Este documento apresenta uma biografia e análise do trabalho da poeta portuguesa Florbela Espanca. Inclui detalhes sobre sua vida, obras publicadas e não publicadas, bem como uma análise de seu poema "Desejo", discutindo seu tom romântico e estrutura métrica.
Florbela Espanca - Trabalho sobre a vida e obra da poetisa portuguesa
1. Português Ano Letivo: 11/12
Florbela
Espanca
Trabalho realizado por:
•André Araújo nº1
•Luís Ferreira nº9
•Rafael Oliveira nº19
2. Indice
• Introdução
• Bibliografia
• Obra Literária
• Poema e análise
• Conclusao
• Bibliografia
3. Introdução
• Este trabalho fala-nos de uma
grande poeta do sec. XX… Foi
uma grande poeta que sofreu
muito na sua vida pessoal.
4. Biografia
• Florbela Espanca nasceu no Alentejo, em Vila
Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894.
• Estudou em Évora, onde concluiu o curso dos
liceus em 1917. Mais tarde vai estudar para
Lisboa, frequentando a Faculdade de Direito.
• Em Dezembro de 1930, agravados os
problemas de saúde, sobretudo de ordem
psicológica, Florbela suicidou se em
Matosinhos.
5. • Tentou o suicídio por duas vezes em Outubro e
Novembro de 1930, às vésperas da publicação
de sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o
diagnóstico de um edema pulmonar, suicida-se
no dia do seu aniversário, 8 de Dezembro de
1930, utilizando uma dose elevada de veronal.
Charneca em Flor viria a ser publicado em
Janeiro de 1931.
6. Obra literária
Da sua obra apenas dois títulos foram publicados em vida:
• Livro de Mágoas (1919),
• Livro de Sóror Saudade (1923)
Depois da sua morte foram escritas:
•Cartas de Florbela Espanca, por Guido Battelli (1930)
•Charneca em Flor (1930)
•Juvenília (1930)
•As Marcas do Destino (1931, contos)
•Cartas de Florbela Espanca, por Azinhal Botelho e José Emídio
Amaro (1949)
•O livro de contos Dominó Preto ou Dominó Negro, várias vezes
anunciado (1931, 1967), foi publicado em 1982
•Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título, com prefácio
de Natália Correia (1981)
7. Poema
• Desejo
Quero-te ao pé de mim na hora de morrer,
Quero, ao partir, levar-te, todo suavidade,
Ó doce olhar de sonho, ó vida dum viver
Amortalhado sempre à luz duma saudade!
Quero-te junto a mim quando meu rosto branco
Se ungir da palidez sinistra do não ser,
E quero ainda, amor, no meu supremo arranco
Sentir junto ao meu seio teu coração bater!
Que seja a tua mão branda como a neve
Que feche meu olhar numa carícia leve
Num perpassar de pétalas de lis...
Que seja a tua boca rubra como o sangue
Que feche a minha boca, a minha boca exangue!
.............................................................................
Ah, venha a morte já que eu morrerei feliz! ...
Florbela Espanca
20/06/1916
8. Analise do Poema
• O poema “Desejo” de Florbela Espanca tirado do livro “Trocando
Olhares”, embora esteja cronologicamente ligado ao modernismo
português, percebe-se que ele quebra com essa modernidade ao
apresentar um tom romântico, simbólico e confidencial de um “eu-
lírico” que deseja / quer ter alguém em especial ao lado, momentos
antes da morte que se aproxima. Além disso, enquanto a estética,
por mais que o poema não chegue a ser um soneto, porque a
última estrofe encontra-se em uma quadra (ficando dois quartetos,
um terceto e outra quadra, respectivamente) e os versos não
contenham uma métrica rígida; a maioria deles possui rimas, cuja
predominância é de alternadas (ABAB’ CACA’) e emparelhadas
(DD’ FF’).