Pesquisa sobre a vida e obra de Santo Tomás de Aquino. Submetido ao Programa de graduação em Administração da Universidade estadual de Maringá, orientado pelo Prof. Dr. Pedro Miotto.
Introdução à Filosofia: dos primórdios à Grécia Antiga
1. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
INTRODUÇÃO A
FILOSOFIA
● Interesses pessoais versus questões humanas.
● O Melhor meio de se aproximar da Filosofia é
através das perguntas.
● Tão Importante quantos as perguntas são as
repostas que podem surgir delas.
● Embora certas perguntas não possa ser
encontradas em enciclopédias, a leitura do que
as outras pessoas pensaram a respeito pode ser
nos ser útil quando precisamos construir nossa
própria imagem do mundo.
2. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CONCEITO DE FILOSOFIA
● A Filosofia é fruto da capacidade humana de se
admirar com as coisas e a partir desta, as
perguntas surgem espontaneamente
● Sófocles, um importante filosofo pré-
socrático, disse que mortal algum recebeu
ensinamentos sem dor. Essa dor é a de
deixarmos nossa zona de conforto, que é
representada pela inércia, e nos esforçarmos
para trocar essa inércia pela consciência (nous)
e com isso ficarmos satisfeitos. É perder pra
ganhar, ou, Pagar para ganhar. A filosofia é
essa busca.
3. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CONCEITO DE FILOSOFIA
● Uma das mais importantes mentes de nosso
tempo, dizia. Toda nossa ciência depende da
filosofia. Depende da imaginação e da razão
para progredir. Essa pessoa era nada mais que
Albert Einstein, cientista, físico e matemático.
Einstein deixa isso bem claro em seu
discurso, na cidade de Buenos Aires / Argentina
em 1931.
4. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CONCEITO DE FILOSOFIA
● Concluindo a filosofia é o uso da razão em prol
da própria razão, e isto cria um ciclo, que muito
provavelmente, foi à única diferença entre nos
seres humanos e as demais formas de vida
desse planeta.
5. HISTORIA DA FILOSOFIA
PRÉ-HISTÓRIA E A
EVOLUÇÃO
● Eis que surge o homem neste planeta e
através de sua razão, rompe com o pré-
determinismo e passa a influenciar e criar o
seu próprio destino. Assim saímos das
cavernas e passamos a conviver em
sociedade e nos auto-desenvolver.
6. HISTORIA DA FILOSOFIA
PRÉ-HISTÓRIA E A
EVOLUÇÃO
● A Pré-História corresponde ao período da
história humana que antecede a invenção da
escrita (evento que marca o começo dos tempos
históricos registrados), que ocorreu
aproximadamente em 4000 a.C.. Também pode
ser contextualizada para um determinado povo
ou nação como o período da história desse povo
ou nação sobre o qual não haja documentos
escritos. Assim, no Egito, a Pré-História terminou
aproximadamente em 3500 a.C., enquanto que
no Brasil terminou em 1500 e na inovação Guiné
ela terminou aproximadamente em 1900.
7. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGO EGITO
● A História Antiga é um domínio de estudos que se
estende desde o aparecimento da escrita cuneiforme
(cerca de 4.000 a.C.) até a tomada do Império Romano
do Ocidente pelos povos bárbaros (476 d.C.).
● O Antigo Edito foi uma civilização que se desenvolveu
no canto nordeste do continente africano, mais
concretamente no espaço do vale inferior e delta do rio
Nilo, entre cerca de 3100 a.C., altura em que ocorreu a
unificação das regiões do Alto e do Baixo Edito, até 30
a.C. quando o Edito se transformou numa província do
Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII
na Batalha de Acedo.
9. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE - GRÉCIA
● Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever, em
seu período clássico antigo, o mundo grego e áreas próximas
(como Chipre, Turquia, Sicília, sul da Itália e costa do Mar
Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países).
