SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  15
O Poder Simbólico. DIFEL/Bertrand Brasil, Lisboa/Rio
de Janeiro, 1989
Sociologia Reflexiva
 “Deixar em estado impensado o seu próprio pensamento é, para
um sociólogo mais ainda que para qualquer outro pensador, ficar
condenado a ser apenas instrumento daquilo que ele quer
pensar” (Bourdieu, 1989:36).
 “Para se não ser objeto dos problemas que se tomam para objeto,
é preciso fazer a história social da emergência desses problemas,
da sua constituição progressiva, quer dizer, do trabalho coletivo –
freqüentemente realizado na concorrência e na luta – o qual foi
necessário para dar a conhecer e fazer reconhecer esses
problemas como problemas legítimos, confessáveis, publicáveis,
públicos, oficiais; podemos pensar nos problemas da família, do
divórcio, da delinqüência, da droga, do trabalho feminino, etc”
(Bourdieu, 1989:37).
Espaço Social como um Campo de Forças
 A construção de uma teoria do espaço social implica uma série de rupturas :
a) com a tendência de privilegiar as substâncias, em detrimento das relações;
b) com o economicismo que reduz o espaço social ao econômico, ao invés de considerá-lo
um espaço multidimesional;
c) com o objetivismo e intelectualismo, que leva a ignorar as lutas simbólicas
empreendidas entre os diversos campos e nas quais está em jogo a própria
representação do mundo social.
 Espaço Social: pode ser descrito também como um campo de forças objetivas impostas
a todos os que entrem nesse campo e irredutíveis às intenções dos agentes individuais
ou mesmo às interações diretas entre os agentes.
 Percepção do Mundo Social: produto de uma dupla estruturação social:
a) do lado objetivo, porque as autoridades ligadas aos agentes ou às instituições não se
oferecem à percepção de maneira independente (normas, leis, instituições, mapas, etc);
b) do lado subjetivo, porque os esquemas de percepção e de apreciação são produto de
lutas simbólicas anteriores e exprimem o estado das relações de força simbólicas. As
categorias de percepção do mundo social são produto da incorporação das estruturas
objetivas do espaço social (habitus, gosto, etc).
“Campo”: lógica relacional
 Analítica: deve-se compreender a gênese social de um campo,
apreender aquilo que faz a necessidade específica da crença que o
sustenta, do jogo de linguagem que nele se joga e das coisas
materiais e simbólicas em jogo que nele se geram.
 Emprega o termo campo de poder, entendendo por esse conceito
as relações de força entre as posições sociais que garantem aos
seus ocupantes um quantum suficiente de força social – ou de
capital – de modo a que estes tenham a possibilidade de entrar
nas lutas pelo monopólio de poder, entre as quais possuem uma
dimensão capital as que têm por finalidade a definição da forma
específica de poder.
Habitus
 A noção de habitus visa romper com as alternativas do objetivismo e do
subjetivismo, da consciência e do sujeito, a do finalismo e do
mecanicismo, etc. Romper com o estruturalismo e com o
individualismo metodológico.
 Deseja-se pôr em evidência as capacidades criativas, inventivas do
habitus e do agente, embora chamando atenção à idéia de que este
poder gerador não é o de um espírito universal, de uma natureza ou de
uma razão humana.
 O habitus é um conhecimento adquirido e também um haver, um
capital; o habitus indica a disposição incorporada, quase postural - mas
sim o de um agente em ação.
 A noção serve para indicar o funcionamento sistemático do corpo
socializado. O habitus indica a disposição incorporada, quase postural,
mas sim a de um agente em ação: trata-se de chamar atenção ao
primado da razão prática, o lado ativo do conhecimento prático.
Da regra às estratégias
- Habitus, estratégia, senso prático: recusa objetivista,
estruturalista e também do subjetivismo puro; São
reintroduzidos o agente, a ação, a prática; Mas:
estratégia não é sinônimo de escolha, não é um cálculo
consciente e racional, mas produto do senso prático.
- Exemplo: estratégias do jogo duplo; jogo de cartas;
escolhas profissionais (licenciatura X bacharelado;
advogadoX funcionário público; dentista ou
farmacêutica)
Estruturas, Habitus, Práticas
 Contra:
- Objetivismo (escapar ao realismo da estrutura) X subjetivismo (ideia de agente livre)
- materialismo objetivista (marxismo) X idealismo intelectualista (estruturalismo)
- inconsciente (exterioridade) X consciente (interioridade)
- Argumento:
- 1) Atenção para a relação entre estrutura e prática: por meio do habitus, a estrutura da qual é
produto governa a prática (91); Capacidade de geração infinita e no entanto estritamente
limitada;
- 2) Habitus: sistema de disposições que está no princípio da continuidade e regularidade e
também das transformações reguladas. Produz história pelos efeitos engendrados na história
(90); O habitus é uma espécie de lei imanente, condição não somente da orquestração das
práticas, mas das práticas de orquestração (98).
- 2)Necessidade de ocupar o lugar da prática: dialética entre os produtos objetivados e os
produtos incorporados; As práticas não se deixam deduzir nem das condições presentes, que
podem parecer tê-las suscitado, nem das condições passadas que produziram o habitus = Só se
pode deduzi-las na condição de relacionar as condições sociais nas quais se constituiu o habitus
que as engendrou e as condições sociais nas quais é posta em ação (93).
Efeitos:
 Quais os efeitos do acordo entre o sentido prático e o
sentido objetivado?
- A produção de um senso comum (homogeneização
objetiva dos habitus de um grupo ou classe; relação de
homologia: diversidade na homogeneidade).
- Atenção: senso comum não quer dizer consenso!!!
- Exemplos: teste de racismo e venda de bonecas, estatísticas
