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Paulo Freire: inclassificável....!!!
mestre de sacações e estalos;
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repetitivo;
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engajado totalmente com os oprimidos...
De riso fácil e farto....
total e profundamente humano.... Inclassificável...
Texto escrito para ser lido na Homenagem ao Victor Valla na Escola
Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, conferindo-lhe o título de Professor
Ilustre em 2008.
Meu querido Victor:
A gente anda tão perto e tão longe!
O tempo dos nossos encontros parece hoje tão distante.
Oito anos de conversas, celebrações, descobertas, invenções, viagens interiores...
Hoje está tudo tão longe demais
Lembro do dia em que você me mostrou um caminho meio escondido da floresta da FIOCRUZ
E ai você disse: este caminho é o meu caminho. Ele é fresco e gosto de pensar
distraído, enquanto o percorro. E eu
olhando árvores, ouvindo pássaros, cogumelos escondidos, pequenos insetos familiares.
E então eu disse – assim, meio budista: talvez andar por aqui seja mais importante que o mestrado,
porque somente os amigos recriam caminhos.
E você ficou me olhando com esse seu sorriso sacaninha de californiano danado,
dizendo, com seus óculos e sua barba: You got it!!!
A partir dai eu fui criando meus próprios caminhos, tão distantes, tão solitários,
tão bons quanto os seus – mas nunca tão altos, não.
Mas eu nunca esqueci daquele que você – aquele que nos orienta
quando andamos perdidos – me indicou com a leveza do monge
da floresta de Sherwood, o frei feliz da sanfoninha...
Volta e meia – na minha meia idade recentemente percebida – me vejo reclamando
da ausência de Figueiras, do Bar Palácio, das caipirinhas quando anoitece,
das conversas leves sobre budismo zen e sobre os beatniks,
da celebração que era a chegada da Kitta e seus projetos fotográficos,
da casa sua que eu fiquei cuidando alguns meses e que também virou minha, com objetos
vivos, com palavras guardadas nos ângulos secretos e no meio
dos seus livros que tanto amei...
Assim, meu caro irmão e pai, eu abraço desde aqui a sua ausência – a mais
presente das ausências – e descrevo (e descubro) em mim
parte das suas piadas, das suas iluminações – satoris, nirvanas, frestas descobertas. Assim
celebro sua permanência em centenas de corações
-- e nas utopias
dos seus donos, todo nós.
//// Salve Victor. //// Fiocruz, Abril de 2008.
Julio Alberto Wong Un
Abril de 2008
04. Educar nos Mundos da Saúde
Sonhos e práticas
Carregamos nas mãos duas caixas:
Uma de ferramentas e outra de brinquedos;
Na caixa de ferramentas vão os instrumentos
práticos, lógicos, racionais, para resolver
problemas, para conseguir objetivos;
São os objetos “úteis”.
Guarda as coisas “inúteis”;
Poemas, músicas, lembranças de beijos, cartas de amor
amareladas, ingressos daquele velho show, livros da
faculdade, cadernos de segredos, escritos da adolescência, a
foto da pessoa amada;
Servem para “nada”  nos fazem sorrir, sonhar, pensar na
utopia e no futuro.
Prefiro as máquinas que servem para não
funcionar: quando cheias de areia, de formiga
e musgo, elas podem um dia milagrar de
flores. Todas as coisas apropriadas ao
abandono me religam a Deus. Senhor, eu
tenho orgulho do imprestável!
Ferramentas: necessárias para trabalhar, garantir
segurança, alimentação e sobrevivência; nossos
velhos conhecidos conteúdos.
Brinquedos: percepção de que a vida vale a pena
de ser vivida; permitem pensar / sentir a utilidade e
importância das ferramentas o do que com elas
resolvemos / conseguimos
Transmitir saberes é menos
importante do que transmitir
esperanças
Aprender o uso de ferramentas?
O “Como” das coisas.
Aprender porque usar as ferramentas?