Não existe uma data fixa ou sequer acordo quanto ao período em
que iniciou-se e terminou a Grécia Antiga. O uso comum situa
toda história grega anterior ao Império Romano como
pertencente a esse período, mas os historiadores usam a
expressão Grécia Antiga de modo mais preciso. Alguns escritores
incluem o período minueto e o período mi cênico (entre 1600 a.C.
e 1100 a.C.) dentro da Grécia Antiga, enquanto que outros
argumentam que essas civilizações eram tão diferentes das
culturas gregas posteriores que, mesmo falando grego, devem
ser classificadas à parte.
● Tradicionalmente, período da Grécia Antiga abrange desde o ano
dos primeiros Jogos Olímpicos em 776 a.C. (alguns historiadores
extendem o começo para o ano de 1000 a.C.) até a morte de
Alexandre Magno em 323 a.C. O período seguinte naquela região
da Europa é o do Helenismo.
11. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE – GRÉCIA
Cronologia
● Obscuro (1150-800 a.C.): chegada dos aqueus, dórios, eólios e
jônios; formação dos génos; ausência da escrita.
● Arcaico (800-500 a.C.): formação da pólis; colonização grega;
aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da literatura além de
progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho do
comércio, da indústria e proscesso de urbanização.
● Clássico (500-338 a.C.): o período de esplendor da civilização
grega, ainda que discutível. As duas cidades consideradas mais
importantes desse período foram Esparta e Atenas, além disso
outras cidades muito importantes foram, Tebas, Corinto e
Siracusa.
● Helenístico (338-146 a.C.): crise da pólis grega, invasão
macedônica, expansão militar e cultural helenística, a civilização
grega se espalha pelo mediterraneo e substituí e se funde a
outras culturas.
12. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE - GRÉCIA Acrópole. Uma colina fortificada no centro da
cidade. Na Grécia Antiga a área urbana
frequentemente se estabelecia em torno dela.
16. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE – GRÉCIA
Religião
● Os Gregos ao inverso do livro de Gênesis,
fizeram os Deuses a imagem e semelhança do
homem.
● A Religião Grega perpassava todas as ações e a
própria natureza de seus povos.
● Características peculiares da Religião Grega:
Politeísmo, Antropomorfismo, Monismo,
Ausência de Dogmas e Ausência de fé no após-
morte.
17. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE – GRÉCIA
Religião
● Politeísmo: O monoteísmo era inconcebível para os
helenos. Cada atividade era regida por algum deus.
● Antropomorfismo: Os deuses não apenas
assemelhavam-se aos homens, senão tinha a
necessidade e desejos próprios dos seres
humanos(alimentar-se, amar e etc.).
● Monismo: Os deuses se identificavam com a natureza.
● Ausência de Dogmas: Os gregos não acreditavam em
verdades indiscutíveis e eternas.
● Ausência de Fé no após-morte: Os Gregos não se
preocupavam, como por exemplo os egípcios, com a
vida após a morte. Eles recorriam aos deuses para viver
bem, com conforto, saúde, bem estar, em paz, entre
outros. Os Mortos eram venerados em memória à
família.
19. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE
Aristóteles
● Com Aristóteles afirma-se o teísmo do ato puro. No entanto, este
Deus, pelo seu efetivo isolamento do mundo, que ele não
conhece, não cria, não governa, não está em condições de se
tornar objeto de religião, mais do que as transcendentes idéias
platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso. Também
Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o
antropomorfismo, não exclui uma espécie de politeísmo, e
admite, ao lado do Ato Puro e a ele subordinado, os deuses
astrais, isto é, admite que os corpos celestes são animados por
espíritos racionais. Entretanto, esses seres divinos não parecem
e não podem ter função religiosa e sem física.
● Não obstante esta concepção filosófica da divindade, Aristóteles
admite a religião positiva do povo, até sem correção alguma.
Explica e justifica a religião positiva, tradicional, mítica, como
obra política para moralizar o povo, e como fruto da tendência
humana para as representações antropomórficas; e não diz que
ela teria um fundamento racional na verdade filosófica da
existência da divindade, a que o homem se teria facilmente
elevado através do espetáculo da ordem celeste.
20. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANTIGUIDADE
Povo hebreu
● Hebreu (do hebraico , i.e. descendentes de Éber)
é o nome do povo que viveu na região do Oriente Médio
cerca do segundo milênio a.C., e que daria origem aos
povos semitas como os judeus e os árabes, ainda que
posteriormente o nome fosse associado apenas aos
judeus. No entanto, a distinção entre hebreus e
cananitas ainda é motivo de grande debate por parte
dos estudiosos.
● De acordo com a tradição religiosa judaico-cristã, o
termo hebreu refere-se aos filhos de Éber e em
particular os descendentes de Jacó, chamados de
hebreus antes que assumissem a designação de
Israel, que seria um apelido dado por um anjo à Jacó.
● Os Hebreus foram provavelmente o primeiro povo
monoteísta, e deles advem o conceito do Deus Cristão.
21. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ROMA ANTIGA
● A Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir
da cidade-estado de Roma, fundada na península itálica durante
o século IX a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a
civilização romana transitou da monarquia para uma república
oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a
Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através
da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de
factores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império
seria dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam
incluídas a Espana, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo
no século V e deu origem a vários reinos independentes; a
metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a
ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data
tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia
para demarcar o início da Idade Média.
22. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ROMA ANTIGA
O Fórum Romano foi o epicentro do desenvolvimento de Roma.
23. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ROMA ANTIGA
Sociedade
● Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos.
Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções
públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os
cidadãos romanos.
● Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes
diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social.
Constituíam ponto de apoio da denominação política e militar dos patrícios.
● Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao
artesanato e aos trabalhos agrícolas. Representavam a maioria da população
romana e, a princípio, não tinham direitos de cidadãos; não podiam exercer
cargos públicos nem participar da Assembléia Curial.
● Escravos: eram, inicialmente, os devedores incapazes de pagar suas dívidas.
Posteriormente, com a expansão militar, o grupo passou a incluir prisioneiros
de guerra. Realizavam as mais diversas atividades, como serviços domésticos
e trabalhos agrícolas, e desempenhavam as funções de
capataz, professor, artesão etc. Eram considerados um bem material, uma
propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou
de alugar seus serviços.
24. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IMPERIO ROMANO
Expansão no Ocidente
Vermelho = Republica Romana
510BC-40BC
Púrpura = Império Romano
20AD-360AD
Azul = Império Romano
Ocidental 405AD-480AD
Amarelo = Império romano
Oriental 405AD-480AD
25. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IMPERIO ROMANO
Expansão no Oriente
Vermelho = Republica Romana
510BC-40BC
Púrpura = Império Romano
20AD-360AD
Azul = Império Romano
Ocidental 405AD-480AD
Amarelo = Bizantina (Império
Romano Oriental) 405AD-
1430AD
26. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
● A Idade Média foi um período intermédio numa
divisão esquemática da História da Europa em
quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade
Média, a Idade Moderna e a Idade
Contemporânea.
● O período foi tradicionalmente delimitado com
ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ele
teria se iniciado com a desintegração do Império
Romano do Ocidente, no século V (476 d.C.), e
terminado com o fim Império Romano do
Oriente, com a Queda de Constantinopla, no
século XV (1453 d.C.).
27. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
Castelo Lichtenstein,
construído originalmente no
século XII e reconstruído no
XIX.
Os castelos são um dos
ícones da Idade Média no
imaginário das pessoas
28. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
● Com a decadência e destruição do Império Romano do
Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), como
conseqüência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das
más políticas econômicas dos imperadores, várias regiões da
Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e
baixo índice urbano. Isso ocorria devido às mortes provocadas
pelas guerras, às doenças e à insegurança existentes logo após
o fim do Império Romano. O esfacelamento do Império Romano
do Ocidente e as invasões bárbaras em diversas regiões da
Europa favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e
sociais que vão sendo introduzidas, principalmente, na Europa
Ocidental, e que alteram completamente o sistema de
propriedade e de produção característicos da Antigüidade. Essas
mudanças acabam revelando um novo sistema
econômico, político e social que acabou consolidando-se ao
término do Império Carolíngio, no século IX d.C., e que é hoje
genericamente chamado de Feudalismo.
29. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
A Sociedade Medieval
Um padre, um cavaleiro e
um trabalhador. Esta
miniatura medieval ilustra
a ideologia das três ordens
sociais (os que rezam, os
que guerreiam, os que
trabalham).
30. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
● A Peste negra foi a mais extensa epidemia que grassou durante
a Idade Média, tendo dizimado cerca de 1/3 da população da
Europa.
● Com a queda do Império romano, técnicas artísticas da Grécia
antiga acabaram perdidas, entre elas estava muito do que se
sabia sobre a noção de perspectiva. A pintura medieval passa a
ser predominantemente bidimensional, e as personagens
retratadas eram pintadas maiores ou menores de acordo com
sua importância. Esse caráter estilizado das obras do período é
também entendido como um reflexo próprio daquele contexto
cultural, que enxergava a vida com forte ênfase no seu aspecto
simbólico. Os artistas medievais não estavam primariamente
preocupados com o realismo, a intenção de passar uma
mensagem religiosa pedia imagens claras e didáticas ao invés de
figuras desenhadas com precisão fotográfica.
31. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
Fim do Império Romano
● Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise
econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo
retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das
conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda
na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos
originados das províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as
fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem
receber salário, deixavam suas obrigações militares. Os povos
germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a
penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador
Teodósio resolve dividir o império em : Império Romano do Ocidente, com
capital em Roma e Império Romano do Oriente ( Império Bizantino ), com
capital em Constantinopla. Em 476, chega ao fim o Império Romano do
Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre
eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc.
Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade
Média.
32. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
IDADE MÉDIA
Transição do Período Clássico para a
Idade Média
● 193 - Tem início a crise do terceiro século no
Império Romano.
● 285 - Diocleciano salva o Império Romano do
colapso, dando a ele seu último fôlego.
● 313 - Com o Édito de Milão, o cristianismo deixa
de ser perseguido.
● 380 - Teodósio I torna o cristianismo a religião
oficial do Império Romano.
● 476 - Queda definitiva do Império Romano do
Ocidente.
33. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CRISTIANISMO
●A crucificação de Jesus
Cristo por Diego
Velázquez
●O peixe e o pão têm
forte simbolismo no
cristianismo primitivo.
34. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CRISTIANISMO
● Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente
do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de
Israel. Na Palestina, por volta de 26 d.C., Jesus
Cristo, nascido na cidade de Belém na Galileia
começou a pregar uma nova doutrina e atrair
seguidores, sendo aclamado por alguns como o
Messias. Jesus foi rejeitado, tido por apóstata pelas
autoridades judaicas. Foi condenado por blasfêmia e
executado pelos Romanos como um líder rebelde. Seus
seguidores enfrentaram dura oposição político-
religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados, pelos
líderes religiosos judeus, e, mais tarde, pelo Estado
Romano.
35. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CRISTIANISMO
● Com a morte de Jesus, os apóstolos, principais
testemunhas da sua vida, reunem-se numa comunidade
religiosa composta essencialmente por judeus e
centrada na cidade de Jerusalém. Esta comunidade
praticava a comunhão dos bens, celebrava a "partilha
do pão" em memória da última refeição tomada por
Jesus e administrava o baptismo aos novos
convertidos. A partir de Jerusalém, os apóstolos
partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a
nova religião inclusive aos que eram rejeitados pelo
judaísmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o
eunuco da rainha da Etiópia é baptizado, bem como o
centurião Cornélio. Em Antioquia, os discípulos
abordam pela primeira vez os pagãos e passam a ser
conhecidos como cristãos.
36. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CRISTIANISMO
● Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do
mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se
dos judeus insurrectos, seguindo a advertência dada por Jesus
de que quando Jerusalém fosse cercada por exércitos a
desolação dela estaria próxima, e exila-se em Pela, na
Transjordânia, o que representa o segundo momento de ruptura
com o judaísmo.
● Gradualmente, o sucesso do Cristianismo junto das elites
romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora
desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de Roma,
se tivessem verificado perseguições ao Cristianismo, estas eram
irregulares. As perseguições organizadas contra os cristãos
surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento
contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais
perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio,
Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de
superstição e de ódio ao gênero humano. Se fossem cidadãos
romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras
ou enviados para trabalhar nas minas.
37. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CRISTIANISMO
● Durante a segunda metade do século II assiste-se também ao
desenvolvimento das primeiras heresias. Tatiano, um cristão de
origem síria convertido em Roma, cria uma seita gnóstica que
reprova o casamento e que celebrava a eucaristia com água em
vez de vinho. Marcião rejeitava o Antigo Testamento, opondo o
Deus vingador dos judeus, ao Deus bondoso do Novo
Testamento, apresentado por Cristo; ele elaborou um Livro
Sagrado feito a partir de passagens retiradas do Evangelho de
Lucas e das epístolas de Paulo. À medida que o Cristianismo
criava raízes mais fortes na parte ocidental do Império Romano, o
latim passa a ser usado como língua sagrada (nas comunidades
do Oriente usava-se o grego).
● A ascensão do imperador romano Constantino representou um
ponto de viragem para o Cristianismo. Em 313 ele publica o Édito
de Tolerância (ou Édito de Milão) através do qual o Cristianismo
é reconhecido como uma religião do Império e que concede a
liberdade religiosa aos cristãos. A Igreja pode possuir bens e
receber donativos e legados. É também reconhecida a jurisdição
dos bispos.
38. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
CRISTIANISMO
● A questão da conversão de Constantino ao Cristianismo é uma
tema de profundo debate entre os historiadores, mas em geral
aceita-se que a sua conversão ocorreu gradualmente.
Constantino estipula o descanso dominical, proíbe a feitiçaria e
limita as manifestações do culto imperial. Ele também mandou
construir em Roma uma basílica no local onde o apóstolo Pedro
estava sepultado e, influenciado pela sua mãe, a imperatriz
Helena, ordena a construção em Jerusalém da Basílica do Santo
Sepulcro e da Igreja da Natividade em Belém.
● Constantino quis também intervir nas querelas teológicas que na
altura marcavam o Cristianismo. Luta contra o arianismo, uma
doutrina que negava a divindade de Cristo, oficialmente
condenada no Concílio de Nicéia (325), onde também se definiu
o Credo cristão.
● Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I
combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o
Cristianismo religião oficial do Império Romano.
42. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO
Averróis
Abu al-Walid Muhammad Ibn
Ahmad Ibn Munhammad Ibn
Ruchd (
), filósofo árabe
também conhecido pelo nome de
Averróis, nasceu em
Córdoba, 1126 e morreu em
Marrakech, 1198.
Averróis (1126-1198), no detalhe de Triunfo de
Santo Tomás, de Andrea Bonaiuto.
43. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO
Averróis
● Foi um dos maiores conhecedores e comentaristas de
Aristóteles. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto
na Europa graças aos árabes e os comentários de
Averróis muito contribuíram para a recepção do
pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou
com astronomia, medicina e direito canônico
muçulmano.
● Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas
nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela
em sua idéia da existência do mundo de modo
independente de Deus (ambos são co-eternos) e de
que também não existe providência divina. Já seu
platonismo aparece em sua concepção de que a
inteligência, fora dos seres, existe como unidade
impessoal.
44. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO
Averróis
● Seu pensamento provocou sérias discussões entre os
cristãos latinos da Universidade de Paris. Como
resultado, muitos aderiram à concepção de uma
filosofia pura e independente da teologia cristã e
formaram um grupo chamado de averroístas latinos.
