O documento discute os impactos do neoliberalismo na marginalização de jovens e populações pobres. Apresenta os pilares da educação para o século 21 e defende que a educação deve capacitar os jovens e promover sua inclusão social através do protagonismo juvenil. Também discute conceitos de adolescência e juventude e o papel da escola na mobilização social.
2. Implicações Psicológica de
Alienação contra a Juventude
Os oito (8) pecados mortais do
homem civilizado – Konrad
Lorenz
Superpovoamento urbano.
Devastação do espaço vital.
Morte do calor humano.
Decadência genética
Ruptura da tradição.
3. Cenário Social de junções políticas
contra a Escola
A Face do Neoliberalismo
A sociedade internacional para o
desenvolvimento – SID, controlada pelo
Banco Mundial e poderosos
organismos oficiais, vem fortalecendo a
política neoliberal em todo o planeta
como eixo e doutrina da nova ordem
mundial.
4. A Face do Neoliberalismo
O Neoliberalismo que preconiza a
oligarquia, significa mais
empobrecimento e precariedade para a
maioria dos trabalhadores, e mais
riqueza para uns poucos grupos
transnacionais, monopólios
intervencionistas e intermediários que
controlam os recursos e os mercados.
5. O controle da economia
Hoje 243 pessoas controlam mais de
50% da riqueza mundial, e das 200
maiores empresas que existem, 191
pertencem a 10 países.
6. Objetivos do Neoliberalismo
O objetivo do Neoliberalismo não é a
coesão social ou estado de bem-estar
social, senão a fratura social com as
suas seqüelas como a marginalização,
as drogas, a delinqüência juvenil e o
empobrecimento da classe média, e a
miséria das populações marginais.
7. A Realidade da
Marginalização
Por detrás dessa política neoliberal de
empobrecimento em massa da
população, nunca houve mais pobres
no planeta.
8. A correia de transmissão da
Marginalização
Descobrimos a presença de
organismos mundiais alheios aos
interesses da maioria que constituem
um vedadeiro governo de fato, como o
Banco Mundial, o FMI, o BIRD, O G7, o
Tratado de Libre Comércio, o Mercosul,
OTAN, União Européia, que servem
como correias de transmissão da
política excludente do Neoliberalismo.
9. A Tirania de imposição da
Marginalização
Esses organismos e os interesses que as controlam
dedicam-se a impor aos governos do mundo as
medidas sócio-econômicas e estruturais que não
ousam impor nos seus países respectivos, com o
objetivo de eliminar travas para a livre acumulação
do capital, usando falsos conceitos de
“competividade”, para escravizar as pessoas de
qualquer povo do mundo, e difundem outros
eufemismos que disfarçam o rosto voraz da sua
política, controlando e manipulando os meios de
comunicação.
10. Implicações da crise financeira
internacional nos USA/2008
A tônica dos neoliberais é de incrementar
uma campanha ant-trabalhista , em que todo
o potencial econômico é para salvar o
sistema financeira internacional, que ameaça
de recessão o planeta, para salvar o capital
que sempre esteve à serviço dos ricos, em
detrimento da espoliação, da exploração e do
aniquilamento da população marginalizada.
11. Marginalização, pobreza, miséria
e caos social
Converte-se em lucro como uma idolatria dos
benefícios e como o principal motor da economia, e
em consequência, 800 milhões de pessoas morrem
de fome, os 200 milhões de menores permanecem
em trabalho escravo, os 1.100 milhões de
desempregados e marginalizados se espalham em
todo o planeta em que predomina a xenofobia, o
racismo, a esterilização forçosa de milhares de
mulheres, a venda de armas a estados genocídios, a
quebra dos direitos humanos e o fim de estado de
direito que protege a cidadania.
12. O enfrentamento à Marginalização
através da Educação
Os Grupos de Riscos na Sociedade.
O repensando a filosofia da Educação
Educação para a formação e
emancipação social.
Educação e Cidadania.
Educação para formatar a juventude
como massa crítica na atual conjuntura
social.
