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Professor José Knust
Migração humana para fora da África
Por volta de 60 mil anos atrás, os
primeiros Homo Sapiens saíram da
África e iniciaram o povoamento de
outros continentes, começando pela
Ásia, chegando à Austrália e à
Europa, e por fim às ilhas do Pacífico.
Apesar de alguns debates, existe
algum consenso sobre como e
quando essas migrações ocorreram.
O grande debate atual é sobre
quando e como o povoamento
humano da América ocorreu.
Diferentes teorias sobre por onde
e quando ocorreu o povoamento
se baseiam em uma série de
diferentes fontes de informação:
• Fósseis humanos e sua
datação.
• Artefatos humanos e sua
datação.
• Linguística (estudo da
evolução das línguas).
• Genética das populações
(estudo da distribuição de
genes entre diferentes povos).
• Paleoclimatologia (estudo das
transformações do clima ao
longo da história).
O grande debate
A Beríngia
A primeira grande teoria – e ainda
forte entre os pesquisadores norte-
americanos – afirmava que os seres
humanos teriam vindo para a América
através de uma passagem entre este
continente e a Ásia onde hoje fica o
estreito de Bering – e por isso,
conhecido como “Beríngia”.
Estudos da história do clima e da
geologia mostram que em momentos
de glaciação (“eras do gelo”), o nível
do mar baixava muito por conta da
retenção de água nas geleiras. Assim,
a “Beríngia”, que hoje está submersa,
formava uma “ponte” de terra entre a
Ásia e a América.
A passagem para a América
Segundo essa teoria, os seres humanos saíram da Sibéria
e chegaram à Beríngia. Sítios arqueológicos mostram
que de fato essa região foi povoada há mais de 10 mil
anos.
Contudo, chegar da Beríngia à América continental
durante uma era glacial não era tarefa fácil, devido às
geleiras. Existiriam duas rotas possíveis:
• Corredor de Mackenzie: um vale no Oeste do atual
Canadá que, mesmo em períodos glaciais, esteve
algumas vezes livre de geleiras.
• Costa: que em certas épocas esteve intransitável
também por conta das geleiras, mas outras vezes
esteve livre.
Período
(mil anos atrás)
Beríngia Rota
Costeira
Corredor
Mackenzie
38-34 Acessível Aberta Fechado
34-30 Submersa Aberta Aberto
30-22 Acessível Fechada Aberto
22-15 Acessível Aberta Fechado
15-0 Submersa Aberta Aberto
Cultura Clovis e teoria Clovis-first
A partir da década de 20 foram descobertos na
América do Norte inúmeros sítios com vestígios de uma
forma específica de talhar pontas de lanças feitas de
pedra. Como a primeira descoberta foi próxima a
cidade de Clóvis, essa cultura ficou conhecida como
“Cultura Clóvis.
Durante décadas, esses foram os vestígios mais antigos
de da presença humana na América.
Cultura Clovis e teoria Clovis-first
Artefatos da cultura Clóvis foram datados para entre 11 e
9 mil anos atrás. Com isso se imaginou que os primeiros
humanos teriam se estabelecido na Beríngia antes de 15
mil anos atrás e depois atravessado o corredor de
Mackenzie entre 15 e 12 mil anos atrás.
Chegando na América do Norte, esse grupo de
humanos teria desenvolvido a cultura Clóvis e
posteriormente se espalhado por todo o continente.
Os sítios “pré-Clóvis”
Ao longo dos anos, contudo, uma série de sítios
arqueológicos com vestígios de ocupação
humana anterior à Cultura Clóvis (isto é, mais de
11 mil anos atrás) têm sido encontrados por
arqueólogos tanto na América do Norte quanto
na América do Sul.
Seria possível imaginar que os humanos
chegaram à América em outro momento em
que a Beríngia estivesse aberta (30-22 mil anos
atrás, p.e.). Porém, a existência de sítios ainda
mais antigos que isso na América do Sul (Monte
Verde, no Chile, p.e.) abriu a questão se não
teria sido outra a rota de chegada na América.
Os sítios “pré-Clóvis”
Sítios Pré-Clóvis na América do Sul
Paul Rivet e a
hipótese transpacífica
Ainda em meados do século passado o estudioso
francês Paul Rivet propôs que outras rotas de migração
teriam sido utilizadas, além da Beríngia.
Rivet propôs como uma das rotas de migração a
navegação pelo pacífico.
Argumentos de Rivet para defender a rota pelo pacífico:
- Antropologia física: semelhança óssea entre ossadas
encontradas na América do Sul e as populações do
pacífico.
