2. Inseminação artificial em bovinos
IA – Deposição do sêmen no trato digital feminino,
p/ que o espermatozoide fecunde o óvulo.
1ª IA no Brasil – 1940;
Difusão comercial – década de 70;
IA – biotecnologia > impacto no melhoramento
animal.
3. Inseminação artificial em bovinos
Massificação da utilização de animais geneticamente
superiores;
Realização de programas de melhoramento de
Touros jovens reduzindo intervalo de gerações.
4. Vantagens da IA
1. Rápido melhoramento genético;
2. Cruzamento entre raças;
3. Uso de touros provados;
4. Controle de doenças transmissíveis via monta
natural;
5.Uso de touros com problemas;
6. Uso de touros após a morte.
5. Vantagens da IA
6. Aumento nº descendentes de um reprodutor;
7. Padronização do rebanho;
8. Melhor controle zootécnico do rebanho.
Vendas de sêmen:
1987 - 1,944 milhões;
2006 – 6.375 milhões (ASBIA).
6. Vantagens da IA
Vendas de sêmen:
2013 – Pouco mais 13 milhões;
2014 – 13.609.311
Crescimento de 4,49 %
Sendo:
59% gado de corte
41% gado de leite (ASBIA, 2014).
8. Inseminação artificial
4% fêmeas inseminadas no Brasil;
Não adoção da IA
Forma extensiva de criação;
Aumento das atividades diárias;
> Experiência nas práticas de manejo
Detecção de estro.
9. Inseminação artificial
Falhas e baixa fertilidade na IA:
Detecção de cio;
IA momentos inapropriados;
Baixa qualidade do sêmen;
Mortalidade embrionária.
10. Fatores levam bons resultados IA
Tamanho do rebanho:
nº fêmeas observadas – 300 vacas; FONSECA (1984).
Dividir o rebanho:
Matrizes com bezerros;
Matrizes sem bezerros.
11. Touro colheita de sêmen
Vagina artificial:
Amostras mais fidedignas;
> Concentração;
> nº de doses por ejaculado.
Eletroejaculação:
Forma de estimulação.
12. Biometria testicular
Variável importante na seleção de touros IA;
Perímetro escrotal – Fácil de ser colhido;
Está relacionado a ganhos genéticos rebanho;
PE – Favoravelmente associado a idade ao primeiro serviço ( r = -
0,32);
PE – Intervalo entre partos (r= -0,21) nas filhas de touros com >
PE ( TOLLE & ROBISON, 1985);
MARTINS FILHO & LOBO (1991), estimaram uma correlação
genética entre PE e idade a 1ª cria p/ gado Nelore de -0,44;
13. Biometria testicular
BOURDON & BRINKS (1986) fatores como:
Ambiente;
Idade;
Peso;
Tamanho corporal;
Idade da mãe ao primeiro parto;
Nível nutricional;
Grupo contemporâneo.
São fatores que afetam o PE.
14. Avaliação do sêmen congelado
Variações nos padrões seminais:
Fatores nutricionais;
Raciais;
Ambientais;
Farmacológicos;
Sanitários ou de manejo.
15. Avaliação do sêmen congelado
Touro em repouso sexual:
Hipóstase espermática;
Redução de motilidade, vigor, defeitos de cauda e
cabeça isolada;
Testes:
Concentração espermática;
Motilidade;
Vigor;
16. Avaliação do sêmen congelado
Morfologia;
Colorações supravitais;
Integridade da membrana plasmática;
Integridade acrossomal;
Integridade da cromatina (HAMMERSTEDT, 1996)
17. Avaliação do sêmen congelado
Testes funcionais:
Fertilização competitiva (heterospermia);
Iigação ou aderência a zona pelúcida (heteróloga
ou homóloga);
Integridade acrossomal;
Contagem de espermatozoide acessórios;
Penetração;
Fertilização IN VITRO.
18. Integridade da membrana plasmática
Peça intermediária e cauda espermática, os domínios
funcionais da membrana plasmática , estabilizados nas
células maduras.
Mudanças adicionais:
Durante o trânsito e amadurecimento epididimal em
razão de alterações nas cargas iônicas ligação a
lecitina, redistribuição molecular intramembranosa;
Fluidificação de alguns componentes fosfolipídicos,
Composição lipídica e proteica e ainda composição de
sítios (receptores)para adesão e adsorção de proteína.
19. Integridade da membrana plasmática
Característica entre espermatozoide vivos e mortos:
Perda de sua motilidade e integridade estrutural da
membrana plasmática.
