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A Atuação do Profissional de História no
Mercado de Trabalho
SEMINÁRIO
A CONSOLIDAÇÃO DO PODER DOMINANTE E A
NEGLIGÊNCIA PARA COM A HISTÓRIA AFRICANA.
• As culturas ou vozes dos grupos sociais
minoritários ou marginalizados que não dispõem
estruturas importantes de poder costumam ser
silenciadas, quando não estereotipadas e
deformadas, para anular suas possibilidades de
reação. (SILVA, 1995, p. 161)
RACISMO VS CONHECIMENTO
• Racismo e ignorância caminham sempre de mãos dadas. Os
estereótipos e as ideias pré-concebidas vicejam se está
ausente a informação, se falta o diálogo aberto, arejado,
transparente.
• Não há preconceito racial que resista a luz do conhecimento e
do estudo objetivo. Neste, como em tantos outros assuntos, o
saber é o melhor remédio. Não é por acaso que os nazi-facistas
queimavam livros. Mas não é só por isso que o tema do racismo
e da discriminação racial é importante para que se preocupa
com a educação. é fundamental também, que a elaboração dos
currículos e materiais de ensino tenha em conta a diversidade
de culturas e de memórias coletivas de vários grupos étnicos
que integram nossa sociedade. (MUNANGA, 2005, p. 09)
MECANISMOS DE LEGITIMAÇÃO DA DOMINAÇÃO
• Segundo Saint Simon, os negros viviam num baixo
grau de civilização porque biologicamente são
inferiores aos brancos. Auguste Comte, pai
influente do positivismo, pensava que a
superioridade da cultura material européia tivesse,
talvez, sua fonte de explicação numa diferença
estrutural do cérebro do homem branco.
(MUNANGA, 1988, p. 19, apud Saint Simon)
IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 E 11.645/2008
• Não existem leis no mundo que sejam capazes de
erradicar as atitudes preconceituosas existentes nas
cabeças das pessoas, atitudes essas provenientes dos
sistemas culturais de todas as sociedades humanas. No
entanto, cremos que a educação é capaz de oferecer
tanto aos jovens como aos adultos a possibilidade de
questionar e desconstruir os mitos de superioridade e
inferioridade entre grupos humanos que foram
introjetados neles pela cultura racista na qual foram
socializados. (MUNANGA, 2005, p. 17)
• Maria Stephanou (1998) mostra que se deve
viabilizar uma relação de conhecimento nas
aulas que possibilite a problematização e
interrogação do saber para que se aflorem
diferentes interpretações do mesmo, elaborando
outras leituras.
REFERÊNCIA
• MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e sentidos.
São Paulo: Ática, 1988.
• MUNANGA, Kabengele (org.) . Superando o Racismo
na escola. 2 ed. Revisada. Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade. 2005.
• STEPHANOU, Maia. Currículo de História. São
Paulo: Revista Brasileira de História V. 18 N 36, 1998
p. 15 _ 38.
EQUIPE
• Bernadete Pimentel
• Bruno
• Welton Castro

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  • 1. A Atuação do Profissional de História no Mercado de Trabalho SEMINÁRIO
  • 2. A CONSOLIDAÇÃO DO PODER DOMINANTE E A NEGLIGÊNCIA PARA COM A HISTÓRIA AFRICANA. • As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários ou marginalizados que não dispõem estruturas importantes de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação. (SILVA, 1995, p. 161)
  • 3. RACISMO VS CONHECIMENTO • Racismo e ignorância caminham sempre de mãos dadas. Os estereótipos e as ideias pré-concebidas vicejam se está ausente a informação, se falta o diálogo aberto, arejado, transparente. • Não há preconceito racial que resista a luz do conhecimento e do estudo objetivo. Neste, como em tantos outros assuntos, o saber é o melhor remédio. Não é por acaso que os nazi-facistas queimavam livros. Mas não é só por isso que o tema do racismo e da discriminação racial é importante para que se preocupa com a educação. é fundamental também, que a elaboração dos currículos e materiais de ensino tenha em conta a diversidade de culturas e de memórias coletivas de vários grupos étnicos que integram nossa sociedade. (MUNANGA, 2005, p. 09)
  • 4. MECANISMOS DE LEGITIMAÇÃO DA DOMINAÇÃO • Segundo Saint Simon, os negros viviam num baixo grau de civilização porque biologicamente são inferiores aos brancos. Auguste Comte, pai influente do positivismo, pensava que a superioridade da cultura material européia tivesse, talvez, sua fonte de explicação numa diferença estrutural do cérebro do homem branco. (MUNANGA, 1988, p. 19, apud Saint Simon)
  • 5. IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 E 11.645/2008 • Não existem leis no mundo que sejam capazes de erradicar as atitudes preconceituosas existentes nas cabeças das pessoas, atitudes essas provenientes dos sistemas culturais de todas as sociedades humanas. No entanto, cremos que a educação é capaz de oferecer tanto aos jovens como aos adultos a possibilidade de questionar e desconstruir os mitos de superioridade e inferioridade entre grupos humanos que foram introjetados neles pela cultura racista na qual foram socializados. (MUNANGA, 2005, p. 17)
  • 6. • Maria Stephanou (1998) mostra que se deve viabilizar uma relação de conhecimento nas aulas que possibilite a problematização e interrogação do saber para que se aflorem diferentes interpretações do mesmo, elaborando outras leituras.
  • 7. REFERÊNCIA • MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e sentidos. São Paulo: Ática, 1988. • MUNANGA, Kabengele (org.) . Superando o Racismo na escola. 2 ed. Revisada. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2005. • STEPHANOU, Maia. Currículo de História. São Paulo: Revista Brasileira de História V. 18 N 36, 1998 p. 15 _ 38.
  • 8. EQUIPE • Bernadete Pimentel • Bruno • Welton Castro