do gosto, campo jurídico, etc, disposições de gênero,
índices de acessibilidade (o que é e o que não é para nós –
ex: futebol).
Poder Simbólico
 O poder simbólico como poder de constituir o dado pela
enunciação, de fazer ver e fazer crer, de confirmar ou transformar
a visão do mundo e, deste modo, a ação sobre o mundo, portanto
o mundo, só se exerce se for reconhecido, ou seja, ignorado como
arbitrário;
 O poder simbólico se define numa relação determinada - e por
meio desta - entre os que exercem o poder e os que lhe estão
sujeitos;
 Mas: o que faz o poder das palavras e das palavras de ordem,
poder de manter a ordem ou de a subverter, é a crença na
legitimidade das palavras e daqueles que as pronuncia, crença
que não é de competência das palavras.
1. Os sistemas simbólicos como
estruturas estruturantes:
 Durkheim lança as bases de uma sociologia das formas
simbólicas, como equivalentes a formas de
classificação; com Durkheim, as formas de
classificação deixam de ser universais
(transcendentais), para se tornarem formas sociais,
quer dizer, arbitrárias (relativas a um grupo particular)
e socialmente determinadas).
 Nesta tradição idealista, a objetividade do sentido do
mundo define-se pela concordância das subjetividades
estruturantes (senso = consenso).
2. Os sistemas simbólicos como estruturas
estruturadas (passíveis de uma análise
estrutural):
 A análise estrutural constitui o elemento metodológico
que permite realizar a ambição neo-kantiana de
apreender a lógica específica de cada uma das formas
simbólicas, tendo em vista isolar a estrutura imanente
a cada produção simbólica.
 Mas, diferente da tradição neo-kantiana que insiste no
modus operandi, na atividade produtora da
consciência, a tradição estruturalista priviliegia o opus
operantum, as estruturas estruturadas.
Primeira Síntese
 Os sistemas simbólicos, como instrumentos de conhecimento e de
comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque estão
estruturados. O poder simbólico é um poder de construção da realidade que
tende a exercer uma ordem de conhecimento; o sentido imediato do mundo
(em particular do mundo social), supõe aquilo que Durkheim chama de o
conformismo lógico.
 Durkheim e depois dele Radcliffe Brown, faz assentar a solidariedade social no
fato de participar num sistema simbólico e tem o mérito de designar
explicitamente a função social do simbolismo, autêntica função política que
não se reduz à função de comunicação dos estruturalistas.
 Os símbolos são os instrumentos por excelência da integração social:
enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles
tornam possível o consenso acerca do sentido do mundo social que
contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social; a
integração lógica é a condição da integração moral.
3. As Produções Simbólicas como
Instrumentos de Dominação
 A tradição marxista privilegia as funções políticas dos
sistemas simbólicos, em detrimento de sua estrutura lógica
e função gnoseológica. As ideologias, por oposição ao mito,
servem a interesses particulares que tendem a apresentar
como interesses universais;
 A cultura dominante contribui para a integração real da
classe dominante, para a integração fictícia da sociedade
em seu conjunto e, portanto, a desmobilização das classes
dominadas, dissimulando a função de divisão da
comunicação: a cultura que une é também a cultura que
separa (distinção).
Segunda Síntese
 É enquanto instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de
conhecimento que os sistemas simbólicos cumprem a sua função política de
instrumentos de imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem
para assegurar a dominação de uma classe sobre outra (violência simbólica)
dando reforço da sua própria forma às relações de força que as fundamentam e
contribuindo assim, segundo a expressão de Weber, para a domesticação dos
dominados.
 As diferentes classes ou frações de classes estão envolvidas numa luta
propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais
conforme seus interesses, e imporem o campo das tomadas de posições
ideológicas, reproduzindo em forma transfigurada o campo das posições sociais
(11).
 O campo da produção simbólica é um microcosmo da luta simbólica
entre classes; a classe dominante é o lugar de uma luta pela hierarquia
dos princípios de hierarquização.
4. Os sistemas ideológicos que os especialistas produzem para a luta pelo monopólio
da produção ideológica legítima - e por meio dessa luta -, sendo instrumentos de
dominação estruturantes pois que estão estruturados, reproduzem sob forma
irreconhecível, por intermédio da homologia entre o campo da produção ideológica e o
campo das classes sociais, a estrutura do campo das classes sociais:
 Especialistas : corpo de produtores especializados de discursos e ritos, progresso da divisão do
trabalho social (divisão de classes) e que conduz, entre outras consequências, que se
desapossem os leigos dos instrumentos de produção simbólica;
Então:
 Não deve-se cair na ilusão de tratar as ideologias como totalidades auto-suficientes e
autogeradas, passíveis de uma análise puramente interna (semiologia), nem apenas ver as
ideologias como vinculadas apenas as funções que elas cumprem (marxismo); as ideologias
devem a sua estrutura e as funções mais específicas às condições sociais da sua produção e da
sua circulação
 O discurso dominante tende a impor a apreensão de uma lógica entendida como natural
(ortodoxia) por meio da imposição mascarada de sistemas de classificação e de estruturas
mentais objetivamente ajustadas às estruturas sociais; o efeito propriamente ideológico
consiste precisamente na imposição de sistemas de classificação políticos sob aparência
legítima de taxionomias filosóficas, religiosas, jurídicas, etc.;