Cauda do epidídimo – a superfície das
membranas espermáticas apresenta carga negativa;
após a ejaculação ao entrar em contato com o ambiente
externo as membranas tornam-se suscetíveis a
expressar cargas positivas ( VERES et al 1985).
Nessas condições, há intensa produção de peróxido de
hidrogênio pelo efeito das oxigenases, enzimas
neossintetizadas envolvidas nos processos lesivos ou
tóxicos celulares.
20. Integridade da membrana plasmática
Consequência da peroxidação lipídica:
Desestruturação dos ácidos graxos poli-insaturados;
Lesão estrutural;
Redução da motilidade e vigor espermático (TAYLOR,
2001).
Principais aspectos associados ao trânsito,
armazenamento e ejaculação dos espermatozoides
bovinos Figura 4 512
21. Integridade da membrana plasmática
Testes de laboratórios específicos p/ análises :
Condições estruturais da membrana plasmática;
Estimativa da reação acrossomal;
Incluídos no diagnóstico da viabilidade espermática (
RODRIGUES MARTINEZ et al. 1997)
A integridade da membrana plasmática.
Pode ser avaliada em microscopia de campo claro pelo
uso de corantes supravitais :
Eosin-nigrosin;
Eosin-anelineblue;
Trypan-blue (TARTAGLIONI & RITA, 2004)
22. Integridade da membrana plasmática
Estimativa de viabilidade do sêmen pós descongelação.
Figura 5 pg 518
23. Integridade da cromatina nuclear
Primeiros estudos sobre mudanças na organização do
núcleo espermático, nos bovinos (GLEDHILL 1966).
Heterogeneidade – Para expressar espermatozoide que
não apresentavam um carater normal por causa da
relação entre subfertilidade e baixa qualidade seminal
24. Integridade da cromatina nuclear
Fatores associados a anormalidade na cromatina
espermática:
Efeito de agentes tóxicos e patogênicos;
Mutação gênica e cromossomal;
Perda de termorregulação testicular.
25. Aspectos relacionados à fêmea
Manifestação do estro:
Gonadotrofinas – induzem a maturação folicular,
aumento na secreção de estradiol no início do
estro.
Estro:
inicia qualquer hora do dia ou da noite;
Duração variável;
26. Aspectos relacionados à fêmea
Manifestação do estro:
Raças europeias criadas em regiões de clima temperado,
duração do estro – 18 a 20 horas (HAFEZ 1997).
Temperatura ambiental baixa – diminuição na
manifestação de estro, Ovulação sem manifestação de estro e >
intervalos entre estro;
Temperatura de conforto zebuínos – média 16 a 27 °C;
Duração variável:
Raças zebuínas apresentam < período de manifestação de estro
quando comparados com animais de raças europeia (ALVES,
2001).
27. Detecção comportamento durante estro
Monta de outro animal;
Reflexo de imobilização a monta;
Vulva edemaciada;
Presença de muco de aspecto cristalino;
> Atividade de locomoção;
Agitação e elevação da cauda;
Redução na ingestão de alimentos;
Diminuição na produção de leite;
28. Detecção comportamento durante estro
Emissão frequente de mugidos;
Cheirar, lamber, cabecear, pressionar o queixo;
Tentar montar outros animais;
Tempo de manifestação é curto.
Observação pelo homem < taxa de detecção;
Taxa de 40% de detecção observação pelo homem;
Utilização de rufiões – taxa de 95 a 100%.
29. Detecção comportamento durante estro
WILLIANSON et al. (1972) observaram em torno
82,4% para detecção somente com visualização
humana, contra 95,8 % na detecção feita com a
utilização de rufiões;
Rufiões mais eficiente:
Homem utiliza só a visão;
Rufiões:
Visão, audição, olfato e gustação;
Permanece 24 horas no rebanho (FOOTE, 1974).
30. Detecção comportamento durante estro
Rufiões com buçal marcador – 100%.
Rufiões sem buçal marcador – 88 a 93% (DONALDSON,
1968) observação três vezes ao dia.
Frequência de observação:
Fator importante na detecção:
Uma observação diária – 50% de estros;
Duas observações – 80% de estros;
Quatro vezes ao dia – 95% de estros (GWAZDAUKAS et al.
(1983).
31. Detecção comportamento durante estro
FOOTE (1974) sugere:
Três períodos de observações diárias com duração mínima
de 30 minutos cada.