Aprender a pensar e imaginar tudo o que é possível com as ferramentas
– e inventar outras;
Criar e imaginar brinquedos de vôo humano – transcendência – espírito
Os problemas de saúde são complexos  Todos, sem
exceção;
O conhecimento da Dimensão Técnica não é suficiente  as
práticas profissionais reais sempre estão além dos saberes
oficiais;
Busca de incorporação de outras disciplinas – Ciências Sociais
e Humanas - Artes e Poesia - Espiritualidade, Intuição e
Religiosidade;
Além das ciências... Formas experimentais, artísticas, espirituais
e religiosas...
Experiência, compreensão e conhecimento do Mundo e das
Pessoas.
Holismo, Complexidade, Psicologia Profunda, Psicologia
Transpessoal, Mitologia, Cosmologia  outras vias de
conhecimento;
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Aprender com os processos e as pessoas às que
“ensinamos”;
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mistos culturais;
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sentidos e pelo espírito:
Arte;
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Abrir o Ser a outras dimensões;
Aprender a humildade e o encantamento do
mundo;
Deixar se surpreender;
Olhar como criança, como Poeta.
Aprender do simples, daquele que sofre, dos pequenos, dos
excluídos;
Enxergar as oportunidades de transformação no cotidiano –
mesmo na dificuldade;
Aprender do contato profundo com os Outros: colegas
profissionais e da equipe de trabalho, pacientes, familiares,
lideranças, idosos e crianças, etc.
Aprendizados de experiência direta:
Viver em/com comunidade;
Viver as artes;
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Experimentar os Outros (subjetividades, desejos, tristezas e alegrias);
Disciplina contínua e persistente para desvendar a poesia da
existência cotidiana;
07. Educação Popular - Cais e Rios
Fortaleza, Ceará
91
O senso comum.
A Educação Tradicional
 Dizer aos outros o que deve ser feito;
 Discursar e apelar para a razão das pessoas exclusão do
desejo;
 Mudar porque é perigoso, arriscado, danoso – com comprovação
científica;
 Os Outros devem concordar conosco da importância prioritária da
saúde;
 Criar e manter distância (física, cultural, simbólica).
93
 Paternalismo – proteger os coitadinhos;
 Responsabilidade Social – trabalho social
para melhorar a imagem institucional – uso do
social para promoção política;
 Idealismo – tudo o que eles fazem é errado
(ou no oposto: perfeito)
94
 Distanciamento;
 Cegueira seletiva e involuntária;
 Perda de resolutividade;
 Dificuldade para construção de processos e relações sociais
compartilhadas;
 Mal-estar – preocupação - questionamento
95
Bases e Dribles
Unidade teoria e prática:
práxis;
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conhecimento;
Partir da Realidade;
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Realidade...
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Criticidade;
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Ser Mais;
Leitura e
transformação
do mundo
“Ler o mundo para
transforma-lho”
“Ninguém educa
ninguém, os homens
se educam em
comunhão mediados
pelo mundo”
1. Método de trabalho em educação e saúde –
alfabetização (“Método” Paulo Freire) – Técnicas e
Concepções Educativas;
2. Movimentos Sociais, Experiências e Práticas de Saúde;
3. Caminho de conhecimento – epistemologia
companheira/parceira – pesquisas e reflexões.
101
 Crítica;
 Solidária;
 Dialógica.
 Ética
 Estética
 Política
102
Simplificar;
Tornar receita;
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pensamento digerido;
Malandragem;
Alienação;
Mercado dos saberes
e das teorias:
consumismo e
concorrência desleal.
Paulo Freire;
Oscar Jara;
Moacir Gadotti;
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Victor Vincent Valla
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Perplexidade na Universidade
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www.hucitec.com.br
Revista APS (UFJF)
www.scielo.org
104
08. Ser com os Outros na Saúde da
Família
Casa
História
Hospitalidade
Privado
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A forma singular e
social de cada família
A oportunidade da
troca
Janelas
Tu derecho a la ventana
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El derecho a la ventana.
