificação empírica Eliminado! Eliminação da Metafísica Neopositivismo 22
  • 23. Heidegger • O ser humano procura, como objetivo derradeiro, um contato com o mais profundo do universo com o seu próprio Ser. • Diferenciação entre ser e ente • O ser não podeser determinado,explicado,definido ou derivado • A metafísica tradicionaltenta caminhar do ente ao ser, e por isso falha – o ente só leva a outro ente • Ontologia dentro de uma perspectiva temporal • Recolhimento e reflexãosobreas possibilidades deabordar o ser ao longo da história da Filosofia HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988 (Vol. I), 1989 (Vol. II) HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia? Identidade e diferença. 1971. 23
  • 24. Heidegger • Abordagens: • Ciência e técnica: descreve/dominaos entes esquece o ser • Poesia (arte): desvela o ser • Vivência primária: mais próxima ao ser HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990. • O ser a partir da revelação (aletheia) • “a verdade é o desvelamentodo ente ao qual se realiza uma abertura” Heidegger, 1979c. Sobre a Essência da Verdade. Conferências e escritos filosóficos.São Paulo: Abril Cultural.p.127-45.” 24
  • 25. Heideger – A questão da Técnica • Retoma as 4 causas aristotélicas • O artesão ou criador utilizaas 4 causas para revelar a verdade do objeto que está sendo criado. HEIDEGGER, M. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977. • Poiésis: trazer algo de alguma coisa. • Ligação entre a arte e a técnica. 25
  • 26. Sistematização das abordagens ontológicas • Ontologia do Uno • Parmênides, Plotino, Escoto Eurígena, Espinoza • Ontologia do Ser • Aristóteles, São Tomás de Aquino • Ontologia do Devir (ou do tempo) • Hegel, Marx, Nietzsche e Heidegger 26
  • 27. Ontologia na Ciência da Informação • Corpo de conhecimento declarativo sobre um dado domínio, assunto ou área de conhecimento • Na prática, são • hierarquiasde conceitos (classes) • com suas relações, restrições,axiomas e terminologia associada • Servem para estruturar e compartilhar informações disponíveis sobre um dado domínio 27
  • 31. Agronomia • Sistemas de aptidão agrícola 31
  • 32. Questões para a reflexão • As ontologias da Ciência da Informação seriam mais ônticas do que ontológicas? • Observação de Thomas Khun • Os diagramase padronizaçõesmoldam os paradigmas científicosde áreas de saber • Pode a Filosofia auxiliar a aprimorar a reflexão ontológica na prática das Ciência da Informação? KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. 32
  • 34. Bibliografia: ARISTOTLE. Categories. In Barnes, Jonathan. The Complete Works ofAristotle, 2 vols. Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press.1995 pp. 3–24. ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores). BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997. CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa, Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–114. CARNAP, R., et al. "A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena". In Cadernos de História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986. HEIDEGGER, M.. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988 (Vol. I), 1989 (Vol. II) HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990. HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia?: Identidade e diferença. 1971. HEIDEGGER, Martin. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977. KUHN, T., A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014 SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009. VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M. Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.) 34
  • 36. PLANO DE AULA Candidato: Vitor Vieira Vasconcelos Seleção para Professor Substituto de Filosofia Universidade Estadual do Mato Grosso – UFMT Ano: 2015 I. Dados de Identificação: Universidade: UFMT Disciplina: Filosofia Ministrante: Vitor Vieira Vasconcelos Data: 18 de Novembro de 2015 Duração: 40 minutos II. Tema: Ontologia e Metafísica - Justificativa: Na Filosofia, “já que procuramos os primeiros princípios e as causas mais elevadas, é evidente que existe, necessariamente, alguma realidade à qual tais princípios e causas pertencem, em virtude de sua própria natureza. [...] Eis por que devemos estudar as causas primeiras do Ser enquanto ser.” (Aristóteles, Metafísica, I) - Conceito: “A tarefa da ontologia é o conhecimento do ser dos entes e a explicação do próprio ser” (Heidegger, Ser e Tempo, §7) IV. Objetivos: Objetivo geral: Compreender os fundamentos de algumas das principais teorias filosóficas sobre ontologia e metafísica. Objetivos específicos: - Avaliar as propostas de abordagem entre verificação empírica e conhecimento extrassensível na história da filosofia; - Compreender como dicotomias ontológicas (essência/existência, ideia/matéria, universal/particular, etc.) foram discutidas ao longo da história da filosofia; - Entender algumas das implicações das teorias metafísico-ontológicas sobre os demais conhecimentos humanos; - Avaliar a sistematização das teorias apresentadas com relação ao Uno, ao Ser e ao Devir.
  • 37. V. Conteúdo: - O que a Ontologia e a Metafísica investigam? - Parmênides – Da Natureza - Contraposição Platão X Aristóteles - Metafísica de Aristóteles - Filosofia Medieval - Realismo X Nominalismo - Prova Ontológica de Deus - Kant – Crítica da Razão Pura - Neopositivismo – Eliminação da Metafísica - Heidegger – Ontologia e Conhecimento - Uso da ontologia na Ciência da Informação VI. Preparação: Como preparação para a aula, propõe-se que os alunos leiam, em casa, pequenos trechos (selecionados previamente pelo professor) das obras dos filósofos abordados. Essa leitura tem como objetivo estimular a curiosidade dos alunos e propiciar o contato direto com os textos clássicos. VII. Desenvolvimento: O conteúdo é ministrado predominantemente de maneira expositiva. Todavia, estimula-se a interação e diálogo por meio de perguntas e comentários. VIII. Recursos didáticos: Datashow; plano de aula e slides impressos. IX. Avaliação: Como possível avaliação dos conteúdos ministrados, os alunos podem escolher a teoria que mais se interessaram e realizar um trabalho dirigido. O conteúdo também poderá ser avaliado por meio de prova somativa junto aos demais conteúdos do curso. X. Bibliografia: ARISTOTLE "Categories". In Barnes, Jonathan. The Complete Works of Aristotle, 2 vols. Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press.1995 pp. 3–24. ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores). BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.
  • 38. CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa, Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93– 114. CARNAP, R., et al. A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena. In Cadernos de História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986. HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988 (Vol. I), 1989 (Vol. II) HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990. HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia? Identidade e diferença. 1971. HEIDEGGER, Martin. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977. KUHN, T., A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014 SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009. VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M. Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.)