Contenu connexe

Tendances (20)

Violência simbólica e lutas políticas
Violência simbólica e lutas políticasViolência simbólica e lutas políticas
Violência simbólica e lutas políticas
 
Karl Marx
Karl MarxKarl Marx
Karl Marx
 
Sociologia: Uma Ciência Social
Sociologia: Uma Ciência SocialSociologia: Uma Ciência Social
Sociologia: Uma Ciência Social
 
Emile Durkheim
Emile DurkheimEmile Durkheim
Emile Durkheim
 
Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
Pierre Bourdieu! A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOS
Pierre Bourdieu! A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOSPierre Bourdieu! A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOS
Pierre Bourdieu! A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOS
 
ESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURTESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURT
 
Sociologia - Durkheim
Sociologia - Durkheim  Sociologia - Durkheim
Sociologia - Durkheim
 
Aula durkheim
Aula durkheimAula durkheim
Aula durkheim
 
Pierre bourdieu
Pierre bourdieuPierre bourdieu
Pierre bourdieu
 
Indústria Cultural
Indústria CulturalIndústria Cultural
Indústria Cultural
 
Introdução ao estudo dos sistemas simbólicos
Introdução ao estudo dos sistemas simbólicosIntrodução ao estudo dos sistemas simbólicos
Introdução ao estudo dos sistemas simbólicos
 
ALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
ALIENAÇÃO E IDEOLOGIAALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
ALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
 
Aula - O que é PODER - Michel Foucault
Aula - O que é PODER - Michel FoucaultAula - O que é PODER - Michel Foucault
Aula - O que é PODER - Michel Foucault
 
Sociologia, Cultura e Sociedade
Sociologia, Cultura e SociedadeSociologia, Cultura e Sociedade
Sociologia, Cultura e Sociedade
 
Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
Vigiar e punir
Vigiar e punirVigiar e punir
Vigiar e punir
 
Durkheim sociologia
Durkheim sociologiaDurkheim sociologia
Durkheim sociologia
 
Sociedade e indivíduo
Sociedade e indivíduoSociedade e indivíduo
Sociedade e indivíduo
 
Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Slide sociologia 1
Slide sociologia 1
 