El que vive en una casa debe tener derecho a
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apetezca todo el trozo de muro exterior que
pueda alcanzar con el brazo. Así será
evidente para todo el mundo desde la lejanía
que allí vive una persona.
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Aula Inaugural Ano Acadêmico 2013 Saúde da Famúlia - Fiocruz - Ser com os outros

  • 1. Saúde da família: a oportunidade de Ser Com os Outros Residência Médica em Medicina de Familia e Comunidade Marco 04 de 2012 - Rio de Janeiro - ENSP
  • 2. Julio Alberto Wong Un julio.wong.un@gmail.com
  • 3. Percursos e Mergulhos em Comunidade
  • 4. Julio Alberto Wong Un UFF / Abrasco
  • 5. 00. Somos o que caminhamos...
  • 6.
  • 7. Delimitações e Misturas; Culturas mestiças; Polifonias: músicas culturais a várias vozes; Zonas de Contato: porosidades; Mas também arame farpado, muralha, isolamento.
  • 8.
  • 9. A experiência de um infinito hostil porem amoroso / amado; O valor intenso dos oásis, da água e do verde; Inventar a Vida e a Alegria em Vales Estreitos;
  • 10. Criar coisas gostosas com poucos recursos: azeitonas, azeites, vinhos, aguardente de uva; Olhar, sentir, percorrer o deserto que é Útero, Leito, Fonte, Cemitério; O Sertão é o Mundo (Joaozinho Rosa). O Sertão está dentro de nós
  • 11. A descoberta do mundo: Ser, além dos centros...
  • 12. O privilégio das periferias
  • 13.
  • 14.
  • 15. Raiz e Mito – Afastamento e invisibilidade; Violência Política e Extrema Pobreza; Contemplação do Mundo – o Ser Vagaroso – o ET que olhava as folhinhas; O Circo pobre; A paixão pelo céu, pelo frio, pelas tormentas, pela limpidez da Alma Andina.
  • 16. Um espaço privilegiado para aprender – no sentido profundo e radical – é a experiência com as periferias do mundo; Há imensa riqueza e sabedoria nos esquecidos, excluídos, invisíveis.
  • 17. Grande valor da experiência; A vida como base da reflexão; A vida solidária e em diálogo; Busca da dimensão crítica e da dimensão da beleza  educação;
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Brasil - Rio - Niterói
  • 25. Um centro sem centro
  • 26.
  • 27.
  • 28. 01. Ser Com os Outros
  • 29. Pôr do Sol - Fortaleza Oportunidade e Desafio
  • 30. Ao sair das faculdades...
  • 34. Perder o Tempo ou Carpe Diem
  • 35. Abrir os Sentidos - Recriar-se
  • 37. Preparar o Ser para o Comunitário
  • 38. Treinar, trabalhar os 10 sentidos.
  • 39. Tarefa árdua, para poucos...
  • 41. Ideal: Ser e se Fazer e se Criar e se Reinventar COM os OUTROS
  • 42. 02. De Viver como Paixão
  • 44. Na Medicina e Saúde da Família é Fundamental
  • 45. A vida tem que ser de grandes paixões; De grandes amores; De profundezas e transcendências; A vida tem que ser aquilo que vale a pena;
  • 47. Um trabalho duro e paciente; Aceitar as dores e as frustrações; Não desanimar e seguir a procura;
  • 48. Educar e Viver Mergulhado Nos Amores Da paixão crítica Da amorosidade reflexiva Da esperança impaciente Do inédito viável Da utopia que se constrói
  • 49. Educar e Viver Mergulhado Nos Amores Da paixão crítica Da amorosidade reflexiva Da esperança impaciente Do inédito viável Da utopia que se constrói
  • 50. Da paixão crítica Da amorosidade reflexiva Da esperança impaciente Do inédito viável Da utopia que se constrói
  • 51. A sorte de expor- se a transformações radicais Sempre aprendemos mais do que ensinamos na saúde. Aprender do simples. Transformar-se pelo minúsculo.