- Etnográficos: semelhanças entre alguns rituais e
costumes dos povos polinésios e tribos indígenas sul-
americanas.
- Linguísticos: semelhança entre vocábulos melanésios
e da tribo Hoka, na América do Norte.
Migração Costeira
Uma outra possibilidade de rota migratória para a
chegada humana na América é pela costa pacífica
da América.
Está é uma forma mais apropriada para explicar:
- A migração em períodos de fechamento da rota de
Mackenzie.
- A velocidade de difusão da presença humana na
América.
Por outro lado, é bastante difícil provar esse hipótese
por que o aumento do nível dos oceanos submergiu
possíveis sítios arqueológicos que indicassem essa rota.
Rota pelo Atlântico:
“hipótese solutrense”
Há alguns poucos anos uma nova rota foi
propostas por estudiosos europeus. Eles
identificaram semelhanças entre as técnicas de
produção de ferramentas da Cultura Solutrense,
na Europa, e da Cultura Clóvis, na América do
Norte.
Diante disso, eles supuseram que houve uma
migração de Europeus para a América do Norte
no período dessas culturas pela capa de gelo
congelado no Atlântico Norte.
Essa teoria tem sofrido algumas críticas, entre as
principais estão:
- As semelhanças arqueológicas não são tão
grandes (podem ser apenas coincidência).
- Ausência da arte Solutrense na cultura Clóvis.
- Dificuldade de travessia pela rota do Atlântico
Norte.
ESTUDOS DE
GENÉTICA DAS
POPULAÇÕES
Para identificar isso, os cientistas identificam grupos de genes
(Haplogrupos) comuns em certas populações e comparam com outras.
Dependendo da frequência do mesmo haplogrupo em duas
populações diferentes é possível calcular a quantos milhares de anos
viveram seus antepassados comuns.
Comparando os genes dos nativos americanos com de outros povos,
seria possível identificar de onde vieram seus antepassados.
Estudos
genéticos
Com o desenvolvimento
do estudo da Genética,
passou a ser possível
identificar “parentescos”
entre as diferentes
populações do mundo. Isso
permite a identificação de
possíveis rotas de migração
dos grupos humanos ao
longo da história (veja o
mapa ao lado).
Contudo, alguns criticam essa
metodologia por a população
descendente dos povos nativos
ser muito pequena, o que
tornaria a amostragem analisada
insignificante.
Os principais haplogrupos mitocondriais
presentes entre os descendentes dos
povos nativos eram os A, B, C e D.
Esses mesmo haplogrupos existem em
populações asiáticas e foi possível
estabelecer os seguintes “parentescos”:
• A, C e D na Mongólia e na Sibéria.
Divisão há 20 mil anos
• B na China e no Sudeste Asiático.
Divisão há 15 mil anos.
As migrações
pela Beríngia
Os dados genéticos confirmaram que parte significativa da população nativa
americana é descendente de populações que tiveram origem na Ásia.
Haplogrupo
(mtDNA) C1
Haplogrupo Q
(Y-DNA)
Esses dados foram
corroborados pelo
estudo de Haplogrupos
do cromossomo Y.
Outras
migrações? Presença do
Haplogrupo X
(no DNA
mitocondrial)
nas populações
nativas.
Haplogrupo R
(no DNA do
cromossomo
Y) nas
populações
nativas.
Esses mesmos estudos,
porém, identificaram
alguns haplogrupos que
poderiam corroborar a
ideia de que uma
migração de origem
europeia teria povoado
parte da América do
Norte.
Controvérsias sobre
os achados no sítio
Localização do Sítio
da Pedra Furada no
Parque Nacional da
Serra da Capivara
Muitos achados encontrados pela equipe da arqueóloga
brasileira Niede Guidon nesse sítio arqueológico apontam que
o ser humano teria ocupado essa região há pelo menos 25 mil
anos atrás.
Os artefatos mais antigos encontrados são ferramentas de
quartzo. Desde os primeiros achados, na década de 70, muitos
arqueólogos estrangeiros contestam que eles sejam realmente
artefatos. Eles dizem que essas pedras seriam pedras comuns,
não artefatos feitos pelos humanos. Nos últimos anos, contudo,
muitos arqueólogos têm reconhecido o trabalho da equipe de
Guidon.
Se os artefatos datados para 25 mil anos atrás têm sido aceitos, o
mesmo não se pode dizer sobre os artefatos mais antigos
encontrados no sítio. Alguns desses artefatos foram datados para
quase 100 mil anos atrás – época em que só existem vestígios
conhecidos de homo sapiens na África.
