SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  23
O despertar da civilização
 
 
Mesopotâmia, região entre rios Rio Eufrates Rio Tigre Muito do que consideramos natural no mundo moderno tem suas origens nessa civilização: os alimentos, os tijolos para a construção, os veículos de rodas e a utilização da linguagem escrita.
Chamadas de sociedades hidráulicas, as civilizações da Mesopotâmia fizeram uso de técnicas de engenharia para aproveitar os recursos fluviais.
Modo de produção asiático: baseado na agricultura, em mão-de-obra escrava ou na servidão coletiva e dependente de recursos hídricos.
Escrita criada pelos sumérios, para atender necessidades cotidianas, é conhecida como cuneiforme.
Religião politeísta: deuses representados com a forma humana, simbolizavam as forças da natureza e dos astros do céu. Os deuses eram exigentes e temíveis. Os mesopotâmicos não se preocupavam com a vida além-túmulo.
Arquitetura: devido a ausência de pedras, empregaram tijolos de barro. Restaram apenas vestígios e alguns Zigurates.
O tijolo de barro tem muitas vantagens. Ele pode ser usado imediatamente, a sua fabricação é barata e a utilização fácil. Dá solidez às estruturas e é um bom isolante. No entanto, sofre facilmente a erosão provocada pela água e necessita de manutenção periódica.
barro + palha +  água = adobe (tijolo)
O Código de Hamurabi é considerado um dos primeiros códigos de leis do mundo. Dividia a sociedade em três grupos distintos: homens livres privilegiados (proprietários), homens livres sem propriedades e os escravos, prisioneiros de guerra ou devedores. Abordava os mais variados assuntos relativos à vida cotidiana: regulamentava profissões; normas sobre o casamento; assistência às viúvas, aos órfãos, aos pobres etc. É mais conhecido por estabelecer o princípio da retaliação: pena de talião, resumida na expressão “olho por olho, dente por dente”. Uma das estelas do Código de Hamurabi.
Quando Anu o Sublime, Rei dos Anunaki, e Bel, o senhor dos céus e da terra, que decretaram o destino da terra, assinalaram a Marduk , o todo-poderoso filho de Ea, deus de tudo o que é direito, o domínio sobre a humanidade, fazendo dele grande entre os Igigi, eles chamaram a Babilônia por seu nome ilustre, fizeram-na grande na terra, e fundaram nela um reino perene, cujas fundações são tão sólidas quanto as do céu e da terra; então, Anu e Bel chamaram por meu nome, Hamurabi, o príncipe exaltado, que temia a deus, para  trazer a justiça na terra, destruir os maus e criminosos, para que os fortes não ferissem os fracos ; para que eu dominasse os povos das cabeças escuras como Shamash, e  trouxesse esclarecimento à terra, para assegurar o bem-estar da humanidade .
1. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte.  2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador.
21. Se alguém arrombar uma casa, ele deverá ser condenado à morte na frente do local do arrombamento e ser enterrado.  22. Se estiver cometendo um roubo e for pego em flagrante, então ele deverá ser condenado à morte. 25. Se acontecer um incêndio numa casa, e alguns daqueles que vierem acudir para apagar o fogo esticarem o olho para a propriedade do dono da casa e tomarem a propriedade deste, esta(s) pessoa(s) deve(m) ser atirada(s) ao mesmo fogo que queima a casa.
128. Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será esposa dele. 129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d'água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. 130. Se um homem violar a esposa (prometida ou esposa-criança) de outro homem, o violador deverá ser condenado à morte, mas a esposa estará isenta de qualquer culpa.
142. Se uma mulher brigar com seu marido e disser "Você não é compatível comigo", as razões do desagrado dela para com ele devem ser apresentadas. Caso ela não tiver culpa alguma e não houver erro de conduta no seu comportamento, ela deverá ser eximida de qualquer culpa. Se o marido for negligente, a mulher será eximida de qualquer culpa, e o dote desta mulher deverá ser devolvido, podendo ela voltar para casa de seu pai. 143. Se ela não for inocente, mas deixar seu marido e arruinar sua casa, negligenciando seu marido, esta mulher deverá ser jogada na água.
209. Se um homem bater numa mulher livre e ela perder o filho que estiver esperando, ele deverá pagar 10 shekels pela perda dela.  210. Se a mulher morrer, a filha deste homem deve ser condenada à morte. 211. Se uma mulher de classe livre perder seu bebê por terem batido nela, a pessoa que bateu deverá pagar cinco shekels em dinheiro à mulher. 212. Se esta mulher morrer, ele deverá pagar 1/2 mina.  213. Se ele bater na criada de um homem, e ela perder seu bebê, ele deverá pagar 2 shekels em dinheiro. 214. Se esta criada morrer, ele deverá pagar 1/3 de mina.
215. Se um médico fizer uma grande incisão com uma faca de operações e curar o paciente, ou se ele abrir um tumor (em cima do olho) com uma faca de operações, e salvar o olho, o médico deverá receber 10 shekels em dinheiro. 216. Se o paciente for um homem livre, ele receberá cinco shekels.  217. Se ele for o escravo de alguém, seu proprietário deve dar ao médico 2 shekels.
218. Se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, ou abrir um tumor com uma faca de operações e cortar o olho, suas mãos deverão ser cortadas. 219. Se um médico fizer uma larga incisão no escravo de um homem livre, e matá-lo, ele deverá substituir o escravo por outro. 221. Se um médico curar um osso quebrado ou uma parte maleável do corpo humano, o paciente deverá pagar ao médico cinco shekels em dinheiro. 222. Se ele for um homem libertado, ele deverá pagar três shekels. 223. Se ele for um escravo, seu dono deverá pagar ao médico dois shekels.
228. Se um construtor construir uma casa para outrem e completá-la, ele deverá receber dois shekels em dinheiro por cada sar de superfície. 229 Se um construtor construir uma casa para outrem, e não a fizer bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor deverá ser condenado à morte. 230. Se morrer o filho do dono da casa, o filho do construtor deverá ser condenado à morte. 231. Se morrer o escravo do proprietário, o construtor deverá pagar por este escravo ao dono da casa.
232. Se perecerem mercadorias, o construtor deverá compensar o proprietário pelo que foi arruinado, pois ele não construiu a casa de forma adequada, devendo reerguer a casa às suas próprias custas. 233. Se um construtor construir uma casa para outrem, e mesmo a casa não estando completa, as paredes estiveram em falso, o construtor deverá às suas próprias custas fazer as paredes da casa sólidas e resistentes.
CRONOLOGIA POLÍTICA 8500 a.C. – sumérios: organização complexa, criação do funcionário público e necessidade de controle administrativo. 4000 a.C. – organização em cidades-estado, núcleos humanos autogovernados. 2350 a.C. – rei Sargão unifica diversas cidades, formando o Primeiro Império Mesopotâmico, que é destruído um pouco mais tarde. 1750 a.C. – rei babilônico Hamurabi unifica a região, surge o Primeiro Império Babilônico. Após sua morte, decadência. 1200 a.C. – assírios dominam a região. Formaram um exército disciplinado. 612 a.C. – Império assírio é destruído pelos babilônicos que formam o Segundo Império Babilônico, com o rei Nabucodonosor. Expande as fronteiras até Jerusalém (cativeiro dos judeus). Após sua morte, decadência. 539 a.C. – o Império Babilônico chega ao fim com a conquista da região pelos persas.