  • 52. Sempre aprendemos mais do que ensinamos na saúde. Aprender do simples. Transformar-se pelo minúsculo.
  • 53.
  • 54. 03. Treinar os sentidos e a intuição - sugestões para profissionais da Saúde da Família.
  • 55. Viver a Arte em todas suas formas (e além das usuais: namorar o mundo e as pessoas); Conhecimento espantado e sagrado de Outras Culturas; Aprender a humildade e o encantamento do mundo; Deixar se surpreender; Olhar como criança, como Poeta, como principiante: como se fosse a primeira vez.
  • 56. Desconfiar das dicotomias excludentes; Favorecer as misturas; Confiar nos sentidos, nos desejos, nas emoções e nas intuições; Aprender do simples, daquele que sofre, dos pequenos, dos excluídos;
  • 57. Enxergar as oportunidades de transformação no cotidiano – mesmo na dificuldade; Aprender do contato profundo com os Outros
  • 58. Disciplina contínua e persistente para desvendar a poesia da existência cotidiana; Não é de todos nem para todos; Não tem formas únicas nem limitadas; Temos muitos mais desafios do que a técnica, as idéias, os dispositivos...
  • 61.
  • 62. 04. Educação Popular E eu com isso na Saúde da Família?
  • 63. Novos Ventos da Saúde...
  • 64. Eles vêm de fora... Comem pelas beiradas... Vão invadindo...
  • 65. Que ventos são esses?
  • 66. A vida das pessoas simples; O sofrimento, a desigualdade e o descaso; Os avanços nas condições de vida; Vozes que anunciam as mudanças....
  • 67. As vozes - os autores - expressam processos sociais e culturais da humanidade... Misturam o gênio singular e as necessidades e percepções de uma época...
  • 68. Educação de Adultos no SESI... Forma de Alfabetizar... Reflexão sobre a opressão... Reflexão sobre as formas dialéticas do aprender em diálogo.... Paulo Freire: inclassificável....!!!
  • 69.
  • 70. mestre de sacações e estalos; vagaroso; repetitivo; simples... engajado totalmente com os oprimidos... De riso fácil e farto.... total e profundamente humano.... Inclassificável...
  • 71.
  • 72. Texto escrito para ser lido na Homenagem ao Victor Valla na Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, conferindo-lhe o título de Professor Ilustre em 2008. Meu querido Victor: A gente anda tão perto e tão longe! O tempo dos nossos encontros parece hoje tão distante. Oito anos de conversas, celebrações, descobertas, invenções, viagens interiores... Hoje está tudo tão longe demais Lembro do dia em que você me mostrou um caminho meio escondido da floresta da FIOCRUZ E ai você disse: este caminho é o meu caminho. Ele é fresco e gosto de pensar distraído, enquanto o percorro. E eu olhando árvores, ouvindo pássaros, cogumelos escondidos, pequenos insetos familiares.
  • 73. E então eu disse – assim, meio budista: talvez andar por aqui seja mais importante que o mestrado, porque somente os amigos recriam caminhos. E você ficou me olhando com esse seu sorriso sacaninha de californiano danado, dizendo, com seus óculos e sua barba: You got it!!! A partir dai eu fui criando meus próprios caminhos, tão distantes, tão solitários, tão bons quanto os seus – mas nunca tão altos, não. Mas eu nunca esqueci daquele que você – aquele que nos orienta quando andamos perdidos – me indicou com a leveza do monge da floresta de Sherwood, o frei feliz da sanfoninha...