Similaire à Pierre Bourdieu - O Poder Simbólico

UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU - UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU - Gustavo Batista
 
Material de sociologia i
Material de sociologia iMaterial de sociologia i
Material de sociologia igabriela_eiras
 
Capítulo 04 resumo
Capítulo 04 resumoCapítulo 04 resumo
Capítulo 04 resumoMarina Lopes
 
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasTeóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasOtávio Miécio Santos Sampaio
 
Conceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologiaConceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologiaGilmar Rodrigues
 
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por FligsteinHabilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por FligsteinFlávia Galindo
 
Estado, mercado e sociedade
Estado, mercado e sociedadeEstado, mercado e sociedade
Estado, mercado e sociedadeDavi Islabao
 
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptxIdentidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptxJOOLUIZDASILVALOPES
 
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxPrefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxAlexandre Protásio
 
Grupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticicaGrupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticicamoratonoise
 
as relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicas
as relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicasas relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicas
as relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicasDennis De Oliveira Sinnedos
 
Divisão do trabalho karl marx e émile durkheim prof. érika de cássia o. c...
Divisão do trabalho  karl marx e émile durkheim    prof. érika de cássia o. c...Divisão do trabalho  karl marx e émile durkheim    prof. érika de cássia o. c...
Divisão do trabalho karl marx e émile durkheim prof. érika de cássia o. c...Sergio de Goes Barboza
 
A organização em análise contribuições da psicanálise
A organização em análise contribuições da psicanáliseA organização em análise contribuições da psicanálise
A organização em análise contribuições da psicanáliseHacça Barbosa
 

Similaire à Pierre Bourdieu - O Poder Simbólico (20)

UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU - UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
 
Material de sociologia i
Material de sociologia iMaterial de sociologia i
Material de sociologia i
 
Capítulo 04 resumo
Capítulo 04 resumoCapítulo 04 resumo
Capítulo 04 resumo
 
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasTeóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
 
Biografia de autores [SOCIOLOGIA]
Biografia de autores [SOCIOLOGIA]Biografia de autores [SOCIOLOGIA]
Biografia de autores [SOCIOLOGIA]
 
Teorias Sociológicas
Teorias SociológicasTeorias Sociológicas
Teorias Sociológicas
 
Conceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologiaConceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologia
 
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por FligsteinHabilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
Habilidade Social e a Teoria dos Campos por Fligstein
 
Criminologia midiatica conpedi montevideo
Criminologia midiatica conpedi montevideoCriminologia midiatica conpedi montevideo
Criminologia midiatica conpedi montevideo
 
Estado, mercado e sociedade
Estado, mercado e sociedadeEstado, mercado e sociedade
Estado, mercado e sociedade
 
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptxIdentidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptx
 
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxPrefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
 
Grupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticicaGrupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticica
 
as relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicas
as relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicasas relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicas
as relações entre indivíduo e sociedade a partir das teorias sociológicas
 
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIA
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIARevisão Conceitual de SOCIOLOGIA
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIA
 
Capítulo 8 - Classe e Estratificação Social
Capítulo 8 - Classe e Estratificação SocialCapítulo 8 - Classe e Estratificação Social
Capítulo 8 - Classe e Estratificação Social
 
Divisão do trabalho karl marx e émile durkheim prof. érika de cássia o. c...
Divisão do trabalho  karl marx e émile durkheim    prof. érika de cássia o. c...Divisão do trabalho  karl marx e émile durkheim    prof. érika de cássia o. c...
Divisão do trabalho karl marx e émile durkheim prof. érika de cássia o. c...
 
A organização em análise contribuições da psicanálise
A organização em análise contribuições da psicanáliseA organização em análise contribuições da psicanálise
A organização em análise contribuições da psicanálise
 
Teoria Marxista
Teoria MarxistaTeoria Marxista
Teoria Marxista
 
Apostila de sociologia_1ano
Apostila de sociologia_1anoApostila de sociologia_1ano
Apostila de sociologia_1ano
 

Plus de Zeca B.

Estado e Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo
Estado e Desenvolvimento no Brasil ContemporâneoEstado e Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo
Estado e Desenvolvimento no Brasil ContemporâneoZeca B.
 
Agroenergia
AgroenergiaAgroenergia
AgroenergiaZeca B.
 
Agronegócio.
Agronegócio.Agronegócio.
Agronegócio.Zeca B.
 
