3. Definição
É programa de avaliação externa emerge como possibilidade
de instituir uma cultura de segurança e qualidade no interior de uma
instituição que se empenha em aperfeiçoar continuamente os
processos de cuidado ao paciente e os resultados obtidos,
configurando-se como um caminho para gerenciamento da qualidade
nos serviços de saúde.3
4. História
O Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar que vem
sendo desenvolvido pelo Ministério da Saúde, dentro do
Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em
Saúde, criado pela Portaria GM/MS n.º 1.107, de 14 de junho
de 1995.1
5. Missão e objetivo
contribuir para assegurar que os cuidados
sejam prestados segundo os melhores padrões
de qualidade, de tomada de decisão e prevenção.
Vale destacar que a acreditação configura-se
como programa essencialmente de educação
continuada e não deve será ser interpretada
como forma de fiscalização.
6. Diferentes modelos de acreditação hospitalar coexistem no
Brasil, a saber: o modelo da Organização Nacional de
Acreditação (ONA), o proposto pela Joint Commission
International (JCI), o da acreditação canadense e o National
Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (NIAHO).
8. Princípios Gerais
◆ Organização hospitalar = sistema complexo.
Funcionamento de um componente
interfere em todo o conjunto e no
resultado final
◆ Não se pode avaliar um setor ou departamento
isoladamente.
9. Princípios Gerais
O processo de Acreditação Hospitalar é um método de:
Consenso
Racionalização
Ordenação das Organizações Prestadoras
de Serviços Hospitalares
Educação permanente dos profissionais
10. Princípios Gerais
Para avaliar a qualidade assistencial da Organização
Prestadora de Serviços Hospitalares:
Instrumento de avaliação específico
Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar
3ª Edição
Assegurando o enfoque sistêmico e a
avaliação global da Organização.
11. Diretrizes Gerais
1. INSCRIÇÃO NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO E
CONTRATAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ACREDITADORA
Solicitação de informações para o processo de avaliação
◆A Organização Prestadora de Serviços de Saúde manifesta interesse
para ser avaliada junto à Instituição Acreditadora;
◆A Instituição Acreditadora coleta as informações necessárias da
Organização Prestadora de Serviços de Saúde para formular a proposta;
◆A Instituição Acreditadora encaminha proposta à Organização
Prestadora de Serviços de Saúde;
◆A Organização Prestadora de Serviços de Saúde analisa as propostas
recebidas.
12. Diretrizes Gerais
2. CONTRATAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ACREDITADORA
Solicitação de informações para o processo de avaliação
◆A Organização Prestadora de Serviços de Saúde seleciona uma
Instituição Acreditadora.
◆A Instituição Acreditadora envia um questionário preliminar (definido
pela Instituição) à Organização Prestadora de Serviços de Saúde e solicita
os seguintes documentos:
◇Alvará de funcionamento da Organização Prestadora de Serviços de Saúde;
Licença sanitária; Registro do responsável técnico no Conselho Regional de
Medicina (CRM). Os custos totais da visita para a Acreditação serão integralmente
pagos pela Organização Prestadora de Serviços de Saúde à Instituição
Acreditadora.
17. PROCESSO DE VISITA
Firmado o
contrato
Recolhimento
da taxa de
inscrição
(ONA)
Inicio
do
processo
de visita
➢ Instituição Acreditadora terá um prazo de 30 dias, no máximo, (a
contar da data de recolhimento da taxa de inscrição) para iniciar o
processo de avaliação.
18. PROCESSO DE VISITA
Emissão de
Relatório de
Avaliação
Apresentaçã
o do
relatório
Registro de
ciência
Prazo- 90
dias
Ajuste das
não
conformidad
es
Solicitação
de nova
visita
Instituição
Acreditador
a
30 dias para
retornar
Entrega do
novo
relatório
19. COLETA DE EVIDÊNCIAS OBJETIVAS
Coleta
Documentos
Observação de
atividades
Condições das
áreas de interesse
Entrevistas
As informações obtidas
em entrevistas devem
ser comprovadas
através de outras fontes
independentes tais
como: observação física,
entrevista com
profissionais
operacionais dos
serviços, medições e
registros.