Mesmo Tomás de Aquino, que foi um seguidor
moderado de Averróis, não escapou da vigilância
eclesiástica cristã que via nas doutrinas do filósofo de
Córdoba e no seu naturalismo científico uma ameaça
para os dogmas da revelação.
● Averróis teve o favor e a proteção dos califas da
Espanha até que foi desterrado por al-Mansur, que
considerou as opiniões do filósofo desrespeitosas e em
desacordo com o Corão.
45. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO
FILOSOFIA DA IDADE MEDIA
● Principalmente a partir do século V, os pensadores cristãos perceberam a
necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, com o intuito de
harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Desse modo a
Filosofia, que até então possuía traços marcadamente clássicos e
helenísticos, passa a receber influências da cultura judaica e cristã. Alguns
temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais
como: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada passaram a
fazer parte de temáticas filosóficas.
● A partir do século IX desenvolve-se a principal linha filosófica do período, que
ficou conhecida como escolástica. Essa filosofia ganha acentos notadamente
cristãos, surgidos da necessidade de responder às exigências de fé, ensinada
pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais
de toda a Cristandade e, por assim dizer, responsável pela unidade de toda a
Europa, que comungava da mesma fé. A Escolástica teve uma constante de
natureza neoplatônica, que combinava elementos do pensamento de Platão
com valores de ordem espiritual, reinterpretados pelo Ocidente cristão. No
século XIII Tomás de Aquino introduz também elementos da filosofia de
Aristóteles no pensamento escolástico.
46. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ESCOLÁSTICA
● A Escolástica (ou Escolasticismo) é uma linha dentro da filosofia medieval,
de acentos notadamente cristãos, surgida da necessidade de responder às
exigências da fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos
valores espirituais e morais de toda a Cristandade. Por assim dizer,
responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé.
● A Filosofia que até então possuía traços marcadamente clássicos e
helenísticos sofreu influências da cultura judaica e cristã, a partir do século V,
quando pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé
que estava amadurecendo, em uma tentativa de harmonizá-la com as
exigências do pensamento filosófico. Alguns temas que antes não faziam parte
do universo do pensamento grego, tais como: Providência e Revelação Divina
e Criação a partir do nada passaram a fazer parte de temáticas filosóficas. A
Escolástica possui uma constante de natureza neoplatônica, que conciliava
elementos da filosofia de Platão com valores de ordem espiritual,
reinterpretadas pelo Ocidente cristão. E mesmo quando Tomás de Aquino
introduz elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico, esta
constante neoplatônica ainda é presente.
47. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ESCOLÁSTICA
● Basicamente, a questão chave que vai atravessar todo o pensamento
escolástico é a harmonização de duas esferas: a fé e a razão. O pensamento
de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da razão
em relação à fé, por crer que esta venha restaurar a condição decaída da
razão humana. Enquanto que a linha de Tomás de Aquino defende uma certa
autonomia da razão na obtenção de respostas, por força da inovação do
aristotelismo, apesar de em nenhum momento negar tal subordinação da
razão à fé.
● Para a Escolástica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de
sua reflexão, por exemplo os filósofos antigos, as Sagradas Escrituras e os
Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a
autoridade de fé e de santidade.
● Os maiores representantes do pensamento escolástico são os dois
pensadores citados acima, que estão separados pelo tempo e pelo espaço:
Agostinho de Hipona, nascido no norte da África no fim do século IV e Tomás
de Aquino, nascido na Itália do século XIII. Embora seja arriscado dizer que
sejam as únicas referências relevantes do período medieval, ambos
conseguiram sintetizar questões discutidas através de todo o período:
Agostinho enquanto mestre de opinião relevante e autoridade moral e Tomás
de Aquino, pelo uso de caminhos mais eficazes na obtenção de respostas até
então em aberto.
49. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO
Santo Alberto Magno
● Santo Alberto Magno (1193-1280), também conhecido
como Alberto de Colônia ou Santo Alberto
Magno, Bispo de Regensburg e Doutor da Igreja, foi um
Frade Dominicano (religioso da Ordem de São
Domingos) que tornou-se famoso por seu vasto
conhecimento e por sua defesa da coexistência pacífica
da ciência e da religião. Ele é considerado o maior
filósofo e teólogo alemão da Idade Média. Ele foi o
primeiro intelectual medieval a aplicar a filosofia de
Aristóteles no pensamento cristão. Foi chamado o
"Doutor Universal".
● Alberto dominava a Filosofia e a Teologia (matérias em
que teve a Tomás de Aquino como discípulo) e também
estendia seu saber às ciências naturais. Foi físico e
químico, estudou
astronomia, meteorologia, mineralogia, zoologia, botâni
ca, escreveu livros sobre
50. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
PRÉ-SÃO TOMAS DE AQUINO
FILOSOFIA DA IDADE MEDIA
● A questão chave que vai atravessar todo o
pensamento filosófico medieval é a
harmonização de duas esferas; a fé e a razão. O
pensamento de Agostinho, (século
V), reconhecia a importância do
conhecimento, mas defendia uma subordinação
maior da razão em relação à fé por crer que esta
última venha restaurar a condição decaída da
razão humana. Já a linha de Tomás de Aquino
(século XIII) defende maior autonomia da razão
na obtenção de respostas apesar de não negar
tal subordinação da razão à fé.
51. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
SÃO TOMAS DE AQUINO
A FILOSOFIA
● São Tomás de Aquino,tido como santo pela Igreja Católica, foi
um frade dominicano e teólogo italiano.
● Seus interesses não se restringiam a religião e filosofia, mas
também interessou-se pelo estudo de alquimia, tendo publicado
uma importante obra alquímica chamada "Aurora Consurgens". O
mérito transcendente de São Tomás consistiu em introduzir
aristotelismo na escolástica anterior. A partir de São Tomás a
Igreja tem uma teologia (fundada na revelação) e uma filosofia
(baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa
síntese definitiva: fé e razão.
● São Tomás é considerado um dos maiores mestres da Igreja pois
conseguiu alcançar um profundo entendimento da espiritualidade
cristã.É também conhecido como o Doutor Angélico.
● Tomás de Aquino tentou mostrar que a filosofia e a religião não
podiam competir. Era dois caminhos que levavam à um mesmo
fim. Tinha como objetivo era mostrar a existência de Deus,
usando a razão. Escreveu dois livros em procurou unir a filosofia
de Aristóteles à fé.
54. HISTÓRIA DA FILOSOFIA
Transição da Idade Média para a
Era Moderna
● O fim da Idade Média está relacionado a grandes transformações
como: a ascensão das monarquias nacionais européias, o início
da recuperação demográfica e econômica após a Peste
Negra, os Descobrimentos Marítimos, o movimento de
redescoberta da cultura clássica, por volta do século XV, bem
como a Reforma Protestante, começando em 1517.
● 1415 - A conquista de Ceuta pelos portugueses marca o início da
expansão marítimo-comercial européia.
● 1453 - A Tomada de Constantinopla, pelos turcos, pôe fim ao
Império Bizantino.
● 1498 - Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a
Índia.
● 1517 - Publicação das 95 Teses de Martinho Lutero, que dá início
à reforma protestante.
● 1534 - O "Act of Supremacy" de Henrique VIII dá origem à Igreja
Anglicana.
55. QUESTÕES DISPUTADAS
● De veritate (sobre a verdade).
● De patentia (sobre a potência).
● De malo (sobre a mal).
● De virtutibus (sobre as virtudes).
● De anima (sobre a alma).
56. METAFÍSICA
● Especificação do ser em potência e ato. Ato significa
realidade, perfeição, potência quer dizer não-
realidade, imperfeição. a passagem de potência para ato depende
do ser.