Apresentação sobre a transição demográfica
Apresentação sobre a transição demográficaApresentação sobre a transição demográfica
Apresentação sobre a transição demográficaZeca B.
 
Revolução Verde
Revolução VerdeRevolução Verde
Revolução VerdeZeca B.
 
C. Geertz - Etnográfia
C. Geertz - EtnográfiaC. Geertz - Etnográfia
C. Geertz - EtnográfiaZeca B.
 
A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.
A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.
A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.Zeca B.
 
Caminhos Cruzados
Caminhos CruzadosCaminhos Cruzados
Caminhos CruzadosZeca B.
 
Castas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociaisCastas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociaisZeca B.
 
Ilhas de História, sahlins
Ilhas de História, sahlinsIlhas de História, sahlins
Ilhas de História, sahlinsZeca B.
 
Raca e Mobilidade social
Raca e Mobilidade socialRaca e Mobilidade social
Raca e Mobilidade socialZeca B.
 
Umbanda e loucura
Umbanda e loucuraUmbanda e loucura
Umbanda e loucuraZeca B.
 
FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.
FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.
FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.Zeca B.
 

Plus de Zeca B. (13)

Estado e Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo
Estado e Desenvolvimento no Brasil ContemporâneoEstado e Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo
Estado e Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo
 
Agroenergia
AgroenergiaAgroenergia
Agroenergia
 
Agronegócio.
Agronegócio.Agronegócio.
Agronegócio.
 
Apresentação sobre a transição demográfica
Apresentação sobre a transição demográficaApresentação sobre a transição demográfica
Apresentação sobre a transição demográfica
 
Revolução Verde
Revolução VerdeRevolução Verde
Revolução Verde
 
C. Geertz - Etnográfia
C. Geertz - EtnográfiaC. Geertz - Etnográfia
C. Geertz - Etnográfia
 
A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.
A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.
A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas.
 
Caminhos Cruzados
Caminhos CruzadosCaminhos Cruzados
Caminhos Cruzados
 
Castas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociaisCastas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociais
 
Ilhas de História, sahlins
Ilhas de História, sahlinsIlhas de História, sahlins
Ilhas de História, sahlins
 
Raca e Mobilidade social
Raca e Mobilidade socialRaca e Mobilidade social
Raca e Mobilidade social
 
Umbanda e loucura
Umbanda e loucuraUmbanda e loucura
Umbanda e loucura
 
FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.
FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.
FHC - O Modelo Político Brasileiro e Outros Ensaios.
 

