3. PRODUÇÃO DE CANOLA NO
BRASIL
• A produção de canola no Brasil, depende da região sul do país, principalmente os estados do Rio Grande do Sul e Paraná;
• De acordo com dados da CONAB (levantamento de 10 de outubro de 2017), estima-se que a safra atual apresente um tímido aumento de
área;
• A produtividade média deverá ser 15,4% menor;
• Estima-se que a produção total de grãos atinja 61,6 mil toneladas;
• Sementes como dificuldade ao produtor.
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5. CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS
• O gênero Brassica contempla
aproximadamente 100 espécies,
incluindo a Brassica napus L. ;
• Coloração em função da cultivar;
• Planta herbácea;
• Caules com 1,4 a 1,8 m de altura;
• Raiz típica das dicotiledôneas;
• Flores amarelas e hermafroditas;
• Frutos dispõem-se em síliquas,
com 14 a 15 sementes;
• É uma cultura anual.
Fig. 02 – Brassica napus L.: em detalhes os componentes.Fig. 01 – Classificação botânica da colza e canola.
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7. CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS
• Cultivo deve ser em regiões de clima temperado;
• A semeadura em meados de abril favorece a canola (TOMM et al. 2006);
• A planta requer elevada luminosidade e precipitação de 500 mm;
• Pode ser cultivadas em vários tipos de solo;
• A canola sofre menor efeito da geada em relação à outras plantas;
• Aborto de flores devido à geada;
• A colheita é a operação mais difícil, podendo atingir 30% de perca de grãos;
• Colheita com ceifa e o enleiramento tende a reduzir a perda dos grãos e da
deiscência natural da canola.
8. CANELA PRETA OU “BLACKLEG”
• A doença canela-preta
causada pelo fungo
Leptosphaeria maculans, é a
que mais afeta à planta;
• Híbridos como alternativa a
produtos químicos;
• Híbrido Hyola 61.
Fig. 03 - “Blackleg”, causado por Leptosphaeria maculans.: a) sintomas foliares, b) cancro na haste.
9. PRODUÇÃO MUNDIAL DE
ÓLEOS VEGETAIS
• A canola é a terceira oleaginosa mais produzida em todo mundo, superada
apenas pela palma e soja.
11. SUBPRODUTOS DA CANOLA
• As concentração de óleo, proteínas, aminoácidos e carboidratos em grãos
de canola podem alterar dependendo da variedade de sementes, das
condições climáticas e agronômicas e da forma de processamento (Barthet
& Daun, 2011; Newkirk, 2011).
13. ÓLEO DE CANOLA
• O teor de óleo nos grãos de canola varia de 40% a 48%;
• Pode ser extraído por prensagem ou com solventes em alta
temperatura;
• O óleo resultante pode ser utilizado imediatamente após sua
extração.
14. ÓLEO DE CANOLA
• No Brasil, todo o óleo de canola é
destinado ao consumo humano;
• O óleo de canola apresenta qualidade
superior quando comparado às demais
oleaginosas;
• Contém ômega 3;
• É rico em vitamina E, e é o óleo vegetal
com menor teor de ácidos graxos
saturados.
15. TORTA DE CANOLA
• Quando a extração é realizada apenas por prensagem a frio, geralmente
permanece em torno de 12% de óleo na fração sólida;
• Excelente fonte de proteína, 34 a 38%;
• Utilizada na alimentação de bovinos, suínos, ovinos e aves;
16. FARELO DE CANOLA
• O farelo de canola é o produto resultante da moagem da semente de
canola para extração do óleo;
• Após o óleo ser extraído, o resíduo (ou torta) resultante sofre um
tratamento para remover o restante do solvente, aplicando vapor no
farelo.
17. FARELO DE CANOLA
• Alimento de origem vegetal concentrado (<18% FB),contêm alto teor de
energia utilizável por unidade de peso, sendo um alimento proteico
(>20%PB).