13. Qual a visão que temos dos jovens?
“[A adolescência] é um período de transição é complicada pois o
adolescente não é criança nem adulto, é um problema. É um
momento de indefinição, quer conquistar uma identidade mas é
difícil.” (Profissional da área de Reeducação)
“A adolescência é um período de formação dos próprios valores,
da identidade, período onde as escolhas devem ser tomadas
[...] se caracteriza pelas transformações [...] É um período de
muitas contradições [...] Essa é a essência de todas as classes
sociais. Há mudanças no que diz respeito à liberdade e à
sexualidade.” (Profissional de Consultório Particular)
14. Qual a visão que temos dos jovens?
“É um período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso,
caracterizado por fricções com o meio familiar e o ambiente
circundante. Este quadro é com freqüência confundido com a crise
e estados patológicos, o que alarma o adulto e a buscar soluções
equivocadas.” (Aberastury, 180:16)
“A adolescência é uma etapa evolutiva peculiar do ser humano...
Até há algum tempo atrás, a adolescência era considerada
meramente uma etapa de transição entre a infância e a idade
adulta [...] Nas últimas décadas, contudo, a adolescência vem
sendo considerada o momento crucial de desenvolvimento do
indivíduo...” (Osório, 1989:10)
15. Concepções da adolescência
Etapa – características típicas da idade
Processo – parte do desenvolvimento
Inerente – inata, inevitável a natureza do homem
Construção social – depende das relações
sociais estabelecidas
16. Adolescência, crise e identidade
Puberdade ao conjunto de modificações
físicas que transforma o corpo infantil,
durante a segunda década de vida, em corpo
adulto, capacitando para a reprodução.
Adolescência um período psicossociológico
que se prolonga por vários anos,
caracterizado pela transição entre a infância
e a adultez
17. Adolescência e Juventude
Adolescência (no campo da psicologia e da
psicanálise) singularidade do sujeito – toma-
se o indivíduo como ser psíquico, pautado
pela realidade que constrói e por sua
experiência subjetiva.
Juventude é mais usada na história e
sociologia – priorizam a leitura do coletivo –
como corpo social determinado pelo contexto
do qual faz parte e que é resultado da
história que o precede.
19. O adolescente se posiciona frente a
questões de três ordens:
no nível sexual
em seus posicionamentos no universo
familiar
na formulação de uma ética que
sustente suas escolhas e ações
(Ruffino).
20. Ritos de passagem
“Os ritos de responsabilidade social e de pertinência
religiosa presentes em cada sociedade são
reveladores de como a criança e o adolescente são
considerados e investidos pelos adultos durante o
desenvolvimento e formação de sua identidade.”
(Levinsky)
O simbólico não só antecede a constituição do sujeito,
como é o que permite, pois, como lei da cultura, se
encontra desde o princípio como mediador entre o
ser que nasce e o outro que a ele se vincula.
22. Tipos de projetos da
Educação Popular
Culturais (música, arte,etc.)
Sócio Educativos
Profissionalizantes (formação para um
emprego ou área de trabalho)
Prevenções
Proteção
23. Habilidades para a Inclusão
Social
Comunicação ou habilidades interpessoais: capacidade de se
expressar e se comunicar com pessoas de diferentes origens sociais,
econômicas ou culturas.
Gerenciamento de conflitos: habilidade de gerenciar conflito com e
entre os outros e também de gerenciar sua própria agressividade ou
raiva.
Contribuição: A capacidade de olhar para além de si mesmo e
contribuir de maneira mais ampla na sua comunidade.
Cooperação: habilidade de trabalhar em grupo, com compromisso ou
liderança.
Pensamento criativo: habilidade de desenvolver soluções
inovadoras e criativas para desafios e problemas.
24.
Pensamento crítico: habilidade de fazer perguntas,
questionar e desafiar informações, situações e
autoridades.
Habilidades de identificação: habilidade de se
relacionar com os outros de forma profunda e não
apenas superficialmente.
Gerenciamento de emoções: habilidade de lidar com
suas próprias emoções e sentimentos e de expressa-
los. (educação emocional)
Habilidades para vida
25.
Respeito por si próprio e pelos outros (entendimento
e tolerância cultural)
Responsabilidade: habilidade de gerenciar sua própria
vida, estar disponível para outras pessoas e de assumir
responsabilidade por coisas e pessoas.
Autoconfiança: qualidade necessária para fazer
escolhas conscientes, resistir às pressões de seus
colegas e desenvolver um caráter forte.
Habilidades para vida
27. Aprender a Conhecer:
"Combinando uma cultura geral
suficientemente vasta, com a possibilidade
de trabalhar em profundidade um pequeno
número de matérias. O que significa
aprender a aprender, para beneficiar-se das
oportunidades oferecidas pela educação ao
longo de toda a vida."