Dernier

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 

Dernier (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 

Pierre Bourdieu - O Poder Simbólico

  • 1. O Poder Simbólico. DIFEL/Bertrand Brasil, Lisboa/Rio de Janeiro, 1989
  • 2. Sociologia Reflexiva  “Deixar em estado impensado o seu próprio pensamento é, para um sociólogo mais ainda que para qualquer outro pensador, ficar condenado a ser apenas instrumento daquilo que ele quer pensar” (Bourdieu, 1989:36).  “Para se não ser objeto dos problemas que se tomam para objeto, é preciso fazer a história social da emergência desses problemas, da sua constituição progressiva, quer dizer, do trabalho coletivo – freqüentemente realizado na concorrência e na luta – o qual foi necessário para dar a conhecer e fazer reconhecer esses problemas como problemas legítimos, confessáveis, publicáveis, públicos, oficiais; podemos pensar nos problemas da família, do divórcio, da delinqüência, da droga, do trabalho feminino, etc” (Bourdieu, 1989:37).
  • 3. Espaço Social como um Campo de Forças  A construção de uma teoria do espaço social implica uma série de rupturas : a) com a tendência de privilegiar as substâncias, em detrimento das relações; b) com o economicismo que reduz o espaço social ao econômico, ao invés de considerá-lo um espaço multidimesional; c) com o objetivismo e intelectualismo, que leva a ignorar as lutas simbólicas empreendidas entre os diversos campos e nas quais está em jogo a própria representação do mundo social.  Espaço Social: pode ser descrito também como um campo de forças objetivas impostas a todos os que entrem nesse campo e irredutíveis às intenções dos agentes individuais ou mesmo às interações diretas entre os agentes.  Percepção do Mundo Social: produto de uma dupla estruturação social: a) do lado objetivo, porque as autoridades ligadas aos agentes ou às instituições não se oferecem à percepção de maneira independente (normas, leis, instituições, mapas, etc); b) do lado subjetivo, porque os esquemas de percepção e de apreciação são produto de lutas simbólicas anteriores e exprimem o estado das relações de força simbólicas. As categorias de percepção do mundo social são produto da incorporação das estruturas objetivas do espaço social (habitus, gosto, etc).
  • 4. “Campo”: lógica relacional  Analítica: deve-se compreender a gênese social de um campo, apreender aquilo que faz a necessidade específica da crença que o sustenta, do jogo de linguagem que nele se joga e das coisas materiais e simbólicas em jogo que nele se geram.  Emprega o termo campo de poder, entendendo por esse conceito as relações de força entre as posições sociais que garantem aos seus ocupantes um quantum suficiente de força social – ou de capital – de modo a que estes tenham a possibilidade de entrar nas lutas pelo monopólio de poder, entre as quais possuem uma dimensão capital as que têm por finalidade a definição da forma específica de poder.
  • 5. Habitus  A noção de habitus visa romper com as alternativas do objetivismo e do subjetivismo, da consciência e do sujeito, a do finalismo e do mecanicismo, etc. Romper com o estruturalismo e com o individualismo metodológico.  Deseja-se pôr em evidência as capacidades criativas, inventivas do habitus e do agente, embora chamando atenção à idéia de que este poder gerador não é o de um espírito universal, de uma natureza ou de uma razão humana.  O habitus é um conhecimento adquirido e também um haver, um capital; o habitus indica a disposição incorporada, quase postural - mas sim o de um agente em ação.  A noção serve para indicar o funcionamento sistemático do corpo socializado. O habitus indica a disposição incorporada, quase postural, mas sim a de um agente em ação: trata-se de chamar atenção ao primado da razão prática, o lado ativo do conhecimento prático.
  • 6. Da regra às estratégias - Habitus, estratégia, senso prático: recusa objetivista, estruturalista e também do subjetivismo puro; São reintroduzidos o agente, a ação, a prática; Mas: estratégia não é sinônimo de escolha, não é um cálculo consciente e racional, mas produto do senso prático. - Exemplo: estratégias do jogo duplo; jogo de cartas; escolhas profissionais (licenciatura X bacharelado; advogadoX funcionário público; dentista ou farmacêutica)
  • 7. Estruturas, Habitus, Práticas  Contra: - Objetivismo (escapar ao realismo da estrutura) X subjetivismo (ideia de agente livre) - materialismo objetivista (marxismo) X idealismo intelectualista (estruturalismo) - inconsciente (exterioridade) X consciente (interioridade) - Argumento: - 1) Atenção para a relação entre estrutura e prática: por meio do habitus, a estrutura da qual é produto governa a prática (91); Capacidade de geração infinita e no entanto estritamente limitada; - 2) Habitus: sistema de disposições que está no princípio da continuidade e regularidade e também das transformações reguladas. Produz história pelos efeitos engendrados na história (90); O habitus é uma espécie de lei imanente, condição não somente da orquestração das práticas, mas das práticas de orquestração (98). - 2)Necessidade de ocupar o lugar da prática: dialética entre os produtos objetivados e os produtos incorporados; As práticas não se deixam deduzir nem das condições presentes, que podem parecer tê-las suscitado, nem das condições passadas que produziram o habitus = Só se pode deduzi-las na condição de relacionar as condições sociais nas quais se constituiu o habitus que as engendrou e as condições sociais nas quais é posta em ação (93).
  • 8. Efeitos:  Quais os efeitos do acordo entre o sentido prático e o sentido objetivado? - A produção de um senso comum (homogeneização objetiva dos habitus de um grupo ou classe; relação de homologia: diversidade na homogeneidade). - Atenção: senso comum não quer dizer consenso!!! - Exemplos: teste de racismo e venda de bonecas, estatísticas do gosto, campo jurídico, etc, disposições de gênero, índices de acessibilidade (o que é e o que não é para nós – ex: futebol).