● Natureza:Toda substância corpórea é composta de duas partes
substâncias complementares, uma indeterminada (matéria) outra
ativa e determinada (a forma). Causa eficiente do ser: sintese
daquela matéria com a forma de especificada. Todo ser do
universo físico existe por quatro causas: material, formal, eficiente
e final.
● Espírito: O princípio da veda chama-se alma. Cada indivíduo
possui uma só alma. A alma pode ser de caráter espiritual e caráter
imortal. A alma espiritual transcende a vida.
● Deus: é considerador por demonstração, que é sólida e
racional, baseando-se que sem Deus seria contraditório. Mundor
criador por Deus. Homem existe, mas depende de Deus, no ser e
agir. A ação divina constitui a humana na sua livre natureza.
57. FILOSOFIA DO SER
● A perfeição máxima é o ser, não a idéia de
ser, mas o ato de ser.
● A perfeição do ser é a única e identifica-se com
Deus.
● A criação é uma participação do seres, por
semelhança, na perfeição do ser.
● A limitação da perfeição do ser nas criaturas é
devida a essência.
● Entre os diversos seres e entre eles eo ser há
analogia ou semelhança.
58. POLÍTICA
● Sobre a constituição do Estado. S. Tomás inspira-se em
Aristóteles, Cícero e na bíblia.
● Afirma a superioridade da realeza sobre os outros regimes
em função da unidade que ela dá a sociedade e porque a
unidade é o primeiro bem de qualquer coisa, portanto
também será numa sociedade na qual cabe fundar ou
organizar uma cidade, inspirando-se num modelo ideal e de
princípios, mas também tendo em conta os particulares
concretos.
● Duas obras incompletas: #DE REGIME PRINCIPUM
#COMENTÁRIO POLÍTICO DE ARISTÓTELES.
● Governo dos melhores.
● Lei deve ser instituição por aquele que governa.
● Legislação é fundamental.
● Sociedade é livre e capaz de elaborar sua própria lei
59. ANTROPOLOGIA
• Alma e essência
• Alma depende do corpo
• Matéria por si só não pode existir
• Individualização do homem está relacionada a sua essência
sendo a alma + essência o conjunto
• Alma humana imortal
• Ser consciente
• Decisões livres e voluntárias
• Detectar a essência de outras substancias
• Diferença entre o deus e a dos anjos da distinção entre a essência
e a existência
60. Moral Tomista
● De acordo com os fundamentos da metafísica
● O homem é por sua natureza um animal social e
político (família e estado)
● Linha aristotélica (intelectualismo, hedonismo e
caráter teológico)
● Conhecimento divino maior que todos
● Caminho da felicidade – amor, conhecimento
natural
● virtudes intelectuais (prática das
ciências), virtudes morais
(Justiça, força, temperança) e virtudes teológicas
(fé, emoções e caridade).
61. Filosofia do direito e do
Estado
● Estado como instituição natural fundamental para
o homem
● O Estado é pré-destinado na natureza humana
● Estado estabelecido por Deus
● O homem não pode alcançar a abundância no
estado, porque a felicidade autêntica está na
outra vida, o sobrenatural
● Responsabilidade de educar o homem é da
igreja
62. Filosofia do direito e do
Estado
● O homem é livre
● O governador ou legislador (o poder dele vento
legislativo de Deus) ele nunca pode ir contra as
leis naturais
● Governos bons: a democracia, a aristocracia e a
monarquia
● Governos ruins a democracia (demagógica e
irresponsável), a oligarquia e a tirania
● A igreja sempre é superior ao Estado
63. Filosofia do direito e do
Estado
Leis de Tomás de Aquino
● substâncias têm uma tendência natural para conservar
a existência delas e a razão
● tendência para esparramar as próprias Espécies deles
e criar crianças
● procurar a verdade, na procura de Deus
● um ser social, também, como ele fosse um ser procura
racional formas apropriadas (leis positivas) ser
organizado em comunidade
● As leis naturais são imutáveis eles formam parte da
própria natureza humana
● As leis naturais e o positivo são baseados na
participação que o homem tem da lei eterna (ordenação
divina do universo).