28. Aprender a Fazer:
“Não somente para adquirir uma qualificação
profissional, mas, duma maneira mais ampla,
competências que tomem a pessoa apta a enfrentar
numerosas situações e trabalhar em equipe. Mas,
também, aprender a fazer, no âmbito das diversas
experiências sociais ou de trabalho que se oferecem
aos adolescentes e jovens, quer espontaneamente,
fruto do contexto local ou nacional, quer
formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino
alternado com o trabalho."
29. Aprender a conviver:
"Desenvolvendo a compreensão do
outro e a percepção das
interdependências - realizar projetos
comuns e preparar-se para gerir
conflitos - no respeito pelos valores do
pluralismo, da compreensão mútua e
da paz".
30. Aprender a Ser:
"Para melhor desenvolver a sua
personalidade e estar à altura de agir com
cada vez melhor capacidade de autonomia,
de discernimento e de responsabilidade
pessoal. Para isso, não negligenciar na
educação nenhuma das capacidades de
cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido
estético, capacidades físicas e aptidão para
comunicar."
32. Códigos da Modernidade
Domínio da leitura e da escrita
Capacidade de fazer cálculos e de
resolver problemas
Capacidade de analisar, sintetizar e
interpretar dados, fatos e situações
Capacidade de compreender e atuar em
seu entorno social
33. Receber criticamente os meios de
comunicação;
Capacidade para localizar, acessar e usar
melhor a informação acumulada;
Capacidade de planejar, trabalhar e
decidir em grupo.
Códigos da Modernidade
34. Protagonismo Juvenil
A palavra protagonismo vem do grego. Proto
significa o primeiro, o principal. Agon significa luta.
Agoniste significa lutador. Protagonista, portanto,
era o termo que designava o lutador principal de um
torneio.
Protagonismo juvenil designa a participação
de adolescentes atuando como parte da solução,
e não do problema, no entanto de situações reais
na escola, na comunidade e na vida social mais
ampla. (A. C. G. da Costa)
35. Pedagogia da Inclusão Social
Metodologia de trabalho cooperativo
Educando
Ver o jovem como parte da solução, e não como
problema.
Ver o jovem como fonte , e não como receptáculo.
Direcionar-se para o jovem que queremos, e não
para o jovem que não queremos.
Atuam na construção e implementação de soluções
para problemas reais
Fonte de iniciativa(ação), Liberdade (opção) e
Compromisso (responsabilidade)
36. Educador é:
Um líder
Um organizador
Um co-criador de acontecimentos
junto aos jovens
Ações do Educador Inclusivo
Metodologia de trabalho cooperativo
37. A Função Social da Escola
A Escola como Instituição Social
A Escola e as mudanças sociais
A Escola e o controle social
A Escola e a mobilização social.
38. O Educador Social
Cruzada de mobilização social face aos
problemas sociais urbanos que
comprometem a qualidade de vida e
vitimizam as crianças, adolescentes e
jovens.
O perfil do Educador Social
39. Considerações Finais
O presente estudo não se esgota aqui,
mas serve como ponto de partida para a
continuidade das discussões, e de
aprofundamento das questões sociais ,
promovendo novas reflexões que nos
fazem tomar posição face o momento
complexo que vivemos nos últimos dias.
AGRADEÇO PELA ATENÇÃO
AO ASSUNTO.
40. Referências
MAY, Rollo. O homem à procura de si
mesmo. Petrópolis, Vozes, 1998.
LORENZ, Konrad. A Demolição do
Homem. São Paulo: Brasiliense, 1990.
LORENZ, Konrad. Os oito pecados
mortais do homem civilizado. São
Paulo: Brasiliense, 1990.
TAVARES FILHO, Thomé E. Padrões de
Valores e Expectativas de Futuro de
Menores Marginalizados em Manaus.
Manaus: EDUA, 2002.
41. Referências
BAUMAN, Zygmunt. Globalização. As
consequências humanas. Rio de Janeiro;
Zahar, 1999.
MALAGUITI, Manoel Luiz e Organizadores: A
quem percence o amanhã? São Paulo:
Loyola, 2000.
WARREN, Ilse Scherer e organizadores.
Transformações Sociais e Dilemas da
Globalização. São Paulo: Cortez, 2002.