Contenu connexe

Plus de Carlos Zaranza

O ciclo do ouro durante o período colonial brasileiro
O ciclo do ouro durante o período colonial brasileiroO ciclo do ouro durante o período colonial brasileiro
O ciclo do ouro durante o período colonial brasileiro
Carlos Zaranza
 
História do cinema brasileiro - apostila
História do cinema brasileiro -  apostilaHistória do cinema brasileiro -  apostila
História do cinema brasileiro - apostila
Carlos Zaranza
 
História da Música Brasileira
História da Música BrasileiraHistória da Música Brasileira
História da Música Brasileira
Carlos Zaranza
 

Plus de Carlos Zaranza (20)

O ciclo do ouro durante o período colonial brasileiro
O ciclo do ouro durante o período colonial brasileiroO ciclo do ouro durante o período colonial brasileiro
O ciclo do ouro durante o período colonial brasileiro
 
O movimento abolicionista durante o império brasileiro
O movimento abolicionista durante o império brasileiroO movimento abolicionista durante o império brasileiro
O movimento abolicionista durante o império brasileiro
 
Retrabalho Inove 2018
Retrabalho Inove 2018Retrabalho Inove 2018
Retrabalho Inove 2018
 
Império Carolíngio - os francos
Império Carolíngio -  os francosImpério Carolíngio -  os francos
Império Carolíngio - os francos
 
Sociedade mineradora
Sociedade mineradoraSociedade mineradora
Sociedade mineradora
 
Brasil - a marcha da colonização da América portuguesa 2016
Brasil - a marcha da colonização da América portuguesa 2016Brasil - a marcha da colonização da América portuguesa 2016
Brasil - a marcha da colonização da América portuguesa 2016
 
Africanos no Brasil - dominação e resistência
Africanos no Brasil - dominação e resistênciaAfricanos no Brasil - dominação e resistência
Africanos no Brasil - dominação e resistência
 
8 ano 2 tri P2 revisaço com gabarito discursivas
8 ano  2 tri P2 revisaço com gabarito discursivas8 ano  2 tri P2 revisaço com gabarito discursivas
8 ano 2 tri P2 revisaço com gabarito discursivas
 