21. FARELO DE CANOLA NA
ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS
• Segundo Leggi et al. (1998), o uso de farelo de canola em substituição ao
farelo de soja, até o nível de 20,6%, não alterou a produção de proteína e
gordura do leite e não houve alterações na ingestão de matéria seca, peso
corporal e hematócrito, quando comparados as dietas contendo níveis
inferiores de farelo de canola;
• Estudos realizados Schingoethe (1991), para comparar o perfil de
aminoácidos da proteína microbiana os farelos de canola, de soja, de
glúten de milho, de algodão e de girassol, indicou que o farelo de canola
possui o melhor balanço de aminoácidos para a produção de leite.
23. FARELO DE CANOLA NA
ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS
• Farelo de canola é muitas vezes considerado uma fonte pobre de energia
para dietas de suínos (Sanjayan et al., 2014).
• O farelo de canola pode ser incluído na ração de leitões (42 a 63 dias de
idade) em até 8,44% (MOREIRA et al., 1995);
• NARENDRAN et al. (1981) não observaram diferenças no desempenho e na
espessura de toucinho de suínos em terminação, quando receberam ração
com até 20% de inclusão do farelo de canola;
• Segundo BAIDOO e AHERNE (1987), o farelo de canola pode ser utilizado
nas dietas de suínos em terminação como única fonte de proteína.
25. FARELO DE CANOLA NA
ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS
• A substituição de 40% de farelo de soja pelo de canola determina maior
consumo de ração e menor peso corporal (Brum et al. 1998);
• De acordo com Bertol e Mazzuco, (1998) a inclusão de 20% de farelo de
canola, em dieta de frangos de corte para as fases distintas da criação
(inicial, crescimento e final) é plenamente recomendado.
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27. FATORES ANTINUTRICIONAIS
• O que são?
Substâncias que interferem negativamente na absorção de
vitaminas e minerais, que atrapalham o aproveitamento dos
alimentos e reduzem seu valor nutricional.
29. FATORES ANTINUTRICIONAIS
• Onde são encontrados?
“São encontrados em produtos de origem vegetal, mas
podem estar presentes em alimentos de origem animal.”
Exemplos: Nitritos e nitratos.
31. GLICOSINOLATOS
• Glicosinolatos são metabólitos secundários;
• Química e termicamente estáveis;
• Em geral, os produtos que resultam da hidrólise de glicosinolatos são as
nitrilas, os isotiocianatos, o cianeto e os tiocianatos (SHAPIRO et al., 2001).
• Os glicosinolatos são classificados em alifáticos, aromáticos e indólicos;
33. • Estrutura química
• “ Consiste em um átomo de carbono que estabelece três ligações: com um
grupo β-D-tioglicose, um grupo sulfato e uma cadeia lateral, que diferencia
o tipo de glicosinolato “ (VERHOEVEN et al., 1997).
42. ÁCIDO ERÚCICO
• Ácido graxo monoinsaturado ω-9;
• O ácido erúcico é usado para a fabricação de produtos industriais como
surfactantes, lubrificantes de alta temperatura, plastificantes e
revestimentos de superfície (Friedt e L¸hs, 1998; Wang et al. 2003c);
• Causa lesões cardíacas com severa necrose;
• Lipidose;
• Anorexia.
43. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• GERON, L.J.V. et al. Caju, canola, cevada, cupuaçu e seus resíduos utilizados na
nutrição de ruminantes. PUBVET, Londrina, V. 7, N. 12, Ed. 235, Art. 1549, Junho,
2013.
• TOMM, G. O. Canola: alternativa de renda e benefícios para os cultivos
seguintes. Revista Plantio Direto, v.15, n.94, p. 4-8, 2006.
• http://repositorio.utfpr.edu.br
• 1º Levantamento - Safra 2017/18 – Grãos. Disponível em:
http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_10_16_16_34_39_gr
aos_outubro_2017.pdf . Acesso em: 13 de out. de 2017.
• https://www.alice.cnptia.embrapa
• http://www.cnpt.embrapa.br