  • 74. Volta e meia – na minha meia idade recentemente percebida – me vejo reclamando da ausência de Figueiras, do Bar Palácio, das caipirinhas quando anoitece, das conversas leves sobre budismo zen e sobre os beatniks, da celebração que era a chegada da Kitta e seus projetos fotográficos, da casa sua que eu fiquei cuidando alguns meses e que também virou minha, com objetos vivos, com palavras guardadas nos ângulos secretos e no meio dos seus livros que tanto amei... Assim, meu caro irmão e pai, eu abraço desde aqui a sua ausência – a mais presente das ausências – e descrevo (e descubro) em mim parte das suas piadas, das suas iluminações – satoris, nirvanas, frestas descobertas. Assim celebro sua permanência em centenas de corações -- e nas utopias dos seus donos, todo nós. //// Salve Victor. //// Fiocruz, Abril de 2008. Julio Alberto Wong Un Abril de 2008
  • 75. 04. Educar nos Mundos da Saúde Sonhos e práticas
  • 76. Carregamos nas mãos duas caixas: Uma de ferramentas e outra de brinquedos;
  • 77. Na caixa de ferramentas vão os instrumentos práticos, lógicos, racionais, para resolver problemas, para conseguir objetivos; São os objetos “úteis”.
  • 78. Guarda as coisas “inúteis”; Poemas, músicas, lembranças de beijos, cartas de amor amareladas, ingressos daquele velho show, livros da faculdade, cadernos de segredos, escritos da adolescência, a foto da pessoa amada; Servem para “nada”  nos fazem sorrir, sonhar, pensar na utopia e no futuro.
  • 79. Prefiro as máquinas que servem para não funcionar: quando cheias de areia, de formiga e musgo, elas podem um dia milagrar de flores. Todas as coisas apropriadas ao abandono me religam a Deus. Senhor, eu tenho orgulho do imprestável!
  • 80. Ferramentas: necessárias para trabalhar, garantir segurança, alimentação e sobrevivência; nossos velhos conhecidos conteúdos. Brinquedos: percepção de que a vida vale a pena de ser vivida; permitem pensar / sentir a utilidade e importância das ferramentas o do que com elas resolvemos / conseguimos
  • 81. Transmitir saberes é menos importante do que transmitir esperanças
  • 82. Aprender o uso de ferramentas? O “Como” das coisas. Aprender porque usar as ferramentas? Aprender a pensar e imaginar tudo o que é possível com as ferramentas – e inventar outras; Criar e imaginar brinquedos de vôo humano – transcendência – espírito
  • 83. Os problemas de saúde são complexos  Todos, sem exceção; O conhecimento da Dimensão Técnica não é suficiente  as práticas profissionais reais sempre estão além dos saberes oficiais; Busca de incorporação de outras disciplinas – Ciências Sociais e Humanas - Artes e Poesia - Espiritualidade, Intuição e Religiosidade;
  • 84. Além das ciências... Formas experimentais, artísticas, espirituais e religiosas... Experiência, compreensão e conhecimento do Mundo e das Pessoas. Holismo, Complexidade, Psicologia Profunda, Psicologia Transpessoal, Mitologia, Cosmologia  outras vias de conhecimento;
  • 85. Abrir mão da superioridade técnica e ideológica; Aprender com os processos e as pessoas às que “ensinamos”; Aumentar a capacidade de negociar e produzir mistos culturais; Aprender o tempo longo.
  • 86. Caminhos de aprendizado pela intuição, pelos sentidos e pelo espírito: Arte; Conhecimento sincero de Outras Culturas; Tradições espirituais, místicas e meditativas;
  • 87. Abrir o Ser a outras dimensões; Aprender a humildade e o encantamento do mundo; Deixar se surpreender; Olhar como criança, como Poeta.
  • 88. Aprender do simples, daquele que sofre, dos pequenos, dos excluídos; Enxergar as oportunidades de transformação no cotidiano – mesmo na dificuldade; Aprender do contato profundo com os Outros: colegas profissionais e da equipe de trabalho, pacientes, familiares, lideranças, idosos e crianças, etc.