8o ano história 2 trimestre p2 revisaço sem gabarito
8o ano história 2 trimestre p2 revisaço sem gabarito8o ano história 2 trimestre p2 revisaço sem gabarito
8o ano história 2 trimestre p2 revisaço sem gabarito
 
Revolução industrial texto de aprofundamento
Revolução industrial   texto de aprofundamentoRevolução industrial   texto de aprofundamento
Revolução industrial texto de aprofundamento
 
Revolução industrial texto de aprofundamento
Revolução industrial   texto de aprofundamentoRevolução industrial   texto de aprofundamento
Revolução industrial texto de aprofundamento
 
Revolução industrial atividade revisão
Revolução industrial   atividade revisãoRevolução industrial   atividade revisão
Revolução industrial atividade revisão
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
4 bim ativ interventiva - gabarito
4 bim ativ interventiva - gabarito4 bim ativ interventiva - gabarito
4 bim ativ interventiva - gabarito
 
História do cinema brasileiro - apostila
História do cinema brasileiro -  apostilaHistória do cinema brasileiro -  apostila
História do cinema brasileiro - apostila
 
Cinema brasileiro
Cinema brasileiroCinema brasileiro
Cinema brasileiro
 
Desenrolando o Egito
Desenrolando o EgitoDesenrolando o Egito
Desenrolando o Egito
 
História da Música Brasileira
História da Música BrasileiraHistória da Música Brasileira
História da Música Brasileira
 
Mesopotamia
MesopotamiaMesopotamia
Mesopotamia
 
Ariano Suassuna
Ariano SuassunaAriano Suassuna
Ariano Suassuna
 

Dernier

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Dernier (20)