Se a equipe de Guidon estiver certa sobre esses artefatos, grupos
de Homo Sapiens teriam chegado na América vindo da África
antes mesmo de chegarem na Ásia.

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Povoamento da américa

  • 2. Migração humana para fora da África Por volta de 60 mil anos atrás, os primeiros Homo Sapiens saíram da África e iniciaram o povoamento de outros continentes, começando pela Ásia, chegando à Austrália e à Europa, e por fim às ilhas do Pacífico. Apesar de alguns debates, existe algum consenso sobre como e quando essas migrações ocorreram. O grande debate atual é sobre quando e como o povoamento humano da América ocorreu.
  • 3. Diferentes teorias sobre por onde e quando ocorreu o povoamento se baseiam em uma série de diferentes fontes de informação: • Fósseis humanos e sua datação. • Artefatos humanos e sua datação. • Linguística (estudo da evolução das línguas). • Genética das populações (estudo da distribuição de genes entre diferentes povos). • Paleoclimatologia (estudo das transformações do clima ao longo da história). O grande debate
  • 4.
  • 5. A Beríngia A primeira grande teoria – e ainda forte entre os pesquisadores norte- americanos – afirmava que os seres humanos teriam vindo para a América através de uma passagem entre este continente e a Ásia onde hoje fica o estreito de Bering – e por isso, conhecido como “Beríngia”. Estudos da história do clima e da geologia mostram que em momentos de glaciação (“eras do gelo”), o nível do mar baixava muito por conta da retenção de água nas geleiras. Assim, a “Beríngia”, que hoje está submersa, formava uma “ponte” de terra entre a Ásia e a América.
  • 6. A passagem para a América Segundo essa teoria, os seres humanos saíram da Sibéria e chegaram à Beríngia. Sítios arqueológicos mostram que de fato essa região foi povoada há mais de 10 mil anos. Contudo, chegar da Beríngia à América continental durante uma era glacial não era tarefa fácil, devido às geleiras. Existiriam duas rotas possíveis: • Corredor de Mackenzie: um vale no Oeste do atual Canadá que, mesmo em períodos glaciais, esteve algumas vezes livre de geleiras. • Costa: que em certas épocas esteve intransitável também por conta das geleiras, mas outras vezes esteve livre. Período (mil anos atrás) Beríngia Rota Costeira Corredor Mackenzie 38-34 Acessível Aberta Fechado 34-30 Submersa Aberta Aberto 30-22 Acessível Fechada Aberto 22-15 Acessível Aberta Fechado 15-0 Submersa Aberta Aberto
  • 7. Cultura Clovis e teoria Clovis-first A partir da década de 20 foram descobertos na América do Norte inúmeros sítios com vestígios de uma forma específica de talhar pontas de lanças feitas de pedra. Como a primeira descoberta foi próxima a cidade de Clóvis, essa cultura ficou conhecida como “Cultura Clóvis. Durante décadas, esses foram os vestígios mais antigos de da presença humana na América.
  • 8. Cultura Clovis e teoria Clovis-first Artefatos da cultura Clóvis foram datados para entre 11 e 9 mil anos atrás. Com isso se imaginou que os primeiros humanos teriam se estabelecido na Beríngia antes de 15 mil anos atrás e depois atravessado o corredor de Mackenzie entre 15 e 12 mil anos atrás. Chegando na América do Norte, esse grupo de humanos teria desenvolvido a cultura Clóvis e posteriormente se espalhado por todo o continente.
  • 9. Os sítios “pré-Clóvis” Ao longo dos anos, contudo, uma série de sítios arqueológicos com vestígios de ocupação humana anterior à Cultura Clóvis (isto é, mais de 11 mil anos atrás) têm sido encontrados por arqueólogos tanto na América do Norte quanto na América do Sul. Seria possível imaginar que os humanos chegaram à América em outro momento em que a Beríngia estivesse aberta (30-22 mil anos atrás, p.e.). Porém, a existência de sítios ainda mais antigos que isso na América do Sul (Monte Verde, no Chile, p.e.) abriu a questão se não teria sido outra a rota de chegada na América.
  • 10. Os sítios “pré-Clóvis” Sítios Pré-Clóvis na América do Sul
  • 11.
