1) Um incêndio devastador atingiu o município de Marcelândia, destruindo 16 empresas e 100 casas e comprometendo 30% da economia local.
2) O deputado Dilceu Dal'Bosco, eleito duas vezes por Marcelândia, se solidarizou com o povo e solicitou apoio emergencial ao Corpo de Bombeiros e médicos.
3) A tragédia evidenciou a falta de infraestrutura do hospital local e a necessidade de um destacamento do Corpo de Bombeiros em Marcelândia.
1. NOTA DE SOLIDARIEDADE AO MUNICÍPIO DE MARCELÂNDIA
Dor, desespero e centenas de desabrigados, este é o resultado do
incêndio que desde ontem (11) está devastando Marcelândia (720 km ao norte
de Cuiabá). Até o momento, segundo informações de amigos que lá residem,
16 empresas e 100 casas de trabalhadores foram tomadas pelas chamas que
tiveram início no Distrito Industrial do município, o que já comprometeu cerca
de 30% da economia daquela cidade.
Como representante do Nortão e deputado estadual mais votado de
Marcelândia nas duas últimas eleições, sinto-me na obrigação de solidarizar-
me com o meu povo e buscar todo tipo de ajuda. Infelizmente, por conta de
compromissos de campanha, já que concorro a vice-governador de meu
Estado, estou em Cuiabá, mas desde o final da manhã de ontem, quando o
vento ajudou a propagar as chamas, que começaram em uma pastagem,
atingiram o lixão e depois saiu engolindo tudo o que via pela frente, fui avisado
da tragédia e imediatamente solicitei apoio do secretário Chefe da Casa Militar,
Coronel Moraes, que enviou reforço de equipes do Corpo de Bombeiros,
aviões de combate a incêndio e médicos.
Neste triste episódio, a questão da segurança pública, mais uma vez
vem à tona. Marcelândia, que por várias vezes sofreu com ações de
queimadas ilegais, chegando até a ser citada em rede nacional de TV, não
possui um único destacamento de Bombeiros. A distância entre as cidades de
Sinop (150 km) e Colíder (120 km), de onde as equipes de socorro foram
acionadas, contribuiu para a propagação da tragédia. Da tribuna da Assembléia
Legislativa e por meio de Indicações Parlamentares, cobrei uma unidade
básica nas cidades do Nortão de Mato Grosso, onde a extração vegetal ainda é
a base da economia, o que acarreta uma série de queimadas ilegais, mas nada
foi feito.
Outro fato que fica evidenciado nesta tragédia é a falta de infraestrutura
do único Hospital do município, o Maria Zélia. Em abril deste ano, denunciei as
péssimas condições estruturais e sanitárias do local e cobrei do governo apoio
para reestruturação daquela unidade de saúde, que enfrenta problemas de
infiltrações, vazamentos, vidros, janelas e pisos quebrados, além contar com
leitos hospitalares e berços maternais enferrujados, situação que comprovei ao
mostrar fotos do local, anexadas ao processo encaminhado ao governador.
Enviei também uma indicação ao secretário de Estado de Saúde, onde
isentei de responsabilidade a administração municipal, já que o hospital é o
único responsável pelos atendimentos da rede pública e privada no município,
onde residem mais de 14 mil pessoas. Registrei ali, também, que a unidade
vem apresentando um aumento significativo no número de atendimentos
mensais, chegando a atender dois mil pacientes ao mês, entre serviços de
urgência e emergência, pequenas cirurgias, partos e internações. Por outro
lado, o município de Marcelândia vem sofrendo perdas em sua arrecadação, o
2. que resulta em redução dos repasses financeiro a casa de saúde, que precisa
do urgente socorro estadual, mas a resposta foi negativa.
Hoje, diante do incêndio, cidadãos de todo Mato Grosso acompanham
pela TV, e ficam perplexos com a falta de estrutura daquele hospital. Dezenas
de pessoas intoxicadas, e com queimaduras se amontoam nos corredores, a
espera de atendimento.
Mas o momento não é de críticas, e sim de darmos as mãos. Por isso,
quero avisar aos amigos e internautas que vem nos procurando através de
mensagens e telefonemas, que estarei conferindo de perto os estragos e
ajudando este povo querido. Aos amigos e a todo povo de Marcelândia o meu
respeito e carinho, continuem contando com seu deputado e amigo Dilceu
Dal’Bosco.