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 

Mesopotâmia - www.carloszaranza.com

  • 1. O despertar da civilização
  • 2.  
  • 3.  
  • 4. Mesopotâmia, região entre rios Rio Eufrates Rio Tigre Muito do que consideramos natural no mundo moderno tem suas origens nessa civilização: os alimentos, os tijolos para a construção, os veículos de rodas e a utilização da linguagem escrita.
  • 5. Chamadas de sociedades hidráulicas, as civilizações da Mesopotâmia fizeram uso de técnicas de engenharia para aproveitar os recursos fluviais.
  • 6. Modo de produção asiático: baseado na agricultura, em mão-de-obra escrava ou na servidão coletiva e dependente de recursos hídricos.
  • 7. Escrita criada pelos sumérios, para atender necessidades cotidianas, é conhecida como cuneiforme.
  • 8. Religião politeísta: deuses representados com a forma humana, simbolizavam as forças da natureza e dos astros do céu. Os deuses eram exigentes e temíveis. Os mesopotâmicos não se preocupavam com a vida além-túmulo.
  • 9. Arquitetura: devido a ausência de pedras, empregaram tijolos de barro. Restaram apenas vestígios e alguns Zigurates.
  • 10. O tijolo de barro tem muitas vantagens. Ele pode ser usado imediatamente, a sua fabricação é barata e a utilização fácil. Dá solidez às estruturas e é um bom isolante. No entanto, sofre facilmente a erosão provocada pela água e necessita de manutenção periódica.
  • 11. barro + palha + água = adobe (tijolo)
  • 12. O Código de Hamurabi é considerado um dos primeiros códigos de leis do mundo. Dividia a sociedade em três grupos distintos: homens livres privilegiados (proprietários), homens livres sem propriedades e os escravos, prisioneiros de guerra ou devedores. Abordava os mais variados assuntos relativos à vida cotidiana: regulamentava profissões; normas sobre o casamento; assistência às viúvas, aos órfãos, aos pobres etc. É mais conhecido por estabelecer o princípio da retaliação: pena de talião, resumida na expressão “olho por olho, dente por dente”. Uma das estelas do Código de Hamurabi.
  • 13. Quando Anu o Sublime, Rei dos Anunaki, e Bel, o senhor dos céus e da terra, que decretaram o destino da terra, assinalaram a Marduk , o todo-poderoso filho de Ea, deus de tudo o que é direito, o domínio sobre a humanidade, fazendo dele grande entre os Igigi, eles chamaram a Babilônia por seu nome ilustre, fizeram-na grande na terra, e fundaram nela um reino perene, cujas fundações são tão sólidas quanto as do céu e da terra; então, Anu e Bel chamaram por meu nome, Hamurabi, o príncipe exaltado, que temia a deus, para trazer a justiça na terra, destruir os maus e criminosos, para que os fortes não ferissem os fracos ; para que eu dominasse os povos das cabeças escuras como Shamash, e trouxesse esclarecimento à terra, para assegurar o bem-estar da humanidade .
  • 14. 1. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte. 2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador.
  • 15. 21. Se alguém arrombar uma casa, ele deverá ser condenado à morte na frente do local do arrombamento e ser enterrado. 22. Se estiver cometendo um roubo e for pego em flagrante, então ele deverá ser condenado à morte. 25. Se acontecer um incêndio numa casa, e alguns daqueles que vierem acudir para apagar o fogo esticarem o olho para a propriedade do dono da casa e tomarem a propriedade deste, esta(s) pessoa(s) deve(m) ser atirada(s) ao mesmo fogo que queima a casa.
  • 16. 128. Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será esposa dele. 129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d'água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. 130. Se um homem violar a esposa (prometida ou esposa-criança) de outro homem, o violador deverá ser condenado à morte, mas a esposa estará isenta de qualquer culpa.
  • 17. 142. Se uma mulher brigar com seu marido e disser "Você não é compatível comigo", as razões do desagrado dela para com ele devem ser apresentadas. Caso ela não tiver culpa alguma e não houver erro de conduta no seu comportamento, ela deverá ser eximida de qualquer culpa. Se o marido for negligente, a mulher será eximida de qualquer culpa, e o dote desta mulher deverá ser devolvido, podendo ela voltar para casa de seu pai. 143. Se ela não for inocente, mas deixar seu marido e arruinar sua casa, negligenciando seu marido, esta mulher deverá ser jogada na água.
  • 18. 209. Se um homem bater numa mulher livre e ela perder o filho que estiver esperando, ele deverá pagar 10 shekels pela perda dela. 210. Se a mulher morrer, a filha deste homem deve ser condenada à morte. 211. Se uma mulher de classe livre perder seu bebê por terem batido nela, a pessoa que bateu deverá pagar cinco shekels em dinheiro à mulher. 212. Se esta mulher morrer, ele deverá pagar 1/2 mina. 213. Se ele bater na criada de um homem, e ela perder seu bebê, ele deverá pagar 2 shekels em dinheiro. 214. Se esta criada morrer, ele deverá pagar 1/3 de mina.
  • 19. 215. Se um médico fizer uma grande incisão com uma faca de operações e curar o paciente, ou se ele abrir um tumor (em cima do olho) com uma faca de operações, e salvar o olho, o médico deverá receber 10 shekels em dinheiro. 216. Se o paciente for um homem livre, ele receberá cinco shekels. 217. Se ele for o escravo de alguém, seu proprietário deve dar ao médico 2 shekels.
  • 20. 218. Se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, ou abrir um tumor com uma faca de operações e cortar o olho, suas mãos deverão ser cortadas. 219. Se um médico fizer uma larga incisão no escravo de um homem livre, e matá-lo, ele deverá substituir o escravo por outro. 221. Se um médico curar um osso quebrado ou uma parte maleável do corpo humano, o paciente deverá pagar ao médico cinco shekels em dinheiro. 222. Se ele for um homem libertado, ele deverá pagar três shekels. 223. Se ele for um escravo, seu dono deverá pagar ao médico dois shekels.
  • 21. 228. Se um construtor construir uma casa para outrem e completá-la, ele deverá receber dois shekels em dinheiro por cada sar de superfície. 229 Se um construtor construir uma casa para outrem, e não a fizer bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor deverá ser condenado à morte. 230. Se morrer o filho do dono da casa, o filho do construtor deverá ser condenado à morte. 231. Se morrer o escravo do proprietário, o construtor deverá pagar por este escravo ao dono da casa.
  • 22. 232. Se perecerem mercadorias, o construtor deverá compensar o proprietário pelo que foi arruinado, pois ele não construiu a casa de forma adequada, devendo reerguer a casa às suas próprias custas. 233. Se um construtor construir uma casa para outrem, e mesmo a casa não estando completa, as paredes estiveram em falso, o construtor deverá às suas próprias custas fazer as paredes da casa sólidas e resistentes.
  • 23. CRONOLOGIA POLÍTICA 8500 a.C. – sumérios: organização complexa, criação do funcionário público e necessidade de controle administrativo. 4000 a.C. – organização em cidades-estado, núcleos humanos autogovernados. 2350 a.C. – rei Sargão unifica diversas cidades, formando o Primeiro Império Mesopotâmico, que é destruído um pouco mais tarde. 1750 a.C. – rei babilônico Hamurabi unifica a região, surge o Primeiro Império Babilônico. Após sua morte, decadência. 1200 a.C. – assírios dominam a região. Formaram um exército disciplinado. 612 a.C. – Império assírio é destruído pelos babilônicos que formam o Segundo Império Babilônico, com o rei Nabucodonosor. Expande as fronteiras até Jerusalém (cativeiro dos judeus). Após sua morte, decadência. 539 a.C. – o Império Babilônico chega ao fim com a conquista da região pelos persas.