O manejo mais utilizado – Duas observações diárias
uma no início da manhã e outra no final da tarde, período
de observação de 40 minutos.
32. Detecção comportamento durante estro
Proporção de vacas Nelore que começaram (C), terminaram
(T), ou que começaram e terminaram (CT), o estro durante o
dia ou a noite.
C T CT
Noite 53,8 46,1 30,7
Dia 46,1 53,8 23,0
(PIRES et al, 2010)
33. Detecção comportamento durante estro
Elevada proporção de animais que começam e terminam o
cio durante a noite (PINHEIRO et al 1998).
34. Fatores que levam a baixa detecção de
cios
Condições extensivas:
Bovinos organiza-se em ordem social hierárquica;
Ordem permanece estável por longo período;
Dominância ocorre p/ diversos fatores:
Idade e peso dos animais;
Presença de chifres;
> tempo de permanência no rebanho ( ORIHUELA &
GALINA, 1997).
Formação de grupos sexualmente ativos;
35. Detecção comportamento durante estro
Quando duas ou mais fêmeas entram em cio
simultaneamente ;
Formam grupos que se afastam do rebanho e trocam monta
entre si;
Perde e recruta membros diariamente (CHENOWETH,
1983).
O grupo sexualmente ativo permanece visível ao macho que
é atraído pelo comportamento de monta dos animais.
36. Detecção comportamento durante estro
Literatura cita que bovinos tem preferência sexual por
animais geneticamente similares (CHENOWETH et al.
1996).
A expressão do estro pode ser reduzida se ocorrem
mudanças em um grupo de animais até mesmo quando o
ambiente é modificado com a movimentação do rebanho
nas pastagens (ORIHUELA & GALINA, 1997).
37. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Baixa taxa de prenhez é um dos principais fatores
limitantes ao uso da IA nos rebanhos comerciais
de gado de corte.
Dificuldade de manejo dos animais no período de
90 a 100 dias (chuvas);
Observação de estro e inseminação;
Taxa de prenhez IA – 50 a 60%;
IATF – IA sem observação de cio;
Protocolos:
38. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Protocolos hormonais:
Intra-auriculares ou intravaginais de longa ação;
Aplicações intramusculares de efeito rápido;
IA num período curto pré-determinado;
Vantagens:
Eliminação da observação de cio;
Concentração de partos em um período específico;
Altas taxas de prenhêz no início da estação de
monta;
Concentração de mão de obra;
39. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
IATF realizada adequadamente = 50% das fêmeas
emprenham com uma IA;
Principais protocolos:
Prostaglandinas (PGF):
Causa regressão do corpo lúteo (maduro);
Resposta ao tratamento 5 a 8 dias após o cio;
CL nesse período não está receptivo a prostaglandina.
40. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Vários protocolos com (PGF).
Administrada somente uma dose:
70% das vacas que estavam ovulando deve entrar
em cio;
Palpação retal – CL aparente normal deve aumentar
a proporção das vacas que vão entrar em cio;
Devidos a erro na detecção de cio 75% das vacas
tratadas são detectadas em cio (ODDE,1990)
41. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Protocolo mais utilizado - duas aplicações de 11
dias;
Problemas de protocolo com prostaglandina: é a
baixa fertilidade dos esquemas IATF;
Se deve ao intervalo do tratamento até a ovulação
sendo influenciado pelo estágio do folículo
dominante no momento do tratamento;
Folículo dominante em crescimento ou estática
temporária – Novilhas entram em cio 48 a 60 horas
após o tratamento e ovulam 28 a 30 horas depois
(KASTELIC & GINTHER, 1991)
42. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Folículo em fase de regressão – Folículo dominante
da próxima onda será ovulatório e os animais
entrarão em cio de 5 a 7 dias após o tratamento.
Importante – Sincronizar o desenvolvimento do
folículo, para que todos os animais tenha um
folículo em crescimento com capacidade de ovular
no momento da administração de (PGF).
43. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Combinações de progestágenos e Estrógenos
Compostos similares a progesterona.
Progestágenos de aplicação oral:
Acetato de Melengestrol (MGA);
Implantes subcutâneo de Norgestomet (Syncro-
Mate-B e Crestar);
Dispositivos intravaginais com progesterona (CDR-
B e PRID)
44. Inseminação artificial em tempo fixo -
IATF
Baixa taxa de prenhez é um dos principais fatores
limitantes ao uso da IA nos rebanhos comerciais de gado de
corte.