Apresentação preparada para uma conversa com o pessoal do Doutorado de Nutrição da Uerj - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - sobre Saúde, Educação, Ética e Poesia...

1. Nonada, quase nada
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2. Sentipensar: Educação,
Saúde, Ética e Poesia
Conversa com a turma do Doutorado em Nutrição da
UERJ - Setembro de 2010.
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3. julio.wong.un@gmail.com
Departamento de Saúde e Sociedade
Instituto de Saúde da Comunidade
Universidade Federal Fluminense
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5. O que seria
de nós sem
as coisas
que não
existem?
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6. Paul Valéry
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11. Roteiro (?)
Saúde;
Ética;
Educação;
Poesia - Artes.
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12. 1. Saúdes
Olhar desde outros lugares
produz novas imagens, e
novas realidades
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13. Sentir a Saúde
Grande pano de fundo Saúde como exercício
dos diálogos e cotidiano da
conversas; sabedoria;
Saúde como Saúde como direito e
transcendência: possibilidade de Ser-
vontade de ser mais; Com-Os-Outros;
fome de símbolos;
Saúde como
Saúde como bem-estar Construção Coletiva;
profundo do Ser;
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14. Sentir a Saúde
Horizonte, esperança, Saúde como Símbolo;
utopia possível;
Saúde como Sonho;
O inédito viável
(Freire); Saúde como imagem
variada;
Saúde como forma de
espiritualidade; Saúde como evocação;
Saúde como Sinta a sua… saúde...
Sentimento;
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15. 2. Estética
da/na Ética
Há uma beleza contida nos
valores do bem, como
solidariedade, amizade,
respeito, diversidade,
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16. Ser “do bem”
Crianças dividem os filmes em
personagens do bem e personagens do
mal;
O que é ser “do bem”?
Valores;
Não fazer “mal”, prejudicar...
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17. A ética? Acuada,
encurralada
A ética baseada no Imáginario social de
relativismo das ética flexível;
corporações
financeiras; Admiração, tolerância
e inveja diante dos
O mundo baseado na transgressores;
especulação - quanto
mais enganar ou Ética deontológica:
blefar mais irei me norma opressiva
dar bem; exercida pelas elites.
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18. A ética está lá/cá
A dimensão ético/ A busca de uma
estética; ciência com
consciência (Santos);
Boniteza e criticidade
de mãos dadas (Freire); O conhecimento
prudente para uma
A beleza inerente aos vida decente;
processos de cuidado;
Vida como processo
solidário e amoroso
(Maturana)
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19. 3. Educação
Ainda é legítimo falar de
educação no mundo de
programações rígidas e
consumismo cego?
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20. Rubem
Alves
Contador de histórias;
criador de imagens poéticas
que perduram na memória
coletiva.
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21. Rubem
Alves
“Não me citem…”
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22. Escola Gaiola - Escola Asa;
Caixa de Ferramentas - Caixa de
Brinquedos;
Olho das Coisas do Tempo & Olho das
Coisas da Alma;
Educar para o Mercado de Trabalho ou
Educar para a Vida;
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23. Escola é uma coisa
sarnenta;
fosse terrorista, raptava é
diretor de escola e dentro de
três dias amarrava no
formigueiro,
se não aceitasse minhas
condições.
Quando acabarem as
escolas quero nascer de
novo.
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24. Romantismo
R. Alves propõe a Oliver Sacks propõe a
busca de uma educação recuperação e
romântica; recriação de uma
ciência romântica;
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25. Desencantamento
No início do século XX Os novos deuses são o
Max Weber propôs que consumo e o sucesso
as sociedades iam no pessoal;
sentido da
secularização e do A vida só faz sentido se
desencanto; conseguimos: sucesso,
dinheiro, bens de luxo,
“Os deuses morreram”, popularidade;
disse Nietzsche;
Trabalhamos muito
para ter dinheiro e
comprar mais.