20. NÃO CONFORMIDADE
Ausência ou incapacidade da
instituição de saúde em atender os
requisitos do padrão ou a norma toda
Grande número de
conformidades menores
Evidencias objetivas
disponíveis
Não
conformidade
maior
➢As não conformidades encontradas durante o processo de avaliação podem ser
classificadas em não conformidade maior e não conformidade menor.
21. NÃO CONFORMIDADE
Falta de cumprimento de
requisitos do sistema de
qualidade que não implicará
em uma quebra do mesmo
Adequação ou não
implantação de parte da
norma de referência
Não
conformidade
menor
Observações- intuição e/ou experiência do avaliador que leva a crer em uma não conformidade futura.
23. TÉRMINO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
➢O Processo termina após:
◆Aprovação de Relatório de Avaliação pela Instituição Acreditadora, emissão
do Parecer Final sobre o processo de avaliação entregue à organização
avaliada;
◆Certificado e Relatório de Avaliação será encaminhado à ONA para fins de
homologação;
◆No caso de divergências entre os resultados, a Instituição Acreditadora
deverá justificar o seu parecer à ONA.
24. RECURSO E CÓDIGO DE ÉTICA
➢RECURSO
◆A organização avaliada poderá emitir recurso caso não concorde com o
resultado do processo de avaliação;
◆Prazo é de 45 dias após do recebimento do Parecer Final da Instituição
Acreditadora.
➢ CÓDIGO DE ÉTICA
◆Normas éticas seguidas pela ONA, pelas Instituições Acreditadoras e pelos
Avaliadores.
◆Comissão de Ética da ONA é responsável pela fiscalização do cumprimento
deste Código de Ética.
26. Instrumento de avaliação
◆O Instrumento de Avaliação é
desenvolvido para medir a qualidade
da assistência à saúde em todas as
Organizações Prestadoras de Serviços
Hospitalares.
◆É referencial nacional para ser
utilizado pelas Instituições
Acreditadoras, credenciadas pela ONA.
27. ◆O Instrumento de Avaliação é composto por sete
seções, são elas:
I. Liderança e administração;
II. Serviços profissionais e organização de assistência;
III. Serviços de atenção ao paciente/cliente;
IV. Serviços de apoio ao diagnóstico;
V. Serviços de apoio técnico e abastecimento;
VI. Serviços de apoio administrativo e infra-estrutura;
VII. Ensino e pesquisa;
29. NÍVEL 1 - Acreditado - OURO
➢Princípio: SEGURANÇA
◆Para instituições que atendem aos critérios de segurança
do paciente em todas as áreas de atividade, incluindo
aspectos estruturais e assistenciais;
◆equipe multidisciplinar bem habilitada e capacitada.
OBS: Válido por dois anos.
30. NÍVEL 2- Acreditado Pleno - DIAMANTE
➢Princípios: SEGURANÇA e ORGANIZAÇÃO
◆Para instituições que, além de atender aos critérios de
segurança;
◆ apresenta gestão integrada, com processos ocorrendo
de maneira fluida; e
◆ plena comunicação entre as atividades.
OBS: Válido por dois anos.
31. NÍVEL 3- Acreditado com Excelência - PLATINA
➢Princípios: SEGURANÇA, ORGANIZAÇÃO E
PRÁTICAS DE GESTÃO E QUALIDADE - “excelência
em gestão”.
◆Uma Organização ou Programa da Saúde Acreditado com
excelência atende aos níveis 1 e 2, além dos requisitos
específicos de nível 3;
◆ instituição já deve demonstrar uma cultura organizacional
de melhoria contínua com maturidade institucional.
OBS: Válido por três anos.