  • 9. Poder Simbólico  O poder simbólico como poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e fazer crer, de confirmar ou transformar a visão do mundo e, deste modo, a ação sobre o mundo, portanto o mundo, só se exerce se for reconhecido, ou seja, ignorado como arbitrário;  O poder simbólico se define numa relação determinada - e por meio desta - entre os que exercem o poder e os que lhe estão sujeitos;  Mas: o que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder de manter a ordem ou de a subverter, é a crença na legitimidade das palavras e daqueles que as pronuncia, crença que não é de competência das palavras.
  • 10. 1. Os sistemas simbólicos como estruturas estruturantes:  Durkheim lança as bases de uma sociologia das formas simbólicas, como equivalentes a formas de classificação; com Durkheim, as formas de classificação deixam de ser universais (transcendentais), para se tornarem formas sociais, quer dizer, arbitrárias (relativas a um grupo particular) e socialmente determinadas).  Nesta tradição idealista, a objetividade do sentido do mundo define-se pela concordância das subjetividades estruturantes (senso = consenso).
  • 11. 2. Os sistemas simbólicos como estruturas estruturadas (passíveis de uma análise estrutural):  A análise estrutural constitui o elemento metodológico que permite realizar a ambição neo-kantiana de apreender a lógica específica de cada uma das formas simbólicas, tendo em vista isolar a estrutura imanente a cada produção simbólica.  Mas, diferente da tradição neo-kantiana que insiste no modus operandi, na atividade produtora da consciência, a tradição estruturalista priviliegia o opus operantum, as estruturas estruturadas.
  • 12. Primeira Síntese  Os sistemas simbólicos, como instrumentos de conhecimento e de comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque estão estruturados. O poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a exercer uma ordem de conhecimento; o sentido imediato do mundo (em particular do mundo social), supõe aquilo que Durkheim chama de o conformismo lógico.  Durkheim e depois dele Radcliffe Brown, faz assentar a solidariedade social no fato de participar num sistema simbólico e tem o mérito de designar explicitamente a função social do simbolismo, autêntica função política que não se reduz à função de comunicação dos estruturalistas.  Os símbolos são os instrumentos por excelência da integração social: enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles tornam possível o consenso acerca do sentido do mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social; a integração lógica é a condição da integração moral.
  • 13. 3. As Produções Simbólicas como Instrumentos de Dominação  A tradição marxista privilegia as funções políticas dos sistemas simbólicos, em detrimento de sua estrutura lógica e função gnoseológica. As ideologias, por oposição ao mito, servem a interesses particulares que tendem a apresentar como interesses universais;  A cultura dominante contribui para a integração real da classe dominante, para a integração fictícia da sociedade em seu conjunto e, portanto, a desmobilização das classes dominadas, dissimulando a função de divisão da comunicação: a cultura que une é também a cultura que separa (distinção).
  • 14. Segunda Síntese  É enquanto instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que os sistemas simbólicos cumprem a sua função política de instrumentos de imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem para assegurar a dominação de uma classe sobre outra (violência simbólica) dando reforço da sua própria forma às relações de força que as fundamentam e contribuindo assim, segundo a expressão de Weber, para a domesticação dos dominados.  As diferentes classes ou frações de classes estão envolvidas numa luta propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais conforme seus interesses, e imporem o campo das tomadas de posições ideológicas, reproduzindo em forma transfigurada o campo das posições sociais (11).  O campo da produção simbólica é um microcosmo da luta simbólica entre classes; a classe dominante é o lugar de uma luta pela hierarquia dos princípios de hierarquização.
  • 15. 4. Os sistemas ideológicos que os especialistas produzem para a luta pelo monopólio da produção ideológica legítima - e por meio dessa luta -, sendo instrumentos de dominação estruturantes pois que estão estruturados, reproduzem sob forma irreconhecível, por intermédio da homologia entre o campo da produção ideológica e o campo das classes sociais, a estrutura do campo das classes sociais:  Especialistas : corpo de produtores especializados de discursos e ritos, progresso da divisão do trabalho social (divisão de classes) e que conduz, entre outras consequências, que se desapossem os leigos dos instrumentos de produção simbólica; Então:  Não deve-se cair na ilusão de tratar as ideologias como totalidades auto-suficientes e autogeradas, passíveis de uma análise puramente interna (semiologia), nem apenas ver as ideologias como vinculadas apenas as funções que elas cumprem (marxismo); as ideologias devem a sua estrutura e as funções mais específicas às condições sociais da sua produção e da sua circulação  O discurso dominante tende a impor a apreensão de uma lógica entendida como natural (ortodoxia) por meio da imposição mascarada de sistemas de classificação e de estruturas mentais objetivamente ajustadas às estruturas sociais; o efeito propriamente ideológico consiste precisamente na imposição de sistemas de classificação políticos sob aparência legítima de taxionomias filosóficas, religiosas, jurídicas, etc.;