  • 89. Aprendizados de experiência direta: Viver em/com comunidade; Viver as artes; Contemplação da natureza e das culturas; Experimentar os Outros (subjetividades, desejos, tristezas e alegrias); Disciplina contínua e persistente para desvendar a poesia da existência cotidiana;
  • 90. 07. Educação Popular - Cais e Rios
  • 92. O senso comum. A Educação Tradicional
  • 93.  Dizer aos outros o que deve ser feito;  Discursar e apelar para a razão das pessoas exclusão do desejo;  Mudar porque é perigoso, arriscado, danoso – com comprovação científica;  Os Outros devem concordar conosco da importância prioritária da saúde;  Criar e manter distância (física, cultural, simbólica). 93
  • 94.  Paternalismo – proteger os coitadinhos;  Responsabilidade Social – trabalho social para melhorar a imagem institucional – uso do social para promoção política;  Idealismo – tudo o que eles fazem é errado (ou no oposto: perfeito) 94
  • 95.  Distanciamento;  Cegueira seletiva e involuntária;  Perda de resolutividade;  Dificuldade para construção de processos e relações sociais compartilhadas;  Mal-estar – preocupação - questionamento 95
  • 97. Unidade teoria e prática: práxis; Ação - Reflexão - Ação; Diálogo; Codificação - Descodificação; Teoria dialética do conhecimento; Partir da Realidade; Analisar; Transformar a Realidade...
  • 98. Diálogo; Partir do Outro; Criticidade; Boniteza; Ser Mais; Leitura e transformação do mundo
  • 99. “Ler o mundo para transforma-lho”
  • 100. “Ninguém educa ninguém, os homens se educam em comunhão mediados pelo mundo”
  • 101. 1. Método de trabalho em educação e saúde – alfabetização (“Método” Paulo Freire) – Técnicas e Concepções Educativas; 2. Movimentos Sociais, Experiências e Práticas de Saúde; 3. Caminho de conhecimento – epistemologia companheira/parceira – pesquisas e reflexões. 101
  • 102.  Crítica;  Solidária;  Dialógica.  Ética  Estética  Política 102
  • 103. Simplificar; Tornar receita; Oferecer o pensamento digerido; Malandragem; Alienação; Mercado dos saberes e das teorias: consumismo e concorrência desleal.
  • 104. Paulo Freire; Oscar Jara; Moacir Gadotti; Bordenave Carlos Rodrigues Brandão; Victor Vincent Valla Eduardo Stotz; Eymard Vasconcelos; Livros: A saúde nas palavras e nos gestos; Educação Popular em Saúde e Saúde da Família; Perplexidade na Universidade Espiritualidade no Trabalho em Saúde www.hucitec.com.br Revista APS (UFJF) www.scielo.org 104
  • 105.
  • 106.
  • 107.
  • 108.
  • 109. 08. Ser com os Outros na Saúde da Família
  • 110. Casa
  • 111.
  • 112.
  • 113.
  • 114.
  • 115. História Hospitalidade Privado Sagrado A forma singular e social de cada família A oportunidade da troca
  • 117.
  • 118.
  • 119. Tu derecho a la ventana Tu deber hacia el arbol El derecho a la ventana. El que vive en una casa debe tener derecho a asomarse a su ventana y a diseñar como le apetezca todo el trozo de muro exterior que pueda alcanzar con el brazo. Así será evidente para todo el mundo desde la lejanía que allí vive una persona. Seckau, 1958
  • 120. Dictados de la ventana y derechos de la ventana Algunas personas dicen que las casas consisten en paredes. Yo digo que las casas consisten en ventanas. Friedensreich Hundertwasser

Notes de l'éditeur

  1. Felicidade de Luiz Tatit, versão Zélia Duncan.
  2. Construído Historicamente; Além da vontade / responsabilidade individual; Hierarquização de Saberes: “o nosso saber é melhor porque é científico”; Vanguarda e verdade: “nós sabemos qual é a boa saúde e o que fazer para alcança-lha”; Educar para diminuir a ignorância; A doença e o sofrimento como conseqüência de: descuido, desleixo, sujeira, falta de cultura: “responsabilização da vítima”; Etnocentrismo: “não entendo como e porque estas pessoas fazem (ou não fazem) isto”.