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26. Reencantamento
Reinvenção da dimensão religiosa e
espiritual;
“Um bando de intelectuais e políticos ateus
com um povo religioso” (Valla);
Encantar a educação;
Encantar o mundo;
Encantar a vida;
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27. O sentido do viver
O sentido da vida nela mesma (Sung);
O processo do viver é um processo
permanente de conhecimento (Maturana);
O Ser Humano é um ser simbólico - fome de
símbolos (Jung, Campbell);
O Ser Humano é um ser transcendente - ir
além, ser mais (Boff).
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28. Educação para
Reencantar a Vida
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29. Arte e Pensamento
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30. 4. Poesia
Experimentar a dimensão
estética do cotidiano das
coisas comuns...
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31. Aprendi com meu filho de
dez anos
que a Poesia é descobrir
as coisas que nunca vi.
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32. Diego não conhecia o mar. O
pai, Santiago Kovakloff, levou-
o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul. Ele, o
mar, estava do outro lado das
dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim
alcançaram aquelas alturas de
areia, depois de muito caminhar,
o mar estava na frente de seus
olhos. E foi tanta a imensidão do
mar, e tanto seu fulgor, que o
menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu
falar, tremendo, gaguejando,
pediu ao pai: - Me ajuda a olhar!”
Eduardo Galeano
O livro dos abraços
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33. Po e s i a
como
Forma de
Conheci
mento
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34. Arts-informed
Qualitative Research
Novos paradigmas; Evocativo: emoção,
imaginação, senso
Várias formas de empático da vida;
conhecimento;
Mais difícil que o
Saber descritivo e convencional;
saber evocativo;
Pesquisador - Artista
O poder da linguagem ou equipes de
da arte na pesquisa; pesquisadores;
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36. Robin William em A Sociedade dos Poetas Mortos
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37. A experiência poética
Entrever uma outra Uma busca paciente e
realidade, que está rebelde;
aqui mas que só
conseguimos ver Novas formas de
momentaneamente; olhar e experimentar;
A Outredade - A Procurar nas coisas
Outra Margem; simples - no
corriqueiro - naquilo
Uma forma de olhar; que nunca brilha.
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38. Solo el Amor - Silvio Rodríguez
Debes amar la arcilla que va en tus manos
debes amar su arena hasta la locura
y si no, no la emprendas que será en vano
sólo el amor alumbra lo que perdura
sólo el amor convierte en milagro el barro
Debes amar el tiempo de los intentos
debes amar la hora que nunca brilla
y si no, no pretendas tocar los yertos
sólo el amor engendra la maravilla
sólo el amor consigue encender lo muerto
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39. Manoel de Barros - Só dez por cento é mentira
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40. O sopro da poesia
Linguagem do espírito; A poesia do viver e do
conhecer em saúde;
Revelação Poética;
Privilégio de
Ferramenta do transformação:
impossível; trabalhar e ser vir os
mais simples;
Intensidade -
profundidades; Deixar-se
transformar.
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41. Roberto Benigni em O tigre e a neve
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42. Fechando...
Ler fragmento
“estudantes”
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43. Obrigado pela
paciência
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44. Vale
Uma vida o que um sol
Uma vida o que um sol
Vale
Se aprende no berço,
Se aprende na cama,
Se aprende na porta de um
hospital.
Se aprende de repente,
Se aprende aos poucos e às vezes
se aprende somente no final.
Toda a glória é nada
Toda vida é sagrada.
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45. Se aprende na escola,
Se esquece na guerra,
Um filho volta a lhe ensinar.
Está no espelho,
Está nas trincheiras, parece que ninguém
parece notar.
Toda vitória é nada
Toda vida é sagrada
Um conjunto de moléculas
Postas de acordo
De forma provisional.
Um animal prodigioso
Com a delirante obsessão de querer perdurar.
Não deixaremos rastro,
Só poeira de estrelas.
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46. Toda a glória
é nada
Toda vida é
sagrada.
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