33. Presença na organização prestadora de serviços hospitalares de
setores, unidades ou serviços não incluídos no instrumento de
avaliação
Avaliação, levando em consideração
os princípios orientadores dos
padrões de cada nível
Instituição Acreditadora incluirá na equipe
avaliadora especialistas da área em tela
34. Ausência na organização prestadora de serviços hospitalares
de setores, unidades ou serviços incluídos no instrumento de
avaliação
Assegurar o
atendimento
aos requisitos
técnicos e
éticos do
processo de
acreditação
Enfoque
sistêmico e
avaliação
global da
organização
35. Presença de setores, serviços ou unidades constantes no
instrumento de avaliação e terceirizados pela organização
prestadora de serviços hospitalares
Serviços
terceirizados
Verificação in loco
Setores, serviços ou unidades de
baixo volume (baixo número de
procedimentos, pequena expressão
no perfil epidemiológico da
organização etc.)
36. Guia de referência para
avaliação de serviços,
setores ou unidades sem
seção ou subseção
específica
37. PADRÃO
Itens de Orientação:
• Responsável Técnico habilitado.
• Corpo funcional habilitado e dimensionado
adequadamente às necessidades do serviço.
• Condições estruturais e operacionais, que atendam
aos requisitos de segurança para o cliente (interno e
externo).
38. Itens de Orientação:
• Manual(is) de normas, rotinas e procedimentos do(s) serviço(s),
unidade(s) ou setor(es), documento(s), atualizado(s) e disponível(is).
• Profissionais do serviço capacitados.
• Grupos de trabalho para a melhoria de processos e integração
institucional;
• Sistema de análise crítica dos casos atendidos, visando a melhoria da
técnica, controle de problemas, melhoria de processos e procedimentos,
minimização de riscos e efeitos colaterais, etc.
• Procedimento(s) de orientação ao cliente/paciente.
• Procedimento(s) voltado(s) para a continuidade de cuidados ao cliente e
seguimento de casos.
39. Itens de Orientação:
• Sistemas de planejamento e melhoria contínua em termos de
estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações
assistenciais e procedimentos.
• Ciclos de melhoria com impacto sistêmico.
• Sistema de informação baseado em taxas e indicadores que
permitem análises e comparações.
• Sistema de aferição da satisfação dos clientes (internos e externos).
41. Place your screenshot here
“A ONA foi fundada em
1999 por entidades
públicas e privadas do
setor de saúde. Sua
criação está ligada às
mudanças que
ocorreram após a
Constituição de 1988, que
definiu a saúde como um
direito de todo cidadão.”
42. ONA
A ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO -
ONA é uma entidade não governamental e sem fins
lucrativos que certifica a qualidade de serviços de
saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente.
43. Objetivo
O objetivo dessa organização é promover um
processo constante de avaliação e aprimoramento
nos serviços de saúde e, dessa forma, melhorar a
qualidade da assistência no País.
46. 01. O que é acreditação hospitalar?
a) É um programa de organização, com critérios pré-determinados criado pelo
governo federal.
b) É programa de avaliação externa emerge como possibilidade de instituir
uma cultura de segurança e qualidade, criado pelas organizações não
governamentais
c) Trata-se de um método de avaliação voluntário, realizado por um corpo
externo autorizado de acordo com critérios pré-determinados pelo
Ministério da Saúde.
d) É programa de avaliação externa emerge como possibilidade de instituir
uma cultura de segurança e qualidade no interior de uma instituição que se
empenha em aperfeiçoar continuamente os processos de cuidado ao
paciente e os resultados obtidos.
47. 02.Cite no mínimo 3 itens do
processo que ocorre para visita
e/ou na visita.
54. 09. A acreditação hospitalar
cede ao avaliado um
certificado perpétuo?
55. Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Manual
Brasileiro de Acreditação Hospitalar/Secretaria de Assistência à Saúde. – 3.
ed. rev. E atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
2. Organização Nacional de Acreditação. Disponível em:
https://www.ona.org.br/Inicial/ acesso em: 10 de novembro de 2017
3. CALDANA, Graziela; GABRIEL, Carmen Silvia. Avaliação do Programa de
Acreditação Hospitalar: validação de face e conteúdo. Rev. Bras.
Enferm., Brasília , v. 70, n. 1, p. 47-53, Feb. 2017 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672017000100047&lng=en&nrm=iso>. Access
on 13 Nov. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0184.