  • 12. Paul Rivet e a hipótese transpacífica Ainda em meados do século passado o estudioso francês Paul Rivet propôs que outras rotas de migração teriam sido utilizadas, além da Beríngia. Rivet propôs como uma das rotas de migração a navegação pelo pacífico. Argumentos de Rivet para defender a rota pelo pacífico: - Antropologia física: semelhança óssea entre ossadas encontradas na América do Sul e as populações do pacífico. - Etnográficos: semelhanças entre alguns rituais e costumes dos povos polinésios e tribos indígenas sul- americanas. - Linguísticos: semelhança entre vocábulos melanésios e da tribo Hoka, na América do Norte.
  • 13. Migração Costeira Uma outra possibilidade de rota migratória para a chegada humana na América é pela costa pacífica da América. Está é uma forma mais apropriada para explicar: - A migração em períodos de fechamento da rota de Mackenzie. - A velocidade de difusão da presença humana na América. Por outro lado, é bastante difícil provar esse hipótese por que o aumento do nível dos oceanos submergiu possíveis sítios arqueológicos que indicassem essa rota.
  • 14. Rota pelo Atlântico: “hipótese solutrense” Há alguns poucos anos uma nova rota foi propostas por estudiosos europeus. Eles identificaram semelhanças entre as técnicas de produção de ferramentas da Cultura Solutrense, na Europa, e da Cultura Clóvis, na América do Norte. Diante disso, eles supuseram que houve uma migração de Europeus para a América do Norte no período dessas culturas pela capa de gelo congelado no Atlântico Norte. Essa teoria tem sofrido algumas críticas, entre as principais estão: - As semelhanças arqueológicas não são tão grandes (podem ser apenas coincidência). - Ausência da arte Solutrense na cultura Clóvis. - Dificuldade de travessia pela rota do Atlântico Norte.
  • 16. Para identificar isso, os cientistas identificam grupos de genes (Haplogrupos) comuns em certas populações e comparam com outras. Dependendo da frequência do mesmo haplogrupo em duas populações diferentes é possível calcular a quantos milhares de anos viveram seus antepassados comuns. Comparando os genes dos nativos americanos com de outros povos, seria possível identificar de onde vieram seus antepassados. Estudos genéticos Com o desenvolvimento do estudo da Genética, passou a ser possível identificar “parentescos” entre as diferentes populações do mundo. Isso permite a identificação de possíveis rotas de migração dos grupos humanos ao longo da história (veja o mapa ao lado). Contudo, alguns criticam essa metodologia por a população descendente dos povos nativos ser muito pequena, o que tornaria a amostragem analisada insignificante.
  • 17. Os principais haplogrupos mitocondriais presentes entre os descendentes dos povos nativos eram os A, B, C e D. Esses mesmo haplogrupos existem em populações asiáticas e foi possível estabelecer os seguintes “parentescos”: • A, C e D na Mongólia e na Sibéria. Divisão há 20 mil anos • B na China e no Sudeste Asiático. Divisão há 15 mil anos. As migrações pela Beríngia Os dados genéticos confirmaram que parte significativa da população nativa americana é descendente de populações que tiveram origem na Ásia. Haplogrupo (mtDNA) C1 Haplogrupo Q (Y-DNA) Esses dados foram corroborados pelo estudo de Haplogrupos do cromossomo Y.
  • 18. Outras migrações? Presença do Haplogrupo X (no DNA mitocondrial) nas populações nativas. Haplogrupo R (no DNA do cromossomo Y) nas populações nativas. Esses mesmos estudos, porém, identificaram alguns haplogrupos que poderiam corroborar a ideia de que uma migração de origem europeia teria povoado parte da América do Norte.
  • 19.
  • 20. Controvérsias sobre os achados no sítio Localização do Sítio da Pedra Furada no Parque Nacional da Serra da Capivara Muitos achados encontrados pela equipe da arqueóloga brasileira Niede Guidon nesse sítio arqueológico apontam que o ser humano teria ocupado essa região há pelo menos 25 mil anos atrás. Os artefatos mais antigos encontrados são ferramentas de quartzo. Desde os primeiros achados, na década de 70, muitos arqueólogos estrangeiros contestam que eles sejam realmente artefatos. Eles dizem que essas pedras seriam pedras comuns, não artefatos feitos pelos humanos. Nos últimos anos, contudo, muitos arqueólogos têm reconhecido o trabalho da equipe de Guidon. Se os artefatos datados para 25 mil anos atrás têm sido aceitos, o mesmo não se pode dizer sobre os artefatos mais antigos encontrados no sítio. Alguns desses artefatos foram datados para quase 100 mil anos atrás – época em que só existem vestígios conhecidos de homo sapiens na África. Se a equipe de Guidon estiver certa sobre esses artefatos, grupos de Homo Sapiens teriam chegado na América vindo da África antes mesmo de chegarem na Ásia.