O documento discute a importância da criação e produção cultural. Aponta que criar é um ato de resistência contra discursos impostos e que permite transformar a realidade. Também ressalta a importância de publicar o que se cria para permitir novos olhares e aprendizados, e sugere blogs, redes sociais e fanzines como opções de baixo custo.
2. sabe-se bem que não se tem o direito de dizer tudo,
que não se pode falar de tudo em qualquer circunstância,
que qualquer um, enfim, não pode falar de qualquer coisa
assim o disse Witold Gombrowicz
apud CERTEAU, 2008, p.53 (citado por MIRANDA e LIMA, 2010, p. 62)
3. Yuri
Amaral
+ Professor mestrando
+ Comunicólogo
+ Publicitário
+ Quadrinhista e ilustrador
twitter: @yu_amaral
flickr.com/yuamaral
slideshare.com/yuamaral
fev/2015
4. o que
já produzi
+ desenhar
+ histórias em quadrinhos
- tirinhas (on e off)
- hqs (on e off)
- o menino que não sabia voar
+ eventos
- encontros de ilustradores
- cursos e oficinas
- animefoz
+ impressos
- revista jump
- zine jump
+ blogs
- estudioyabai.wordpress.com
- yuamaral.wordpress.com
- euemorfeu.wordpress.com
6. A produção do discurso é, para Foucault (1996, p. 9), controlada,
selecionada, organizada e redistribuída por certo número de procedimentos.
Esses procedimentos mesclam intenções, desejos e poderes, transformando
o discurso em um potente instrumento de controle ou libertação.
7. Para Félix Guattari é necessário “inventar um modo de produção cultural
que quebre radicalmente os esquemas atuais de poder (...), esquemas de que
dispõe o Estado atualmente, através de seus equipamentos
coletivos e de sua mídia.” (apud Galvão, 2010, p. 91)
9. empoderamento e apropriação
dos meios de produção e divulgação
como afirma Mairesse (apud Lima e Miranda, 2010, p. 49)
o dizer, o contar é uma arte do fazer, do produzir e do transformar
uma realidade que já existe em função do que outrora foi falado.
10. criar é um ato de resistência
em meio a tantos discursos impostos
11. o caráter contra-discursivo do fazer estará
presente independente da consciência do
autor sobre a potência de sua criação
27. O fanzine é, para Moraes (2010, p. 66), o ato de dar sentido a um sentimento, uma atitude
sóbria, racional e reflexiva de criar significados a partir de uma "explosão". Ele continua,
questionando o que poderia causar essa explosão, respondendo ao seu próprio
questionamento com outra pergunta: você já parou pra pensar no mundo em que você vive?
A maneira como você e as pessoas ao seu redor se comportam? (2010, p. 67).
34. Ao publicar, você permite que outras visões, diferentes da família e dos amigos e,
principalmente, da sua, mostrem coisas que você não viu. O conflito de opiniões se
torna positivo pois acusa pontos fortes e fracos, incentivando - ou não - o aprendizado.
45. FOUCAULT, Michel; A Ordem do Discurso. Edições Loyola : São Paulo, 1996.
GONDAR, Jô; DODEBEI, Vera; O que é memória social?. Programa de Pós-graduação em Memória Social da Universidade Fed-
eral do Estado do Rio de Janeiro : Rio de Janeiro, 2005.
MARANHÃO, Renata Queiroz; Fanzines na escola: convite à experimentação. Fortaleza : EdUece, 2012.
MUNIZ, Cellina [organizadora]; Fanzines: Autoria, Subjetividade e Invenção de Si. Fortaleza : Edições UFC, 2010.
SANTAELLA, Lucia; Produção de Linguagem e Ideologia; São Paulo : Ed. Cortez, 1980.
SILVA, Tomaz Tadeu da [organizador]; Stuart Hall, Kathryn Woodward; Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos cul-
turais. Petrópolis, RJ : Vozes, 2000.